segunda-feira, 27 de maio de 2019

PURE MASSACRE: Vacilos e Afins em Blu-ray pela Arrow Video

WATCH OUT. THIS IS A RANT.

Que, com o passar dos anos, a Arrow se transformou em uma grande empresa de Blu-ray, com lançamentos inacreditáveis como os boxes d'A Sociedade dos Amigos do Diabo, Nekromantik 1, Nekromantik 2, o sensacional Blood Hunger: The Films of José Larraz (que eu e o Anselmo estamos loucos atrás; seria, para mim, o verdadeiro antídoto para o trauma deixado pelo Vampyres de 2014), horror italiano, SteelBooks sensacionais, etc, etc, etc, etc... Aí todo mundo já está cansado de saber. Inclusive, talvez seja correto dizer que, atualmente, ela é a melhor empresa de Blu-ray no mundo inteiro - passando na frente da Criterion e de outros pesos pesados do ''Rai-azul''.

Assim sendo, elogiá-los seria chover no molhado, concorda?

Portanto, titio Marcio - sempre nadando contra a correnteza - decidiu fazer esse post justamente para trazer uma luz sobre os equívocos azuis do selo inglês. Sim, eles existem. Sim, todas as empresas de home video do mundo tropeçam em algum momento...

... e, quando isso acontecer, o paladino da justiça aqui estará na vizinhança para relatar tais ''fuck-ups''. Farei isso de maneira impiedosa, já que não tenho rabo preso com absolutamente nenhuma distribuidora de home video do mundo.

Portanto...

''Families...

Been torn apart.

Doesn't have to be this way.

Some people...

Just have no heart.

It's happening every day.

PURE MASSACRE! PURE MASSACRE!

It's gonna be...

A PURE MASSACRE!!!''

* THE BEYOND (e Trilogia do Inferno em geral)

A Arrow teve que fazer recall nesta edição de transfer questionável. E, para piorar tudo, eles lançaram Pavor na Cidade dos Zumbis e Terror nas Trevas em SteelBook, mas não lançaram em SB o filme que fecha tal trilogia: A Casa dos Mortos-Vivos - despadronizando, assim, a saga em SB. Tal omissão mostra a faceta débil do cultuado selo britânico. (Aproveito o momento para indagar: será que, um dia, a Trilogia do Inferno receberá uma edição VERDADEIRAMENTE à sua altura - e seguindo um padrão - em algum lugar do mundo? Mantenho a minha opinião de que, para mim, as três fitinhas VHS da Dado Group são bem mais valiosas do que QUALQUER outro lançamento da trilogia, em QUALQUER formato, e em QUALQUER parte do mundo. Para mim são, caralho. Nesse caso específico, quero mais que a Arrow e a Grindhouse vão pra puta que pariu. E tenho dito.)

* BLACK SOCIETY TRILOGY

Dois BDs: os dois primeiros filmes no primeiro disco, e o terceiro filme isolado no segundo... Nem entrarei no mérito se essa e a próxima trilogia do post - ambas realizadas pelo otaku de 60 anos - valem ou não a pena. Não vem ao caso. O problema é que espremeram os dois primeiros filmes no primeiro disco, na pior linha ''Versatiliana'', e deixaram o terceiro filme em um disco só. Daria muito bem para lançar uma edição tripla, com um filme por disco. Agora, se fosse mesmo para utilizar somente dois discos, sendo um deles um combo, então o programa duplo deveria ser com as duas sequências, e não o terceiro filme isolado. Mesmo na pior das hipóteses, o primeiro filme teria que estar sozinho em um disco. Um lançamento retardado, para dizer o mínimo.

