segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Inusitado Garimpo Que Me Fez Recordar de Três Pornstars Brasileiras Injustamente Esquecidas pelo Tempo: Regininha Torres, Luana Martinelli e Ariane Manzolli (Sexta-Feira 24)






 

 

Após me meter em possíveis apuros na noite da Quinta passada (23), quando me deparei com uma assombração hedionda dentro do ''Our Sebow'' e tive que me preparar pro caso de ter que nocautear o arrombado em questão e o fazer despencar escada abaixo, rolando pelos degraus até chegar no térreo do recinto (e, do jeito que o Big VHS Brother Brasil é um meio tão nefasto e corrupto, é bem possível que esse sujeito aí esteja fazendo altas negociações de fitas internet afora, em leilões para lá de questionáveis e/ou outros cantos abomináveis da rede), acabei indo em algum lugar da cidade no dia seguinte (Sexta, 24), já que tive um compromisso lá naquele dia. Compromisso esse que aparentemente levaria um bom tempo, mas que foi resolvido rapidamente, para a minha total surpresa.

Aí, com o tempo livre, decidi dar uma fuçada na região, indo em um sebo que eu não frequentava fazia algum tempinho. Na realidade, chutaria que a minha última ida lá havia sido mesmo com o Don Dado. E foi nesse mesmíssimo sebo que adquiri duas preciosidades cabulosas e obviamente importadas por míseros 5 Bozos cada: Electric Pink (comprado em 2019), single da banda de emo 90 The Promise Ring, e Fur and Gold (comprado em 2020), o debut da cantora de dream pop Natasha Khan, AKA Bat for Lashes, que resultou em dois clipes incríveis - Prescilla e o absolutamente genial e assustador What's a Girl to Do, que disputa com Start All Over da Miley pelo título de clipe mais sensacional e elaborado já feito em uma só tomada.

Mas, dessa vez, acabei não pegando nenhum CD e fazendo um garimpo de VHS, DVD e revistas fap.

Uma vez lá dentro, fui vasculhando os DVDs todos do local (R$ 5 cada, qualquer um), entre pilhas, estandes e caixas, e acabei encontrando um do Judas Priest: Live Vengeance '82. Bem, apesar das minhas cinco favoritas do Priest não estarem aqui (Tyrant e Beyond the Realms of Death, que já existiam, e três que ainda seriam lançadas em discos posteriores: Night Crawler, Hell Patrol e a minha favorita da banda, The Sentinel), devo admitir que é sim um belo show, que fará companhia ao outro DVD que possuo do Priest ao vivo. Bem, uma coisa é certo: sempre irei preferir Priest do que a Donzela Ferrada. Enquanto a Donzela tem toda aquela pegada nerdística-afrescalhada, com letras cristãs disfarçadas misturadas com resumos caricatos de figuras históricas, além do vocal operático e em tom de paródia do Mr. Buça Dickinson, o Priest possui uma horda de canções sombrias e apocalípticas, com letras niilistas e malditas, além do vocal foderoso da nossa biba favorita. Diria que, antes da vinda do MCR, o Judas Priest foi a banda gay-bi mais agressiva e sensacional do rock, com letras de total repúdio à humanidade e um constante desejo pela aniquilação total do Planeta Terra. E, dentro do mundo do heavy metal, ao lado do Manowar dos anos 80 e 90, foi a grande banda do estilo até o fatídico momento em que o mestre Rob Halford foi substituído pelo competente porém deslocado Tim Owens. (Aí, tempos depois, o Halford voltou pra banda, mas, mesmo assim, o Judas não conseguiu mais lançar discos com uma qualidade comparável aos seus clássicos da fase pré-Owens. Mas é claro que qualquer disco do JP pós-Painkiller é bem mais agradável de ouvir do que pataquadas como Senjutsu ou aquelas duas tranqueiras com ''Death'' no nome.)

''SWORN TO AVENGE. CONDEMNED TO HELL. TEMPT NOT THE BLADE, ALL FEAR THE SENTINEL.''

