quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

REACT = Regis Tadeu Massacrando Love Sux, o Sétimo Álbum de Estúdio da Avril Lavigne + Pitacos Gerais Sobre a Discografia da Nossa Feminazi Favorita




 

 

(Pretendo deixar esse post curto, mas sei lá o que diabos irá acontecer. Seja o que Deus ou Satanás quiser.)

Vi que, para a minha surpresa, o Regis Tadeu fez um vídeo fazendo um PURE MASSACRE no Love Sux (2022), último álbum de estúdio da nossa feminazi favorita, a Avril Lavigne.

Antes de chegar no react em si, gostaria de tecer breves comentários sobre os discos anteriores dela.

Let Go, o debut, é, para mim, um daqueles casos de discos de estreia decepcionantes de artistas que adoro - mesmo caso do Judas Priest, Megadeth e Faith No More, cujos debuts também não me agradam muito, beirando o esquecível. Ainda assim, tem duas faixas sensacionais: a canção de abertura Losing Grip, talvez a única música da Avril que dê para chamar de grunge, e a maravilhosa e completamente subestimada Things I'll Never Say, um raríssimo caso de canção da Avril com letra digna. Mas, no lado negativo, temos fillers como Unwanted e Anything But Ordinary, além da absolutamente insuportável Sk8er Boi, uma daquelas porras que eu adoraria nunca mais escutar na vida - mas, como infelizmente é o terceiro maior hit dela, sempre acabarei me deparando com essa desgraça nas discotecagens e shows cover da vida.

Já os dois discos seguintes, Under My Skin e The Best Damn Thing, são clássicos absolutos, dois álbuns que amo. Inclusive, se juntar os dois, só terá três canções que não curto, que são as xaropices insuportáveis Don't Tell Me (muito infelizmente lançada como single-clipe), How Does It Feel e When You're Gone. (Bem que poderiam ter incluído os ótimos B-sides I Always Get What I Want, Take It e Alone no lugar desse trio de aberrações sonoras.) Tirando as três chatices, temos coisas maravilhosas como as tristemente ignoradas e simplesmente esquecidas Fall to Pieces, Take Me Away, Freak Out (''GONNA LIVE MY LIIIIIFE.''), I Don't Have to Try (refrão cabuloso) e a maravilhosa Everything Back But You (''BITCH! SLUT! PSYCHO BABE!''), o meu real ponto de partida na ''Avrilândia''.

Já os dois discos seguintes, Goodbye Lullaby e Avril Lavigne auto-intitulado (francamente sempre esqueço qual dos dois vem antes) são apenas dignos, e marcaram o início da decadência comercial e artística dela. Mesmo assim possuem lá algumas canções de destaque, como a viciante Smile (a letra é mó barato: ''You know that I'm a crazy bitch. (...) 'Cuz you're fuckin' crazy rock N roll.'') e a magnífica balada Wish You Were Here, a minha favorita com esse nome, superando as homônimas dos xaropes do Incubus e do Pink Floyd - na verdade, a prefiro até mesmo do que a homônima do meu adorado Hey Monday, por mais que aquela seja uma excelente canção também.

E daí a casa caiu em definitivo.

Se as coisas - tanto artisticamente quanto comercialmente - já não iam mais tão bem nos discos 4 e 5, tudo piorou infinitamente mais com a vinda do francamente abominável Head Above Water, um álbum absolutamente horroroso em que nada se salva. Não existe nenhuma faixa minimamente aproveitável nessa aberração pavorosa, uma tentativa da Avril de largar o pop punk emonóide e entrar de cabeça no mundo das divas pop. Óbvio que ela tomou devidamente no culo, como fica evidente em canções ridículas como a desgraçada I Fell in Love with the Devil (cujo refrão vem me assombrar de tempos em tempos), Dumb Blonde (dueto com a Nicki Menage) e a faixa-título. Um disco para ser completamente evitado com todas as forças, e provavelmente um dos piores álbuns de todos os tempos.

E agora sim chegaremos no react, com o Regis massacrando o sétimo LP dela, Love Sux.

Bem, concordo com várias coisas que o Regis disse no hilário vídeo, mas discordo de que todas as faixas do álbum sejam fracas. Afinal, gosto muito da faixa-título (''Na na na, now I'm all fucked-up. Call it bad luck. Why does love suck...''), de Bois Lie e da maravilhosa e fodástica ao extremo Cannonball. Diria até que Cannonball entra no meu TOP 5 Avril, junto de Things I'll Never Say (com aquela letra parte romântica, parte safadinha), Freak Out, Nobody's Home e Everything Back But You.

Inclusive, essa parte do Regis malhando a Bois Lie foi mó comédia: ''NÃO É ''BOYS''. É ''BOIS'' MESMO. ''BOIS LIE''!!!'' Ele até chamou a colaboração nessa faixa da Avril com o abominável Machine Gun Kelly (péssimo como ator, como rapper, como pop punker e como qualquer outra coisa - e maldita Netfux que o colocou para interpretar o Tommy Lee no desastrado The Dirt) de um dos duetos mais horríveis da história da música mundial. Bem, concordo que MGK sucks balls, mas acho Bois Lie tão legal que nem ele conseguiu estragá-la para mim.

Mas terei que concordar que o restante desse álbum (''que conta com o Travis Barker, baterista do também horroroso Blink-182'' - realmente, Blink é uma banda que não dá mais para ouvir, uma piada que perdeu a graça já faz tempo) é mesmo muito fraco. Tirando as três faixas que citei acima, não curto mais porra nenhuma de Love Sux. E, para piorar tudo de vez, tiveram a ideia genial (só que não) de lançar as duas canções mais péssimas do disco como os carros-chefes: Bite Me e Love It When You Hate Me, duas pataquadas que certamente entrariam no meu TOP 10 das piores da Avril.

Destaque, também, para o trecho em que o Regis disse que o Love Sux como um todo carece tanto de peso que faz Paramore soar como Megadeth na comparação.

Mas não terei como concordar com o trecho sobre Love Sux deixar a Joan Jett envergonhada. Afinal, a própria JJ (totalmente decadente e perdida desde algum momento dos anos 1980) colaborou com a Miley na pior canção ever de toda a carreira dela, aquela presepada total nível extra hard chamada Bad Karma - que certamente entra no meu TOP 10 de piores músicas que já escutei na vida.

