sábado, 17 de agosto de 2024

MASSACRES PUROS E PARCIAIS = Micro Pitacos Minúsculos Sobre os Dez Atrapalhados Thrillers (Gialli, Sexy Gialli, Giallescos, um Slasher e um ''Psycho on the Road'') Dirigidos por Umberto Lenzi + Mini-Review de UM LUGAR IDEAL PARA MATAR (OASIS OF FEAR, 1971), o Mais Digno dos Thrillers Feitos pelo Mr. Cannibal ''Animal Hater'' Xerox




 

 

IN UMBERTO LENZI I DON'T TRUST

Mergulhar na filmografia do Umberto Lazy é uma furada tão grande quanto ter contato com saudosistas da ditadura militar, mas é um trabalho sujo que alguém precisa fazer, para alertar geral a seguir. Caso esse alguém não enlouqueça ou não se mate durante essas sessões cinematográficas pavorosas, é claro.

E, após ver e até mesmo rever (inclusive, tem filme aqui que eu assisti até mais de duas vezes - acredite se quiser - para ter certeza total do que eu realmente achava à respeito) os 10 thrillers cometidos pelo Umberto Lousy, vim aqui dar alguns curtos pitacos sobre a ruindade geral dessas bobagens.

Cotações entre 0 e 5, mas quase nenhum desses desastres merece mais do que 2 - somente o último sexy giallo do diretor, que merece 2.5 e é o melhorzinho de todos os 10 filmes abaixo, e também o último true giallo dele, que também possui momentos acertados, apesar de, entre outros problemas, trazer um final caótico e bagunçado que me lembra muito o final do Savage Lust, slasher derradeiro do outrora sensacional José Ramon Larraz (''Sintomas de Vampiras'') já em fim de carreira.

PARTE I: SEXY GIALLO

1. O Louco Desejo (Orgasmo, 1968) [Cotação: 1.]

Outro notório charlatão, o Sergio Martino, teve sua decadência giallesca iniciada apenas no seu segundo filme do estilo (o débil e nonsense A Cauda do Scum Peão, cujo final é repudiado pelo próprio protagonista George Hilton - bem, poucas coisas são piores do que o Martino querendo dar uma de Hitch...), mas, em O Louco Desejo (cujo final presta uma anti-homenagem a um dos mais belos filmes do Godard), uma trama bem fuckin' boring de bullying com um trio de personagens malas, Lenzi provou que já estreou decadente, seguindo os passos pútridos d'O Doce Corpo de Deborah - filme que chegou muito perto de assassinar o giallo ao popularizar brevemente aquela desgraça chamada sexy giallo, algo que foi pro cinema giallo o que o Bozotário foi pra política brasileira. (Trivia: O título verdadeiramente original disso daqui é Paranoia, mas ele não deve ser confundido com o outro Paranoia do mesmo diretor que vem logo abaixo.)

2. Tão Doce Quanto Perversa (So Sweet... So Perverse, 1969) [Cotação: 1.]

Após estrelar as icônicas bizarrices da giallolândia Eliminação e A Morte Fez um Ovo, Jean Louis Trintignant queimou legal o filme aqui nessa presepada que mais parece novela da Globo falada em italiano e metida a suspense de assassinato - e para piorar tudo de vez, o roteiro é do Ernesto ''O Doce Corpo de Deborah'' Gastaldi, o mais nonsense dos roteiristas nonsense.

3. Os Ambiciosos Insaciáveis (Paranoia, 1970) [Cotação: 1.]

O casal protagonista do desgraçado O Doce Corpo de Deborah (Carroll Baker e Jean Sorel) retorna nesse sexy giallo chato pra caralho (pleonasmo...) cujo único atrativo são as empolgantes cenas ''on the road'' - não a toa, essa porra quase se chamou ''Formula 1'', que seria um título totalmente inusitado para um giallesco. (Trivia: O principal título em inglês disso daqui é A Quiet Place to Kill. Não confundir com An Ideal Place to Kill, o principal título em inglês do filme abaixo. Ô confusão do caralho...)

4. Um Lugar Ideal para Matal (Oasis of Fear, 1971) [Cotação: 2.5.]

O melhor de todos esses thrillers do Lenzi, e muito provavelmente o sexy giallo mais digno já feito (o que não significa muita coisa, mas enfim...): vai extremamente bem (porém num inesperado misto de romance com aventura anárquica de toques sleazy, e não em algo minimamente parecido com giallo) durante os primeiros 21 minutos, até que a personagem da Irene Papas inicia sua interação com o casal de protagonistas (Ray Lovelock e Ornella Muti) e, daí, tudo descamba para as mesmas situações cansativas que podemos esperar de um sexy giallo; o espectador poderá, então, aguardar momentos e sequências similares aos três thrillers anteriores do diretor, com algumas cenas que beiram refilmagens. Triste isso, já que Un Posto Ideale per Uccidere, em mãos competentes, poderia ser uma obra-prima: tinha um potencial gigantesco, além de algumas coisinhas incríveis. Na verdade, por mim o filme nem teria a personagem da Papas e nem teria nada de murder mystery, ficando só naquela vibe romântica-erótica inicial, com os dois contrabandistas de pornografia fugindo da lei e tentando ser felizes. Anyway... O filme marcou a despedida de Lenzi do sexy giallo - subsubgênero felizmente assassinado por Dario Argento através do sucesso d'O Pássaro das Plumas de Cristal, AKA Plumas de Cristal, o filme que acabou de vez com a graça dos filhotes d'O Doce Corpo de Deborah, consagrando ''once and for all'' o true giallo e fazendo com que o sexy giallo seja apenas uma lembrança triste e vergonhosa que tentamos apagar da memória. (PS: A canção-tema How Can You Live Your Life, de I Leoni e Lorenza Visconti, é absolutamente maravilhosa, e infinitamente superior às canções-temas dos outros murder mysteries de Lenzi. Já a escutei incontáveis vezes e não me canso dela. Acho até que a colocaria entre as minhas favoritas de todos os tempos. ''How can you live your life if people won't let you live it the way you'd like?'')

PARTE II: TRUE GIALLO (VERDADEIRO PORÉM NÃO NECESSARIAMENTE BOM...)

5. Sete Orquídeas Manchadas de Sangue (Seven Blood-Stained Orchids, 1972) [Cotação: 2.]

Duas excelentes, atmosféricas e intensas mortes bem no comecinho... São seguidas por uma infinidade de tédio logo após, com a revelação do psycho se mostrando mais ou menos tão péssima quanto a d'A Praia do Pesadelo - pior do que o Lenzi só mesmo o Lenzi. (PS: Orquídeas me faz pensar em outro giallo de 1972: A Morte Caminha à Meia-Noite. Ambos começam de maneira fodástica, fazendo o espectador achar que verá uma obra-prima. Mas, depois disso, ambos viram um porre que beira o insuportável, culminando em finais que são uma vergonha alheia total.)

6. A Lâmina de Aço (Dagger of Ice, 1972) [Cotação: 2.]

Mortes offscreen (menos a do touro, já que isso daqui é do mesmo ano em que Lenzi iniciou o ciclo italiano de canibalismo, desenvolvendo uma tara ''MarianDoriana'' por crueldade animal que também reflete nesse giallo aqui), delírios pretensiosos (a la O Louco Desejo, do tipo ''é isso mesmo ou será que ela está alucinando?'') e plot twists finais bastante problemáticos.

7. Spasmo (Spasmo, 1974) [Cotação: 1.]

Uma masterclass preciosa de como NÃO se fazer um thriller whodunit, com o pateta Lenzi - aliado a enxertos gore na versão americana dirigidos pelo superestimado George ''Zombie King My Ass'' Romero - passando a maior parte do filme tentando desesperadamente nos convencer de que um personagem claramente ''red herring'' é o psycho da trama; até chegar na vexaminosa conclusão reaproveitada de outro giallo do próprio Lenzi. (PS: Teria a cena de abertura, com a descoberta do cadáver pelo casal safadinho, inspirado a intro um tanto similar d'O Mistério no Colégio Brasil? Vai saber.)

8. Gatos Vermelhos em um Labirinto de Vidro (Eyeball, 1975) [Cotação: 2.5.]

QUASE um bom giallo: por um lado tem uma boa atmosfera em momentos variados, além de alguma intensidade nos assassinatos; por outro, tem notórias incoerências no roteiro, problemas técnicos justamente na questão do ''eyeball'' (quando o filme parece não ter muita noção dos seus limites orçamentários-técnicos) e, para foder tudo de vez, tem uma sequência muito ridícula em que um ataque do psycho (que, admito, possui um visual muito interessante, todo de vermelho) é intercalado com um espetáculo de dança - só não é pior do que aquela luta d'A Passageira intercalada com os manés vendo porcaria no drive-in: ou seja, novamente, pior do que o Lenzi é só o Lenzi mesmo. (Curiosidade OFF-TOPIC: Um dos personagens do filme é sósia do Nenê do Malta Bar, assassinado de forma covarde e absurda por um nóia scumbag pouco tempo atrás.)

PARTE III: FAKE SLASHER + MURDER MYSTERY SEM MYSTERY

9. A Praia do Pesadelo (Nightmare Beach, 1989) [Cotação: 1.5.]

Como diabos gostar de um slasher extremamente bagunçado, canastrão e picareta em todos os sentidos, e que ainda comete o maior pecado imaginável em um slasher, que é ter somente mortes sem inspiração - sem contar a revelação final praticamente idêntica a um dos gialli anteriores do próprio Lenzi, e que já não havia funcionado da primeira vez? Fuck. This. Movie. (Sem contar que o Lenzi devia sentir tanta vergonha de ter cometido A Praia do Pesadelo que, de todos os seus 10 thrillers, esse é o ÚNICO que ele tentava ao máximo não comentar, se distanciando ao extremo dessa porra e tentando colocar a culpa da ruindade d'A Praia nos outros. Já os seus outros 9 thrillers ele sempre comentou de boa. A impressão que fica, portanto, é a de que o Lenzi considerava A Praia o pior dos seus 10 thrillers. Um feito e tanto...)