Padre Judas >>>>> Iron Maidumb

E, após escolher mais quatro DVDs convencionais que estavam ali por perto, acabei trombando um pornô lacrado da Ariane que, surpreendentemente, eu ainda não tinha. Sou um grande fã dela (listada no IAFD como Ariane Manzolli, mas creditada somente como Ariane nos mais ou menos 10 porns que tenho dela) e venho colecionando os filmes dela - seja em DVD-R ou principalmente em DVD original - faz muito tempo, desde o final dos anos 2000. E posso dizer que esse DVD aqui, Aperte o Play e Goze Comigo 2, definitivamente não está entre as melhores obras dela. Só para citar rapidamente dois motivos básicos por eu achar isso: 1) ao contrário do que promete na capa, o filme é apenas parcialmente POV e 2) o filme tem trechos que envolvem fetiche com comida, algo que eu não curto nem um pouco e sempre passo mal assistindo. (As únicas coisas legais nesse tema são aquelas fotos da Miley e da Sabrina Parlatore fazendo boquete em banana - por mais que essa segunda tenha ''feminizado'' legal e se arrependido desse ensaio pra afrescalhada VIP.)

Enfim, já é certamente o pior título da minha Ariane-teca, mas vale pela presença dela. Já o melhor filme da minha coleção da Ariane é um porn - não creditado no IAFD - chamado As Massagistas, provavelmente o único porn nacional que já vi até hoje que possui legendas tanto em português quanto em inglês. Não me lembro de nenhum outro caso assim. Anyway, a cena dela em As Massagistas com o Ygor Pikachu é absolutamente maravilinda e recomendada. E o filme ainda tem outras duas cenas: do psicótico master Alex Ferraz (sujeito freak mór que até mereceria um post próprio) barbarizando uma coitada, além duma tal Louise (de quem eu também tenho um outro porn) sendo ''ensandubada'' pela dupla Tony Tigrão-Dhones Portella. (Dhones esse que, muito, muito curiosamente, protagonizou a última cena do último filme do MESTRE SADY FUCKING BABY, o proibido e jamais lançado Tesão dos ''Krente''. E é ''Krente'' mesmo, com ''K'' e no singular.)

Aí eu perguntei pro maluquinho do sebo se tinha VHS lá. E ele respondeu que tinha sim algumas fitas lá no depósito do sebão, me levando lá a seguir.

Bem, infelizmente não tinha lá nenhuma fita de meu interesse. Só coisa bem banal, de meados dos anos 90 adiante, além daqueles lixos da Coleção Folha, que nem de graça possuem valor.

Mas aí olhei ao redor e vi que tinha sim coisas interessantes lá: uma pequena pilha de fitas e DVDs pornôs, além duma grande tonelada de revistas de ''muié'' pelada.

Assim, logo de cara trombei mais uma VHS da Regininha Torres pra minha coleção, Fashion Sluts 12. Acabou sendo a minha terceira dela, após O Tchan Que Veio do Sul e o clássico Amores de Regininha, onde ela contracena com o doente Rogê. E é interessante que, aqui nesse ''Vadias da Moda 12'', a cena dela já é pro mercado estrangeiro, mostrando que a Regininha tinha potencial para conquistar um mundo inteiro de pornófilos.

Já nos DVDs pornôs acabei pegando dois combos com uma mesma mina no elenco, uma tal de Raíssa, uma oriental de cabelo relativamente curto, que eu não conhecia mas que simpatizei com as imagens nas capinhas. Nas duas cenas ela contracena com o ''simpaticíssimo'' Rogê, um autêntico gentleman - só que não. E o mais interessante: de acordo com o IAFD, essas duas cenas dela (dos filmes Selecionando Atrizes 3 e Mulher Procura Corno pra Casar - !!!) são as ÚNICAS cenas da curta carreira dela!

https://www.iafd.com/person.rme/perfid=raissa_br/gender=f/raissa.htm

Bem, vai ver ela ficou traumatizada de ter contracenado com o Rogê e, por causa disso, decidiu pular fora dessa ''indústria do caralho'' - literalmente. (Inclusive, já teve gente do meio pornô que me disse em off que teve mesmo atriz pornô que desistiu do ramo por causa de tipos como o Rogê e o Alex Ferraz. Existem rumores que esses dois já mandaram colegas de cena pro hospital - algo nem um pouco difícil de imaginar ao conferir as brutais cenas desses dois adeptos de Max Hardcore e Rocco Siffredi.)

Já nas revistas eróticas-pornôs haviam muitas Playboys antigas. Inclusive três exemplares de 1987... Mas nem sinal da edição daquele ano da Luciana Vendramini, que eu venho caçando sem sucesso faz quase DUAS FUCKING DÉCADAS.