E, por falar em Miley, certamente prefiro a FU dela (presente no disco Bangerz, o último grande momento da MC) do que a homônima do Love Sux.

 


 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

''WE'LL TEAR YOUR FUN APART''... PURE MASSACRE = HELLRAISER 2022, uma Ruindade dos Diabos


 

 

Após o abominável Hellraiser: Judgment (Hellraiser: O Julgamento - o décimo capítulo da franquia), uma das piores aberrações já feitas no cinema de terror, a saída encontrada foi contratar o outrora talentoso diretor David Bruckner (do ótimo A Casa Sombria, AKA The Night House, atmosférico e assustador thriller com a sempre excelente Rebecca Hall) para rebootar o diabólico universo de Pinhead e seus coleguinhas infernais. Mas, muito infelizmente, o resultado também foi muito, muito fraco, ficando acima somente do seriamente péssimo Judgment (de longe, o pior da saga inteira) e do também altamente problemático Deader (O Retorno dos Mortos - o sétimo filme da série).

Aí, após assistir o HR '22, pensei aqui com os meus botões:

''Cacetada, esse diretor é o mesmo do ótimo A Casa Sombria, então por que diabos o Hellraiser dele é essa tranqueira do caralho?''

Bem, talvez seja pelo fato d'A Casa Sombria ser um projeto pessoal dele, e com uma vibe toda sutil e sugestiva. Já o universo - visceral e sanguinolento - de Hellraiser não é lá muito famoso pelas sutilezas, né... Portanto, por mais que o cara tenha demonstrado talento em outro trabalho, acho que podemos concluir que ele não era a pessoa certa para salvar uma saga que se encontrava desgastada e perdida.

Já a trama dessa porra de HR '22 acompanha uma junkie que acaba se deparando com a Configuração de Lamentos, algo que - literalmente - infernizará a vida dela ainda mais do que as drogas. Essa protagonista até é interessante, mas os outros personagens são bem whatever - apesar de um deles ser interpretado por um ator de 13 Reasons Why, o único real acerto da história da Netfux.

E, por falar em personagens whatever, puta que pariu... Dizer o que então das novas versões do Pinhead e seus cenobitas? Ou melhor, DA Pinhead e SUAS cenobitas, já que são todas mulheres aqui! Aí você vê o estrago causado pelo RIDÍCULO Halloween de 2018, gerando essa epidemia de reboots-remakes com intenções feministas. Caralho, isso é muito sem noção... COMO SE AS FEMINISTAS FOSSEM FÃS DE HELLRAISER, PUTA QUE PARIU. (E essa péssima influência do pavoroso Halloween de 2018 também pode ser vista no Black Christmas de 2019 - um dos pelo menos SEIS filmes que se chamaram Natal Sangrento no Brasil - que tive a infelicidade de assistir ontem pela primeira vez, e reparei que também pode ser visto como um dos filhotes do patético filme do Michael Myers lançado no maldito ano em que elegeram o Bozo para presidente do Brasil.)

Bem, o que mais dizer do HR '22... Um filme arrastado e sem vida, sem nenhuma cena memorável, e ainda com duas longas horas de duração.

É, acho que isso é tudo por enquanto. A seguir, aqui no 7NEC, talvez eu faça uma série de posts musicais e sem relação com cinema.

(Pensando bem, esse Hellraiser 2022 talvez seja sim o pior HR ever. Afinal, por mais que o 7 e o 10 sejam péssimos, o 7 pelo menos tinha a minha querida Kari Wuhrer - até tenho o ótimo CD dela como cantora! - e o Doug Bradley como Pinhead, e o 10 pelo menos tinha duas cenas bacanas: do protagonista sendo ''auditado'', que foi realizada de forma um tanto inusitada, original e até mesmo genial, e o plot twist, que até é decente. Já o HR 2022 não tem PORRA NENHUMA QUE O SALVE!!! NOTHING AT ALL!!!)

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BÔNUS OFF-TOPIC

Eis as capas frontais das 11 fitas da Boca do Lixo e coisas afiliadas que comentei no post anterior. Viagem ao Céu da Boca (provavelmente o meu filme BR favorito depois de Estrela Nua - que, aliás, bem que poderia ser lançado em Blu-ray por aqui...), Fuk-Fuk à Brasileira (Chumbinho na cabeça), O Jumento Gozador (um dos insanos pornôs na linha ''Bem-Vindo ao Zoológico'' do Di Angel - que parece ter se arrependido de realizar essas atrocidades), Senta no Meu Que Eu Entro na Tua (Chumbinho na cabeça parte II - aliás, assisti essa desgraça sem noção no cinema em 2004), A B... Profunda e O Império do Sexo (AKA O Império do Sexo Explícito, que marca a primeira aparição de MESTRE SADY BABY no cinema, como um bandido qualquer e anônimo) já figuravam nas minhas wish lists há anos.

E o mais interessante é que, quando adquiri essas fitas lá no final de Outubro, eu entrei despretensiosamente nesse sebo aí apenas com a intenção de dar uma olhada descompromissada nos DVDs em promoção. Aí, antes de sair, reparei por acaso essas VHSs todas no teto. Incrível. E ainda tinha lá uma tal SODOMIA À BRASILEIRA, duma tal SV Filmes, com capinha desenhada e absolutamente nenhuma imagem do filme. Não encontrei nenhuma info sobre a produção em lugar algum, seja internet ou publicações antigas de cinema (revistas, guias e livros). Bem... Vacilei de não a levar, ainda mais que só estava custando 5 mangos.

Post escrito ao som de canções variadas do Faith No More (com ambos os vocalistas), Flyleaf (com ambas as vocalistas), Heartland, Helloween (fase Michael Kiske) e Stage Dolls (que, muito recentemente, percebi se tratar da minha terceira banda favorita de todos os tempos, perdendo apenas para uma certa banda feminina japonesa dos anos 80 e para a época áurea da Miley, que durou de 2007 a 2013 - engraçado que a banda japa tem um disco chamado Let's Get Crazy, que é nome de música tanto da ''Mi'' quanto do Stage Dolls; já The Vines vem na quarta posição entre as minhas coisas favoritas na música).

