quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Manifesto Live: Bastardz em 4 de Dezembro de 2020 (REACT / REVIEW)

 


 

Como hoje marca uma década desde a morte do grande Jani ''Down Boy'' Lane (Warrant), seria mesmo preciso fazer um post ligado ao mundo do hard / glam. (Mas ainda pretendo sim fazer um post especial do Warrant antes do fim do mês.)

Pois bem, ontem de noite eu tava fuçando o YouTubug atrás de material dos Bastardz na odiada fase screamo, a única época da banda com composições em português, que contava com o seu terceiro vocalista, o Junior Inc. - ''vindo diretamente da banda Cine'', como certa vez trollou o guitarrista Danny Poison. (Danny esse que também pode ser visto no clipe de Eu Vou pro Roquenroll das meninas do Lipstick, que também estava ''se vendendo pro sistema'' nesse mesmo período. Enquanto os Bastardz tentavam chamar a atenção dos fãs de bandas como Gloria, o Lipstick estava, claramente, tentando ser uma resposta feminina aos infames grupos coloridos nesse segundo LP do grupo, radicalmente diferente do debut.)

E daí, para a minha surpresa bastante tardia, acabei trombando esse vídeo dos Bastardz tocando numa live do Manifesto. Nem sabia disso. Foi o show de estreia do quarto vocalista do grupo, o Fabz - após as passagens do Criss Sexx, do Nat Reed e do já citado Junior Inc. pelos Bastardz. O lado triste da história é que, nessa ocasião, eles abriram pra um Def Leppard Cover aí. PQP, onde já se viu uma banda relativamente cultuada, e que está na cena desde o começo dos anos 2000, abrir pra uma porra de BANDA COVER... Mais bizarro do que isso só mesmo nos anos 80, quando as bandas underground nacionais abriam para SHOWS EM VHS de bandas gringas. Bem, como o show do tal Desert Dance (o nome desse Def Lep Cover aí) não está disponível no YT, não pude conferir a performance dos caras. Mas não duvido nada que o setlist deve ter sido bem decepcionante, tocando bastante coisa pós-1983, quando o Def Lep decidiu, a qualquer custo, virar a pior banda de rock do mundo, uma espécie de Toto ainda muito mais estragado.

OK, mas sobre o show dos Bastardz...

O vídeo dessa apresentação possui pouco mais de uma hora, e, desse setlist dos Bastardz, eu não conheci três faixas. Como não apareceu na tela o título de nenhuma música, eu nem sei dizer o nome desse trio aí. Mas uma delas ficava dizendo ''We Don't Celebrate Sundays'' no refrão, e suspeito se tratar dum cover. Pelo menos parecia isso. (É claro que eu poderia pesquisar ali o nome dessas três músicas. Mas quis deixar o post mais espontâneo e natural, e o publicar sem nenhum tipo de pesquisa prévia.)

De resto, tocaram o clássico EP No Ass, No Pass na íntegra. EP esse que eu comprei no lançamento, em 2005, e que marcou a minha última ida na Animal Records - já que, pra variar, fui muito mal tratado lá, e daí prometi nunca mais voltar na loja. (Se bem que, pelo menos, tenho que admitir que o maluquinho dessa loja faz sim ótimos vídeos pro YT. É bom ver que um dos queimados do Big Bandana Brother Brasil ao menos consegue criar vídeos de qualidade pra plataforma - ao contrário da galera do Big VHS Brother Brasil, que faz os vídeos movida pelo desleixo e pela preguiça, de qualquer forma mesmo e toca o foda-se.)

Eis o quinteto de canções desse EP: Wasted Generation, Grab Her by the Tail, Spider Sarah e as duas que viraram clipes, Alleycat Spoiled Brat e aquela que talvez seja a música mais famosa do grupo, Pills - cujo refrão possui lá suas semelhanças com Horse Pills dos Dandy Warhols...

Além dessas, o setlist também contou com a fodástica Let It Fuckin' Roll, uma das melhores da banda, a também legal pra caralho Gasoline (do álbum completo Jungle Outlaws, que nunca consegui comprar e também nunca consegui escutar na íntegra, já que a maioria das faixas não está no YT), o cover Beat the Bullet do Vain (clássico) e também uma surpresa bastante agradável, quando, lá pelas tantas, o Fabz anunciou a participação especial de um dos vocalistas anteriores do grupo. Óbvio que imaginei se tratar do Nat, que é considerado o vocalista clássico da banda, já que foi ele que cantou no No Ass, No Pass e no Jungle Outlaws. Qual foi a minha surpresa quando foi revelado que o convidado especial era o Junior Inc., o emo trevoso que foi o frontman dos Bastardz na época em que eles foram considerados traidores do hard-glam. E, com o Junior no palco (chapando legal), eis que eles tocam a minha adorada Mal Estar (que a galera trollava na época, falando que o refrão diz ''EU SÓ VIM TRAZER UM ALL-STAR''). Podem dizer o que quiser: eu curto pacas essa época emo-screamo dos Bastardos. Se bem que eu sou bastante suspeito já que, se depender de mim, o emocore irá voltar ao mainstream das paradas mundiais qualquer hora dessas, duma forma ou de outra.

Já o line-up do show contou com os dois guitarristas que estiveram em todas as formações da banda, os fundadores Danny Poison e Thomas Butcher, mais o baixista e o baterista da formação clássica; respectivamente, o provocador Drannath Kate, que se orgulhava de ser odiado pelos fãs de black metal de São Paulo, e o ''guia oficial dos puteiros de SP'' Mr. Lady.

Bem, foi um show bem bacana, que até me fez desejar ter presenciado de perto. Mesmo porque os dois shows dos Bastardz que eu assisti na vida, ambos em 2005 (um na Woodstock Discos e o outro na frente da Galeria do Rock), foram com o Nat no vocal. E ali eu teria a chance de conferir a performance do Fabz mais a participação para lá de especial do Junior Inc., que representou o período mais subestimado e negligenciado do grupo.

E lá perto do fim foi dito que o Danny estava fazendo aniversário naquela data, 48 anos. Acho que esse número foi trollagem, já que, na minha mente, ele teria entre trinta e tantos e quarenta e poucos. Não acho nem a pau que ele tenha tudo isso, 48. Mas enfim.

E muito sem noção o Drannath falando no microfone ''quem quiser transar, eu tô aqui''. Sim, em pleno Dezembro de 2020, quanto nem vacina anti-CUVID nós tínhamos no Brasil.

No mais, será que um dia conseguirei comprar o CD Jungle Outlaws? Nunca trombei essa porra em lugar algum. Bem, seguirei na busca ao disquinho, anyway. E seria bacana ver uma compilação da banda com as faixas que nunca foram lançadas em CD, como as coisas da época do Criss Sexx (no YT até tem uns áudios dele cantando algumas canções do EP com o Nat), as músicas do Junior Inc. e as faixas dessa fase atual, com o Fabz.

Viva os Bastardz.

 







 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

As 4 Aquisições dos Garimpos da Segunda Metade de 2021 Até o Momento (1 CD Single + 1 Livrinho + 1 Livrão + 1 Fita VHS)





 

 

Desde o exato momento em que a segunda metade do ano começou, primeiro de Julho portanto, venho evitando adquirir novos itens colecionistas o máximo possível. Assim, de lá para cá, só comprei mesmo esse quarteto de coisas escaneado na atual postagem.

A primeira aquisição da leva foi em parceria do ''Mr. Dice'' (AKA Gabriel Caroccia), o representante oficial da Dado Group no Brasil. Estávamos num sebo de SP fuçando a seção dos CDs de 5 Bozos, e lá o Dado trombou o debut do The Creatures (projeto da Siouxsie Sioux, do Siouxsie and the Banshees - de quem até possuo o single não tão bom assim Fear of the Unknown, já da fase derradeira dela), intitulado Feast e importado do Japão.