* DEAD OR ALIVE TRILOGY

Repito aqui exatamente o que disse sobre o box com a trilogia Black Society, também dirigida pelo ultra-hypado otaku xaropeta Takashi Mickey Mouse, um notório caso de adolescente sexagenário. É a mesma porra: dois BDs, com os dois primeiros filmes no disco 1, e o terceiro filme isolado no disco 2. Tipo, WTF? É como se o ''espírito Versátil'' tivesse encarnado nos funcionários da Arrow. Arrow Video, why did you have to fuck up these two trilogies? Seriously, why the stupid fuck-ups? I'm curious. Não que eu esteja reclamando, é claro, já que esse diretor imbecil tem mais é que tomar no olho do cu. Sei lá, vai ver a Arrow fodeu essas duas trilogias de propósito; assim, ninguém queimará o filme da coleção com coisa dirigida pelo palhaço que fez os deprimentes Fudeu: The Nerd Generation, Visitonto Q e Ichi: O Asshole Suíno. (PS: Infelizmente, eu possuo sim um Miike em BD, já que a Versátil achou uma excelente ideia espremer o remake bobalhão de Harakiri / Suicídio - refilmagem essa feita por Miike - na sua edição do clássico de Masaki Kobayashi.)

* THE KING OF NEW YORK

Áudio 5.1 esculhambado. Pensar que cheguei muito, muito perto de comprar o SteelBook azul dessa porra em 2013... Ainda bem que pesquisei bem antes de pagar um mico.

* SIX GOTHIC TALES

Box dedicado ao ciclo Corman-Poe, com seis Blu-rays. Traz a inclusão de uma adaptação de Lovecraft, e faz a omissão de duas adaptações que Corman fez de Poe. Outro lançamento fucking retarded da Arrow, que ainda inclui o deprimente O Corvo. O ideal, para quem curte tal ciclo, seria incluir todos os oito filmes. Mas, se fosse para incluir somente seis filmes, que tirasse então a picaretagem (O Castelo Assombrado) e a tranqueira (O Corvo); dessa forma, incluiria somente os filmes relativamente dignos do ciclo Corman-Poe. (O mais chocante é notar o quanto o box Six Gothic Tales é requisitado no mundo do colecionismo de Blu-ray de horror. Inacreditável.)

Menção Desonrosa:

* GEORGE ROMERO BETWEEN NIGHT AND DAWN

Box que inclui três filmes do Romero feitos entre A Noite... e O Despertar..., sendo eles: O Exército do Extermínio, A Temporada das Bruxas e também There's Always Vanilla. Agora a pergunta obrigatória: por que diabos NÃO incluíram Martin, que veio logo antes d'O Despertar? E não, não estou reclamando pelo fato de Martin ser o único Romero do qual eu realmente gosto, e sim pelo fato dessa omissão não fazer nenhum sentido. OK, o box em questão provavelmente continua - de qualquer forma - sendo de forte interesse para os fãs do diretor; mas a ausência de Martin é simplesmente débil. (E será que sou o único que não consegue enxergar o ''barato'' dos filmes de zumbis do Romero? Será que sou o único que não consegue sentir uma verdadeira graça no Romero? Isso é, com exceção do magnífico Martin, é claro - o real precursor dos filmes ''realistas'' de vampiro, como os dois Habit e o Transformação / The Transfiguration.)

Menção desonrosa extra?

* THE BIRD WITH THE CRYSTAL PLUMAGE

Lembro de ler, em fóruns de Blu-ray, comentários negativos sobre a transfer de tal BD. Mas não, não sei direito o que ocorre com a edição azul lançada por eles da estreia de Dario Argento. Mas fica o registro dessas críticas online.

Extra menção desonrosa extra?

Quem se lembra da época em que a Arrow lançava certos filmes em Blu-ray com capas erotizadas? Era uma puta duma propaganda falsa do caralho!

O VEREDITO

Pesquise SEMPRE sobre o que você for comprar em Blu-ray. Mesmo que seja uma empresa conceituada, é bom dar uma verificada nas informações referentes a todos os detalhes do produto que você estiver cogitando a ideia de adquirir.

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PURE MASSACRE Surpresa = Roger Corman

By da way, Roger Corman é - assim como Miike (tanto nos filmes ''ousados'' quanto nos mais comerciais) e John Waters (seja na fase underground quanto na mainstream - as duas são pavorosas) - um sujeito ultra-superestimado que merece um PURE MASSACRE próprio.