10. A Passageira (Hitcher in the Dark, 1989) [Cotação: 0.]

O fundo do fundo do poço: péssimas atuações (e pensar que o Lenzi também utilizou o psycho daqui em Noite Maldita, PQP...), péssima direção, ultra-ridícula sequência de luta intercalada com uns Zé Ruelas assistindo o igualmente ridículo Grunt (não confundir com a divertida tranqueira Grunt: Confronto Mortal) num drive-in, além de um final odiado pelo próprio Lenzi, que, de acordo com ele, foi uma imposição do produtor Joe D'Amato (só sei que o Lenzi sempre culpava os outros por suas pisadas na bola, nunca assumindo a responsabilidade, como aquilo de culpar o Ernesto Gastaldi por uma série de ruindades mais pro final do Tão Doce Quanto Perversa)... Seja como for, A Passageira só não é o pior giallo da história porque esse título pertence ao debut no giallo do também injustamente celebrado Antonio Margheriti. (P.S. OFF-TOPIC: Ainda pior do que os momentos mais baixos do Margheriti é aquela homenagem ridícula que o queixudo imbecil fez a ele no pavoroso Bastardos Inglórios: um fuckin' hack homenageando outro fuckin' hack, em cena que ainda conta com um fuckin' hack ainda pior, o otário do Eli Roth.)

...

Recapitulando: do menos pior ao pior:

1 Um Lugar Ideal para Matar
2 Gatos Vermelhos em um Labirinto de Vidro
3 Sete Orquídeas Manchadas de Sangue
4 A Lâmina de Aço
5 A Praia do Pesadelo
6 Tão Doce Quanto Perversa
7 Os Ambiciosos Insaciáveis
8 O Louco Desejo
9 Spasmo
10 A Passageira

...

Extra: o cinema do Lenzi é uma desgraça a la atrocidades cometidas por Isralé no mundo moderno ou bandas cover de Skid Row que só tocam música dos dois primeiros discos, mas, com um notável esforço, consegui compilar esse quinteto dos menos piores exemplares dirigidos pelo notório hack charlatão. (É, os meus dias de passar pano para pessoas, diretores, bandas e coisas em geral estão mesmo long gone.)

Meu TOP 5 Lenzi (geral), AKA os menos piores:

À CIDADE UM JUSTICEIRO, A.K.A. A CIDADE E O JUSTICEIRO, A.K.A. O VINGADOR

Poliziesco toscão até a medula (com o protagonista chamado Rambo - já que Lenzi havia acabado de ler o livro que, anos depois, originaria o filme do Stallone, e decidiu usar o nome Rambo), mas possui um certo apelo guilty pleasure e ainda tem uma cena de barra de ferro sendo entortada que é mais ou menos tão ridícula quanto aquela d'Os Canibais do Apocalipse; somente para fanáticos por trashy actioners, portanto. Ahh, e reparem também na cena WTF do ''murder by cocaine'' - por mais que ela não seja nada original, sendo que o já citado A Morte Caminha à Meia-Noite já trazia um trecho praticamente idêntico três anos antes. (PS: Eu provavelmente não deveria pegar tão leve com esse Lenzi, já que isso daqui, na amizade do Rambo com a criança lá, consegue ser mais $pielbergiano do que o próprio $pielberg era na época. Afinal, ''Rambo's Revenge'' é de 1975, época em que o $pielberg ainda não havia virado o câncer do cinema através do Cunts Retardados do Terceiro Reich, de dois anos depois. É tipo o que o Martino fez em um dos piores filmes já cometidos por alguém, Crocodilo: A Fera Assassina, que também consegue ser muito mais $pielbergiano do que o próprio $pielberg - inclusive, eu estava pensando aqui e chegando a conclusão de que Crocodilo: A Fera Assassina, milagrosamente, provavelmente é pior do que QUALQUER filme do $pielberg. É, a ruindade do Martino desconhece limites. E detalhe: ''Croc'' talvez nem seja o pior Martino de todos, já que ele também é o culpado por 2019: After the Flop of New Dork, outro dos filmes mais absurdamente ridículos e deploráveis já realizados. Inclusive, nem sei como não enlouqueci completamente após ter assistido esses duas atrocidades cinematográficas que só um hack terminal como o Martino consegue fazer. Mereço mesmo uma medalha por aguentar ver tanta podridão cinematográfica e manter alguma sanidade.)

CANNIBAL FEROX

Hoje reconheço que Cannibal Holocaust é o ÚNICO filme italiano de canibalismo que realmente presta e que todos os outros, sem exceção, são descartáveis, mas Cannibal Ferox (cujo protagonista Giovanni Lombardo Radice o chamou de um filme ''rascista, fascista e cruel'' - o que, convenhamos, é uma descrição bastante apurada), por mais sensacionalista, mal-feito e mal-intencionado que seja, até tem lá algum charme guilty pleasure também; desde que o espectador seja iniciado em cinema exploitation, claro.

GATOS VERMELHOS EM UM LABIRINTO DE VIDRO

Quase um bom giallo, mas a mão atrapalhada de Lenzi põe tudo a perder.

UM LUGAR IDEAL PARA MATAR

Quase um bom sexy giallo (se bem que ''sexy giallo bom'' é uma lenda urbana, já que não dá para algum filhote d'O Doce Corpo de Deborah prestar - já que nem o original presta), mas a mão atrapalhada de Lenzi põe tudo a perder.

OS VIVOS SERÃO DEVORADOS

Ver Ivan Rassimov fazendo cospobre do Reverendo Jim Jones até trás algum valor guilty pleasure a essa desgraça, e ainda tem a presença da Me Me Lai - que pulou fora da carreira de atriz depois de ter aturado fuckin' assholes insuportáveis e odiadores de animais como Umberto Lenzi, Ruggero Deodato e Lars Von Hitler; aliás, o filme que ela fez com o Trier é uma das coisas mais inacreditavelmente chatas e intragáveis já cometidas desde os tempos do cinema mudo, e parece ter semanas de duração.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

PURE MASSACRE = As 10 Músicas Que Eu Mais Odeio





 

 

MENÇÃO DESONROSA

''Fa fa fa fa, run, run, run away...''

Um dos bê-a-bás mais insuportáveis que se tem notícia e que, de acordo com o Paulo Baron, é um daqueles casos de música que só fez sucesso no Brasil. Bem, meus pêsames a galera que toca na noite e tem que incluir essa desgraça no repertório. Fica a pergunta se o suicídio não seria uma opção melhor e mais digna...

10 Bad Karma (Miley Cyrus + Joan Jett)

Hoje em dia fica difícil de imaginar que, em algum momento da história, a Miley mandou extremamente bem. Aqui nessa canção absolutamente ridícula ela se juntou a Joan Jett (que morreu lá nos anos 80 mas esqueceram de enterrar) para, juntas, entregarem um resultado simplesmente medonho - em disco sem nenhuma canção que presta. Só sei que prefiro infinitamente mais a Bad Karma homônima inclusa na trilha sonora de Pinico 4. (E é curioso que o primeiro segundo da Bad Karma da Miley chega a soar como a intro de Metal Zone do The Vines. E essa nem é a primeira vez que a ''Mi'' soou como The Vines...)

9 How Does It Feel (Avril Lavigne)

A nossa feminazi favorita possui algumas das baladas mais sensacionais de todos os tempos: Wish You Were Here, My Happy Ending, Nobody's Home, I'm With You, Fall to Pieces, Innocence, Let Me Go e a indescritivelmente maravilhosa Things I'll Never Say, uma das minhas músicas favoritas da vida. Mas, em compensação, tem essa porra de How Does It Feel, um treco pavoroso. Essa atrocidade chata para um caralho e a mais ou menos tão horrível quanto Don't Tell Me são, inclusive, as únicas faixas que não curto no seu segundo álbum, Under My Skin.

8 Carrie (Europe)

''Não é a toa que esse álbum - The Final Countdown - tem uma música chamada Ninja. O CARA TEM QUE SER NINJA MESMO PRA CONSEGUIR OUVIR ESSA PORRA DE DISCO SEM METER UMA BALA NA PRÓPRIA CABEÇA.''

The Final Countdown é um lixo de disco, em que apenas a ótima Rock the Night se salva. De resto... E Carrie é tão ruim, mas tão ruim, que faz as demais porcarias do disco parecerem boas na comparação. São ''coisas'' assim que nos fazem agradecer a dupla Kurt Cobain e Eddie Vedder por terem exterminado de vez o metal farofa que, graças a coisas como Carrie, Is This Love, Always e outras aberrações sonoras, ia de mal a pior, cavando cada vez mais o fundo do fundo do poço das atrocidades musicais. Inclusive, se eu fosse mulher chamada Carrie, eu mudaria de nome para não me associarem a essa pataquada. (Por outro lado, Lorraine do Stage Dolls e Carrie Ann do Heartland servem meio como antídotos para o traumatismo craniano causado por Carrie.)

7 Love Bites (Def Leppard)

''...  unbelievably cheesy yet beloved songs like Pour Some Sugar On Me and shitty ballads like Love Bites, the former being one of the most notoriously bad songs I’ve ever heard while the latter pretty much ruined the Judas Priest song of the same name... ''

A discografia do Def Leppard se divide em dois momentos. 1) Até 1983, DL foi uma das coisas mais maravilhosas da história da humanidade, sendo que, em todo aquele período, só existem duas canções ruins: a balada imbecil Too Late for Love e a xaropice intitulada Billy's Got a Gun, que já tinha aquela pegada fake e robótica que se tornaria a marca registrada da banda a partir do seu quarto álbum. 2) A partir de 1987, DL se tornou um dos maiores lixos da indústria fonográfica, uma banda extremamente pasteurizada e melosa, chata pra caralho e absolutamente insuportável. Tentar escutar esses discos é uma tarefa tão árdua quanto encarar uma sessão dos piores slasher-movies da história, tipo o segundo Terrifier ou o segundo Slumber Party Massacre. E, em todo esse período horroroso iniciado no deplorável álbum Hysteria (DL morreu no dia que esse disco foi lançado), Love Bites consegue ser a canção mais intragável de todas. Agradeço novamente ao grunge por ter colocado um fim nesse reinado de terror das coisas ruins do hair metal. (E convenhamos: o farofa metal estava mesmo com os dias contados e, se não fosse pelo grunge, certamente seria morto pelo industrial, ou pelo new metal, ou pelo pop punk, ou pelo gangsta rap...)