Já o seu malfadado narrador encontrou um estranho CD single com uma capa para lá de esquisita: um espantalho com roupa de caubói. Pensando ''que porra é essa?'' eu peguei o CDzinho nas mãos e vi que se tratava duma tal Joanna, AKA Joanna Zychowicz, e a canção era chamada Dirty Country Girl. Óbvio que, como exímio colecionador de singles que sou, tive que adquirir essa caceta - principalmente se levarmos em consideração que essa mina e essa música são tão mega-desconhecidas que nem constam no YT. E, apesar do CD-S ser importado da Itália, parece mesmo que ela é polonesa (e se identifica como ''Johanna'' no início da canção), por mais que cante em inglês aqui. E, apesar do ''Country'' no título da música, a sonoridade é puramente pop. E, como o single é de 2000, e não encontrei nenhum registro de qualquer outra coisa na '''''discografia''''' dessa muié, então ela pode sim ser considerada uma cantora pop contemporânea, uma área que me interessa bastante por causa das épocas áureas da Miley, da Demi, da ''Tay'', da ''Katheryn'' Perry (na sensacional fase pop punk emonóide), da Gaga, da Rihanna, da Emily Osment, da Lily Allen, das coisas coisas boas da às vezes insuportável Charli XCX, da época boa da Lana Del Rey, da versão teen dessa última, a Billie Eilish, e de tantas outras. Bem, pelo menos eu vejo as coisas dessa forma: as popstars contemporâneas são aquelas cantoras que debutaram de 2000 adiante. Ou seja, pelo menos na minha categorização, essa Joanna para lá de obscura se encaixa sim. E olha que curioso: numa das raras imagens que encontrei dela online, ela está usando a mesmíssima roupa do espantalho na capa do single :)

Já na Quarta 21 eu voltei nesse mesmo sebo, porém em ''carreira solo'' nessa ocasião. E, como já estava faz um tempinho pensando em fazer a minha própria coleção de Goosebumps pela Abril, acabei trombando e adquirindo lá o # 8 da série, Terror na Biblioteca, por R$ 3. Isso é muito curioso, já que, quando eu tava adquirindo as GBs pro Alex, a # 8 também foi a primeiríssima edição que comprei, juntamente daquela GBs importada de Portugal, com a capinha lisérgica que até dá barato. E aqui vai uma pequena trivia: até onde sabemos, pelo menos três editoras diferentes publicaram GBs no Brasil. A primeira foi a Marques Saraiva, que iniciou a publicação de GBs em território BR aparentemente em 1996. Aí, cerca de dois anos depois, a Abril fez a sua publicação de GBs por aqui. Aí, tempos depois, foi a vez da Fundamento editar a série de RL Stine no nosso país. E, após fuçar GBs em dezenas e mais dezenas de sebos diferentes, cheguei a essa conclusão: as edições da Fundamento são sim bem fáceis de serem encontradas. Já as da Abril é possível encontrar com uma certa dificuldade. Mas as da Marques Saraiva... Bem, aí são extremamente difíceis de encontrar já que, de todos os lugares que fui, só encontrei mesmo uma única edição, e logo no ''Museu do Laser Disc''. E, é claro, as capinhas de GBs são maravilhosas e até parecem VHSs de terror dos anos 80.

Enfim...

Aí fui num sebo ali próximo, no mesmo dia, e acabei adquirindo a minha terceira (!!!) edição diferente de Miles to Go (AKA Hannah Montana e Eu), uma das biografias da Miley. Assim como as duas edições anteriores, essa terceira também custou 10 mangos. A minha primeira versão foi a nacional mesmo, comprada em 2018 num sebo ali perto, num garimpo em parceria do Gio ''Boca-Lixeiro'' Mendes. Já a segunda, importada dos EUA e com a capa dura, foi adquirida em Porto Alegre, no começo de 2019. E agora peguei essa terceira, também importada dos EUA porém sem capa dura. Existem algumas diferenças entre as três versões, mas deixarei pra falar disso caso eu faça um post sobre as biografias da Miley um dia (também tenho aqui a She Can't Stop). E, ainda sobre Miles to Go, como ela ainda era ''dimenó'' na época, não vou falar que ela tava uma baita ninfetinha gostosa pra caralho na capa do livro.

De resto, nesse mesmo sebo aproveitei pra trocar ideia com o atendente do recinto, e ele me contou uma história da vez em que o Angeli se encontrou com o Maluf. Como o Angeli sempre fazia humor massacrando o Maluf, ele se surpreendeu ao ver o Maluf o agradecendo por toda a divulgação. Foi aí que ele se tocou da burrada que fez, ajudando a popularizar um sujeito para lá de desprezível. E, em tempos mais atuais, foi esse mesmo tipo de humor escrachado que ajudou a popularizar e eleger o Bozotário através das suas aparições em atrocidades como SuperPop, Pânico e CQC. É bem nessas mesmo: se tratando de tipos como Maluf e Bozo, não dá para ser bonzinho e dar espaço e também não dá para fazer críticas leves e bem humoradas sobre eles. Só existem dois tipos de tratamentos para eles: ignorando completamente (se possível) e, se não for possível ignorar, os expondo de forma minuciosa, mostrando o quanto eles são filhos da puta inescrupulosos que não merecem apoio algum.

Avançamos agora para a noite da última Segunda, 2 de Agosto.

É, dois dias atrás eu pisei em um certo sebo do centro de SP que eu não frequentava desde o dia 3 de Julho, quando estive lá em parceria do Gio ''Fantasma da Boca'' Mendes.

É, lá estava eu na noite de Segunda, olhando as pilhas de VHS e não encontrando porra nenhuma. Até que, lá pelas tantas, quando já estava quase caindo fora, trombei uma fita bastante inusitada: uma bagaceira pós-apocalíptica oitentista chamada O Lobo do Deserto (Lone Runner - o nome até lembra ''Road Warrior'') dirigido pelo nosso chapinha ''Roger'' Deodato. Óbvio que a comprei, e por míseros 4 Bozos - sendo que, no adorável (?) ML (que está mais para ''IML''), está custando 90 mangos.

Bem, com essa fita, tenho agora seis VHSs do diretor de Cannibal Holocaust - que, segundo relatos variados (inclusive do renomado YouTuber Getro), saiu sim em VHS ''alternativa'' no Brasil. Poderia até ter mais fitas dele, se não tivesse vacilado e deixado passar pedras preciosas como Mutações Sangrentas (relançamento d'A Face), Grite por Socorro e As Três Faces do Mal.

E é bem interessante adquirir essa Deodato agora, pouquíssimo tempo depois do meu sonho para lá de bizarro em que eu trombava a Cannibal Holocaust pirata num garimpo dentro de um avião (!) e também do surgimento daquela fotinha de Cut and Run numa VHS que pode, talvez, ser uma fita bootleg.

E o elenco d'O Lobo do Deserto é bem interessante: Miles ''Ator'' O'Keefe (que contracenou com o Sean ''Jackass Bond'' Cornory em A Espada Vingadora, outra fita que comprei esse ano), John Steiner (que também atuou pro Deodato no divertido Contagem de Cadáveres - que, segundo uma lenda urbana, teria sido co-dirigido pelo David Hess), Savina Gersak (que fez a potencial vítima de um serial-killer em Carona para o Inferno, road-movie de suspense com esse já citado psycho sendo vivido pelo canastrão Mark Hamill - ele mesmo, o Lil Kunt Scumwanker de $tar War$, AKA Pior Franquia da História do Cinema Mundial) e também Ottaviano Dell'Aqua, ator-dublê que é simplesmente o zumbi do poster do Zombie do Fulci!

OK, já falei demais aqui. Até a próxima, CÃObada.

PS: Inacreditável que o Sebo do Messias ainda esteja vendendo a primeira temporada de The Blacklist em Blu-ray com BDs que estavam simplesmente grudados um no outro, PQP... Bola fora total do Messias por estar comercializando algo nesse péssimo estado. Tomara que ninguém perca dinheiro comprando essa tralha arrebentada.

 










 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Dias e Noites em Claro das Relíquias do Terror: Garimpo em Parceria de Alex Gouveia em São Paulo (Segunda - 28 - Junho - 2021)





 

 

Acabei demorando - bem - mais do que o planejado para fazer o post em questão, e até fiz um inesperado post antes dele (O Estripador de Las Vegas, AKA Murder-Set-Pieces). Mas antes tarde do que mais tarde ainda. Vamos lá então.

No dia em questão me encontrei com o Alex pela primeiríssima vez na vida, já que ele fez essa visita de duas semanas ao Brasil, o que permitiu que fizéssemos um rolê-garimpo colab pelos sebos do centro de São Paulo.

Assim, marcamos de nos encontrar em um dos principais sebos de SP.