Judeu motherfucker obcecado por dinheiro, que nunca deu a mínima para a realização de bons filmes, só fazendo tralha de qualidade duvidosa. Respeito muito mais um Lucio Fulci, que foi um artista verdadeiro que morreu na pobreza, do que um Corman, bu$ine$$man nojento e milionário, que sempre encarou o cinema como negócios e não como arte.

Só sei que prefiro infinitamente mais as adaptações de Dan O'Bannon e Stuart Gordon para O Estranho Caso de Charles Dexter Ward (O Filho das Trevas / O Renascido das Trevas) e O Poço e o Pêndulo do que os fraquinhos O Castelo Assombrado e A Mansão do Terror, dirigidos por Corman na década de 60. (Gozei litros quando vi o biógrafo do Lovecraft chamar O Castelo Assombrado de ''filme não muito bom'', e falar que também acha The Resurrected muito, muito superior. HAIL. É ''NÓIS''.)

E como já foi dito, o seu O Corvo é uma atrocidade de marca maior. Aliás, eu NUNCA vi um único grande filme do Corman. Esse maluco só é idolatrado pela capacidade de rodar filmes baratos em tempo recorde, e mostrar para todos que não é preciso de muito talento para realizar cinema. Já a qualidade cinematográfica que vá pro inferno, né?

Assim sendo...

Fuck you, Takashi Miike Mouse. (E a sua chapa tá esquentando, japa filho duma puta. Em breve tu vai levar massacrada rabo adentro. Fica esperto.)

Fuck you, John Waters.

Fuck you, (Debi) Lloyd Kaufman. (Troma, estúdio vagabundo e pseudo-transgressor, que chupa bolas de macaco.)

Fuck you, Kathryn Big Low.

Fuck you, casal de scumbags George Lickass / Steven Is Pig.

Fuck you, Quentin ''Queixudo Imbecil'' Tarantino.

Fuck you, Robert Rodriguez.

Fuck you, Lars Von Hitler.

Fuck you, Eli Roth.

And fuck you, Roger Corman. ''Fuck you very, very much. 'Cause we hate what you do. And we hate your whole crew. So please don't stay in touch.''

sexta-feira, 24 de maio de 2019

O Melhor Giallo Que Já Assisti: A Breve Noite das Bonecas de Vidro (Aldo Lado, 1971)





DE OLHOS BEM CHAPADOS

(O post a seguir foi escrito em Janeiro de 2019. Não contem spoilers, mas contem o culto ao giallo e críticas ao mercado brasileiro de home video.)

Uma mudança de ares: um post meu elogiando alguma coisa :)

''Em Praga, jornalista americano investiga o desaparecimento da namorada. Essa pequena obra-prima é um giallo kafkiano que lembra De Olhos Bem Fechados.''

Até algum tempo atrás, arriscaria dizer que Uma Lagartixa num Corpo de Mulher e Prelúdio para Matar eram os meus giallos (ou gialli) favoritos. ''Eram'' porque, na época, eu ainda não havia visto o absolutamente devastador La Corta Notte delle Bambole di Vetro / Short Night of Glass Dolls, a estreia de Aldo Lado na direção. Por mais que Lagartixa e Prelúdio mereçam, facilmente, a cotação máxima, preciso dizer que esta obra-prima de Lado é o melhor giallo que já assisti na vida. Não acho que seja exagero dizer isso, já que não consigo apontar falhas neste filme maravilhoso. Só fui assisti-lo agora em Janeiro de 2019, e posso dizer que não ficava tão chapado com uma obra cinematográfica desde que conferi O Presente na tela grande em Dezembro de 2015.

A Breve Noite das Bonecas de Vidro (1971) pode ser considerado o De Olhos Bem Fechados (1999) da década de 70. Inclusive, aposto que Stanley Kubrick assistiu SIM este giallo nada convencional, e foi inspirado por ele em seu filme testamento. (Seria até o caso de fazer uma sessão espírita, e tentar questionar Kubrick sobre A Breve Noite.) Daria para listar várias semelhanças entre os dois filmes, mas me recuso a entregar qualquer tipo de spoiler nessa postagem. Digo também que os dois filmes estão pau a pau em qualidade - A Breve Noite não é fraco não, mermão.