6 Pressure (Paramore)

Paramore é naquelas: algumas grandes canções (hail Anklebiters) e um tsunami de músicas insuportáveis. Mas a galera pega leve com a banda por causa da gostosura da vocalista... E Pressure, além de ser chata pacaray, possui um refrão que é dos piores ever. Na verdade, a única coisa que salva esse debut é a sua faixa-título, All We Know (Is Falling).

5 The Doctor Is Calling (Megadeth)

Lembro do Vitão Bonesso (do programa de rádio Backstage), lá em 1999, anunciando: ''Esse é o novo disco do Megadeth. E preparem-se para jogar sua coleção da banda no lixão.'' O estrago causado pelo Risk na época foi tão grande que me fez perder interesse nessa que foi a banda responsável por me trazer ao mundo do rock em 1997, com o excelente e subestimado disco Cryptic Writings. Mas, revisitando o Risk 24 anos depois, percebo que o disco não é tão ruim assim: tem lá algumas faixas interessantes como Insomnia, Prince of Darkness e a ótima Breadline. Mas, em compensação, tem essa The Doctor Is Calling (''I hear the doctor calling, I hear the doctor calling...''), um troço indescritivelmente lastimável e a única faixa de toda a discografia do Megadeth que posso dizer que realmente odeio. O refrão é inacreditável (no mal sentido), com o ''tio'' Dave repetindo a exaustão que está ouvindo o doutor chamando por ele. Só se for no hospício, já que a obsessão do Mr. Mustaine em tentar competir comercialmente com o Metallica, junto de todo o seu histórico de abuso de drogas, claramente o havia levado a loucura nesse momento de sua vida.

4 Fall In (Cloud Nothings)

Um certo dia, lá em 2013, estava eu assistindo a finada MTV Brasil de madrugada, quando surgiu o clipe ''disso'' na minha frente, me deixando em estado de choque: não podia acreditar na ruindade dessa porra - que ainda possui um link com o primeiro colocado dessa relação. Lembro também que, certa vez, até trombei o CD do Cloud Nothings com essa canção numa unidade da Bozomania, aqui em SP. Nem se fosse de graça.

3 The Ghost of You (MCR)

Em 2005 eu odiava The Ghost of You. Estamos em 2023 e eu continuo odiando The Ghost of You. Isso daqui é a Carrie ou Love Bites do emo, contando com uma performance vocal simplesmente melosa e insuportável por parte do ''Gerardinho''. Bem, o clipe disso (dirigido pelo otário do Marc Webb, que só acertou mesmo no revolucionário clipe de Start All Over, da Miley na época boa) homenageia O Resgate do Sapatão Ryan, do namorado do George Lickass, então esperar o que, né... Novamente, a única coisa legal da The Ghost of You é a arte do seu single, que parece capa de VHS do David Prior.

2 Down (Blink)

Blink nunca foi uma grande banda. Longe disso. Mas reconheço que, nos 4 primeiros discos, até tinha algumas poucas grandes canções, como as maravilhas Carousel, M&Ms, Wasting Time, Dammit e até mesmo Aliens Exist. Mas, a partir do disco auto-intitulado, Blink passou a disputar com Def Leppard do Hysteria adiante pelo título de pior banda de rock da história. E Down é algo inacreditavelmente hediondo, um lixo absolutamente insuportável de um dos piores discos de todos os tempos - onde apenas a intro Feeling This se salva.

1 Fall In (CANTORA IGNORADA)

OK, é o seguinte: todas as canções acima são OBRAS-PRIMAS em comparação a essa primeira colocada. Acabei descobrindo isso em meados de 2015, ao procurar pela quarta colocada dessa lista, já que queria verificar se aquela canção do Cloud Nothings era mesmo tão ruim quanto lembrava... Aí trombei essa aberração homônima que mais parece os Cranborings no seu pior momento, cortesia de cantora de dream pop que até prefiro não citar o nome, para não trazer azar. Quando bem feito, dream pop é algo magistral, transcendental; o que, DEFINITIVAMENTE, não é o caso aqui. E essa música não é apenas horrorosa, mas ainda me traz lembranças horripilantes da época em que eu ainda bebia, como numa ocasião em que um notório sociopata, manipulador e expert em gaslighting, para me irritar, colocou essa desgraça no repeat. Não escuto essa Fall In desde 2017 e espero nunca mais a escutar na vida, de longe a música que mais profundamente odeio em todos os tempos. (Se bem que a justiça foi feita aqui, já que, como essa cantora é tão obscura, ela nem possui uma página própria no Wikipedia. Menos mal.)

PS OFF-TOPIC = RIP Julian Sands. Sands era tão canastrão que acabava sendo engraçado e divertido. O destaco em Siesta (''Marcas de uma Paixão'', o debut da Mary Lambert, antes dela fazer o cult de gosto duvidoso Cemitério Maldito e aqueles dois clipes do Motley Crue em que ela, muito misteriosamente, usou pseudônimo), em que ele rouba o filme em todas as cenas que aparece, com seu jeitão caricato e exagerado. Siesta seria super fuckin' boring se não fosse o Sands nos matando de rir com seus exageros. Descanse em paz, Warlock.

PS OFF-TOPIC = Muito em breve será lançado o primeiro livro do brother Guitardo Songs, Crime no Colégio Luterano, um mistério whodunit que promete. Já estou bem curioso para ler a obra.

 



 

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Random Talk (The Used >>> MCR, Dobradinha de Filmes Obscuros de Terror Que Foram Plagiados na Extremamente Problemática Franquia do Ghostface, Retorno Nada Triunfal de Dario Argento e Mais Algumas Outras Coisas)






 

 

Não faço ideia de como esse post irá ficar. Assim como aquele post de Fevereiro com o Crazy Nicholls na thumb, simplesmente sairei comentando paradas variadas, sem nenhum tipo de preocupação em manter algum foco ou tema recorrente. Mas, ao contrário daquele post totalmente sem roteiro, nesse daqui pelo menos tenho alguma noção de algumas das coisas que serão faladas.

E, novamente, assim como aquela postagem, peço para não estranharem se as coisas ficarem bagunçadas e com uma tendência a digressão. Já que a ideia é essa mesma.

Vamos lá então, seja como for.

Escutando The Used aqui enquanto escrevo isso. É uma seleção com mais de 30 canções que abordam toda a discografia deles, incluindo um ou outro lado B de single.

E eu tava pensando esses dias: hoje em dia gosto mais de The Used do que MCR. Nos dois casos, o disco realmente fodástico é o debut. Mas aí está: por mais que o Bullets seja uma obra-prima (o único registro do MCR sem nenhuma música ruim; depois disso seria um disco pior do que o outro: Revenge inferior a Bullets; The Black Parade inferior a Revenge; Danger Days inferior a qualquer coisa), o debut auto-intitulado do The Used consegue sim ser ainda mais impactante. Mesmo porque que a verdade seja dita: QUAL disco da emolândia mundial consegue ser páreo para um álbum que possui o quinteto formado por A BOX FULL OF SHARP OBJECTS, BURIED MYSELF ALIVE, THE TASTE OF INK, BULIMIC e a indescritivelmente cabulosa MAYBE MEMORIES, talvez o maior hino da história do emo-screamo mundial?

E vou além: se pegarmos a discografia do The Used do segundo álbum adiante contra a discografia do MCR do segundo álbum adiante, The Used ganha novamente. Por mais que todos os discos a partir do In Love and Death sejam decepcionantes (com um debut daqueles não teria como ser diferente), ainda possuem sim algumas grandes canções aqui e ali, coma a fodástica Come Undone (que muito curiosamente possui uma intro de telejornal em português do Brasil - e que, claro, não possui nenhum parentesco com a canção homônima e horrorosa dos imbecis do Duran Duran), Liar Liar (Burn in Hell), Now That You're Dead, I Hate This Song e Hospital (que, assim como Take It Away, também possui referências ao MCR na letra - para quem não sabe, os vocalistas de ambas as bandas se pegavam lá em 2004-2005, no auge comercial do emo-screamo; lembrando que o vocal do MCR, o Gerard, também tinha um caso com o guitarrista de sua banda, o Frank; já o irmão do Gerard e baixista do MCR, o Mikey, tinha uma relação meio bizarra com o baixista do Fall Out Boy; cacetada, esses emos são muito viados, hehehe...).

E outra: apesar de ter uma discografia muito mais curta, o BI CHEMICAL ROMANCE possui muito mais música ruim do que o The Used. E a ruindade dessas canções ruins também é muito maior do que aquelas do The Used que não prestam. Mesmo porque é difícil ser tão deprimente quanto ''coisas'' como The Ghost of You, Sleep, Disenchanted, The World Is Ugly e The Foundations of Decay. Caralho, PQP, MCR tem música ruim pra cacete - pelo menos 30, se não mais. (E é incrível o talento do Lucas Fresno em me desagradar. O cara vai fazer cover de The Used e MCR, e consegue escolher justamente a PIOR canção de ambos: Blue & Yellow e a horripilante The Ghost of You - cujo videoclipe ainda homenageia o filmeco O Resgate do Cabaço Ryan, AKA Scumbag Private Ryan, do $teven Is Pig. Eu odeio tanto The Ghost of You que sempre fico desanimado e cabisbaixo quando essa desgraça rola nos eventos emo, chegando até a sentar no chão. Até acontece às vezes de me perguntarem se eu estou passando mal ou algo do tipo, e daí eu respondo que simplesmente acho essa música absolutamente intragável e que gostaria de nunca mais a escutar na vida.)

OK, mudando de assunto agora.

Algum tempinho atrás finalmente conferi Black Glasses, AKA Dark Glasses (''Óculos Escuros''), o novo longa-metragem de Dario Argento. E bem...

Sinto informar que essa porra entra no TOP 5 das piores coisas do Argento, juntamente dessas outras atrocidades: Um Vulto na Escuridão, Il Caraio, AKA O Jogador de Cartas, AKA O Jogador Misterioso (que passei muita vergonha ao assistir no cinema na época), Giallo: Reféns do Medo e o quase inassistível Drácula.