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E
G
G

O meu ranking Hellraiser:

5: O Inferno (Coração Satânico + Alucinações do Passado + Silent Hill, e com referência ao primeiro Men Behind the Sun.)

1: Renascido do Inferno (Excelente, porém o final - com a Kristy apertando a caixa aleatoriamente para enfrentar a trupe do Cabeça Espetada - só não é mais vergonha alheia do que a filmografia do George Lickass; se é que dá para chamar aquele sexteto de bobagens terminais de ''filmografia''.)

9: Revelações (Provavelmente um dos filmes de terror mais subestimados de todos os tempos. O único home invasion da franquia, Revelações só tem um real problema: o Pinhead ridículo, pela primeira vez interpretado por outro ator. Mas tem a mina mais gata da franquia inteira - Tracey Fairaway - além de toda uma pegada niilista, sádica, doentia e perversa que funciona muito bem. Sempre adorei esse filme e não entendo o ódio que ele recebe. E sim, devo mesmo ser o maior defensor dele no mundo inteiro, da mesma forma que devo ser o maior defensor do injustamente detestado disco Cryptic Writings, o último álbum da época gloriosa do Megadeth.)

2: Renascido do Inferno 2 (Mas preciso rever para ter certeza...)

3: Inferno na Terra (Idem.)

4: Herança de Sangue (Idem.)

6: Caçador do Inferno (Idem.)

8: O Mundo do Inferno (O slasher da saga, com participações do grande Lance Henriksen e de um atorzinho que depois ficaria famoso e interpretaria o Super-Homo.)

7, 9 e 2022 (OK, estou confuso e já não sei mais qual dos três é o pior. Acho que terei que fazer uma sessão tripla suicida com essas três bombas para decidir qual é o pior e qual é o menos pior. Será algo mais ou menos tão doloroso quanto o dia que eu criar coragem para encarar uma dobradinha com o quinto Halloween e o Ends, para desvendar de uma vez por todas qual dos dois pode ser considerado o pior slasher de toda a história do cinema mundial.)

 







 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

PARTIAL MASSACRE = BARBARIAN (NOITES BRUTAIS, 2022), uma Gigantesca e Hypada Decepção (SEM SPOILERS, como Sempre)


 

 

(Esse post realmente deverá ser mais curto do que o habitual.)

''Uma jovem descobre que a casa que alugou já está ocupada por um estranho. Contra seu melhor julgamento, ela decide passar a noite, mas logo percebe que há muito mais a temer do que apenas um hóspede inesperado.''

Eis mais um terror recente hypado pacaray, após outras bobagens superestimadas de 2022 como O Telefone Preto e X: A Marca da Morte.

Mas, hype por hype, devo reconhecer que Barbarian ao menos é superior aos trabalhos acima citados (dos ex-promissores e hoje completamente perdidos Scott ''A Entidade'' Derrickson e Ti ''Hotel da Morte'' West) por um detalhe crucial: os seus primeiros 40 minutos beiram a excelência. Sim, é verdade que, mesmo nessa parte boa, existem duas tentativas tolas de se fazer jumpscare. E também é verdade que certas atitudes irracionais da protagonista dão nos nervos. Mas, mesmo assim, o filme é sim extremamente intrigante nos seus 40 minutos iniciais.

Mas, daí, sinto em informar que Barbarian simplesmente comete suicídio, tratando o espectador como um perfeito idiota. É isso mesmo: no exato momento em que o mistério da trama começa a ser revelado, toda a esperança vai direto pra casa do caralho. É um daqueles momentos em que um filme decide não se importar mais, tipo o final do Cemitério Maldito original, em que temos a impressão de que a própria Mary Lambert (cineasta bastante atrapalhada, diga-se de passagem) surge em cena, apontando o indicador na nossa cara e nos chamando de otários por perder tempo assistindo aquilo.

E, a partir dali, Barbarian vai de mal a pior, ficando cada vez mais besta, desastrado e ridículo, além de possuir um roteiro extremamente questionável, para dizer o mínimo. O suspense inicial e todo aquele climão de tensão e morbidez dão lugar para uma trama bastante genérica e insuportável.

Se bem que, pelo menos, a produção entrega atuações muito competentes de seu elenco, com destaque para Bill Skarsgard (deprimente como o Pennywise da geração hipster, mas surpreendentemente mandando muito bem aqui, de cara limpa) e o sempre carismático Justin Long (que pode muito bem ter sido escalado por causa da sua participação no clássico moderno Olhos Famintos, do Victor ''The Real Creeper'' Salva, já que Barbarian parece fazer algumas referências ao filme de 2001), em um papel visivelmente inspirado no scumbag mór Harvey Weinstein, notório trutão do Tarantino.

No fim das contas, Barbarian é uma obra de altos e baixos que teria se saído bem melhor como um média-metragem de final abrupto e misterioso.

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EXTRAS OFF-TOPIC

Boca X11

Entre as imagens abaixo, as 11 fitas da Boca do Lixo - e coisas afiliadas - que adquiri na última semana de Outubro, em um garimpo pelos sebos de Sampa. Estão na ordem exata em que as adquiri, e todas elas vieram nos estojos e com suas devidas capas, que ainda deverei mostrar em um post futuro. De brinde, veio ainda a capa avulsa do Masculino... Até Certo Ponto. Diria sim que foram ótimas aquisições, ainda mais que as 11 juntas custaram apenas 52 reais e 10 centavos. (E sem contar que algumas dessas fitas estavam na minha wish list.)

Operação Show de Rock (ou Metal) no Escuro

Na Sexta agora deverei ir numa casa de shows aqui de Sampa sem nenhum tipo de info prévia sobre os seus shows, o que poderá ser bastante arriscado. Quando as atrações começarem a se apresentar será uma total surpresa, e confesso que nunca fiz nada do tipo antes. Poderei ter uma experiência interessante ou quebrar a cara legal. Veremos como diabos será isso.

Avril X + Cover de Simple Plan

Já no dia seguinte eu talvez verei um dos covers paulistas de Avril junto de um cover de ''SimPlan'', algo que será totalmente inédito para mim. Se tratando de SP, a música que eu faria questão absoluta de escutar no setlist é obviamente ''GOD MUST HATE ME. Cursed me for eternity. GOD MUST HATE ME. Maybe you should pray for me. I'm breaking down and you can't save me. I'm stuck in hell and... I WANNA GO HOME.'' Bem, caso eu vá mesmo, tomara que toquem esse clássico do primeiro disco do SP.