Uma vez lá dentro, fomos dando uma fuçada no sebo em geral, onde acabei comprando a VHS Carapintada (Renato Tapajós), por R$ 2.50. Como ando extremamente desfalcado, não tenho como verificar de verdade o conteúdo dessa fita bastante curiosa. Carapintada em si é um dos livros escritos por Tapajós, guerrilheiro que lutou contra a ditadura militar e, em 2014, dirigiu o extremamente violento Corte Seco, filme que assisti na sua primeiríssima exibição pública (e, talvez, a única...) e, até onde sei, nunca conseguiu estrear comercialmente. (Hoje em dia então, no desgoverno do Bozotário, sujeito que faz o possível e o impossível para acabar com a cultura no Brasil, aí que não iria conseguir estrear mesmo. Ainda mais que o filme denuncia os horrores da ditadura militar - ditadura essa que o Bozo gostaria que nunca tivesse acabado.) Enfim, essa VHS Carapintada é curiosa porque, fuçando a web, não encontrei nenhuma mísera citação a uma VHS de Carapintada, a algum tipo de adaptação audiovisual do livro ou mesmo a algum tipo de audio-book da obra. Aí fica a questão: qual diabos é o conteúdo dessa porra de VHS então??? Algum tipo de material promocional sobre o livro? Alguma adaptação cinematográfica ultra-underground sobre a obra? Sei lá. Não tenho como realmente verificar no momento. Caso eu consiga um VCR digno, aí checarei imediatamente.

Já o Alex, por sugestão minha, comprou um CD - que eu já tinha - do Psy-S, grupo de JPop oitentista com vocal feminino que é muito mais legal do que o já completamente sumido e quase homônimo Psy - aquele coreano malucão que ficou conhecido no Ocidente com Gangnam Style. (Aliás, acho a versão do Cauê Moura de GS, a proibida Homenagem ao Latino, muito mais legal do que a própria GS.)

Mas, após escolhermos nossos itens de compra dentro desse sebo, optamos por passar mais algum tempo dentro do recinto, dando uma vasculhada geral e, também, fazendo o nosso PURE MASSACRE básico na horrenda Netfux, empresa responsável por atrocidades como Stranger Fags (lixão Spielbergiano - pleonasmo - que vai ficando cada vez mais ridículo a cada temporada que passa, e que foi responsável por trazer uma caralhada de arrombados hipsters e posers pro meio do VHS; meio esse que, claro, já era algo bastante pavoroso antes mesmo da vinda dessa galera). Sem contar que, além de produzir várias séries e filmes horríveis, a Netfux é tão vexaminosa que, cedendo ao mimimi geral, mutilou algumas das cenas mais pesadas das suas PRÓPRIAS SÉRIES, tipo os cortes que fizeram na sua única série que presta: 13 Reasons Why. É incrível isso: a primeira temporada que peguei de 13RW no lançamento, pelo selo ''Tiozinho da Esquina Home Video'', está 100% uncut, mas, se você for ver essa porra na Netfux, terá cortes sim em alguns momentos de gore e violência sexual. Os cornos nem pra fornecerem a opção de ver essa porra intacta.

Netflix fucking sucks. E outra: se for para ter o revival da era VHS fornecido por Stranger Fags, então eu prefiro ficar com o anti-revival da era VHS demonstrado em filmes pessimistas e desgraçados como Found e ''Amigo-de-Aluguel''.

Enfim, voltando aqui.

E, enquanto fazíamos essa ''hora extra'' dentro desse sebo bastante tradicional de SP, eis que aconteceu algo BASTANTE inusitado e WTF. Do nada, um maluco esquisitão nos abordou lá dentro: ''Ouvi vocês falando sobre filmes e VHS. Então, eu tenho centenas de fitas que estou vendendo. Vocês teriam interesse em ir na minha casa dar uma olhada nelas? É aqui perto.'' Puta sujeito estranho pra caralho: não tinha qualquer tipo de número de telefone ou email. E até suspeito que o nome que ele deu é falso. Já imaginei de cara que ele iria nos levar lá para nos estuprar ou, então, para nos drogar contra nossa vontade e nos introduzir à força na prostituição. Já o Alex pensou que ele fosse um serial-killer e ia nos matar assim que chegássemos lá. Além dessas hipóteses, havia também uma outra possibilidade ainda mais assustadora: de que as fitas do cara fossem uns lixos tipo Rei Leão e Titanic.

Mas, em nome das caças kamikaze por VHS, é claro que nós fomos lá. São esses os riscos que existem quando estamos nas ruas, correndo perigo em nome do VHS - ao invés de ficar no conforto de casa investindo em buscas fake por fitas online, um hobby caro e broxante.

Após uma caminhada de, sei lá, uns 10 minutos, chegamos na goma do cidadão, uma quitinete dentro de um pequeno prédio. Assim que entramos na goma do freakazóide, já avistamos um grande cartaz do Nosferatu na versão do Werner Herzog. Aí chegamos nas pilhas de fitas, encostadas na parede. Após olharmos todas, o sujeito foi trazendo novas caixas com mais fitas. E, para a nossa surpresa, havia muita coisa legal e muita coisa de terror. E, de absolutamente todas essas fitas, apenas a Liquid Sky da VideoCast não estava à venda.

Acabou que eu escolhi 14 fitas e o Alex pegou 26. As minhas 14 saíram 80 reais. Portanto eu vejo assim: foi 5 reais cada, exceto as duas mais interessantes, que foram 10 cada - Imagens (excelente terror psicológico do Robert Altman, e bastante assustador também pelo fato do marido da protagonista parecer o Bozo) e Horror Express (filme bem superestimado e que facilmente mereceria um PARTIAL MASSACRE aqui, mas, pela capa animalesca e por ser da VideoCast, até consegue um certo destaque). Todas as minhas aquisições estão escaneadas aqui, exceto aquela que eu passei pro Alex ao perceber que era uma cópia dublada ao invés de legendada: o quarto Nemesis (Albert Pyun).

Falando em Alex, eu tô aqui com a lista das 26 fitas que ele comprou lá, mas, como ele provavelmente fará um vídeo sobre esse rolê todo no canal dele, evitarei spoilar o barato todo. Mas adiantarei que ele conseguiu três pesos pesados lá, entre elas duas que eu também tenho (A Morte do Demônio da Look e O Vingador Tóxico da Central + Play) e uma que está na minha wish list faz tempo: Aniversário Macabro da Argo. Foda demais. (Olhando aqui na lista, das 26 aquisições do Alex nessa leva, eu tenho 19 dessas fitas e já tive outras duas que acabei doando. Já as demais cinco são sim fitas que eu teria.)

E um detalhe curioso: o sujeito lá sugeriu do Alex pagar pelas fitas em dólar. Mas o pagamento todo foi em real mesmo.

Saindo de lá, o Alex comentou uma parada que eu não reparei nenhuma das duas vezes: que havia na casa do sujeito um troço que era um manequim ou uma boneca inflável. Realmente não notei isso. Mas não duvido nada: o cara é muito estranho mesmo. (Detalhe sinistro demais: eu tô escutando Berlin ao fazer esse post, a fraquíssima Sex Me, Talk Me agora, e, logo após escrever essa parte ''manequim ou boneca inflável'', a Terri Nunn cantou ali o trecho ''the mannequin is real''. Não foi nada proposital, já que não curto essa música e só a aguentei porque tenho o costume de ouvir tudo do Berlin da fase clássica sem avançar absolutamente nenhuma faixa. Inclusive, eu nunca havia reparado antes que é isso que é dito na letra. E eu até confirmei ali no Google: é sim isso mesmo. ''Back against the darkest wall... The mannequin is real''. Cacetada, a mina mais gostosa dos anos 80 acabou de confirmar que havia mesmo um manequim lá. Bizarro demais.)

Pois bem. A ideia inicial era ir em absolutamente todas as fontes físicas de VHS que conheço no centro de SP, tendo como a única exceção o sujeito lá de uma das videolocadoras que aparecem naquele documentário medíocre. Mas essa ida inesperada a esse maluco que nós nem conhecíamos já havia superado todas essas fontes decadentes de VHS de SP, e, além disso, já nos deixou com uma porrada de mala pra carregar. Foi cabulosa a parada.

Assim, decidimos tirar uma folga e fazer um lanche. Após esse lanche, no mesmo recinto, fomos entregando um pro outro as coisas que havíamos nos conseguido previamente. Não diria que foi uma troca, e sim um caso de dois amigos se presenteando mutuamente.

Assim, o Alex me presentou com umas coisas bem apetitosas, que eu estava desejando faz tempo...