Retomando o tema da protagonista cega em um giallo (algo que já havia sido abordado pelo Lado, pelo Bavinha e pelo próprio Argento, porém com um personagem masculino, em Gato de Nove Caudas), Argento entrega um resultado bem vexaminoso aqui, até meio $pielbergiano, ao colocar uma porra duma criança como sidekick da prostituta cega que é perseguida por um serial-killer sem nenhum carisma.

A real é que, só de olhar pro cartaz de Black Glasses e ver ali a clara referência ao superestimado Eles Vivem do superestimado João Carpinteiro (vocês sabem: é aquele filme com a pior e mais vergonhosa cena de luta da história do cinema mundial, entre os dois protagonistas - aliás, quem foi o GÊNIO que teve a ideia de escalar o RODDY PIPER pra ser protagonista disso???), já dá para saber imediatamente que algo de bom provavelmente não sairá dali...

Mas temos que dar um desconto ao tio Dario, já que o mesmo mandou extremamente bem entre 1970 e 1987, e foi, indiscutivelmente, o diretor giallo mais importante da história. Bava pode ter sido o precursor (algo discutível também...), mas Argento foi o que mais fez a diferença nesse tipo de filme. E outra: quem venera giallo tem que agradecer o Argento todos os dias, afinal, foi graças a ele que aquela presepada chamada O Doce Corpo de Deborah (AKA Garotas Selvagens dos 60s), o giallo mais prejudicial ao gênero em todos os tempos, não conseguiu matar o slasher italiano na virada dos anos 60 pros 70. Foi o mestre Argento que conseguiu impedir a consagração absoluta daquela palhaçada dos sexy gialli (iniciada em Deborah, filme com os plot twists mais esdrúxulos do cinema italiano, e seguida pelos picaretas Lenzi e Martino, e até mesmo pelo grande Fulci - completamente perdido nesse seu primeiro passo no giallo, antes de acordar, se recuperar e realizar aquela trinca de obras-primas imbatíveis nos anos 70; daí ele se perderia novamente nos anos 80, com aquela porra de Murder Rock, o único filme de sua filmografia inteira merecedor de PURE MASSACRE).

E ainda falando sobre filmes de matança, enquanto eu estiver vivo, denunciarei sempre o fato de que os picaretas Kevin Williamson e Wes Craven (o ''gênio'' por trás de obras-primas - só que definitivamente não - como Quadrilha de Sádicos 2, A Maldição de Samantha, Novo Pesadelo, Amaldiçoados, A Sétima Alma e várias outras palhaçadas do caralho) plagiaram dois filmes obscuros de terrir na extremamente problemática franquia Pânico: EVIL LAUGH (de 1986) e THERE'S NOTHING OUT THERE (de 1990 ou 1991 - há controvérsias nessa questão da sua data exata). Ambos possuem um Randy próprio e todo aquele aspecto meta, com personagens que sabem que estão dentro de um filme de terror.

Evil Laugh é slasher puro, dirigido pelo controverso Dominick Brascia, o ator gordinho do quinto Jason, que, de acordo com o Corey Feldman e com a mãe do Corey Haim, abusou sexualmente do Haim nos anos 80. O elenco é encabeçado pela então scream queen Kim McKamy que, anos depois, se tornaria uma das pornstars mais famosas dos anos 90 sob o nome Ashlyn Gere. Até arriscaria dizer que Laugh deve ser o filme convencional mais legal dela. Mesmo porque os outros não são grande coisa nem a pau: Canibal (Lunch Meat, aquela trasheira amadora e meio sonolenta lançada pela Gemini, que, na capa, parece que tá escrito ''CANNIBOY'') e Dreamaniac (aquele Freddy Krueger dos pobres, com quase nada acontecendo o filme inteiro e o protagonista mais confuso e esquizofrênico da história do cinema - provavelmente o único fã de Def Leppard E também de punk rock do Planeta Terra; bem, Dreamaniac é tão ruim, mas tão ruim, que é odiado pelo próprio Dave DeCoteau, um cara que só faz tranqueira desde os anos 80, e hoje dirige uma série de abominações pra LIFE-FUCKIN'-TIME).

Enfim, de acordo com o Brascia, ele chegou a encontrar o próprio Kevin Williamson uma vez, que disse pra ele em off que assistiu Evil Laugh e é um grande fã do filme. Não duvido nem um pouco. Afinal, além do Randy dos anos 80 e todo o aspecto meta em Laugh, o roupão do vilão e suas risadas também são bem Ghostfacianas.

Já There's Nothing Out There (que, curiosamente, até possui uma atriz BR no elenco...) não é tão legal quanto Evil Laugh. Mas merece uma espiada também. Ao contrário da vibe slasher, Nothing é um sci-fi misturado com terror, e com uma fortíssima influência da ex-franquia Evil Dead - morta em 1993 com a vinda daquela aberração indizível chamada Army of Dorkness, e, depois, assassinada novamente através da pior série de TV da história, Ash Vs. Evil Drag. Nothing até possui alguns ótimos e delirantes movimentos de câmera e um gore interessante, mas não acho o Randy da vez tão bacana quanto o hilário Randy do Laugh.

Seu diretor Rolfe Kanefsky chegou a declarar no curto documentário Copycat (de uns 10 minutos) que mostrou o longa para um tal Jonathan Craven no comecinho dos anos 90 - sim, o filho do Wes. E daí, alguns anos depois, em 1996, eis que o próprio criador do Freddy Krueger se juntou com o notório farsante Kevin Williamson - um dos piores roteiristas de sua geração - para, juntos, desenvolverem o primeiro filme da saga Pinico; com diálogos e algumas situações que possuem uma boa semelhança com Nothing.

E o resto é história: Pânico, uma franquia extremamente problemática, que trata o espectador como um perfeito otário, filme após filme, recebendo um prestígio absurdo, enquanto Evil Laugh e There's Nothing Out There foram condenados às Masmorras do Esquecimento.

Bem, sobre Scream, tudo que posso fazer é citar uma personagem do próprio Pânico 6 (que, aliás, ainda conseguiu desperdiçar a Kirby, a personagem mais interessante dessa franquia):

''FUCK THIS FRANCHISE.''

OK, como já falei bastante, acho que pararei por aqui dessa vez. Deixarei, então, para uma outra ocasião o debate sobre o excelente documentário sobre o filme perdido da saga do Leatherface, que assisti no último Festival Boca do Inferno. Mas tem um detalhe: os entrevistados tentam dar a entender que foi a primeira vez que uma franquia de terror recebeu uma espécie de ''fan film oficial'' e com o envolvimento de gente do filme inicial de sua franquia... Mas isso não é verdade. 11 anos antes já haviam feito a mesmíssica coisa com Savage Vengeance, uma picaretagem gigantesca que tinha a pretensão de ser uma sequência direta de Doce Vingança, AKA A Vingança de Jennifer, e até trazia a Camille Keaton de volta (porém com pseudônimo) no papel da Jennifer Hills. A única real diferença é que Savage Vengeance (que, de certa forma, também é um filme originalmente inacabado), cinco anos após suas filmagens, conseguiu ser lançado de alguma forma - algo que nunca aconteceu com o tal All-American Massacre. E o mais bizarro de tudo: Savage Vengeance acaba de receber um REMAKE, WTF:

https://www.imdb.com/title/tt8546642/

PS: Caso um dia eu consiga Evil Laugh e There's Nothing Out There de forma física, no formato que for, aí os comentarei com muito mais detalhes. Por enquanto só os assisti no YT mesmo.

 


 

sábado, 8 de abril de 2023

Comentando Postagem Minha de Três Anos Atrás Sobre Fitas VHS da Minha Wish List





 

 

Em Maio de 2020 fiz o post abaixo:

https://7noites7.blogspot.com/2020/05/50-fitas-top-top-de-busca-alem-de-lucio.html

E eis que decidi, agora, fazer um REACT a mim mesmo. E, ao reler o post do link acima, percebi que muitas dessas fitas nem mereciam entrar lá. OK, são fitas que eu gostaria de ter, mas muitas ali não são grandiosas o suficiente para entrar em uma relação chamada ''TOP-TOP 50: Wish List de VHS''.

Portanto reconheço agora que a relação, em boa parte (até na sua maioria, admito), não foi muito bem montada. E, dessa vez, realmente tentarei manter o post o mais breve possível. Afinal, são 50 fitas para reagir abaixo. e, além do mais, já falei bastante delas no post de 2020. Inclusive, nessa ocasião nem comentarei em algumas dessas fitas. (E lembrando que fitas VHS, assim como singles e compactos, são itens que eu só adquiro em fontes físicas.)

...

* = disponível no Brasil em DVD nacional

1. ADOLFO & MARLENE (Max Vídeo)

Também saiu como O Delírio Assassino em Adolfo e Marlene, pela Silver Star.

2. ALGUÉM ESTÁ CHAMANDO (LK-Tel)

O RETIRO DA MINHA WISH LIST DE VHS. Afinal, o filme em questão foi uma das maiores decepções cinematográficas da minha vida. Reconheço que o plot twist é surpreendente, mas não compensa pelas xaropices que levaram a trama até o final WTF.

3. +E ALUCINAÇÕES DE UM GOZADOR (Frenesi)

Até já trombei uma fita da Frenesi, mas era um pornô gay. Portanto a deixei passar. Aliás, parece mesmo que essa era a especialidade do selo.

* 4. ANIVERSÁRIO MACABRO (Argo)

Acabei conseguindo A Última Casa da Esquerda (título da versão alternativa), sem capa, em Dezembro de 2021, por R$ 5. Curiosamente possuo desde 2016 o DVD ''paralelo'' do remake - com capa desenhada - com esse mesmo título em português.

5. O ANJO NEGRO NO MUNDO CÃO (Distar)

Dos gialli mais brutais e violentos que já vi, ao lado de Pesadelo em Veneza, Trevas e O Estripador de Nova York. Mas como já possuo duas edições do filme (ambas AB + Haway)... O RETIRO DA MINHA WISH LIST DE VHS.