O elenco também é de primeira: Jean Sorel (Uma Sobre a Outra, Uma Lagartixa num Corpo de Mulher), Barbara Bach (Crocodilo: A Fera Assassina), Ingrid Thulin (Salon Kitty, Os Deuses Malditos) e Piero Vida (Prelúdio para Matar, O Pássaro Sangrento).

A Breve Noite é extremamente bem dirigido, fotografado, roteirizado, interpretado e musicado (mesmo porque Ennio Morricone é um sujeito que raramente erra - acho que a trilha para o superestimado O Ventre Negro da Tarântula é a sua única que eu não curto), além de conter uma trama que fascinará os amantes das boas histórias de detetive. Quem se sentirá frustrado aqui será somente o fã descomunal do gore, já que A Breve Noite - um giallo nada convencional e um filme nada convencional - não mostra o menor interesse em encher a tela de sangue; fugindo da habitual chacina do gênero.

A Breve Noite das Bonecas de Vidro já é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Um filme sensacional, político e inigualável, que me deixou em êxtase, como raramente já estive diante de uma obra cinematográfica: Aldo Lado estreou na direção já com cara de veterano. Totalmente obrigatório para qualquer pessoa que se considere cinéfilo.

(Agora preciso assistir três filmes do diretor que possuo em VHS: o também giallo Círculo do Medo, e mais Desobediência e A Prima.)

Extra: Aldo Lado na Filmografia Giallo da Cine Monstro 8:

1971: A Breve Noite das Bonecas de Vidro (DVD: Versátil)
1972: Chi L'ha Vista Morire? / Who Saw Her Die?
1975: L'Ultimo Treno della Notte / Night Train Murders
1992: Círculo do Medo (VHS: Reserva Especial)
1993: A Noite do Desespero (VHS: United)

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Sobre a disponibilidade d'A Breve Noite das Bonecas de Vidro em home video...

Disponível em Blu-ray lá fora, numa competente edição americana (Twilight Time) e numa ótima edição inglesa (88 Films), o filme foi lançado no Brasil apenas em um frustrante - como não poderia deixar de ser - combo em DVD pela Versátil Hype Vídeo. Esses caras da Versátil são verdadeiros ''pain in the ass'': quando ainda fazia sentido lançar DVD, eles não davam a MÍ-NI-MA para filmes de horror e afiliados. Falo mesmo, caralho. Aí, anos após o Blu-ray se consolidar entre os cinéfilos e colecionadores mais rígidos, eis que a VHV passa a lançar um tsunami de combos nonsense - e desorganizados - em ''Devedê''. O pior ainda é ver uma enxurrada de veículos enchendo a bola deles de maneira vexatória: Boca do Inferno, Cinema Ferox, Josi Vargas (acho que é esse o nome - a falta de personalidade é tão forte que ela até copia a vinheta do Ferox), 101 Horror Movies, Toca o Terror, BJC, Programa Metrópoles e tantos outros. Triste pra caralho isso: essa galera, que deveria cobrar lançamentos minimamente decentes das distribuidoras, fica aí endeusando quem só pisa na bola e está pouco se fodendo pro consumidor com algum respeito próprio. SHAME ON YOU ALL.

PS I: Alguém pode citar outros filmes similares a De Olhos Bem Fechados? Qualquer informação será extremamente bem-vinda. (Pensando bem, talvez o mainstream A Sociedade Secreta / The Skulls possa entrar na lista? O pior de tudo foi ver uns teóricos da conspiração - bem amadores - falando que este filme foi o que causou a morte do Paul Walker!)

PS II: Outro filme de diretor italiano que já foi comparado a De Olhos Bem Fechados - e que também é anterior ao filme de Kubrick - é a bizarrice em estágio terminal O Último Trem para Veneza, com Hugh Grant e Malcolm McDowell. Só que isso daí só pode ser recomendado como curiosidade, e apenas para quem é muito - MUITO - doente por filmes esquisitões, já que está longe de ser um bom filme. Na verdade, muitos o consideram uma das piores coisas já feitas. Não embarque neste Último Trem a menos que você seja perdidamente obcecado por cinema surrealista obscuro. (Para quem tiver interesse, resenhei O Último Trem para Veneza no meu blog na primeira metade de 2016.)