* CD Berlin - Pleasure Victim (1982)

O segundo álbum do Berlin, porém o primeiro com a Terri Nunn, que substituiu aqui a punk rocker Virginia Macolino, a cantora do debut Information. Pleasure Victim, às vezes considerado um EP, conta com sete faixas: uma infelizmente fraca (Torture, que faz jus ao título), uma interessante (a faixa-título, que saiu como compacto mas não virou clipe), uma guilty pleasure (Sex, I'm a..., que saiu como compacto e rendeu dois clipes diferentes) e quatro clássicos absolutos, sendo Tell Me Why (que aparece aqui numa versão muito diferente daquela que já havia aparecido como lado B de compacto), World of Smiles, The Metro (que também saiu como compacto, além de receber dois clipes diferentes) e a simplesmente imbatível Masquerade (também lançada como compacto e clipe). Aliás, foi a Masquerade que me transformou num fã obsessivo de Berlin quando a escutei na trilha sonora daquele filme Perfeição, um raríssimo caso de filme em que a Jamie Lee Curtis está gostosa pra caralho. Bem... Excelente aquisição esse Pleasure Victim. Mesmo porque eu nunca encontro nada do Berlin em SP, e, quando eu pergunto por aí, os atendentes das lojas ou não sabem do que eu tô falando ou só lembram de Berlin por causa daquela música horrível daquele filmeco horrível... E olha que curiosa aquela imagem ali da contracapa: um still do John Crawford no PRIMEIRO clipe oficial de Dancing in Berlin, do Farenheit, que ainda não havia sido coverizada pelo próprio Berlin. Aliás, esse clipe do Farenheit é uma bizarrice terminal e sem precedentes, com o Crawford totalmente cheirado, hahahaha.

* Blu-ray Cruising (Parceiros da Noite, 1980) da Arrow

O meu segundo BD da Arrow na coleção, sendo que o primeiro também veio do Alex (Blood Rage - que não é o mesmo Bloodrage citado no post anterior do 7NEC). Bem... A minha história com Cruising vem lá de trás, e é o meu segundo Friedkin favorito, depois de Viver e Morrer em Los Angeles. E essa edição da Arrow é o tratamento definitivo para esse clássico giallo americano, altamente controverso no seu lançamento. Inclusive, depois d'O Exorcista, Parceiros da Noite é, facilmente, o filme mais malditão na carreira de Friedkin.

* Blu-ray The Fan, AKA Der Fan (AKA Trance, AKA Blood Groupie, AKA Murder Case File, 1982) da Mondo Macabro

Esse foi o item mais arrebatador de todos, desse filme já minuciosamente analisado nesse blog. É, finalmente chegou o dia em que adquiri esse belíssimo BD de Der Fan, filme que, até onde sei, jamais recebeu qualquer tipo de exibição ou lançamento em home video no Brasil. Uma baita edição desse que talvez seja o filme definitivo sobre fãs obsessivos e stalkers, com uma atuação inesquecível da absolutamente linda Desiree Nosbusch como a completamente perturbada Simone. Um dos melhores filmes que já assisti na vida.

* 4K + Blu-ray The New York Ripper (O Estripador de Nova York, 1982) da Blue Underground

Outra aquisição inacreditável vinda do Alex, e o meu primeiríssimo 4K da coleção. Inclusive, antes disso eu só havia trombado três edições no formato, e todas bem broxantes: uma temporada de série (Westworld) e duas apresentações de ópera. E, se não bastasse The NY Ripper ser um clássico dos gialli e do horror em geral, esse pacote duplo vem também com o BD do filme. Simplesmente uma edição extremamente caprichada desse filme que, digitalmente, no Brasil saiu apenas em um daqueles DVDs fucking boring da coleção Giallo da Versátil Hype Vídeo.

* Sleepaway Camp (Terror Threads)

Lindíssima camiseta do primeiro Sleepaway Camp (Acampamento Sinistro, 1983), o meu slasher favorito de todos os tempos. Inclusive, de todos os modelos esse é o mais bonito mesmo. E é realmente uma grande aquisição, já que, aqui em SP, só é possível conseguir camisetas de terror de coisas batidas: Freddy, Jason, Michael Myers, etc. Essa camiseta do Sleepaway já é a minha favorita das minhas de terror - sem querer desmerecer as do Fulci e a do Nekromantik 1, é claro.

* Horror Hound (edição especial VHS)

Edição especial da revista Horror Hound, com umas matérias bem bacanas, como um especial sobre filmes existentes em VHS que, mesmo lá fora, ainda não saíram em DVD. Matéria essa extremamente interessante Cão certeza. E muitas outras coisas também, como reviews de novos filmes mais notas gerais sobre lançamentos em Blu-ray e o escambau. Inclusive, eu nunca havia trombado uma edição dessa HH na minha frente.

Já sobre as coisas que eu passei pro Alex, bem, aí ele mesmo pode falar à respeito quando fizer o vídeo dele sobre esse nosso rolê :) É legal que aí ele pode completar as eventuais lacunas dessa minha postagem aqui. E VALEU mesmo pelos itens, Alex! Tudo muito foda mesmo e inédito no Brasil. É até difícil pra caralho escolher o grande destaque entre eles. Ter que apontar apenas um deles como sendo o grande destaque seria a mesma coisa que ter que escolher entre comer a Miley ou a Maya Hawke ou a Billie Eilish. É o tipo de coisa que traz um dilema eterno mesmo.

E, nessa mesma folga dentro da lanchonete, ainda aproveitamos para debater várias coisas, desde as presepadas do BBB VHS (Big VHS Brother Brasil) e do BBBB (Big Bandana Brother Brasil), cuja parte sobre o pretenso embaixador do meio se revoltando com o Kip Winger me fez quase engasgar de tanto dar risada, até papos mais específicos mesmo sobre bandas de hard rock. Aí concordamos que LA Guns é mesmo muito mais da hora do que Cunts N Bozos, que nada mais é do que uma cópia superestimada, tardia e mal feita de bandas icônicas e pioneiras como Motley Crue e Hanoi Rocks. (Mas nada contra quem é fã de GNR como o brother Guitardo.)

OK, lanche feito, descanso feito e ''trocas'' feitas, chegou a hora de voltarmos às caçadas.

Aí fomos em mais dois sebos.

No primeiro eu consegui um botton (!) do Fake Number, a banda emo BR mais maravilhosa que já existiu (que, assim como Hey Monday e City of the Weak nos EUA, também foi maldosamente apelidada de ''clone de Paramore'' pela mídia, sendo que essas três bandas são muito mais interessantes do que o injustamente endeusado Paramore - e, se for para acusar essas três belas bandas de plágio, então é melhor dizer que elas chupam Avril Lavigne mesmo, e não Paramore, bandinha qualquer nota que de original não tem porra nenhuma), mais o DVD americano edição especial do mesmo Cruising que o Alex havia acabado de me conseguir em BD da Arrow. Agora já são quatro edições de Parceiros da Noite na minha coleção geral: VHS nacional (Warner), DVD nacional (Lume) mais essas edições gringas em DVD e BD. Me resta ainda conseguir a VHS ''alternativa'' e o DVD da Continental. ''You made me do that.''

E, no outro sebo, eis que o Alex pegou uma fita que já estava lá fazia um tempo: Segredos Mortais, AKA Mortal Sins (Alpha), um thriller investigativo e whodunit com um padre (Christopher ''Superhomo'' Reeve) caçando um serial-killer que anda despachando várias colegiais. Esse filme é bacana sim e eu até o compraria se o protagonista não fosse o Clark Kunt em pessoa. Foi por causa disso que eu havia deixado essa fita pra trás. Mas o filme em si é bem bacana, e o psycho dele é bem atormentado.

Já eu encontrei ali uma fita que não conhecia na época: O Segredo do Quarto Branco, AKA The White Room. A deixei mais ou menos escondida, para poder pesquisar o filme decentemente em casa. Dois dias depois, após me convencer que o filme promete e muito (um mix de horror, surrealismo, whodunit e o caralho a quatro), eu voltaria nesse sebo e não encontraria mais essa fita em lugar algum... Quem será que a comprou?

OK, já era noite e era hora de pular fora. Aí o Alex até me deu uma carona pra perto da minha casa. Tomara que, qualquer hora dessas, a gente consiga fazer um novo rolê colab assim.