* 6. BLOOD AND BLACK LACE (''alternativa'')

7. AS BONECAS DO SHOGUN (Everest)

Curiosamente consegui Beautiful Girl Hunter - do mesmo diretor - em DVD ''alternativo'' com o título Degeneração.

8. CAÇADA SEM FIM (Wera's)

9. CAÇADORES DOS MORTOS-VIVOS (Mythus)

Mythus, curioso selo especializado em bagaças de terror de gosto extremamente duvidoso. Dos três filmes que sabemos com certeza que ela lançou, seria uma bondade extrema chamar algum deles de ''OK''. Dos três, só possuo Scream: Gritos na Noite.

10. CANIBAL (Gemini)

* 11. CANIBAL FEROX (Dado Group / Mac)

Como Umberto Lenzi é o maior picareta do cinema exploitation carcamano (ao ponto de ser possível fazer postagens PARTIAL-PURE MASSACRE de absolutamente TODOS os trocentos gialli dirigidos por ele - até hoje tento esquecer que assisti Spasmo e Gatos Vermelhos num Labirinto de Vidro, duas
aulas preciosas de como NÃO se fazer um murder mystery), hoje em dia eu não teria tanta ênfase em incluir alguma fita dele numa wish list minha de VHS. Lenzi e Sergio Martino são, para mim, os dois únicos diretores italianos realmente superestimados. Só que, pelo menos, o Martino conseguiu fazer uma obra-prima na carreira (ainda chegaremos lá...) e, pelo menos também, o Martino nunca foi um fuckin' asshole arrogante e pretensamente genial como o Lenzi sempre demonstrou ser nas suas entrevistas. Lenzi sucks; não dá mais para pegar leve com quem dirigiu A Passageira, um dos piores filmes já cometidos por ALGUÉM em toda a história do audiovisual mundial.

* 12. CANIBAL HOLOCAUSTO / HOLOCAUSTO CANIBAL (''alternativa'')

Em meados do ano passado, eu e o Gio fomos na goma do ''Mr. Mistério'' fuçar as trocentas publicações antigas de cinema e vídeo dele e, em uma revista da metade dos anos 80, achamos uma nota falando que CH saiu sim em VHS ''alternativa'' por aqui. A mesma relação ainda trazia The Burning sob o inusitado título ''O QUEIMADO'', também bootleg.

* 13. CHOPPING MALL (''alternativa'')

Na época do post anterior, o filme ainda não havia sido lançado em DVD pela VHV e muito menos exibido pela tal Dark Flix.

* 14. +E COMANDO OUT (MPA)

A VHS Comando Out vem circulando online desde 2011 (a primeira vez que soube dela sendo vendida foi nessa época, quando uma locadora com um nome do tipo V-V-Vídeo a colocou à venda por R$ 25), ano em que o assisti pela primeira vez na vida e o adquiri na versão da AV Hits como Fúria Terrorista, no finado e saudoso Apê da Liba. Sei que o post é sobre VHS, mas seria lindo demais se alguém o lançasse em Blu-ray. Outra coisa sensacional seria adquirir o livro em que ele foi baseado, que alguns dizem ser ainda mais surrealista, anárquico e de difícil compreensão quanto o filme. O livro e um eventual BD até seriam produtos que eu poderia comprar online. Bem... Me pergunto se, em algum garimpo por aí, acabarei trombando ela e as outras fitas da MPA (que lançou pelo menos cinco fitas, sendo quatro delas no ano de 1993) em alguma ocasião. Como digo no meu vídeo do Fora de Sintonia, Out é, para mim, o drug-movie mais memorável de todos os tempos - uma obra nonsense e surrealista de extrema qualidade, ao contrário daquela desgraça terminal chamada Nada em Lugar Nenhum Jamais, outra baboseira total da A24, que vem desbancando a Netfux na realização de bobagens fílmicas.

15. +E DEADLY PREY: EXTERMINADOR DE MERCENÁRIOS / EXTERMÍNIO DE MERCENÁRIOS (Wera's)

16. O DEPREDADOR (Lamy)

17. DESEJOS DE COLEGIAIS (Delírio Tropical)

Assim como o Valter José (diretor d'O Bordel e da saga Eróticas Criaturas), Sergio Martorelli foi outro crítico do Guia do Vídeo Erótico que acabou dirigindo filmes pornôs na década de 90. Nunca trombei nem assisti nenhum de seus filmes.

* 18. +E DOCE VINGANÇA (dublado) (Master Vision)

No post de 2020 acabei indagando o seguinte: ''COMO SERÁ A CAPA DESSA PRECIOSIDADE ABSOLUTA?????'' Naquela época eu ainda me perguntava como a capa em questão poderia ser, se teria algum tipo de arte totalmente WTF e incomum. Até literalmente sonhava com isso. Mal eu sabia que a capa da VHS da Master Vision possui a exata mesma imagem clássica do filme, presente na capa frontal da maioria de seus lançamentos em home video mundial: ou seja, a Jennifer Hills de costas, munida com a faca. Admito que fiquei um pouco decepcionado quando finalmente vi propaganda dessa fita numa revista de mil novecentos e bolinha, novamente na casa do Mr. Mistério - amigo do Gio aqui de SP que prefere permanecer no anonimato e não ser identificado.

19. DREAMANIAC (PRINCIPALMENTE com o papelão na íntegra) (Top Tape)

Não sei se o filme entraria numa wish list atual minha. Na época do post de 2020 eu ainda não o tinha assistido. Mas agora que já o conferi - muito infelizmente - não sinto muita vontade não de o incluir em qualquer tipo de wish list minha... Afinal, mesmo filmes ruins precisam de algum apelo extra, algum fator guilty pleasure, para justificar algum tipo de apelo. E Dreamaniac é, simplesmente, uma tranqueira do caralho. E não uma tranqueira das boas.

20. ENTRANDO À FORÇA (PRINCIPALMENTE com o big box intacto) (Taipan / Tupã)

Assim como o filme acima, eu também ainda não havia assistido essa desgraça quando montei a lista desse post de três anos atrás. Mas, hoje em dia, após assistir as TRÊS versões de Forced Entry (1973, 1976 e 2002), incluindo alguns cortes diferentes dessa porcaria estrelada pela Tanya Roberts, posso dizer seguramente que o filme lançado em VHS aqui (em versão mutilada, diga-se de passagem) é, de longe, o pior dos três. Assim como a tralha acima, eu até teria essa fita se a trombasse. Mas não estaria disposto a caçar nenhuma dessas duas trasheiras desajustadas com muita empolgação - muito menos incluir tais presepadas em alguma wish list minha de VHS ou qualquer outro formato.

21. EXORCISMO NEGRO (CIC)

22. FANTASMAS QUE AINDA VAGAM (DIF)

23. FUK FUK À BRASILEIRA (Omni)

O adquiri por inacreditáveis R$ 2 em Outubro do ano passado. Portanto o retiro da lista agora.

24. GRITOS DE SANGUE (Veneza)

25. HISTÓRIAS DO TEMPO DA MORTE (''alternativa'')

* 26. O ILUMINADO (''alternativa'')

27. INSTINTO ASSASSINO (New Action / Smart)

28. JOGOS DA MENTE (Paris)

Filme bacana sim, mas sua inclusão numa wish list é exagerada.

29. UM JUMENTO EM MINHA CAMA (Sexy Bom)

Consegui O Jumento Gozador, desse mesmo diretor, na mesma leva da Fuk Fuk.

* 30. LÂMINA ASSASSINA (Mac)

Em Dezembro de 2021 acabei conseguindo a fita alternativa sem capa do filme, como O Estranho Vício da Sra. Wardh. E, relendo meu post de 2020, ficou muito claro como eu pegava demasiadamente leve com o Lenzi e o Martino: ''O primeiro - e talvez melhor - giallo de Sergio Martino.'' É óbvio que é o melhor giallo do Martino. Afinal, é o ÚNICO grande giallo dele. Mais do que isso, é o único grande filme de toda a filmografia dele.

31. O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3: O MASSACRE FINAL (AB / Distar)

32. A MORTE EM JOGO (Nacional)

33. O OLHO MÁGICO DO AMOR (Vídeo Satélite)

Nas pesquisas no acervo de revistas, guias e jornais antigos do Mr. Mistério, descobri que foi lançada uma versão do filme com capa diferente da habitual, porém pela mesma VS. Talvez seja o filme que menos gosto da trilogia, mas, ainda assim, é muito bom - e é uma fitinha que preciso incluir na minha Camurateca.

34. PAGANINI HORROR (Yellow)

Bem, pelo menos o Luigi Cozzi realmente trouxe um Paganini serial-killer no seu Paganini Horror. Ao contrário do canastrão mór Sergio Martino, cujo último giallo se chama ''MOZART IS A MURDERER'' e, além do título click bait (há, Martino já era um click baiter em pleno 2002!!!), também possui uma capinha sensacional; aí você dá play na bagaça e dá de cara com um slasher sub-Pânico, genérico pra caralho, com um aspirante a Ghostface atormentando um bando de Zé Ruelas, enquanto é perseguido por um detetive completamente imbecil. OK, entrei numa digressão e tanto aqui, mas é que é sempre divertido trollar o diretor de baboseiras do tipo Crocodilo: A Fera Assassina, Keruak: O Exterminador de Aço, A Ilha dos Homens-Peixe e Todos os Crimes do Canastrão (inacreditável pensar que o Martino realmente achou que seria capaz de fazer um O Bebê de Rosemary versão giallo - un-fuckin'-belUweBoll).

35. PALHAÇO ASSASSINO (DIV)

Curiosamente, um ano atrás, enquanto eu fazia um PARTIAL MASSACRE disso em papo com o Mr. Dado, na Augusta, do nada surgiu um palhaço real (WTF) enchendo o nosso saco e nos oferecendo coisas. Foi muito bizarro, mas talvez ele havia ficado puto ao me ouvir malhando o filme em questão. Sobre o The Clown Murders em si, o filme é quase todo péssimo - até ter alguns pouquíssimos momentos dignos no instante em que realmente vira slasher, lá pro final da bagaça. Antes disso é uma lenga-lenga interminável.

36. PESADELO VIVO (TransVídeo)

É interessante dizer que um dos segmentos dessa antologia chega a lembrar Premonição - óbvio que o Premonição do Fulci, já que os outros filmes chamados Premonição não merecem ser chamados de Premonição.