Miley MILF!

Cacetada, a Miley fez 30 anos nessa Quarta! Agora ela já é uma MILF :) Bem, se, por um lado, ela continua viva, não podemos dizer o mesmo da carreira dela, que foi pro saco em 2015, com a abominação Dead Petz... (E, naquela época, absolutamente ninguém poderia imaginar que ela se ''superaria'' em 2020, com um disco ainda muito pior...)

Fuck the World (Cup)

Bem, como o Bozo ainda está no poder e como o Neymar continua na seleção, então acho que é perfeitamente OK torcer contra a seleção BR nessa Copa do Catar. Se bem que, na realidade, não dou a mínima para futebol (AKA pornô gay softcore) e tanto faz quem ganhar ou perder a partida que for. Seria legal mesmo se tivesse uma forma de anular essa porra e não ter nenhum vencedor. Que todas as seleções e times de futebol do mundo se fodam.









sábado, 5 de novembro de 2022

A Real É Que, Depois do H20, Tudo Chupou Bolas... PURE MASSACRE = HALLOWEEN ENDS Não É Tão Ruim Quanto Você Pensa. É Muito Pior. (P.S.: CHUPA, MIJAIR MESQUINHO BOÇALNAZI. SE FODEU, CAPITONTO CLOROQUINA.)


 

 

THERE WILL BE BLOOD
 
''Aproveitei para ir ao cinema e assistir o Halloween Ends e confesso que quase saí da sessão por detestar o filme. Pra mim o pior dessa já fraca trilogia. Não sei qual a sua opinião, mas sinto um cheiro de PURE MASSACRE.''
 
Eis que o Alex acertou e eu terei mesmo que sujar as mãos e fazer um PURE MASSACRE dessa porra.
 
Após os acontecimentos abruptos do final de Halloween Kills (''O Terror Continua''), seria de se imaginar que, em Halloween Ends (que está circulando em DVD ''extra-oficial'' sob o título Halloween: O Final), veríamos o suposto confronto final entre Laurie Strode e o maninho Michael Myers. E até veremos sim esse embate, mas, até chegar lá, teremos que acompanhar uma trama nonsense envolvendo um novo personagem, o atormentado Corey, e o seu romance totalmente forçado com a Allyson Strode, a neta da Laurie, que - muito curiosamente - é uma sósia da Judith Myers do Rob Zombie. E esse novelão entre os dois ocupa a maior parte de Ends - que, numa falta de noção a la Condado Macabro, possui inacreditáveis 1H51Ms de duração. É como diria o poeta: ''Halloween Ends vai a lugar nenhum. E demora uma eternidade para chegar lá.''
 
E, sem absolutamente nenhum momento de destaque, Ends é um tsunami de cenas ridículas e inaceitáveis. Uma enorme bagunça realizada somente para encher mais ainda o bolso dos Akkads scumbags motherfuckers e do igualmente detestável Ja$on ''Jumpscare King'' Blum, sendo que, originalmente, o incompetente David Gosma Green faria apenas o patético Halloween de 2018 (aquela bobagem arrogante que diz ignorar todas as sequências, ao mesmo tempo em que faz referências a todas elas - bem, foda-se o Halloween de 2018) e o mediano Kills, que, surpreendentemente, até manda relativamente bem... Até chegar nas trapalhadas dos momentos finais. Mas, com o gigantesco sucesso do filmeco de '18, esse projeto arrombado acabou virando uma trilogia.
 
OK, admito até que estou tendo alguma dificuldade em organizar essa postagem, a partir das minhas anotações feitas após a sessão que conferi no próprio Halloween, em 31 de Outubro - quando fui a pé até o Belas Artes e gastei R$ 20 no ingresso dessa desgraça, algo que me fez sentir um completo otário. Fui com as expectativas lá embaixo e, mesmo assim, ainda saí decepcionado. Ends já é um dos grandes lixos da década.
 
Bem, vamos respirar fundo e seguir com o massacre.
 
Ends já começa mal literalmente no primeiro segundo, com o áudio esculhambado da estação de rádio de Haddonfield e o seu radialista trollador. É uma intro que não possui nada do espírito Halloween de ser.
 
Aí nós temos a cena de abertura, uma pataquada total em que seremos apresentados ao tal Corey, um personagem totalmente whatever que, aqui, servirá de babá a um pirralho chato pacaray. Ao término dessa cena imbecil temos a óbvia canção-tema acompanhada dos créditos iniciais. E vou te falar: nunca antes na franquia Halloween eu me senti tão ofendido com o uso da clássica e minimalista música-tema da saga (utilizada de forma bastante forçada - como tudo no filme - em Ends), claramente inspirada pelos temas de Prelúdio para Matar e Premonição, AKA Sete Notas Fatais - lembrando que o pseudo-mestre John Carpenter também foi o roteirista do já massacrado por aqui Os Olhos de Laura Mars, remake disfarçado de Premonição dirigido pelo mesmo incompetente responsável por $tarless Whores: O Império Corno Ataca, o exemplar menos pior mas ainda assim absolutamente péssimo da horrorosa franquia criada por George Lickass.
 
PQP, Halloween Ends é um troço tão deplorável que estou tendo dificuldades em manter a sanidade e seguir adiante com esse post. Por um lado é bom desabafar sobre essa abominação (e são tantas coisas para massacrar nesse desperdício de celuloide chamado Halloween Ends), mas, por outro, é deprimente gastar tempo e dedicação com um filme tão horrível.
 
Mas vamos lá: ''it's a dirty job, but someone's gotta do it'', igual é dito naqueles clássicos do Faith No More e Motley Crue.
 
Teve um review do YouTube favorável a Ends (!!!) que comparou o romance nada convincente dos dois fuckin' nobodies ao relacionamento entre o JD (Christian Slater) e a Veronica Sawyer (Winona Ryder) em Atração Mortal (Heathers, 1988). Bem, Heathers é um dos meus filmes favoritos e, ainda assim, em nenhum momento me veio a cabeça ao assistir Ends. Talvez por Ends ser um filme qualquer nota, em que nada faz sentido.
 