E espero que curtam os scans todos aqui. Entre eles, A Inocente Face do Terror e A Mão. Com a recuperação dessas duas fitas, cheguei a marca de um terço de fitas recuperadas entre as perdidas pro Albino Albertim, o terceiro pior participante do BBB VHS. Ou seja, consegui, de 2013 para cá, recuperar 21 fitas entre as 63 que perdi para esse sujeito extremamente mal caráter, que vem me prometendo as mesmas ladainhas faz oito anos. Sujeito esse que recebe passe livre para circular livremente nesse meio grotesco do VHS no Brasil. Meio esse com o qual eu não quero absolutamente nenhuma associação. Eu preferiria com certeza fazer parte do meio dos funkeiros, dos fãs de música sertaneja ou dos fãs do Neymar do que desse treco horrível chamado Big VHS Brother Brasil. Tô fora dessa desgraça.

BÔNUS: Reencontrando o Freak das VHSs e do Manequim Dois Dias Depois (Featuring Gio ''Mouth Trasher'' Mendes)

Tentarei resumir bastante essa porra, e não falarei do rolê completo. Será só mesmo o reencontro com o freakaço.

Pois bem.

Como eu havia encontrado nesse sebo aí - o mesmo onde eu e o Alex iniciamos o rolê de dois dias antes - o compacto com a canção-tema de Mulher Objeto, item esse que interessava ao Gio, acabei me encontrando com ele no mesmo horário que havia marcado com o Alex lá no garimpo descrito acima.

Então. Logo após eu e o Gio nos encontrarmos lá, adivinha o que aconteceu? Aquele mesmo sujeito das VHSs reapareceu na porra do sebo, perguntando pelo Alex também e me dizendo que o irmão dele havia trazido uma nova caixa de fitas. Aí ele me chamou, novamente, pra ir no apartamento dele olhar as fitas. E, como eu sou burro pra caralho, aceitei sem pensar duas vezes.

Aí eu e o Gio o acompanhamos até lá. No caminho o sujeito começou com uns papos de que se arrependeu de vender aquelas fitas todas pra nós. O maluco meio que passou o percurso inteiro resmungando. Eu deveria ter sacado que isso era um sinal de que não era uma boa ideia voltar lá na casa do sujeito. Inclusive, ele não queria que o Gio fosse lá, já que o Gio não coleciona VHS e não seria um comprador em potencial do formato.

OK. Chegamos então na casa do freakazoide.

Não havia porra nenhuma de ''nova caixa com novas fitas''. Eram as mesmas fitas de antes. Quer dizer, bem menos, já que muitas delas estavam nas caixas de antes - caixas essas que ele não deixou disponível dessa vez.

Aí, olhando cautelosamente as mesmas fitas de antes, separei Taxi Driver da Tocantins (que, debaixo do título em inglês, aparece como ''Motorista de Taxi'') e Alma Corsária (Sagres), do saudoso Carlão Reichenbach. Não eram fitas tão interessantes assim pra mim, mas, como Taxi Driver é um dos pouquíssimos Scorsese que eu realmente adoro (e essa edição da Tocantins é a única versão selada que me interessa do filme), e como Alma Corsária é um filme legal pacas (mesmo que relativamente recente - pros padrões do VHS) e que não saiu em DVD, eu concordei em levar essas duas. Mas, como estou com uma extrema falta de espaço, como não são duas fitas tão fortes assim e como eu não estava com muito dinheiro no dia, eu disse que o máximo que pagaria nelas era R$ 6 em cada. Isso após ele dizer que queria 15 nas duas juntas. Por mim eu deixaria as duas pra trás sem problemas, mas aí ele concordou em fazer as duas por R$ 12. Aí eu terminei as comprando.

Mas daí o cara surtou.

Aí ele, munido com uma espécie de arma branca na mão, surtou legal e começou a me xingar pra caralho. Me chamou duma porrada de coisa: de imaturo, de moleque, de nerd, de virgem e provavelmente de outras coisas também. Ele ficou puto pra caralho. Me passou pela cabeça rebater os xingamentos o questionando e o criticando, mas aí percebi que esse sujeito provavelmente é bandido (antes da gente entrar no apê dele, ele disse pra mim e pro Gio não contar pra ninguém do endereço dele - e tem aquilo também dele dizer não ter nenhum tipo de fone ou endereço eletrônico) e, além disso, nós estávamos no território dele; território esse não muito amistoso, diga-se de passagem. Aí eu lembrei da situação lá do Régis com os fãs de Manowar, e de declarações posteriores do Régis sobre esse assunto. Assim, eu fiquei apenas encarando esse maluco enquanto ele me xingava. Eu estava esperando ele tentar me atacar fisicamente ou algo assim - aparentemente ele só queria uma desculpa para isso. Eu já estava cogitando, se fosse o caso, pegar alguma VHS ao redor para dar uma ''VHSsada'' certeira na fuça do arrombado. Ou seja, além do lance lá do Régis com os ''Manowarriors'', também me veio à cabeça flashes daquela situação bisonha com o Roqueiro Anônimo em 2015 e também aquele doc americano de VHS que um dos entrevistados diz que dá pra matar alguém com uma fita VHS. E o Gio ali do lado só assistindo essa porra toda de situação sinistra com uma reação ''WTF'' e ''o que diabos eu tô fazendo aqui...''.

Felizmente não aconteceu alguma desgraça ali. Mas é certo: JAMAIS negociarei qualquer coisa com esse cidadão de novo, nem que ele aparecesse com as minhas fitas TOP da wish list por 5 centavos cada. Afinal, nada justifica negociar qualquer coisa com os queimados desse meio. E fica a dúvida se voltarei a trombá-lo por aí qualquer hora...

PS: Longo post escrito ao som dos quatro primeiros discos do Berlin. Ou seja, as obras-primas Information (disponível apenas em um raríssimo vinil), Pleasure Victim e Love Life, e também o não tão bom assim Count Three and Pray, que tem várias xaropices no seu tracklist (entre elas aquela baboseira tema do Top Scum - me revolta fortemente ver uma banda tão sensacional ser lembrada apenas por uma das suas piores canções, se não a pior...) e apenas três grandes faixas: Like Flames, Trash e Will I Ever Understand You? (Como esse post demorou muitas horas para ser construído, além dos quatro primeiros do Berlin também fiz uma seleção com a curta discografia do Fake Number, excluindo apenas aquelas duas faixas horríveis que não dá pra escutar nem fodendo: a fraquíssima Platônico e a horripilante Primeira Lembrança, que ainda possui um videoclipe igualmente pavoroso e que plagia um clipe muito famoso de uma das principais bandas de thrash metal do Planeta. Bem, falarei melhor sobre tudo isso quando for a hora de publicar a postagem especial sobre toda a videografia do F#.)

 










 

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Revisitando um dos Filmes Mais Controversos e Malditos do Século 21: O Terror de Extrema-Direita O ESTRIPADOR DE LAS VEGAS, AKA MURDER-SET-PIECES (2004, Nick Palumbo)







 

 

Muito curiosamente, um ex-amigo meu - o ''finado'' Bozominion Shakra - era, seriamente, completamente obcecado com esse filme. Inclusive, ele provavelmente foi o maior fã desse filme no mundo inteiro. Sei lá, vai ver ele se identificava com o protagonista - um psicopata nazista misógino até a medula.

O que faz com que eu tenha a seguinte impressão de Murder-Set-Pieces: é um filme realizado por e para adeptos da extrema-direita, uma espécie de nazisploitation psycho levado muito a sério, sob a direção de um sujeito (Nick Palumbo, que só realizou um outro longa-metragem na carreira: Nutbag, também de serial-killer - Nutbag esse que é citado numa cena de M-S-P) que parece se orgulhar e muito do resultado alcançado aqui, e também de todas as polêmicas que cercaram o filme - tipo aquela treta toda do William ''Maniac'' Lustig se revoltando com M-S-P e ''outras coisinhas mais''.