Mas, para compensar, consegui uma Big Man Internacional com uma entrevista com a Aretuza Lemos e, melhor ainda, finalmente adquiri a Buttman com o ensaio da Luana Martinelli, que virou uma das minhas pornstars BR favoritas. Aliás, é engraçado pensar que eu conheci o trabalho da Luana através duma publicação americana: a Hustler Barely Legal, a melhor revista que já vi até hoje de mulher pelada, com ensaios absolutamente gráficos, sem deixar nada pra imaginação. Hail Larry Flynt. É, e foi numa H: BL que li um review dum porn da Luana e, a seguir, fui assistir as pouquíssimas cenas dela disponíveis no Xavier Vídeos. A mina debulhava legal, além de ser lindíssima. E, de acordo com comments net afora, ela também fazia programa nessa época de pornstar. (Se bem que, sei lá, fazer programa com atriz pornô é meio que pedir pra tomar no cu e levar prejuízo rabo adentro...)

Mas, por outro lado, continuo sem ter nada dela em VHS ou DVD. Mas continuarei fuçando por aí.

Saindo do depósito e voltando pra área comum do sebo, reparo uma pequena pilha de VHSs encima do balcão. Fitas essas que não estavam lá antes. Aí o carinha lá me diz: ''Olha, acabaram de chegar essas fitas aqui.'' Mas dei uma olhada e foi só coisa broxante: fitas musicais do Pink Flop, do Antes da Coca / Depois da Coca e dos Cranborings. Foi quase que uma ''Seção dos Vocalistas Mortos''. (Bem, sou mais Wish You Were Here do Hey Monday do que a homônima do PF. Assim como também prefiro Fly on the Wall da Miley do que a homônima do All Cunts / Disguised Cunts. E, se tratando de músicas esculhambando a morte do John Lennon, sempre irei preferir Motown Junk dos Manics - ''I LAUGHED WHEN LENNON GOT SHOT'' - do que I Shot John Lennon dos Cranbores; por mais que essa última seja, ao lado de Dreams e Animal Instinct, uma das poucas faixas legais da chatérrima banda da Dolores.)

E, enquanto eu terminava de olhar as coisas lá, chegou um curioso casal gay no sebo, procurando material do ALEISTER CROWLEY. Inacreditável. O que será que eles queriam com material do Crowley? Fazer um ritual ocultista de adoração ao Deus Capiroca, para que, assim, todos os homens do Planeta Terra virassem viados? Se bem que, na mente deturpada e xarope deles, todos os homens já são gays ou bis mesmo, então nem precisaria de ritual nenhum...

Enfim, é isso, cambada. E as minhas aquisições saíram R$ 50 no total, com a VHS vindo de brinde. Assim, os 8 DVDs e as 2 revistas custaram R$ 5 cada. Imagina os preços dessas porras nos Mercenários Livres da vida...

Falows.

PS: Post escrito ao som de faixas variadas do trio Fake Number, Hey Monday e City of the Weak - três ''clones'' de Paramore que são infinitamente melhores do que a banda mais superestimada da emolândia mundial. (Melhor música do F#: Segredos Que Guardei. A mais subestimada da banda: Conto de Farsas, que a Elektra e o Pinguim fizeram pra homenagear o BBB VHS. Melhor música do HM: How You Love Me Now, possivelmente a música mais viciante já composta por ALGUÉM em todos os tempos, e que, assim como seu clipe, foi porcamente plagiada pelo Cine em Garota Radical - ''WO-OW WO-OHH-OW''. A mais subestimada da banda: Hurricane Streets, que possui um dos refrãos mais absurdamente cabulosos da história da humanidade. Melhor música do COTW: White Fire Alarm. A mais subestimada da banda: Amateur Night VIP, que poderia ter virado clipe no lugar daquela In a World of Bottles and Bedsores chata pra cachorro.)

 




 

domingo, 19 de setembro de 2021

PURE FUCKING EXTREME MERCILESS BRUTAL MASSACRE FROM FUCKING HELL = Rua do Medo I: 1994 / Fear Street I: 1994 (Lixão da Netflix Que Certamente É um dos Piores Slashers Que Já Assisti na Vida Inteira)






Nem saberei por onde começar essa postagem ou como a organizarei, e simplesmente sairei me expressando, com a certeza renovada de que, graças a coisas assim, eu jamais assinarei essa desgraça chamada Netfux - que, além de prejudicar a situação da mídia física no mundo inteiro, ainda nos bombardeia com uma série de abominações em formato de filmes e seriados.