* 37. POSSESSÃO (AV Hits)

* 38. PRELÚDIO PARA MATAR (PRINCIPALMENTE com o papelão intacto) (Poletel e/ou VideoCast)

* 39. PSICOSE 2 (SOMENTE o relançamento com o papelão intacto) (CIC)

* 40. PSICOSE 3 (SOMENTE o relançamento com o papelão intacto) (CIC)

41. ROTA PROIBIDA (Sagres)

42. SEIZURE (MPA)

43. SEXO ERÓTICO NA ILHA DO GAVIÃO (Everest)

* 44. SHADOW WOODS: O PESADELO (Wera's)

45. SUSSURROS DA MORTE (VTI)

* 46. AS TORTURAS DO DR. DIÁBOLO (LK-Tel)

Antologia bem ''mixed bag'': duas histórias ridículas (a da conspiração no showbiz e a do piano assombrado) e duas excelentes (a do gato from hell e a dos dois fãs doentes de Poe). Mas as duas de qualidade compensam e muito pela dupla de presepadas. E é outro filme que eu ainda não havia assistido no post de 2020.

47. A ÚLTIMA SESSÃO (VTI)

* 48. VAMPYRES: AS FILHAS DE DRÁCULA (PRINCIPALMENTE com o papelão intacto) (Top Tape)

Sei que o post é sobre VHS, mas acho que seria interessante dizer que, algum tempo atrás, pesquisando uma outra coisa (Jean Rollin), acabei descobrindo que o Vampyres chegou a ser exibido em uma mostra de São Paulo sob o título Vampiras. Curioso.

49. VIAGEM AO CÉU DA BOCA (Vídeo Satélite)

Eis que o adquiri X2: alterna sem capa e selada da VS, ambas por R$ 5 cada. Nada mais, nada menos que o meu filme BR favorito junto do Estrela Nua - cuja rara versão da Reserva Especial poderia muito bem entrar nessa relação.

* 50. VIVER E MORRER EM LOS ANGELES (''alternativa'')

O meu filme favorito de todos os tempos junto de Maus Companheiros (AKA Natureza Diabólica) e De Olhos Bem Fechados. Nunca trombei essa fita, mas, curiosamente, já trombei sua trilha sonora em fita K7 e o compacto da canção-tema pelo Wang Chung. Bem... Só sei que nunca pensarei em William Friedkin como o diretor d'O Exorcista, e sim como o diretor de Viver e Morrer em LA. ''FREEZE IT UP, PAL.''

segunda-feira, 20 de março de 2023

Observações Resumidas Sobre Tópicos Variados: PURE MASSACRE = ZOMBIE HIGH (''Alunas Muito Especiais'' / ''Zumbis no Colégio'', 1987) + SPEAK NO EVIL (''Não Fale o Mal'', 2022) + PARTIAL MASSACRE = SCREAM 6 (''Pânico 6'', 2023) + Underhard no Fofinho em 17 de Março de 2023 (Wasted com Insane e Wild Side) + O Passado Obscuro, Farofa e Viking de Regis Tadeu




 

 

Hey galera. Tentarei fazer aqui breves considerações sobre os assuntos do título da postagem.

1. ZOMBIE HIGH

Eis o título que eu tinha em mente para um post isolado desse filmeco oitentista:

''PURE MASSACRE = ALUNAS MUITO ESPECIAIS, A.K.A. ZUMBIS NO COLÉGIO (ZOMBIE HIGH, 1987), um dos Piores Filmes de Terror dos Anos 80 e Provavelmente a Coisa Mais Fuckin' Boring Já Feita com ''Zombie'' no Título''

A primeira vez que ouvi falar dessa atrocidade cinematográfica foi lá no finalzinho dos anos 90 do século passado, através de uma Set: Terror & Ficção - provavelmente a edição com o também horrível Army of Dorkness na capa. Foi numa seção chamada ''Vídeos para Evitar'' ou algo do tipo, em que alguém massacrava o filme em questão e pedia pro leitor manter distância. Após seguir esse conselho - bastante apurado - por mais de duas décadas, eis que, esses dias mesmo, acabei assistindo essa desgraça - talvez pela curiosidade de ver a Virginia ''Candyman'' Madsen e a Sherilyn ''Twin Peaks'' Fenn pagando mico antes de ficarem conhecidas.

Antes de começar a malhar essa aberração indescritível, gostaria de comentar que tanto o título original em inglês - ''Zombie High'' - quanto o título da VHS nacional - ''Alunas Muito Especiais'' - são puro estelionato. Afinal, não tem zumbi nenhum nessa porra, a trama não se passa no colegial e sim na faculdade, e o título BR mais parece nome de filme pornô.

A história dessa tentativa fracassada de terrir é a seguinte: num campus universotário, a protagonista interpretada pela irmã do Michael Madsen, ao perceber que quase todos ao seu redor agem de maneira catatônica e servil, decide investigar o motivo por trás desse estranho comportamento. Entregar mais alguma coisa além disso seria spoiler, mas devo dizer que o próprio filme não possui suspense nenhum e não consegue criar nenhum clima de mistério em torno de seu ''plot twist'' - se é que dá para dizer que temos algum tipo de plot twist em Zombie High... A real é que talvez não seja possível entregar spoilers sobre um filme em que porra nenhuma acontece.

Bem, talvez ZH tente criticar a forma como entidades horripilantes como escolas e faculdades (AKA Colegial Parte II: O Retorno da Maldição) tendem a fazer uma lavagem cerebral nos alunos e os transformar em zumbis, mas, como ZH é um treco inacreditavelmente péssimo e mal feito em todos os sentidos possíveis, essa provavelmente seria uma leitura exagerada da obra.

E isso sem contar a péssima trilha sonora easy listening, ou a desastrada edição - duas coisas bastante aleatórias que não fazem o menor sentido.

Enfim, além de Virginia e Sherilyn, temos também no elenco o Scott Coffey, d'A Estrada Perdida e Cidade dos Sonhos, e Richard Cox, de Parceiros da Noite. Aliás, dá para jurar que Cox, em diversos momentos de ZH, está interpretando o exato mesmo personagem que viveu naquele clássico giallo americano de William ''Viver e Morrer em LA'' Friedkin.

Anyway, não seria exagero dizer que Zombie High é um dos piores filmes de terror não apenas dos anos 80 mas de todos os tempos. Não dá para recomendar isso para absolutamente ninguém, exceto, talvez, gente muito curiosa em ver os atores que citei acima se queimando em algo tão abominável. Fuja com todas as suas forças - ou confira por sua própria conta e risco, fritando o seu cérebro com uma hora e meia do pior que o cinema de horror pode oferecer.

2. SPEAK NO EVIL

Anos antes de realizar Speak No Evil, seu diretor dinamarquês Christian Tafdrup (que, como ator, esteve naquele drama barra-pesada e depressivo Daisy Diamond, em que a grande Noomi Rapace interpreta uma atriz pornô que usa o nome de guerra que dá o título do filme), em férias com sua família na Itália, conheceu uma família holandesa. Apesar dos holandeses em questão serem meio esquisitos, as duas famílias até que se deram bem. De volta a Dinamarca, a família de Tafdrup recebeu um cartão postal os convidando a ir pra Holanda passar uma temporada na casa dos holandeses. Tafdrup recusou o convite, mas, daí, ficou imaginando o que diabos teria acontecido se ele tivesse aceitado a proposta. E seus pensamentos mais sombrios e paranoicos resultaram no roteiro de Speak No Evil, com uma família dinamarquesa indo passar as férias na casa duma família holandesa que conheceu em férias na Toscana. Aos poucos, eles vão notando que os holandeses são, por assim dizer, excêntricos e não muito convidativos.

Daria para dizer que Speak No Evil é uma espécie de mistura de dois excelentes filmes recentes de horror psicológico-social: o japonês Creepy e o americano Corra! Mas, infelizmente, ao contrário daquelas duas possíveis obras-primas, SNE dá umas deslizadas; na altura exata dos 42 minutos, o filme consegue cometer um duplo suicídio simplesmente vergonhoso. Admito que, assim que isso ocorreu, tive que pausar o negócio durante uns 15 minutos, e foi muito difícil voltar a dar play. Afinal, foi um daqueles momentos tipo os 10 minutos finais d'A Hora do Pesadelo original, em que um filme está claramente chamando o espectador de imbecil. E, além disso, os instantes finais de SNE também possuem uns problemas no roteiro que são tarefa árdua de engolir.

Ainda assim, SNE provavelmente é um bom filme. Talvez até seja um filme realmente bom. Mas é preciso fazer certas concessões e aceitar certos comportamentos de alguns de seus personagens, para poder realmente comprar a ideia do longa e embarcar nessa viagem nada glamourosa a Europa. Bem, é como diria o poeta: ''Travelling the world is overrated.''

OK, acabei de fazer tudo possível para não entregar porra nenhuma de spoiler aqui. Que é o que farei, novamente, ao comentar o filme abaixo.

3. SCREAM 6

Eis o título que eu tinha em mente para um post isolado dessa bobagem cinematográfica:

''PARTIAL MASSACRE = PÂNICO 6 / SCREAM 6 (2023), Mais um Capítulo Pega-Trouxa Dessa Franquia Extremamente Problemática, Que Trata o Espectador como Otário - Co-Estrelando Gio ''Sadymasoquista'' Mendes e Valter ''Trutão da Morgana Dark'' Jr.''

Como ainda pretendo fazer um post próprio e extremamente detalhado de Pânico 6, farei agora apenas uma breve observação sobre o filme.

Apesar de termos conseguido meia-entrada de R$ 10, mostrando comprovantes de trabalho, ainda assim me senti roubado e um perfeito otário por comprar ingresso para Pânico 6. Ainda pior é pensar que contribuí com a bilheteria mundial dessa porra, algo que provavelmente me deixará mal para o resto da vida, tendo que fazer terapia constante para superar tal trauma. Mas, para compensar, posso te garantir uma coisa: eu NUNCA MAIS assistirei filme nenhum dessa franquia do caralho no circuito comercial. Afinal, Pânico é uma espécie de Cunts N Posers do cinema slasher: algo extremamente superestimado que, definitivamente, não justifica todo o seu hype.