Por falar nisso, M-S-P foi mesmo um filme bastante controverso na sua época, lá pela metade dos anos 2000. Parecia até destinado a se tornar o filme de terror mais controverso da atualidade... Até ser facilmente desbancado por outras insanidades terminais futuras - cometidas por outros doentes mentais fugitivos do hospício - como A Invasora, Mártires e, principalmente, o filme de terror mais controverso do milênio: ''SERB'', AKA A Serbian Film: Terror sem Limites, já resenhado por esse desgraçado que vos fala nesse post aqui dos primórdios do 7 Noites:

https://7noites7.blogspot.com/2016/02/a-serbian-film-terror-sem-limites-2010.html?zx=b4384748e1107c9a

Mas, de qualquer forma, M-S-P continua sim sendo um filme pesadíssimo, de uma violência bastante forte, doentia e francamente realista - o dando uma certa sensação de filme snuff às vezes. Soma-se a isso outros elementos from hell, como o envolvimento de crianças em situações tabu de pavor e todo o aspecto nazi-fascista da bagaça: a frase de abertura de que os judeus não devem ser culpados por nada (porém dita por um notório ''vilão da história'': Jack o Estripador); a sequência da loja pornô, onde o atendente negro esculhamba o sotaque alemão do protagonista; uma tal de ''Third Reich Ventures'' associada ao filme e, o pior de tudo, a piada dos créditos finais, de que um dos produtores do filme foi Joseph Goebbels, o famoso ministro da propaganda nazista - que até foi aloprado no imbecil Bastardos Inglórios dirigido pelo queixudo otário. Ahh, e quase me esqueci: nos mesmos créditos finais também há um agradecimento a Leni Riefenstahl, aquela atriz-diretora alemã que, além de se envolver em uns filmes de montanha chatos pra cacete, também pode ter sido uma simpatizante dos nazis - há controvérsias nessa questão até hoje.

Ou seja, tenho sim a impressão de que isso daqui é um filme de serial-killer nos moldes dos filmes de SK de outro ''nazista doidão'', o Uwe Boll: um filme de psicopata que abraça de vez os ideais misantropos de seu protagonista maníaco e, indo além disso, até possui toda uma vibe pró-nazi.

OK, mas, desgraças à parte, vocês provavelmente querem saber se o filme presta.

Presta sim, na minha opinião. Bastante. Se levarmos em conta que é uma obra sobre um serial-killer totalmente transtornado e sem salvação, que não cede ao politicamente correto e aos bons costumes gerais, então M-S-P manda muito bem SIM. Sven Garrett está correto como ''O Fotógrafo'', e M-S-P segue sua trilha de cadáveres da maneira mais transgressora e extrema possível, destilando provocação até em momentos sem gore nenhum, como no cabuloso - e realmente hilário - discurso de extrema misoginia durante o jantar ou em toda a conversa sobre snuff na loja XXX - sequência essa que parece retirada de um bom filme do Nicolas Winding Refn, Robert Rodriguez  ou Taranta.

E, num ato fan service a la Rob Zombie, temos no elenco pequenas participações de três figuras bastante queridas entre os nerds fãs de horror: Tony ''Candyman'' Todd (como o já citado atendente da loja pornô), Gunnar ''Leatherface'' Hansen (como um redneck nazista) e Edwin ''Hitchhiker'' Neal (como ''O Bom Samaritano''). Aliás, além de Gunnar e Edwin no elenco, ambos algozes d'O Massacre da Serra Elétrica original, parece rolar mesmo toda uma influência geral do clássico de Tobe Hooper em partes diversas de M-S-P: uma abertura com flashes claramente inspirada em TCM, um agradecimento especial ao próprio Hooper nos créditos finais e, é claro, uma parte em que o psycho de M-S-P usa uma motosserra para desmembrar sua vítima. Além de TCM, M-S-P parece fazer uma menção ao bem menos conhecido Luther the Geek (AKA The Geek: A Aberração, AKA O Maníaco), quando ''nosso'' psycho nazi usa uma dentadura de aço para destroçar mais uma gostosa aleatória.

Bem, é isso aí. Após O Estripador de Manhattan (Bloodrage, 1980, de Joe Zito - curiosamente, um outro Joe Zito foi o diretor de arte de M-S-P) e O Estripador de Nova Iorque, AKA O Estripador de Nova York (The New York Ripper, 1982, de Lucio Fulci), temos esse O Estripador de Las Vegas para fechar a ''trilogia'' dos estripadores nos EUA.

Para terminar, até acho também que muitas das críticas que M-S-P recebeu tem a ver com o seu conteúdo barra pesada, chegando ao ponto de tocar na ferida americana dos ataques de 11 de Setembro de 2001 - me refiro aos atentados às Torres Gêmeas e não ao lançamento do terceiro disco do Nickelback, que também aconteceu nessa mesmíssima data. Mas não se enganem: M-S-P não é um amontoado de cenas extremas ''for the fuck of it'' para incomodar o espectador a qualquer custo. Não é um Atroz ou a trilogia August Underground (apesar de ter sim muita gente dessa trilogia deplorável envolvida em M-S-P...). Por mais que não tenha um grande significado por trás (ao menos não um significado que seja positivo), MSP é sim bem dirigido e visualmente interessante.

E, para quem se interessou, saibam que esse clássico imoral e demente - e que ainda possui um conteúdo sexual que beira a pornografia - foi milagrosamente lançado em DVD no Brasil pela Ocean. É uma rara edição que só trombei 2X e no lançamento: uma vez nos ''Buliva'' e outra ali perto. Em ambas estava 10 reais, mas vacilei e deixei essa porra passar. E esse DVD é bem curioso já que possui opção de duas capas: numa está escrito ''O Estripador de Las Vegas'' e, na outra, somente ''Estripador de Las Vegas''. Bem... Tomara que eu consiga encontrar esse DVD em algum sebo por aí algum dia.

PS: Porém, há um detalhe negativo em M-S-P. Há certas canastrices em algumas atuações, além de vozes que parecem dubladas de uma maneira bem tosca. Essas coisas até tiram um pouco do brilho do filme, mas, ainda assim, a minha cotação para Murder-Set-Pieces é de 4 estrelas numa escala de 0 a 5.










sexta-feira, 2 de julho de 2021

Assisti Agora Mesmo a Live em Questão


 

 

Acabei de assistir a live lá em questão. Farei aqui alguns comentários gerais sobre ela.


Não acho correto cravar que Armadilha para Turistas saiu por aqui apenas em VHS dublada. Tudo aponta para isso, mas, além da possibilidade do filme também ter saído no Brasil de maneira ''alternativa'', vai que alguma distribuidora seriamente obscura o lançou sim em VHS nacional legendado e o lançamento em questão não está creditado em lugar algum. Afinal, Porta para o Silêncio (Sato) e Grunt: Confronto Mortal (House Movie) saíram sim em VHS no Brasil (tenho a segunda e perdi a primeira pro Albino ''Mijair Coronaro do VHS'' Albertim em 2013), por mais que não tenham registro em lugar algum. Portanto sempre acho arriscado isso de dizer que filme X ou Y não foi lançado aqui, ou então que não foi lançado de uma certa forma específica. Nunca dá pra ter certeza de nada se tratando do nosso mercado de VHS.


Mas, beleza, vamos continuar aqui.


Além dos filmes ali citados no vídeo, outro que faz parte desse mesmo universo do Armadilha para Turistas é o Museu de Cera da década de 2000. E, além de ser um slasher bem bacana (o único filme realmente legal desse diretor), ainda tem duas faixas do MCR pré-chupação de bolas (se bem que o refrão da Helena é meio questionável sim...) na trilha sonora e uma curiosa inclusão solo da vocalista do Yeah Yeah Yeahs na mesma trilha. E, no elenco, temos duas gatas de primeiro escalão: a Elisha Cuthbert, que havia acabado de fazer uma atriz pornô em Show de Vizinha, e a pornstar em pessoa Paris Hilton.


Não concordo com isso de ''quem tem, tem, e quem não tem, corre atrás'' porque cada um é cada um e cada caso é um caso. Essa frase generaliza tudo e faz parecer que existem fitas unânimes no meio, e não é assim que as coisas realmente são - por mais que, sim, existam fitas bastante requisitadas dentro do Big VHS Brother Brasil.


Acho Horror Express (fita que, inclusive, acabei de adquirir) um tanto superestimada duma maneira geral. Claro que a capa é animal e o fato de ser um terror da VideoCast ajuda. Mas não o acho um grande filme nem a pau, considero Christopher Lee superestimado e limitado pacas e, para diminuir um pouquinho mais o impacto geral dela, o filme ainda saiu pelo menos duas vezes em DVD aqui.