Outra coisa nada a ver é a Laurie Strode aqui. De boa: essa é a pior participação da Jamie Lee Curtis em um filme da franquia Halloween. Até mesmo aqueles instantes iniciais do Ressurreição são mais dignos do que a Jamie Lee em Ends.
 
Além de algumas frases péssimas e da narração xaropeta, em Ends ela simplesmente desiste de querer se vingar do MM, mesmo depois do maníaco causar todos os estragos dos dois filmes anteriores, e tenta viver uma vida em paz. Isso mesmo: ela tenta viver de boa MESMO COM O MICHAEL MYERS À SOLTA, PODENDO ATACAR NOVAMENTE A QUALQUER INSTANTE.
 
E, caralho, puta que pariu, sobre isso do MM estar à solta...
 
OK, Halloween 5: A Vingança de Michael Myers continua sendo o pior slasher da história, mas Ends, milagrosamente, consegue o feito de ter a PIOR cena de toda a franquia Halloween: enquanto o Myers permanece escondido numa área subterrânea (a la Halloween 5, PQP), o Corey sai na mão com o MM e rouba a máscara dele. Eu simplesmente não podia acreditar no que estava vendo e, definitivamente, ficou claro para mim que Ends é um filme para ser visto baixado ou em DVD pirata. É o apelo que faço para quem ainda não conferiu Ends e pretende assistir: não veja isso no cinema. Isso daqui não merece ser conferido na tela grande.
 
E isso do MM acuado também não faz o menor sentido. Não só pelo fato de que ele eventualmente acabaria sendo encontrado ali pelas autoridades, mas também porque, no final do filme anterior, ele estava mais poderoso e destruidor do que nunca, com todo aquele lance de que ''quanto mais ele mata, mais forte fica''.
 
Se bem que pedir algum tipo de coerência em Halloween Ends é pedir demais.
 
E isso que nem citei os jumpscares bestas. Ou as tentativas idiotas de se fazer humor em alguns trechos. Ou os flashbacks do primeiro filme, uma forçação de barra do caralho. Ou o fato de que toda essa história do Corey parece uma longa homenagem a parte da infância no Halloween do Rob Zombie.
 
Chega. Eu não aguento mais. A verdade é que tudo que veio depois do H20 chupou bolas de macaco e, assim como as partes 5 e 6, só serviram para queimar mais ainda o filme dessa cinessérie que possui mais filmes ruins do que bons. E Ends só não é o pior filme da franquia porque não é humanamente possível fazer um slasher pior do que Halloween 5. Mas Ends é sim o segundo pior Halloween de todos.
 
VEREDITO
 
Ends é uma furada tão grande quanto frequentar igreja crente, ter contato com viado ou comprar ingresso pro Blink Chupa 182 Bolas no Lamapraloser 2023, quando esses adolescentes cinquentões farão um show para celebrar o vigésimo aniversário de sua morte - e podem ter certeza de que o setlist será pavoroso. (Se fosse para assistir alguma coisa desse festival hediondo, eu certamente preferiria ver Billie Eilish e Rise Against do que os compositores de Down, uma das três piores canções que já escutei na vida inteira.)
 
P.S. OFF-TOPIC = A seguir aqui no 7NEC, deverei fazer um relato das minhas caças colecionistas da semana passada, quando adquiri um Blu-ray, alguns DVDs oficiais e ''paralelos'' e também 11 VHSs XXX.
 
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Halloween (o meu ranking da franquia)
 
Os bons:
 
1, 2, H20 (não sei qual dos três eu gosto mais ou qual eu gosto menos)
3
4
 
...
 
O resto (os ruins):
 
Kills
Ressurreição
RZ 1, RZ 2 (os dois meio que ficam pau a pau para mim - não sei qual é o pior ou o menos pior)
2018 (o mais superestimado da franquia inteira e não dá para respeitar um slasher com três final girls - uma só já é ruim demais)
6
Ends
5 (o pior e mais ridículo slasher já cometido por ALGUÉM em toda a história do cinema mundial; odeio profundamente essa aberração terminal, o quinto pior filme de terror que já assisti, depois de August Underground's Mordum, Vende-se Esta Casa / The Open House, O Passageiro das Trevas / Driven e, é claro, o suprassumo da ruindade A Maldição de Cathy / Cathy's Curse)
 
''Halloween Ends is a deep film. It really makes you question which choices in your life led you to this moment. Just think about this. You're watching the thirteenth installment of a simple and good film made 44 years ago. Michael Myers has become a blood-transmitted disease, and Halloween is now a self-meta pseudophilosophical parody nightmare.''
 
- usuário do IMDB

 


 

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

(Especial Mês de Halloween) PARTIAL MASSACRE = A LÂMINA DE AÇO (KNIFE OF ICE, 1972), Giallo de Altos e Baixos Simplesmente Impossível de Respeitar, e Que É Mais uma Amostra do Estilo Atrapalhado de Umberto Lenzi


 

 

Retorno aqui para comentar o OUTRO giallo do Umberto Lenzi de 1972, levemente melhorzinho do que o filme do post anterior.

Bem, A Lâmina de Aço é uma fita muito requisitada dentro do infame Big VHS Brother Brasil por três motivos: por ser da Mac, por ser giallo e por ser do Umberto ''Cannibal Xerox'' Lenzi, um dos maiores picaretas do cinema carcamano. Como os BBBs do VHS não possuem interesse em assistir e debater filmes, e estão muito mais focados em ostentar fitas ''for the fuck of it'', o conteúdo em si d'A Lâmina acaba passando batido. E vou te falar: se o resultado final do filme em si pesasse na avaliação da sua VHS via Mac, aí o seu valor cairia drasticamente.

Afinal, vamos ser completamente e brutalmente sinceros aqui: como diabos respeitar um thriller de serial-killer em que os assassinatos ocorrem offscreen, sendo que a única morte onscreen é a - morte autêntica - do touro, logo na abertura, numa sequência de tourada real? Aliás, sequência essa que NÃO ADICIONA PORRA NENHUMA A TRAMA, e só está lá para reforçar o desprezo do Umberto Lazy com os animaizinhos. E, para piorar, ela ainda termina com uma frase do Edgar Allan Poe jogada aleatoriamente na tela, tentando dar um tom de profundidade ao filme. Sem contar que ainda tem um erro de grafia ali (''wich'' ao invés de ''which'' - como podem ver na imagem lá no final do post). É de fazer o Poe dar piruetas no túmulo, até morrer pela segunda vez...