PS III: Pensando bem, TALVEZ A Sociedade dos Amigos do Diabo possa entrar nessa relação de filmes semelhantes a De Olhos Bem Fechados. Afinal, Society é uma trama investigativa e fortemente misteriosa, uma sátira de tons políticos, que lida com sociedades secretas e que termina de forma absurda. Poderia dar mais motivos para incluí-lo na minha lista, mas, daí, spoilaria coisas demais. E spoiler é algo que não é bem-vindo jamais. (Ainda no universo dos filmes satanistas e afins, é possível que O Bebê de Rosemary seja o real precursor de A Breve Noite das Bonecas de Vidro, A Sociedade dos Amigos do Diabo e De Olhos Bem Fechados. Esse conjunto de títulos praticamente forma um subgênero: os filmes de elites do mal e coisas do tipo.)

PS IV: Existe também a versão XXX de De Olhos Bem Fechados, intitulada Clube Privé, das Brasileirinhas! O pornô conta com Matheus Carrieri (check spelling) e grande elenco: Monica Mattos, Pamela Butt, Lana Starck e outras vagabas anais.

COTAÇÕES:

1968: O Bebê de Rosemary (5)

1971: A Breve Noite das Bonecas de Vidro (5)

1989: A Sociedade dos Amigos do Diabo (4)

1993: O Último Trem para Veneza (2.5)

1999: De Olhos Bem Fechados (5)

2001: A Sociedade Secreta (3)

quinta-feira, 23 de maio de 2019

PURE MASSACRE = Vampyres (2014)













''A única coisa da qual esse filme se alimenta é do seu tempo, e não de uma forma boa.''

- Maluquinho no IMDB

Aê Anselmo, assisti essa ABOMINAÇÃO e vim aqui compartilhar a minha opinião com o mundo.

Puta que pariu, o Vampyres de 2014 (é, nos créditos finais diz 2014 e não 2015 - ou seja, fizeram o filme como uma ''celebração'' dos 40 anos do original) só não é pior do que o Suspiria de 2018. (Também, acho que NADA é pior do que aquela desgraça; que consegue fazer It: A Coisa parecer OK em comparação.)

Caralho, por onde começar a massacrar essas Vamputas...

Começaremos então pelo início.

Logo na primeira cena, vemos brevemente as patéticas novas versões de Fran e Miriam, que, no original, eram vividas pelas homenageadas de um dos dois FAP FUCKING TIME (Fap Tribute) de ontem. A princípio, não conseguimos ver as Vampyranhas de 2014 de forma muito clara; mas, mais adiante, podemos perceber que elas não são muito bonitas não, e acabam sendo - implacavelmente - humilhadas pela dupla do original: Marianne Morris e Anulka Sobrenome Impronunciável. Marianne e Anulka não eram atrizes profissionais, mas até que mandaram bem no quesito atuação; já as novas Fran e Miriam não mandam bem nem a pau.

E nessa abertura já fica claro que está tudo errado com o filme. Tentam fazer um climinha gótico vagabundo para agradar as menininhas fãs de Evanescence e Nightwish, numa sequência que ainda conta com um lesbianismo bastante comportado e fresco.

Para piorar tudo ainda muito mais, logo na primeira cena já rola uma referência ao Audition (Takashi Mickey Mouse, 1999), um dos filmes mais bestas, entediantes, insuportáveis, apelativos, imbecis e hypados já cometidos no Planeta Terra. Caralho, vai tomar no cu esse lixo de filme.

Caray, estamos só na cena de abertura e já tenho que me controlar para não desejar a morte de todos os envolvidos na produção.

Mas OK, vamos continuar o massacre.