Sim, era mesmo o Michele Massimo Tarantini por trás da Dado Group. Existem edições variadas do Jornal do Vídeo que confirmam isso e, inclusive, eu já repostei aqui no 7NEC uma matéria deles sobre a Dado que, novamente, confirma isso. (Aliás, admito que cometi uma ERRATA naquela postagem ao colocar The NY Ripper na relação da DG. Afinal, as duas fontes que espalharam esse boato são bem fracas. Desconsiderem esse trecho daquele post.)


De boa, não sou a favor do Leilão CENSURADO - para dizer o mínimo. A impressão que esse leilão passa é a de que é preciso ser rico para colecionar VHS no Brasil nos dias atuais. É o que dá para deduzir do leilão em questão ao ver fitas aleatórias ou não tão raras assim começando na casa dos três dígitos. Podem até custar bem menos que no Mercado Livre, mas, em geral, qualquer coisa em qualquer lugar custa bem menos que no ML.

 

A própria Horror Express, por exemplo, que me custou 10 reais na última Quarta, provavelmente seria iniciada nesse leilão na casa dos 100 reais ou mais. No instante em que é preciso gastar tanta grana assim numa fita (pessoalmente, eu só gastaria três dígitos mesmo na Premonição; e, se fosse para me desfazer da minha coleção, só a Grunt - que parece ser exclusividade minha - eu venderia na casa dos três dígitos), aí colecionar VHS deixa de ser algo divertido e se torna um hobby de gente rica - algo parecido com o que é o mercado atual de home video no Brasil, com empresas como Versátil, Obras-Primas e ClassicLine esfaqueando geral.

 

Mas, ei, é melhor eu não dizer mais nada sobre isso, já que, de maneira geral, querem me silenciar e acusar as minhas críticas aqui de serem ataques pessoais.

 

E é aí que chegaremos agora.

 

Sinceramente vejo dessa forma: CENSURADO, CENSURADO e CENSURADO, eu os critiquei aqui e, no rebate, vocês me criticaram aí. É isso. Isso de que eu os ataquei de forma pessoal e tal não faz sentido. Eu os critiquei sim, talvez de maneira forte até, mas não os ataquei. Muito menos de maneira pessoal. Para ter certeza disso, até voltei lá e reli os comentários que fiz sobre isso, o que deixou bem claro que foram apenas críticas mesmo - intensas sim, porém apenas críticas. A live aí em questão fez parecer com que eu seja um hater e tanto, que simplesmente sai aloprando geral do nada.

 

OK, posso até ter sido radical em alguns pontos. Reconheço isso sim, mas... Isso de dar espaço ao AA está errado demais. Vocês podem achar que não tem nada demais nisso, mas foi esse mesmo tipo de espaço neutro que ''coisas'' tipo SuperPop e Pânico deram ao Bozo, e vejam na desgraça que deu... (E, sim, o AA é para o meio do VHS o que esse genocida saudosista da ditadura e negacionista da COVID é para a política brasileira.)


E foi um tanto vergonhoso ver gente sem personalidade (um tal de VHS Plus e outros), e que nem me conhece, pegar carona no embalo e fazer comentários levianos sobre eu e o meu blog lá no chat da live. Um deles até tinha o Deadly Prey na thumb, que, ao que indica, deve ser o único Prior que o cidadão conhece; ou talvez nem conheça e só pegou carona no hype geral da fita. Aliás, se ele realmente venerasse Prior, veria que eu e o Ivan Ferrari já tivemos longos e detalhados debates sobre o Rei do Trash por aqui, inclusive até num post recente em que eu e o Ivan discutimos três obras do diretor.


Mas, voltando ao AA, essa live fez parecer que os prejuízos causados por ele foram casos isolados, quando, na realidade, são práticas comuns do cidadão. Além de mim e do Gabriel Caroccia, teve muitos outros que foram lesados por ele. De cabeça agora lembro do Marcelo Bort, de quem eu era amigo nos meus tempos de Facebook, do Vinnie Bressan (que já apareceu em filme de terror do Petter Baiestorf), de um colecionador de animações do RJ chamado Thiago (que até cheguei a conhecer pessoalmente), entre outros. O hábito de seguir denunciando o AA tem o propósito de impedir que novas pessoas caiam nas pegadinhas mortais dele. Afinal, se tivessem me alertado sobre ele no passado, aí eu não teria perdido Porta para o Silêncio e dezenas de outras fitas para o sujeito. Não é mimimi nem exagero: é uma tentativa  de conscientização geral e de deixar o BBB VHS menos pior.


E, CENSURADO, de boa, essa sua comparação foi infeliz. OK, eu te entendo, esse Moacir foi canalha com você e te deu um baita prejuízo. Mas, pelo menos, pelo que você deu a entender, ele não seguiu aprontando por aí depois disso. Muito ao contrário do AA, que está até hoje nesse meio caluniando geral.

 

E isso de vocês quererem harmonia e paz, bem, então vocês deveriam se afastar de alguém tão seriamente queimado como o AA.

 

E sobre a menção que fiz ao Brunelli e ao Valgoi: a citação ao Brunelli foi pelo espanto de ver ele, que já teve muito aborrecimento por causa do AA, participar daquela live que é melhor eu nem criticar mais (já que dirão que estarei atacando geral); e o lance do Valgoi foi por causa daquela vez, no começo do ano, em que o mesmo defendeu o AA quando esse ficou pentelhando o Alex no grupo do VHS Mania. Além de dar altos calotes, o AA ainda se sente no direito de esculhambar os outros. Inacreditável mesmo.


E sobre eu não ter tido qualquer tipo de participação na live lá que eu disse ter sido ''mais abominável do que se o Fake Number voltasse a ativa com o infeliz do Fresno no lugar da Elektra'' (aliás, por falar em F#, era para eu estar, nesse exato instante, fazendo um post analisando todos os clipes da minha banda emo BR favorita, e não fazendo esse longo react aqui...) ou nessa mesma live aí que causou esse react todo aqui... Bem, eu me decepcionei tanto com o fato do AA ser convidado para aquela live em questão que retirei imediatamente as minhas inscrições dos canais de vocês e decidi não fazer mais nenhum comment neles de maneira alguma. Mesmo caso do canal do CENSURADO (que, curiosamente, conheci através da seção de ''vídeos relacionados'' da minha entrevista ao Fora de Sintonia), que eu até também era inscrito até o momento da live com o AA - live essa que, inclusive, nem assisti, já que conferir uma segunda live com o AA seria pesado demais.


Enfim...


Tudo isso já foi longe demais, e não vou negar que acho isso de dar espaço ao AA errado demais. Pode até parecer radicalismo meu, mas não é nada legal deixar alguém tão incrivelmente mal intencionado ficar circulando por aí e pagando de gente boa, além de receber todo um tratamento chapa branca a la Cinemagia.


Mas OK, tudo isso se tornou cansativo demais, e a minha vida já é complicada e problemática demais sem os dramas do meio do VHS - sendo que, inclusive, no exato mesmo dia em que essa live foi ao ar, eu cheguei a sofrer uma ameaça física de agressão, ao vivo e a cores, pelo mesmo desequilibrado xaropeta que havia me vendido a Horror Express dois dias antes.

 

OK...

 

CENSURADO, CENSURADO e CENSURADO, não citarei mais vocês nem seus canais do YT nesse blog a partir desse momento, e espero que vocês façam o mesmo em relação a mim e ao meu blog. Que cada um siga seu caminho em paz agora, e encerro em definitivo a minha participação nessa confusão toda. Por mim tudo isso termina aqui. Fui.

sábado, 19 de junho de 2021

Retornando à Loja Onde Fui ''Cancelado'' em Janeiro (Co-Estrelando Gio ''Lixeiro da Boca'' Mendes)




 

 

O título original desse post era o seguinte:

''Retornando à Loja Onde Fui ''Cancelado'' em Janeiro e Condensando os Últimos Rolês de Garimpo em uma Só Postagem''

Mas já avisarei de antemão que terei sim que fazer uma segunda parte, onde abordarei os outros rolês-garimpos dos últimos dias.

Seguindo com os garimpos atrás de Goosebumps by Abril (pro Alex), material da ''dupla'' Fake Number / Lipstick (as duas bandas mais legais do emo BR, ambas com vocal feminino - Elektra e Mel, respectivamente), material do Berlin e, é claro, fitas VHS, fiz mais algumas caças recentemente. Caças essas que, na maioria dos casos, foram feitas em parceria do Gio Mendes.