Até admito que o trailer disso conseguiu vender bem o filme: a proposta de ambientar a saga de Ghostface na cidade grande (Nova York, no caso), a ideia do GF da vez eventualmente usar arma de fogo e a masca enferrujada do mesmo nos passaram uma promessa de algum frescor; de algo minimamente diferente dessa vez.

MAS NÃO SE ENGANEM.

Essa porra é dirigida pela tal Radio Silence, uma dupla de palermas que, além de dirigir o que talvez seja o pior segmento do primeiro V/H/S, também estiveram por trás do Pânico anterior - pataquada que já começava tratando o espectador como idiota, ao revelar que a Tara não havia sido morta na cena de abertura. (É, como respeitar uma franquia slasher em que seres humanos comuns sobrevivem de boa trocentas lesões cabulosas diferentes, como se fossem o Michael Myers ou o Jason... FUCK THIS FRANCHISE, como uma personagem do próprio Pânico 6 diz numa cena.)

E, apesar daquele trailer promissor, o que nós temos em Pânico 6 é mais do mesmo: um slasher seguro e covarde, que repete diversos vícios e falhas vistos nos filmes anteriores dessa franquia absurdamente problemática, com os fãs mais retardados das galáxias, que consideram hacks como Kevin Williamson e Wes Craven gênios visionários.

Na realidade, a franquia Pânico, até hoje, só teve três cenas ousadas: a abertura do primeiro filme (e é melhor você aproveitar bem aquela intro, porque tudo que virá a seguir na cinessérie ficará muito abaixo daquilo), a sequência do parque no segundo e a cena do hospital no quinto. De resto, é uma espécie de mistura de Malhação com Stranger Fags, com tantas coisas vergonhosas que eu poderia ficar até amanhã descendo a lenha.

Pois bem. Por enquanto é isso, mas eu talvez volte para fazer uma análise bem longa e detalhada de Pinico 6. Tem muiiiiiito mais para ser dito dessa palhaçada.

PS: Após a sessão, eu e o Gio estávamos na estação de metrô conversando. Aí ouvimos uma voz muito próxima e estranha vindo de trás da gente, dizendo umas coisas desconexas e incompreensíveis tipo o paperboy lá do filme do Victor Salva (A Vila do Medo, AKA Rosewood Lane). Quando viramos para trás, não tinha absolutamente ninguém por perto. Foi estranho pra caralho e muito mais assustador do que o sexto Pânico e as presepadas do Ghostface.

4. FOFINHO: UNDERHARD

No último FDS estive no Fofinho para conferir covers de Def Leppard, Ratt (fazendo sua estreia no local) e Motley Crue. E aí você percebe que tem algo de errado quando bandas covers apresentam setlists mais interessantes do que as originais, já que esses tributos a Def Lep e Motley mostraram repertórios superiores ao das bandas verdadeiras no show comentado no post anterior.

Esse do Leppard Cover foi inacreditável, já que a única música esculhambada foi a horrorosa Love Bites. Mas, de resto, nem pude acreditar: teve simplesmente ROCK BRIGADE e STAGEFRIGHT e ACTION! NOT WORDS. Incrível.

O cover de Ratt também mandou muito bem, com um set de 12 canções. Senti falta de Dance e One Step Away, mas, dessa dúzia de músicas, só uma eu não curto muito: Lovin' You Is a Dirty Job.

E esse cover de Motley, novamente, entregou um setlist batido e previsível, inspirado no show do MC verdadeiro do Allianz Parque - uma péssima ideia, convenhamos. Mas, pelo menos, adicionaram Take Me to the Top e Ten Seconds to Love ao set.

E, na discotecagem, milagrosamente tocaram a minha amada Down Boys do Warrant. É a quarta canção do Warrant que escuto em discotecagem de evento farofa, após Uncle Tom's Cabin (que o Regis Tadeu já disse achar uma das músicas mais espetaculares de hard-glam de todos os tempos - e é mesmo), a balada mais ou menos Sometimes She Cries e a deprimente Cherry Pie - a canção que ajudou a levar o saudoso Jani Lane ao suicídio através da bebedeira.

5. CURIOSO TRECHO DE VÍDEO DO RMH


https://www.youtube.com/watch?v=OLvyMi4_Z2o
 

Falando em hard rock e coisas do tipo, recomendo uma verificada no vídeo acima, na marca dos 18 minutos e 5 segundos até 19 minutos e 26 segundos. Prefiro só falar isso. Eu pelo menos achei bastante inusitado e revelador. (...) OK, por hoje é tudo.




quarta-feira, 8 de março de 2023

(7 de Março de 2023) Titio Marcio, Gio ''Vizinho de Satã'' Mendes e Leandro ''Buchinsky'' Caraça em Rolê-Garimpo nos Sebos + Aventura-Desventura Solo em Evento de Hard Rock Farofento no Allianz Parque


 

 

... decidimos visitar alguns sebos de uma certa região de São Paulo e, em um deles, acabei pegando três DVDs nacionais por R$ 5 cada: Na Teia da Aranha e as partes 2 e 3 de Busca Implacável. Na Teia da Aranha segue Beijos Que Matam e depois recebeu uma terceira parte, A Sombra do Inimigo, com o Morgan Freeman sendo substituído no papel do detetive Alex Cross. Lembro de gostar dos três filmes quando os vi, então pode ter sido uma aquisição digna. Já Busca Implacável 2 e 3, dirigidos por um tal Olivier Megaton (nome tipo ''DJ Caruso'' - pelo nome você já sabe que o cara manda mal), são duas tranqueiras do caralho, mas que, por algum motivo, achei que seria boa ideia trazer para a coleção de Devedês.

Aí, após explorarmos mais um pouco os sebinhos dessa área, o Leandro acabou nos levando a um sebo de uma região ali perto, que eu e o Gio nunca havíamos visitado. Uma vez lá dentro, logo após o Leandro ter que ir embora, consegui adquirir dois Blu-rays americanos interessantes o suficiente, por R$ 15 cada: Atividade Paranormal 1 e 30 Dias de Noite. 30 Dias eu nunca assisti, mas imaginei que poderá ser interessante de conferir em alta definição, apesar do sempre canastrão Josh Hartnett como protagonista. (Hartnett esse que se queimou eternamente ao atuar ao lado do sempre detestável Harrisshole ''Han Só no Loló'' Ford no deplorável Divisão de Homicídios.) Já AP 1 eu sempre quis pegar nesse BD americano, já que a edição nacional deixa a desejar. Outra coisa a desejar é pensar que o final original do filme - bastante impactante - foi mudado para algo infinitamente pior, por sugestão do otário do $teven Is Pig. Puta que pariu, pensar que, a essa altura do campeonato, os responsáveis por AP ainda não haviam aprendido que nada de bom pode vir do imbecil responsável por Jurassicunt Porko, O Resgate do Scumbag Ryan, Jogador Número 0 (que só não é o pior filme que assisti na década passada porque nada é pior do que A Hora Mais Escura, da Kathryn Big Low), a horrorosa franquia do Indianal Jones e trocentos outros crimes inafiançáveis contra a Sétima Arte... Enfim, agora possuo o BD americano do AP 1 mais as edições nacionais em BD das partes 2-4 e o Marcados pelo Mal. Quero conseguir a seguir a edição nacional no formato do Atividade Paranormal em Tóquio, AKA Atividade Paranormal: Tóquio. Já o Dimensão Fantasma (um tsunami de jumpscares genéricos) e o filme que veio depois (que, a julgar pelo trailer e por coisas que ouvi e li, parece chupar o horrível Midsommess - portanto não tem como ser bom) não me interessam em absolutamente nada.

Ainda se tratando dos sebos que visitamos ontem, em um deles, encontrei o single Hello Again, do My Little Lover, pelo salgado preço de 50 mangos. No centro de Sampa, os singles japas sempre custaram entre R$ 1 (!) e R$ 10 estourando. Ainda assim fiquei tentado a pegar esse single. Por R$ 20 ou R$ 25 estourando acho que daria para encarar. Afinal, essa é uma das canções mais lindas e sensacionais que já escutei na vida, e foi uma das responsáveis por eu me apaixonar por JPop - dos anos 80 e 90 - lá na metade da década de 2000. Até tenho o CD do MLL que a possui, além de dois singles futuros da banda, mas esse single é o item mais imbatível da banda para mim. Bem, quem sabe eu o consiga futuramente em outro lugar - afinal, já consegui singles mais obscuros e raros do que esse na minha trajetória como ''JPopper''.

Aí o Gio teve que cair fora e, pouco antes disso, tive uma ideia inusitada: ir na Barra Funda, para verificar a vibe por lá, afinal, no Allianz Parque, haveria o show do Def Leppard com o Motley Crue - sim, você não leu errado, essas bandas ainda existem, apesar de terem morrido no milênio passado, mais precisamente no longínquo ano de 1987.

Bem, a real é que, por mais que seus integrantes não sejam pessoas agradáveis, seus shows sejam ruins-péssimos tanto nas performances quanto nos previsíveis e batidos setlists, e todos os discos lançados por ambas as bandas a partir de 87 sejam esculhambados, os três primeiros discos desses grupos são clássicos absolutos do metal farofa. E, por causa desses três primeiros álbuns (On Through the Night, High and Dry e Pyromania no caso do Def Lep, e Too Fast for Love, Shout at the Devil e Theatre of Pain no caso do Motley), ambas as bandas acabam figurando entre as minhas favoritas de todos os tempos.

Outro motivo de ir lá, além de tentar escutar algo do show do lado de fora (!), foi o de tentar comprar alguma camiseta supimpa com os camelôs camaradas.

Mas, como a região da Barra Funda, principalmente de noite (o evento estava previsto para acabar tipo 23H30) e nas proximidades da estação de metrô, pode ser meio deserta e até perigosa, decidi deixar as coisas que eu havia comprado com o Gio, no caso de eu acabar sendo assaltado na volta.

Assim, fui pra lá com porra nenhuma na mochila, e com dinheiro suficiente somente para comprar uma única eventual camiseta.