Surgem então os créditos iniciais. E eis que a primeira vítima do filme, numa rápida participação, é o bom ator Fele Martinez, do clássico Morte ao Vivo (Tesis). Estou chocado. Que diabos ele está fazendo aqui, numa porra nula dessas? Nessa sequência somos introduzidos a uma das características do Vampyres de 2014: os jumpscares baratos e as assombraçõezinhas dignas do terror mais genérico e vagabundo possível. Os jumpscares aqui são ineficientes, e acontecem até com uma certa regularidade. Que estrago a Blumhou$e causou, não?

PQP, vai se foder essa bosta de filme. Tá foda escrever isso daqui.

Mas beleza, como eu fui o escolhido para alertar a população mundial da atrocidade que é este remake, seguiremos então com o post.

E eis que aparece em cena o novo Ted, que cruzará o caminho da anti-MILF Caroline Munro, velha pacaray. Aí está outro problema do filme: foram pegar uma scream queen dos anos 70 e 80 em pleno 2014, para colocar num terror rotineiro que ''homenageia'' um clássico setentista. Quem foi o GÊNIO que teve uma ideia dessas? PQP, tá foda. Qualquer retardado percebe, de cara, que ela e a outra velha acabada lá são as versões idosas de Fran e Miriam. Novamente eles desvirtuam a ideia atemporal do filme de 1974, em que o tempo simplesmente parava e a dupla de vampiras libidinosas permaneciam jovens para sempre.

E, ao invés do casal composto por Brian Deacon e Sally Faulkner no filme original, aqui temos um trio de palermas digno dos slashers mais baratos.

Lá pelas tantas há uma referência besta a Condessa Bathory e, quando achávamos que não tinha como o negócio piorar, eis que somos brindados com confrontos estilo filme da Marvel, com Ted virando um Van Helsing de quinta, e os personagens saindo na mão e sendo arremessados para longe. PUTA QUE PARIU, VAI TOMAR NO OLHO DO CU.

Menções a clássicos como O Massacre da Serra Elétrica e Os Outros surgem em cena, de forma lamentável, e, no fim das contas, o filme é ''dedicado'' a José Ramon Larraz. Caralho... Coitado do Larraz, um baita cineasta, que provavelmente está se debatendo no túmulo até hoje depois dessa. Concordo plenamente com um carinha do IMDB: ''I'm sorry for Larraz' memory. I'll stick with the original.''

Para envergonhar tudo ainda muito mais, o diretor desta versão, Víctor Matellano, se diz amigo do Larraz e chega a aparecer em um dos extras do Blu-ray inglês de Vampyres, prestando uma homenagem ao diretor de Vampyres: As Filhas de Drácula, um dos melhores filmes de vampiro já feitos - talvez o melhor. Porra, com amizades assim, é melhor passar a vida na mais pura solidão.

Nesse novo Vampyres não há surrealismo, não há atmosfera, não há onirismo, não há transgressão, não há mistério, não há fascínio, não há uma trilha sonora eficiente, não há um gore convincente, não há um conteúdo sexual minimamente poderoso (as pessoas trepam de roupa, para se ter uma ideia), não possui boas atuações e não existe força. Outro remake sem nenhum motivo para existir.

Cara, de boa, que se foda todo mundo envolvido nessa produção. Todo mundo mesmo, incluindo o bom ator Fele Martinez (inesquecível em Tesis) e a ex-gostosa Caroline Munro.

Anselmo, por favor, não assista isso na íntegra. Não cometa o meu erro. Poderá ser muito difícil apagar uma aberração dessas da mente, e provavelmente terei que fazer terapia depois dessa sessão traumática.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Dado Group / Tevelândia: Novas Velhas Informações (Jornal do Vídeo: 1989)






Direto de uma edição de Março de 1989 do Jornal do Vídeo:

''Dado e Tevelândia: Apostando em Caminhos Diferentes

A Dado Group Televisão Ltda. e a TVL Tevelândia Produções Ltda., de propriedade de Michele Tarantini, já somam doze meses de atividade no mercado brasileiro cada uma, incluindo a realização de produções para cinema.

As empresas vem somando, pouco a pouco, espaço, principalmente na preferência do público infantil, ao qual dedica-se especialmente os títulos da Tevelândia.