Após essa abertura deplorável e ridícula (e convenhamos que a tourada é uma tradição totalmente detestável e que jamais deveria ter existido), somos apresentados a nossa protagonista que, após um evento traumático na infância, ficou muda. Ela é interpretada pela Carroll Baker, novamente, na sua quarta colaboração com o Lenzi. Após seus dias de glória e fama, Baker entrou na mais pura decadência, e a saída foi engolir o orgulho e firmar essa parceria desastrosa com o Lenzi.

Nossa heroína, numa vila espanhola, se une a alguns familiares, entre eles sua prima cantora, vivida por Evelyn Stewart, figura totalmente batida dos gialli, tendo aparecido em um zilhão de filmes do estilo - incluindo até mesmo um tal de Premonição (título de home video e TV de Sete Notas Fatais, talvez, talvez o melhor giallo de Lucio Fulci - digo talvez porque os outros dois da década de 70 também são incríveis).

O problema é que ela será assombrada por um serial-killer que ronda as proximidades, e também por simbolismos satânicos pintando aqui e ali. Satanismo esse que torna A Lâmina em um exemplar do ''giallo satanista'', subsubgênero que também inclui o risível Todas as Cores da Escuridão, do mesmo ano, em que o canastrão Sergio Martino tentou fazer uma versão giallo do clássico O Bebê de Rosemary (hahahaha - até parece que essa ideia daria certo pelas mãos do Martino) e, claro, tomou devidamente no cu, com um resultado que só não é mais embaraçoso do que o Bozotário falando que ''pintou um clima'' entre ele e a venezuelana de 14-15 anos.

Aí, para piorar tudo, nossa personagem principal terá uma overdose de flashbacks aleatórios e supostamente delirantes (em que, novamente, seremos ''presenteados'' com as imagens do pobre touro sendo torturado até a morte), até chegar no triplo ''plot twist'' do final (que o Lenzi tirou do cu dele para tentar surpreender o público), uma piada total que trata o espectador como otário. Para piorar, o primeiro acontecimento ali já havia ocorrido no primeiro giallo do Lenzi, o também mediano O Louco Desejo (Orgasmo, de 1968, também com a Baker), e voltaria a acontecer no último giallo do Lenzi, o ultra-hiper-mega-deplorável A Passageira (Hitcher in the Dark, de 1989). Já o segundo twist seria reprisado pelo Lenzi em outro giallo do cidadão, Spasmo, de 1974. E o terceiro twist é simplesmente um plágio de uma revelação de uma das obras-primas do mestre Jacques Rivette, o mais icônico mestre da nouvelle vague francesa. (Lembrando que Lenzi já havia chupado a NV francesa na última cena d'O Louco Desejo, que chupinhava a conclusão de um dos filmes mais lindos do Jean-Luc Godard.)

Mas devo reconhecer: nem tudo está perdido em A Lâmina de Aço. E é justamente por isso que fico ainda mais frustrado com o filme, já que ele dá um jeito de estragar suas qualidades.

Afinal, A Lâmina definitivamente tem o seu potencial, algo evidenciado em algumas boas cenas de isolamento e tensão em meio a névoa e as belas paisagens espanholas. Sem contar que tem um detalhe curioso: a presença da casa central perto do cemitério, quase uma década antes lá do clássico do Fulci - e primeiro post da história desse blog.

Uma pena então que esses momentos dignos de suspense e atmosfera são minoria, com a maior parte da duração sendo preenchida por situações genéricas e mal conduzidas, que em nada se parecem com as já citadas partes de qualidade. E uma coisa é certa: em A Lâmina de Aço, quanto mais personagens nós temos em cena, pior o filme fica.

É isso. E, entre as imagens abaixo, os pitacos do saudoso - só que não - Rubinho Ewald Filho sobre o filme lá em meados de 1987 ou 1988, quando o mesmo foi lançado em VHS pela Mac.

 




 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

(Especial Mês de Halloween) PARTIAL MASSACRE = SETE ORQUÍDEAS MANCHADAS DE SANGUE (SEVEN BLOOD-STAINED ORCHIDS, 1972), Giallo um Tanto Fuckin' Boring e Certamente Fuckin' Dull, do Picareta Fuckin' Asshole Umberto Lenzi, Que Ainda Conta com um Final Que Só Não É Mais Vergonha Alheia do Que a Galera Que Usa Camiseta do The Hellfire Club


 

 

A notoriedade que Umberto Lenzi (um sujeito que tinha sérios problemas de ilusões de grandeza, e se achava um gênio a la Kubrick ou Hitchcock, mesmo sem nunca ter dirigido uma única obra-prima na carreira) recebeu dentro do giallo (que os noobies dizem ser o pai do slasher, mesmo vindo bem depois de Psicose, de 1960, e O Vingador Invisível, de 1945 - vai entender) pode ter mais a ver com o fato dele pertencer ao grupo de cineastas que fez uma grande quantidade de obras dentro do subgênero, do que com a qualidade frequentemente duvidosa dos seus 10 (!) exemplares do estilo. E só para constar: esse grupo de diretores que se dedicaram um pouco demais ao giallo também inclui Dario Argento, Sergio Martino, Lucio Fulci e, é claro, Bava Pai e Bava Filho. (E, se vocês considerarem aquelas duas variações - ou homenagens - que Aldo Lado fez de Aniversário Macabro como sendo gialli, ''giallish'' ou ''giallescos'', então Lado fez 6 gialli no total e também pode ser incluído nesse grupo de carcamanos que ''giallogaram'' com esse tipo de cinema ''way too many times.'')

O problema é que, de todos esses caras, Lenzi apresentou os piores resultados. Até mesmo Martino, um canastrão por natureza que dirigiu um monte de tranqueira (algumas que até figuram entre os piores filmes da história do cinema, como o já massacrado por aqui Crocodilo: A Fera Assassina e 2019: Após a Queda de Nova York - duas desgraças nível extreme que eu tento esquecer DIARIAMENTE que já assisti) conseguiu realizar uma obra-prima como seu debut no thriller made in Italy, O Estranho Vício da Sra. Wardh.