É: assisti ontem essa aberração da Netfux, empresa que vem se esforçando para desbancar a Marvel e a Deturpados Cornos (DC, a casa do casal Fagman-Robiba e do Clark Kunt / Supermeh) quando se trata da realização de obras audiovisuais desprovidas de qualquer tipo de qualidade ou conteúdo. Vou além: se tratando de Netfux, Marvel, DC e franquias tipo 000 (James Bunda) e $tar Whore$, boicotá-las chega até a ser um ato político e de resistência. Afinal, são obras mentirosas, hipócritas e infestadas de CGI e poluição visual gratuita, que, se dependesse dessas empresas filhas da puta e suas táticas de um capitalismo dos mais selvagens, dominariam os cinemas - e os streamings - do mundo inteiro em definitivo, não sobrando nenhum tipo de espaço para qualquer tipo de manifestação artística e autoral dentro da Sétima Arte. Eu vejo dessa forma: se tiver que assistir alguma dessas porras, baixe ou pegue pirata. Mas, se você tiver que ter algum título desses cornos em DVD ou Blu-ray original, então compre de sebo ou alguma outra forma que não dê o seu dinheiro para eles. Fuck those fucking motherfuckers.

Caralho, mal comecei a porra do post e já entrei numa digressão absurda... Bem, absurda porém necessária.

OK, vamos lá então: Fool Street 1994. Tenho tanta coisa pra malhar nessa porra que nem sei por onde começar.

Por ser da Netfux, dirigido por uma mulher que já havia feito o ridículo seriado Scream e por ter um trailer bastante broxante, eu já fui esperando que FS fosse ruim mesmo. Eu já estava preparado. Mas pensei ''pelo menos terá a Maya Hawke para dar uma compensada na ruindade do negócio''. Pois bem: na verdade, a Maya só aparece nos primeiros 7 minutos dessa porra. E FS não é ruim. É inacreditavelmente péssimo, um mix de Stranger Fags com It remake com ecos dos piores slashers de todos os tempos: A Sétima Alma, Pânico 2 e 3 (não dá para respeitar uma franquia slasher que os realizadores cuzões não tem coragem de matar os três protagonistas malas), o telefilme do seriado Scream, Return to Sleepaway Camp, O Anjo das Trevas (The Stay Awake), o quinto Halloween, o remake de Antropophagus (feito pelo bobalhão lá cujo sonho de vida é fazer a cinebiografia do Manowar - é sério), entre outras atrocidades.

E, por falar nessa intro com a gostosíssima porém péssima atriz Maya Hawke, fica bem evidente que a incompetente diretora tentou fazer uma homenagem a abertura do primeiro Pânico, porém sem nenhuma boa sacada ou suspense. Bola fora total. Só se salva nessa cena a gostosura da irresistível Maya e a clássica Closer, do Nine Inch Nails, na trilha sonora, cuja letra revela o que a gente queria fazer com a própria Maya: ''... let me penetrate you. I wanna fuck you like an animal.''

Aliás, a trilha sonora é outro problema dessa desgraça. Fica tocando uma porrada de coisa o tempo inteiro, totalmente sem contexto, duma forma puramente nonsense. Toca até coisas pós-1994, contradizendo o período em que a trama se passa. E outra: é só bê-á-bá após bê-á-bá, sem nenhuma faixa ou artista minimamente desconhecido. É só canção óbvia na trilha. Ridículo. E você vê que os caras são posers pra caralho ao tocar a versão de estúdio da Farofa Dork da Donzela Ferrada, sendo que até eu, que não curto a banda, sei que a versão de estúdio dessa música é muito inferior a versão ao vivo do clipe. E, PQP, vai se foder Fool Street: se for pra tocar uma música da Donzela desse disco, então toque a única grande canção deles na fase Buceta Dickinson: BE QUICK OR BE DEAD, CARALHO.

Vai tomar no cu esse Fool Street. Enfia o streaming no cu, Netfux. Porra, parece mesmo que a Netfux faz um estudo minucioso de como estragar seus produtos em todos os mínimos detalhes possíveis. Inacreditável.