Em catálogo são treze filmes da Dado, e catorze da TVL. A primeira destaca-se por lançar fitas destinadas ao público adulto, por excelência, sendo que a Tevelândia procura abastecer de títulos o segmento de desenho animado (embora não exclusivamente), mais procurados pelas crianças - salienta Philadelpho Lyra, gerente de venda das empresas.

Para a II Video Trade Show, a Dado escolheu seis filmes para lançar, entre eles três adultos. Os outros são Laura, uma História de Amor, Bela Antonia e Amor, Ciúme, Fantasia. Já a Tevelândia apresenta: As Mais Maravilhosas Fábulas do Mundo 3, Adolfo e Marlene, Drácula, Longo Dia de Vingança e Picole Done.

As empresas, entretanto, não forneceram as fichas técnicas dos filmes acima citados.''

Aí estão informações realmente primorosas, que não conhecíamos. Como o Leandro Cesar Caraça havia comentado comigo no ano de 2014, então a Dado lançou sim outros pornôs além d'A Sensualíssima Cicciolina. Pena não terem dito que pornôs são esses... E revelaram três fitas da Dado que eu simplesmente desconhecia em definitivo.

Sem contar as revelações sobre a Tevelândia. Mas, da forma que aparece no Jornal do Vídeo, as coisas ficaram meio confusas ali. ''Adolfo e Marlene, Drácula'' são o mesmo filme, ou dois filmes diferentes? Se trata da clássica variação de M: O Vampiro de Dusseldorf, o The Tenderness of the Wolves (dirigido pelo Ulli Lommel), lançado pela Max Vídeo, uma das empresas ligadas a Mac / VCL / CVL / Vídeo Filme?

E, bem recentemente, eu e o maior fã da Dado Group, o Gabriel Caroccia, recebemos a info de que, sim, a Dado lançou o clássico giallo The New York Ripper de forma selada. A primeira vez que ouvi falar sobre esse lançamento foi através do ''finado'' Fabiano Bizzar Archetti, AKA Doentão do Caralho, lá no ano de 2013.

A relação atualizada da Dado Group fica assim portanto:

# 1: A Sensualíssima Cicciolina (tenho)
# 2: Pavor na Cidade dos Zumbis (tenho)
# 3: Terror nas Trevas
# 4: A Esposa em Férias, e a Amante na Cidade (tenho)
# 5: A Virgem, o Touro e o Capricórnio
# 6: Mostarda com Chantilly
# 7: A Casa dos Mortos-Vivos (tenho - valeu, Speks!)
# 13: O Cínico, o Infame, o Violento
# ?: Amor, Ciúme, Fantasia
# ?: Bela Antonia
# ?: Canibal Ferox (primeiro lançamento: Dado solo)
# ?: Canibal Ferox (relançamento: Dado + Mac)
# ?: A Cauda do Escorpião
# ?: O Doce Corpo de Deborah
# ?: Four da Morte
# ?: Laura: Uma História de Amor
# ?: The New York Ripper

E aí, galera, conhecem alguma DG além dessas? E quanto aos spine numbers, sabem de algum além desses? E quais serão os outros pornôs lançados pelo selo? E quais são as DG que vocês tem? E conheciam essas TVL citadas naquela matéria ali?

Até a próxima, cambada. Stay freak.


PS: Spektro, responderei - sem falta - os seus comentários pendentes na minha próxima vinda a net, OK?

FAP FUCKIN' TIME (Fap Tribute) = A Única Coisa Boa do Suspiria Remake: Dakota Johnson

''A única coisa boa do Suspiria remake são os peitos da Dakota Johnson.''

https://www.youtube.com/watch?v=CUmmXMSWuVw&t=2s

https://www.youtube.com/watch?v=tQNHjBUvACw&t=1398s

Hum, não acho que sejam a única coisa boa do Suspiria remake. Diria que, além dos peitos, a trinca boca-xana-rabo da Dakota também são de alto nível. (E podem esperar uma Parte II do PURE MASSACRE dedicado a esse remake horroroso e chato pra caralho. Tem coisas que faltaram dizer sobre o pior filme visto por mim em 2019.)

PS: Quais mulheres vocês gostariam de ver nessa seção futuramente?