Chegando na região, fui surpreendido com uma quantidade maior de camisetas à venda do que eu imaginava. Outra coisa inusitada foi perceber que não eram só camisetas piratas: os camelôs estavam vendendo também camisetas oficiais da Consulado do Rock (!) além de algumas camisetas que esgotaram na Galeria do Rock anos atrás (!!), para a minha surpresa.

Logo que cheguei lá (no começo do show do Motley - se é que dá para chamar as pataquadas do Vince Neil, AKA Pior Cantor da História do Hard Rock Mundial, de ''show''), as camisetas estavam custando de R$ 70 a R$ 80, a mesma faixa de preço atual da Galeria. Mas, mais adiante, encontrei um local as vendendo por preços menores, e, daí, comprei uma do Theatre of Pain (da Consulado, com o tracklist na parte de trás) por meros R$ 55. Uma pena que eu não tinha mais grana para comprar dois modelos diferentes do Shout at the Devil, incluindo uma camiseta que desapareceu da Galeria faz anos. (Se eu tivesse então comprado aquele single do My Little Lover, aí eu não teria como comprar nem uma mísera camiseta...)

Já sobre os shows em si...

Imaginei que teria uma caralhada de gente lá tentando escutar algo do lado de foram, mas, curiosamente, parece que só eu estava com esse propósito por lá. Após circular bastante aquela área toda, achei um lugar que até dava para ouvir algo - porém de forma distante, abafada e distorcida. Dessa maneira, escutei parte de ambos os shows.

No Motley teve partes em que dava para identificar facilmente uma canção, mas, em outras ocasiões, era uma confusão do caralho. Acreditem se quiser: durante a Dr. Fillernogood, eu fiquei em dúvida no começo se era ela ou a subestimada Piece of Your Action que estava rolando. Em outro momento eu não tinha certeza se era a Too Fast for Love ou a esquecida Sick Love Song (uma das poucas que prestam a partir de 1990).

Já no show do Def Lep o áudio estava mais limpo e audível, de maneira geral. Curti Animal (a única que adoro após o Pyromania), Foolin' (lembrando geral que, mesmo na época boa, as letras do Def Leppard já eram horríveis) e o guilty pleasure Armaggedon It, uma das coisas mais retardadas da história da música mundial. Mas, assim que a ultra-hiper-mega-odiável Love Bites teve início, tratei de cair fora de lá, para não ter que escutar aquele refrão horroroso.

Portanto, tive que, novamente, desviar dos cambistas tentando vender ingresso (''os cambistas se ferraram dessa vez''), para chegar até o metrô Barra Funda e voltar para casa. (E nem adiantava falar pros cambistas que eu não tinha nenhum interesse em comprar ingresso. Eles praticamente imploravam pras pessoas comprar ingresso deles. E eles simplesmente não entendiam como diabos eu podia estar lá sem ter interesse em assistir os shows.)

Músicas do setlist de ontem do Motley que entrariam no MEU setlist:

Wild Side
Shout at the Devil
Too Fast for Love

Músicas do setlist de ontem do Def Lep que entrariam no MEU setlist:

Animal
Foolin'
Rock of Ages
Photograph

(E, por falar em shows, continuo na torcida para que o Fake Number volte a ativa, com o line-up que for, desde que seja com a Elektra no vocal. Vem rolando uns rumores de que a banda pode voltar a qualquer instante, e até surgiu uma Platônico 2 no Tubão algum tempinho atrás.)

 


 

sábado, 25 de fevereiro de 2023

(Vida Bizarra) Relato do Dia: Titio Marcio no Hospital do Michael Myers e Outras Histórias Estranhas


 

 

(Tentarei manter essa postagem curta e objetiva. Veremos se conseguirei.)

Hoje tive que fazer uma ida a um hospital de SP que eu nunca havia visitado, na parte de uma região em que nunca frequento.

Chegando lá de ônibus, reparei que, do lado de fora, o hospital em questão realmente tem a aparência de um hospital comum.

Mas PQP: entrando lá, parecia que eu estava no Haddonfield Memorial Hospital, o infame hospital do segundo Halloween: o negócio todo abandonado, e era possível andar bastante lá dentro sem trombar ninguém, seja funcionário ou paciente. E tem aqueles que chamam Halloween II de inverossímil, dizendo que não existem hospitais daquele tipo na vida real...

OK, após o meu compromisso lá ser realizado, saí e fui em um restaurante próximo, já que não havia comido absolutamente nada o dia inteiro - o que não é novidade para mim, já que, nos meus rolês VHS mais extremos e influenciados por A Dark Song, o filme que me levou a loucura e mudou a minha vida para sempre, eu costumava mesmo passar o dia inteiro sem me alimentar de maneira alguma, como parte dos meus sacrifícios ao Deus VHS (uma pena somente que, em troca, eu só tomei no cu e não cheguei a lugar algum, para deixar de ser trouxa e iludido).

Aí, após o rango, decidi explorar a região, caminhando a esmo pelos arredores, já que é sempre empolgante andar por cantos inesperados. (Quer dizer, isso só é empolgante até você eventualmente trombar gente mal-intencionada que poderá te assaltar-espancar-estuprar-assassinar, é claro.)

Como se trata de uma espécie de fim de mundo, achei que não seria possível trombar alguma fonte colecionista por aqueles cantos.

Até que, andando aqui e ali, trombo um lugar com a fachada simplesmente dizendo:

''SEBO''

WHAT THE FUCK :) Sem pensar duas vezes, já fui entrando empolgado, lógico! Afinal, mesmo se não encontrasse nenhum item apetitoso, ainda assim a experiência provavelmente seria válida.

A atendente era uma senhora que foi me guiando pelos CDs, DVDs e DVDs ''alternativos'' do local. Quando perguntei por eventuais outros CDs e DVDs, ela chamou um cara para me atender.

E. PUTA. QUE. PARIU.

Reconheci o cara de imediato e fiquei muito espantado: era o mesmo cara que, em 2013, me vendeu a minha VHS mais rara ever, Grunt: Confronto Mortal (divertido ''wrestlesploitation'' sem noção dos 80s que poderá agradar fãs de El Santo e afins - mas só eles também), da ultra-obscura House Movie, em um sebo perto da Mooca que não existe mais desde a virada de 2014 para 2015!!!

Caralho, minha vida é muito bizarra. Quem diabos poderia prever algo assim para hoje...

Disse então que o reconheci daquela ocasião, e ele até comentou que ainda tinha algumas VHSs lá nessa loja. Ele trouxe as fitas para eu olhar, mas, infelizmente, eram somente umas dez, e todas muito fracas.

Mas, como ele também tinha mais DVDs além daqueles à mostra, acabei passando um tempo por lá fuçando esses DVDs todos. (Até tinha lá aquele combo de banca dos Halloweens 2 e 3, hahahaha, dando uma sensação 3D ao rolê todo.)

E eis que, no final das contas, sem pedir desconto nem nada, acabei comprando lá os seguintes produtos por precinhos bem camaradas:

* HQ Jaspion # 1 (Abril) = R$ 5

Peguei por reposição, pelo preço inacreditável e para trocar com algum eventual otaku por algum item de meu interesse - poderá ser uma VHS foda ou um single foda. A capa está meio detonada por causa de um durex sem noção, mas é uma peça histórica. E um detalhe curioso: essa modesta HQ foi o meu PRIMEIRO item colecionista ever, quando eu, lá em 1990, no seu lançamento, fui presenteado com ela, que havia acabado de sair nas bancas. Eu mal havia nascido e já estava sendo levado para esse mundo do colecionismo.

* DVD original Medo em Cherry Falls (Alpha + Caras) = R$ 4

Edição de banca desse simpático slasher que marca o auge da gostosura da finada Brittany Murphy - destaque para a cena dela provocando o namorado, hahaha. Infelizmente, é um daqueles casos tipo Martin (a única obra-prima do George Romero) ou o segundo Amityville - ou trocentos outros filmes - de uma obra cinematográfica que, ao que indica, permanecerá com cortes eternamente, e nunca teremos a chance de conferir em versão uncut. Mas o filme é bacana de qualquer forma. O deverei assistir novamente essa noite mesmo.

* DVD original [REC] (California) = R$ 3

Preciso rever esse found footage altamente cultuado, já que só o assisti na época em que surgiu e não curti muito.

* DVD ''alternativo'' Busca Implacável 2 = R$ 3

Tenho o primeiro - muito maneiro - em Blu-ray canadense e, agora que peguei o 2 pirata, também pegarei o 3 pirata; sei de uma fonte que o possui. Dizem que essas partes 2 e 3 são bem toscas, mas quero sim fazer uma dobradinha com elas. Aliás, se não me engano, um dos vilões é interpretado pelo tiozão que faz o pai da Leelee Sobieski em De Olhos Bem Fechados. Só por isso já valeria a pena assistir.

OK, até o próximo rolê inusitado, galera.

P.S. OFF-TOPIC 1: Cacetada, no mês passado o 7NEC teve exatas 666 visualizações gerais :)

P.S. OFF-TOPIC 2: Em uma das últimas lives do Regis Tadeu + Paulo Baron (PB esse que ganhou o meu respeito máximo no dia em que disse as seguintes palavras: ''EU ODEIO $TAR WAR$. ACHO CHATO PRA CARALHO.'' Hail.), aconteceu algo meio sinistro. Foi a live sobre discos ao vivo, na altura específica de 1:51:51. O Regis recebeu um superchat da esposa de um amigo dele. Aí ele disse, de uma forma meio estranha e possivelmente maliciosa (ao menos dava abertura para essa leitura), que a mulher em questão era ''uma pequena demônia'', dizendo ''é uma piada interna'' a seguir. Após isso entraram uns sons estranhos de fundo, meio distorcidos, como se houvesse uma conversa alheia interferindo na live. O Regis ficou olhando confuso pros lados e comentou ''cara, eu tô escutando umas vozes'', ao que o Baron respondeu ''eu não ouvindo nada''. Foi esquisito. Bem... O Regis já comentou uma vez que já teve experiência sobrenatural, mas sei lá que porra ocorreu dessa vez. Talvez não foi nada. Ou talvez foi ''um pequeno demônio'' cobrando alguma satisfação dele. Vai saber.