Mas Lenzi, por sua vez, dentro ou fora do giallo, nunca conseguiu ultrapassar a barreira do ''bem bacana'', mesmo em seus melhores momentos. (Até chegar na sua última película do tipo, A Passageira, revisitado recentemente por esse que vos fala. Inclusive, A Passageira é uma VHS muito caçada - sem nenhum motivo fora o hype de ''fita rara'' - pelos Zé Fitas de plantão. E é  curioso que eu me lembrava daquele filme sendo bem fraquinho, mas, cara, admito sim que me enganei quanto a isso, e o filme não é fraco não. Ele teria que MELHORAR MUITO para ser fraco, isso sim. A Passageira é uma das maiores bobagens já feitas se tratando de variações do giallo, e tem uma cena de luta que figura entre as maiores atrocidades já filmadas desde a invenção da câmera de vídeo. É uma sequência que poderia facilmente levar o ''Troféu Harrishole Ford de Abominação Cinematográfica''. Bem, um dia ainda deverei falar detalhadamente dele em um muito merecido PURE MASSACRE. E não é a toa que, depois d'A Passageira, o Lenzi nem se atreveu mais a pagar de diretor de giallo ou qualquer coisa do naipe.)

Enfim, Sete Orquídeas Manchadas de Sangue foi um dos seus gialli iniciais, feito em 1972, o mesmo ano em que Lenzi também rodou A Lâmina de Aço (cuja VHS da Mac é considerada uma baita raridade, mesmo tendo pelo menos uma meia dúzia de donos - VHS essa que poderá aparecer à venda em um desses leilões mercenários e bloodsuckers net afora, custando algo entre R$ 100 e R$ 1500).

Eis a sinopse de 7 Orquídeas na contracapa de um daqueles DVD-boxes bagunçados da Versátil (que também, ao invés de se concentrar em extras substanciais, ficam atirando uma porrada de desnecessários trailers nas nossas fuças - e, mesmo assim, só recebem comentários e reviews chapa branca em tudo que é canto da internet):

''Um misterioso assassino está matando jovens mulheres com violência, deixando sempre um adorno em formato de meia-lua junto aos cadáveres. Um exemplo clássico de giallo de um importante diretor do gênero.''

Clássico? Hum, não exatamente, para dizer o mínimo. Diretor importante? Em quantidade pode ser, mas qual é o grande giallo do Lenzi? Pois é.

OK, vamos lá.

7 Orquídeas tem sim algumas mortes interessantes, bem filmadas e com uma certa atmosfera. Mas também tem alguns problemas nesses momentos de maior intensidade, principalmente mais pro final - com uma resolução bem embaraçosa, e que, inclusive, é parecida com o ''plot twist'' de OUTRO giallo do próprio Lenzi! ''Umberto Lazy'', hehehe.

A trilha sonora de Riz Ortolani - parte reciclada de outro giallo do Lenzi... - é boa, mas não está tão presente quanto deveria. Dá até para dizer que, nos momentos em que ela surge, ela meio que salva um filme com um ritmo quase morto.

A história poderia ser boa se fosse bem trabalhada, mas os personagens - com atuações apenas toleráveis - são super fuckin' boring, assim como também é a investigação de 7 Orquídeas.

E, mesmo com 1H33Ms, o filme é bem mais longo do que deveria ser. Chega uma hora que não dá mais para aguentar, e a gente já está implorando para que a porra do filme termine logo.

Ou seja, tirando a trilha musical e alguns bons momentos de ataque do maníaco, 7 Orquídeas meio que não tem nada a oferecer, além de queimar bastante o filme em alguns momentos.

OK, acho que é tudo por hoje. Ainda pretendo voltar aqui para analisar TODOS os outros gialli do Lenzi - incluindo até mesmo A Praia do Pesadelo, já resenhado uma vez aqui. E, quando chegar a hora d'A Passageira, tentarei ficar o mais calmo possível para não fazer o PURE MASSACRE mais extremo da história do 7 Noites em Claro, já que aquilo lá é uma aberração sem precedentes na história do cinema mundial - mais uma abominação cinematográfica que terei que batalhar e muito para tentar apagar da minha memória.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

(Especial Mês de Halloween) Uma Deliciosa Descoberta Vinda Diretamente das Profundezas do Inferno: O FILHO DE SATÃ (CLASS REUNION MASSACRE, A.K.A. THE REDEEMER: SON OF SATAN, 1978), Memorável Slasher Misterioso, Ocultista e Surrealista Que Talvez Seja o Mais Bizarro Exemplar do Gênero

 





''Tenho muito medo desse filme. (...) Sempre fico com um estranho mal estar ao ver esse filme, como se ele carregasse algo muito ruim com ele.''

- Marcelo Carrard / Cinema Ferox (o Carrard mandou tão bem ao falar d'O Filho de Satã, que eu nem pegarei pesado com ele por ter colocado - em um vídeo intitulado ''Os Melhores Filmes de Terror de 1978'' - O Olho do Cu de Laura Mars, aquele remake disfarçado e xaropeta de Premonição, escrito pelo suposto mestre John Carpenter e dirigido pelo mesmo Zé Ruela responsável por O Império Corno Ataca)

Escrever posts pode ser tão complicado... Tenho que juntar todas as minhas anotações sobre o filme em questão e, a partir daí, descobrir uma forma de organizá-las na postagem. E eu simplesmente nunca sei como diabos a publicação ficará até o momento em que ela é postada. Na verdade, eu nunca nem sei qual post virá a seguir aqui no blog... (Esse daqui mesmo foi decidido só agora. Acontece que acabei de assisti-lo, e quero que todo mundo tenha contato com esse filme. Seria muito depressivo alguém morrer sem o assistir ao menos uma vez.)

Anyway, muito recentemente eu, finalmente, tirei o atraso e assisti O Filho de Satã (Class Reunion Massacre / The Redeemer: Son of Satan, 1978, de Constantine S. Gochis, que só dirigiu esse filme - Gochis esse que, segundo um relato do ator que faz o personagem título, curtia ''encher o pote'' durante as filmagens), macabro e atmosférico slasher, que de convencional não tem nada. Uma ótima pedida para quem está de saco cheio das fórmulas batidas do subgênero e de franquias babacas e hypadas tipo Pânico (do genial - só que não - Wes Craven), O Filho de Satã não parece um mero filme, e sim um pesadelo disfarçado de cinema. Após assisti-lo, parecia que eu havia acabado de acordar de um pesadelo dos mais cabulosos e enigmáticos. E ainda estou tentando entender o que diabos foi isso.