Caralho, tô tendo que me controlar aqui pra não fazer um ritual de magia negra pra destruir a Netfux duma vez por todas. Eita treco ruim esse Fool Street. E tem outra: pelo pouco que li dos livrinhos Rua do Medo, todo o climão da obra literária foi deturpado aqui, com essa vexatória pegada ''Goonies dos anos 2020'' substituindo o clima de ''cidade pequena = casa do Diabo'' da sua origem.

E a porra do filme fica tentando ser surpreendente, com supostas reviravoltas e momentos pretensamente chocantes e tal, mas tudo acontece duma forma tão desconexa e whatever, que nem dá pra se importar com nada do que rola ali. Tá mais para um mix d'O Segredo da Cabana (The Cabin in the Woods) com palhaçadas tipo Super-8 e Jogador Número 1 (o pior filme que tive a infelicidade de assistir na década passada inteira, mostrando que o otário do Steven Is Pig conseguiu se ''superar'' em grande estilo) e lixos já citados como Stranger Fags (cuja horrorosa terceira temporada também teve a Maya trabalhando num shopping center) e as duas deploráveis partes do It remake - não que o original preste, mas esse remake vai muito além do intolerável, principalmente a parte 2.

E isso que, até agora, nem citei os personagens chatos pra caralho, sem nenhum carisma, do tipo que a gente tá pouco se fodendo se irão viver ou tomar no cu. E, é claro, como se trata da Netfux, tinha que ter o casal lesbo habitual pra fazer sua inclusão social básica. Caralho, e eu todo iludido achando que a Maya seria a protagonista, PQP...

Esse tipo de filme a gente não assiste. A gente sobrevive. Sem clima, sem intensidade e sem nada que nos prenda, com um monte de acontecimento nada a ver aliado a diálogos fucking boring. Desastre total de 1H47Ms, duração tenebrosa para um slasher, ainda mais um slasher de péssima qualidade como esse.

É melhor eu parar agora, antes que eu comece a bater a cabeça na parede em decorrência da ruindade de Fool Street 1994. Como diabos podem existir filmes tão ruins quanto esse?

Numa cotação de 0 a 10, dou 0.5 para Fool Street. Só não leva 0 pelos sete minutinhos da Maya no começo.

Bem, vamos ver agora se as sequências prestam ou se também chupam bolas de macaco... (E já vi que no segundo tem aquela Max idiota das horrendas temporadas 2 e 3 de It's Tranny Things.)

PS: No anexo, o meu DVD bootleg do Fool Street (intitulado ''Rua do Medo: 1'' nessa cópia ''paralela''), lançado aqui pelo ''selo'' Tiozinho da Esquina Home Video em parceria do não menos suspeito Vagalume Bob (WTF). Me custou R$ 2.50. E é mó barato a contracapa, com a Maya sendo ''estrupada'' pela assombração ali, hahahaha.

 


 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Cinco Discos com Capas Absolutamente Icônicas: Brand New, Nervosa, Lápide, Megadeth, Miley








Indo do pop feminino feito por uma adolescente ao black metal cabuloso feito pelo Capeta...

BRAND NEW: THE DEVIL AND GOD ARE RAGING INSIDE ME

O terceiro álbum do Brand New (grupo da emolândia que foi liderado por um maluquinho que esteve na formação original do Taking Back Sunday - TBS >>> BTS) possui essa capa simplesmente arrepiante e macabra, que é uma das coisas mais fenomenais que já vi. Já o som em si possui uma certa influência daquele emo indie e deprê dos anos 90, que alguns  - muitos - incautos costumam chamar erroneamente de ''real emo'', o que não faz sentido algum, já que modifica completamente o emo barulhento e roots dos anos 80. Mas, seja como for, The Devil and God... é um disco bem interessante, com muita angústia e o escambau, onde a faixa Sowing Season (Yeah) acaba sendo o destaque mais fodástico da parada.