E, entre essas buscas, acabamos indo na loja onde o seu maltratado narrador foi ''cancelado'' em 15 de Janeiro desse ano, graças a todo aquele imbróglio nonsense envolvendo aquelas NMEs com The Nirvines na capa. Ou seja, já eram mais de cinco meses que eu não ia lá. E posso dizer que os velhinhos lá ou não me reconheceram, não se lembraram de mim ou simplesmente não se importaram. Já que, em momento nenhum, tentaram cobrar os 10 Bozos que falaram que eu teria que pagar para eles caso retornasse lá.

Uma vez lá dentro, tentei localizar o CD de compilação do Berlin com canções de 1979 a 1988 (que o Dado havia trombado lá em 29 de Janeiro desse ano), por mais que esse CD seja meio retardado por não trazer a sensacional Dancing in Berlin, uma canção muito mais querida pelos fãs do que a xaropice suprema chamada Take My Breath Away, presente na trilha sonora daquela ''obra-prima'' da Sétima Arte chamada Top Scum. Aliás, esse CD é tão estranho que resolveram incluir nele a obscura For All Tomorrow's Lies, um filler do disco Love Life que nunca nem foi lançado como single e também não recebeu clipe.

Mas, o procurei em tudo que é parte até dizer chega, e não o localizei em lugar algum. E, na seção de compactos, também não achei nada do Berlin.

Mas, na seção de CDs variados (todos guardados dentro de vitrines, já que os caras lá tem um medo do Cão de levarem um roubo no rabo), avistei a lombada de algo bastante inusitado: a versão maxi-single e digipack de um single do Thursday, Signals Over the Air. Thursday foi uma das primeiras bandas da ''emolândia'' a atingir o mainstream e, mais especificamente, foi uma das bandas mais bem-sucedidas do screamo mainstream. Inclusive, o vocalista da banda, Geoff Rickly, foi o produtor do debut do MCR, da época em que nossos bissexuais favoritos também eram screamo e ainda eram meros Joe Nobodies - que não faziam a menor remota ideia de que, dentro de alguns anos, se tornariam o grupo mais famoso de toda a emolândia mundial...

Mas tem um problema aqui: essa música Signals Over the Air CHUPA BOLAS DE MACACO. Inclusive, até algum tempo atrás eu tive todos os clipes do Thursday baixados, mas até fiz questão de deletar os mais fracos, entre eles essa xaropice aí do terceiro disco deles. E, para piorar tudo mais ainda, os dois B-sides da bagaça (Division Street e A Hole in the World) também são desanimadores e ainda aparecem aqui em performances acústicas - algo que sempre piora tudo mesmo.

Foi aí nessa época, inclusive, que eles passaram a serem chamados de boy band do screamo, antes mesmo de outros grupos igualmente outrora competentes (The Used, Avenged Sevenfold, Bring Me the Horizon) receberem a mesma classificação.

Aliás, os caras do Thursday - ou seja lá quem escolheu seus singles e clipes dos dois primeiros álbuns - são burros pra caralho, já que, mesmo na melhor época da banda (os dois primeiros discos), simplesmente ignoraram o que havia de melhor na fase áurea do grupo. Afinal, a melhor canção do debut (a assombrosa Ian Curtis) e a melhor do segundo LP (Autobiography of a Nation, simplesmente um dos maiores clássicos de toda a história do emocore / screamo) jamais saíram como singles ou ganharam clipes.

Portanto, com tudo isso dito, por mais que eu gostaria muito de ter um single do Thursday na minha coleção, Signals Over the Air não seria nunca a escolha certa. (E é triste pensar que, por mais chata e idiota que seja, Signals nem é a pior canção do Thursday lançada como single. Esse título merece ir para a horrível Cross Out the Eyes, do segundo álbum, que termina da forma mais vergonhosa possível, com toda aquela gritaria forçada pacaray - que só não é mais forçada do que o EP supostamente pesado ''da'' Fresno, a pior banda da história do emocore mundial.)

OK, esse foi o meu PURE MASSACRE dedicado ao pior do Thursday :) A banda tem umas coisas muito legais sim, mas esse single aí está entre as piores coisas que eles já fizeram na carreira. Bola fora total.

Mas, para compensar, trombei sim dois singles interessantes lá de clássicos do Lado B da MTV, e que marcaram a minha adolescência: Single Girl do Lush e 100% do Sonic Youth. Mas, ao olhar o estado de 100% (que estava com uns riscos bem feiosos), o deixei para trás sem pensar duas vezes. Certamente seria uma compra 100% arriscada. Ainda pior foi o discurso do maluquinho da loja para eu e o Gio, sobre a política de trocas da loja: o cidadão lá tava com medo de que eu e/ou o Gio poderíamos comprar algum CD da loja e, dias depois (após copiá-lo para nós!), voltar lá falando que o treco não tava funcionando direito; e, assim, exigir uma troca. Nonsense total. Por que diabos alguém passaria por todo esse esforço para copiar músicas que dá para baixar facilmente net afora?????

As coisas piorariam ainda mais na hora de pagar e cair fora daquela porra. Se, por um lado, o Gio não teve problema nenhum ao fazer as duas compras dele lá (um best of da Siouxsie and the Banshees e uma compilação de B-sides do Sepultura - que ainda era Sepultura e não havia se tornado o Sepultado comandado pelo AndreAss ''Bozominion Arrependido'' Kisser), comigo as coisas foram um pouquinho diferentes.

Lá do lado dos CDs tinha uma tabela dizendo que os singles simples eram R$ 10 e os duplos R$ 18. E o próprio velhinho lá já havia me dito que, no pagamento em dinheiro, rolava um desconto de 15 %.

Pois bem.

Eu vou no caixa e mostro o single dos ícones do dream pop Lush. Aí o xaropão lá diz ''R$ 24''.

E eu falo: ''Como assim? Lá diz R$ 10.''

Aí o corno vai lá, olha a tabela e diz ''R$ 18''.

E eu digo ''mas aqui diz R$ 10''. Daí um cara da loja diz pro outro que lá diz que os singles nacionais são R$ 10 e os gringos R$ 18; sendo que, na realidade, a tabela não falava nada de nacionais ou importados. Simplesmente dizia que singles simples eram R$ 10 e duplos R$ 18.

Aí o Zé Ruela me diz ainda ''OK, vou te fazer por R$ 10, mas agora eles irão aumentar de preço''. E ainda não gostou que eu pedi aqueles 15% de desconto que ele mesmo havia me dito que teria no pagamento em dinheiro. No final, ele disse que não tinha moedas suficientes para o troco, e o single saiu por R$ 8.65.

Quer saber? Esses Zé Bucetas estavam complicando tudo e, ao refletir agora, eu deveria sim ter deixado o single pra trás, pegado minha mochila e caído fora de lá sem comprar porra nenhuma. Por mais que Lush seja uma banda que eu sempre gostei e quis ter single, não vale a pena não ter que ficar negociando com esses arrombados que tentam dificultar a porra toda.

Mas, OK, sobre o single em si agora.

Um dos B-sides dele é mais uma das trocentas canções chamadas Shut Up, assim como as também notórias faixas homônimas do Pretty Boy Floyd, da Kelly Osbourne, do Simple Plan e do Blink - essa última, uma rara boa canção do período esculhambado deles, após a entrada do batera bobalhão lá que estragou a banda.

O meu primeiro contato com Lush foi em 2003, vendo o clipe da faixa For Love no Lado B. Mas Single Girl (que, muito felizmente, não é uma das canções feminazi deles / delas) é de outro álbum, Lovelife (que até possui a melhor música do Lush, Heavenly Nobodies), o terceiro da banda. E eu até tenho esse CD Lovelife original desde 2004, quando o comprei importadão por R$ 5 no finado Sebo da Luz. E é curioso pacas isso: o terceiro álbum completo do Lush (desconsiderando o EP, que os imbecis da Wikipedia consideram como se fosse um full length) se chama Lovelife, enquanto o terceiro full do Berlin se chama Love Life. Pode ter sido uma homenagem ao Berlin, já que o Love Life dos mestres da new wave tinha sim uma pequena canção chamada Fall, possivelmente uma das primeiras coisas já gravadas se tratando de dream pop.

OK. Apesar dos malas lá terem enchido um pouco o meu saco na saída, foi sim uma boa aquisição esse single do Lush. E eu tava pensando aqui: é o meu segundo single com ''Single'' no nome, já que, no final do ano passado, eu havia adquirido o ''single chamado Single'' da Natasha Bedingfield.

OK, CUNTinuo depois, cambada.