E sim: já está entre os meus favoritos do estilo, junto do imbatível Acampamento Sinistro original e das partes 1, 2 e 7 (H20) de Halloween. Se você - que estiver lendo isso - é fã de slashers, e ainda não assistiu O Filho de Satã, sugiro correr atrás dele imediatamente. Você poderá até não gostar do filme, mas uma coisa é certa: isso daqui é uma espécie de Céline & Julie ou Comando Out dos slashers: um filme completamente radical, incomum, imprevisível, experimental, enigmático e inclassificável que não se parece em nada com outros exemplares do gênero. OK, sei que existem outros slashers certamente bizarros e fora da curva, como Sledgehammer (do tio Dave), Procura-se uma Babá, Noite das Bruxas Macabra e, se você o considerar slasher, A Morte em Jogo (Skullduggery), um dos filmes mais bizarrões dos anos 80. Mas O Filho de Satã está acima de todos esses no fator WHAT THE FUCK.

A trama pode ser vista como precursora tanto de Massacre no Colégio (Slaughter High - nada a ver com Massacre at Central High, que é anterior e recebeu o mesmo título BR) e Se7en: Os Sete Crimes Capitais. Se trata de seis sujeitos comemorando o décimo aniversário de graduação da hell school mas, daí, sendo caçados por um serial-killer com um visual a la O Ceifador e parecendo o ''masacote'' (como diria o Chaves) dos Misfits. Tal psycho enxerga cada um deles como representante de um dos pecados capitais. Sim, é verdade que, seguindo essa lógica, então faltaria um personagem entre as potenciais vítimas. Mas, assim como o filme como um todo, esse é apenas um dos vários detalhes confusos de sua trama. E acredite: se tratando d'O Filho de Satã, com uma atmosfera a la Sonhos Alucinantes (Let's Scare Jessica to Death) e Fantasma, AKA Noite Macabra (Phantasm), toda essa confusão funciona a favor do seu clima delirante, opressivo e desgraçado.

E, a cada cena em que uma vítima é confrontada, temos uma situação diferente, desnorteando o espectador cada vez mais, mostrando que, além de trazer mortes criativas, o filme também quer te surpreender de outras formas... Até que surge em cena aquele que talvez seja o palhaço mais sinistro e assustador já visto no cinema. Essa cena é simplesmente inacreditável, e a forma como o ataque é filmado me lembrou o Sady Baby invadindo o puteiro munido de uma motosserra em Emoções Sexuais de um Jegue. Ou seja, é de se imaginar se a atriz estava segura durante as filmagens dessa sequência infernal, porque me deu a impressão de que ela estava prestes a se machucar de verdade - se é que isso não ocorreu. Bem, uma coisa é garantida: quem tem fobia de palhaço irá tremer nas bases. Pennywise é o caralho. Isso daqui é a coisa real. (Aliás, O Filho de Satã é mais uma das lacunas do livro Medo de Palhaço...)

Nem sei direito o que mais posso dizer sem entregar spoilers (já que o blog 7 Noites em Claro é radicalmente contra spoilers). Mas posso encerrar o meu texto aqui dizendo que, com um uso provocador de magia negra (ao que indica, parece que, durante as filmagens, o filme foi ficando mais e mais ''satanista'' para tentar lucrar encima do sucesso d'A Profecia), e uma série de mortes não apenas memoráveis mas também sem nenhuma preocupação em seguir qualquer tipo de clichê, O Filho de Satã é o antídoto perfeito para quem não aguenta mais slashers genéricos, previsíveis e sem motivo de existir.

A minha cotação é 5 de 5. Foi uma das minhas grandes descobertas cinematográficas dos últimos tempos. Diria até que o filme é vanguardista e revolucionário e que, após O Filho de Satã, serei mais rígido com os slashers que assistirei. (Portanto, é melhor o Halloween Ends se comportar se não quiser levar PURE MASSACRE up the ass.)

E adoraria saber se o filme recebeu algum tipo de lançamento - oficial ou extra-oficial - no Brasil, fora as exibições no Sistema Bozo de Televisão.

(...)

(Post escrito ao som do disco gravado mas não lançado da Katy Perry, supostamente de 2004. Hail KP da época underground. As informações sobre esse disco são tão misteriosas quanto a trama d'O Filho de Satã, mas o álbum é sim geralmente conhecido como ''(A) Katy Perry''. Título esse que não faz o menor sentido. Afinal, ''A'' poderia indicar algo como o passo inicial, o início de tudo. Mas ela já tinha lançado aquele disco gospel - fraquíssimo por sinal - com o nome Katy Hudson. E o outro motivo por esse título não fazer sentido é que, na época em que ele foi gravado, ela estava usando o nome Katheryn Perry, e ainda não havia oficialmente se lançado como Katy Perry. Enfim, seja como for, adoro esse álbum, um dos meus discos favoritos de todos os tempos, com clássicos absolutos como o hino emo Long Shot, Wish You the Worst e Simple - o '''''hit''''' desse período. E uma curiosidade pouco comentada é que a Breakout da Miley é, na verdade, cover duma demo dessa época da KP, que, de tão obscura, nem está nesse disco - assim como a Speed Dialin' também não está, mesmo sendo dessa época. (Sim, isso pode ser um choque para alguns, mas Breakout não é da Miley, e sim da Katy Perry.) Uma pena que a KP se perdeu assim que virou mainstream. Inclusive, entre absolutamente tudo que ela lançou a partir do One of the Boys, só existe uma única mísera canção que tem a cara dessa época Katheryn Perry, que é a sensacional e sempre negligenciada Self-Inflicted. De resto... É triste pensar que o mainstream destrói tudo. RIP Katheryn Perry.)

PS OFF-TOPIC = Bom saber que o Alex está bem, apesar do furacão scumbag lá. Agradeço ao Dado (AKA Gabriel Caroccia) pela info que não consegui adquirir de outra forma.