NERVOSA: VICTIM OF YOURSELF

Falarei a verdade: não sou fã de Nervosa nem a pau. OK, a demo que tem Masked Betrayer e ainda contava com a Fernanda Terra no line-up (que, até hoje, não entendi direito porque saiu da banda... - talvez o Guitardo saiba melhor, já que é amigo dela), é sim bem legal, além do clipe da MB ser animal. Mas, depois disso, a banda seguiu muito fortemente com essa pegada do thrash germânico de coisas como Kreator e Destruction - bandas que, definitivamente, não me agradam. Pessoalmente, gosto bem mais daquele thrash mais técnico, trabalhado, swingado e cheio de mudanças como o feito pelo Megadeth, pelo Annihilator, pelo D.R.I. e pelo Sepultura dos bons tempos, antes do AndreAss Ki$$er (Bozominion supostamente arrependido que se queimou mais ainda se envolvendo com o segundo pior filme brasileiro já feito, Rota Comando) estragar a banda em definitivo, mudando o nome para Sepultado. E, nesse debut do Nervosa, Victim of Yourself, após escutar o disco na íntegra, tive a fortíssima sensação de que escutei a mesma canção durante várias vezes, e absolutamente nada aqui me marcou. Mas que bom que temos uma banda brazuca atual se destacando mundialmente, por mais que eu não a curta. Mas, enfim, a capa desse disco é fodástica e totalmente badass, e dá vontade de usar essa camiseta mesmo sem eu curtir o álbum ou a banda.

LÁPIDE: MORTE AO MUNDO

Existe um outro Lápide nacional, de thrash. Mas esse é o Lápide BR de black metal, que conheci por acaso, ao procurar material da banda Falsa Luz, também de black metal nacional. Bem, além da capa do caralho, como não gostar dum disco com canções chamadas Morte ao Mundo, Falsa Luz, Salmos do Anticristo e Ódio Além Túmulo... Capiroto na cabeça. Cristianismo = tédio, alienação, fanatismo e opressão, com uma horda de xaropetas que elegem fascistas psicopatas para governar países falidos, enquanto posam de bem intencionados e gente fina. Religion sucks.

MEGADETH: YOUTHANASIA

Um dos meus primeiros CDs já adquiridos, por R$ 9, lá em meados do final dos anos 90 (provavelmente 1998), numa finada unidade do Messias. Eu já adorava a banda, a minha favorita no período, e essa capa é uma coisa simplesmente impressionante. Aliás, capa essa que é reproduzida no clipe da Train of Consequences, estrelado por Christopher Rydell, ator que havia acabado de protagonizar o giallo Trauma do outrora genial Dario Argento. Melhores faixas do disco: as seis primeiras e a última, Victory, que fica citando várias músicas da carreira do Megadeth, algo parecido com o que o Manowar fez em Blood of the Kings.

MILEY CYRUS CAN'T BE TAMED

Deixei o melhor pro final. Bem, dizer o que de Can't Be Tamed... O melhor disco da Miley, assim como sua melhor fase, sua melhor tour (com ela mandando bem melhor do que nas duas tours anteriores ou nas seguintes), e também a melhor capa de disco da sua carreira. E é também o ÚNICO disco de toda a carreira da Miley sem nenhuma música ruim: das 12 faixas, quatro (Stay, Scars, Take Me Along, Forgiveness and Love) são apenas OK, enquanto as outras 8 são todas obras-primas - entre elas a minha favorita da ''muié'', PERMANENT DECEMBER. Bons tempos da Miley quando ela ainda era a rainha suprema do pop. Tempos esses que foram pro vinagre com a vinda do suicídio comercial Dead Petz, o não tão bom Younger Now, aquelas pataquadas feminazi de 2019 e o absolutamente horroroso e indefensável Plastic Hearts, disco que não possui NENHUMA música legal.

RIP Miley (1992 - 2015)

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Desperdício de Juventude / Wasted on the Young: Digno Filme Australiano Que Desperdiçou a Chance de Ser uma Obra-Prima




 

 

WASTED GENERATION, USELESS GENERATION

Wasted on the Young (2010, Ben C. Lucas - há, um Lucas certamente muito mais talentoso do que o atrapalhado e incompetente amante do Spielberg) é um drama-suspense ''Aussie'' que mantém acesa a chama do cinema Ozploitation de cults violentos e transgressores como os oitentistas Jogo Brutal (Fair Game) e Vicious, AKA To Make a Killing - dois títulos da ''Cangurulândia'' influenciados por obras como Aniversário Macabro e demais clássicos do cinema grotesco.

Foi só agora mesmo, em 2021, que assisti Wasted, mais precisamente na semana passada, graças a uma cópia me passada pelo Don Dado - cacetada, ele fica parecendo mafioso dessa forma... Mas o conhecia desde 2014, quando o trombei em DVD gringo por uns 10 reais, mas vacilei e o deixei passar. Mas, com o avançar do tempo, desenvolvi um interesse crescente em assisti-lo, parte por causa da trama que aborda o bullying do colegial duma forma anárquica que poderá lembrar clássicos como Massacre no Colégio (Massacre at Central High) e Atração Mortal (Heathers), ambos já devidamente analisados nesse blog que vocês adoram odiar / denunciar / censurar, e parte por causa da protagonista feminina, a Adelaide Clemens, AKA Michelle Williams Australiana, que pode ser vista em filmes notórios como Silent Hill: Revelação (''FUCK FACEBOOK''), Ninguém Sobrevive (um dos slashers mais inventivos dos anos 2000 para cá) e Sem Destino (que não é o clássico Easy Rider, e sim o ''arthouse'' esquisitão Generation Um... - em que a Adelaide até aparece com tudo à mostra, se é que me entendem, pra pervertido nenhum botar defeito). Afinal, tenho uma certa queda por essa loirinha gata demais, ainda mais nesse Wasted, já que a personagem dela (Xandrie) é fascinante. E preciso dizer também que a melhor atuação do filme é dela.

A trama, que não mostra personagens adultos em cena alguma (possível influência de Massacre no Colégio, em que os adultos só aparecem numa mísera cena, e sem nenhuma relevância na trama), acompanha uma festa em que o protagonista masculino (Darren, um cara um tanto introspectivo e gamemaníaco) poderá ou não ficar com a tímida Xandrie, já que os dois outcasts são meio que um a fim do outro. Mas, com os bullies locais no caminho (três equivalentes masculinos às Heathers de Atração Mortal), essa festa poderá terminar com todo mundo tomando de vez no cu e se fodendo terrivelmente. Dizer mais do que isso seria entregar spoilers, algo que eu simplesmente não farei.

Bem, já adianto que a minha nota para Wasted é 3 de 5. Poderia ser uma obra-prima, mas os momentos daydreaming imbecis e ''pega-trouxa'' a la Netfux (a maior criadora de bostas do Planeta depois da DC e da Marvel) ou Darren Aronofsky (aí me pergunto: será que o protagonista se chama Darren para homenagear o otário que dirigiu o catastrófico Réquiem para um Sonho e o indescritivelmente péssimo Mãe?), aliado a uma afetação geral que, volta e meia, faz Wasted parecer um genérico videoclipe (de techno, industrial ou então new metal), desesperado demais em parecer cool, impede que Wasted atinja voos maiores. ''Wasted'' com certeza, e são trechos que só não são mais vexatórios do que as desventuras do BBB VHS, a discografia das bandas de white metal ou a idolatria em torno do tal Senjutsu da Donzela Ferrada, um disco totalmente whatever duma banda que deveria ter acabado em 1981 / 1982, após o Killers.

Uma pena mesmo, já que Wasted possui uma história muito interessante, com alguns ótimos diálogos e umas sacadas fodásticas, além duma mensagem que parece ser a seguinte: faça o que tiver que fazer e sacrifique o que for preciso, mas, custe o que custar, o importante é encontrar uma forma de acabar com os bullies e o bullying. Ao menos foi dessa forma que entendi, e eu não via um filme bater tão radicalmente nessa tecla desde o sensacional Enigma do Pesadelo (Aenigma, 1987, Lucio Fulci), terror italiano que é muito mais do que uma mera variação de Carrie.

Bem, apesar dos problemas irritantes, Wasted on the Young é um competente primo de Massacre no Colégio e Atração Mortal que merece ser assistido. E, se já não existisse um filme chamado Mártires, ''Desperdiçado nos Jovens'' poderia muito bem ter usado aquele nome. Aliás, se eu tivesse um selo de home video, eu certamente meteria o louco e o lançaria no Brasil com o título de Mártires.

E, qualquer hora dessas, irei sim rever Wasted on the Young. O filme me deixou refletindo pacas, e talvez eu passe a apreciá-lo mais numa revisão. E agora estou com uma queda ainda maior pela atriz que venero desde 2013, a Adelaide - curiosamente o nome duma banda nacional de AOR :) (Caraca, nem eu consigo entender direito essa minha tara por australianas: Adelaide, Natalie Imbruglia, Brody Dalle, Mia Wasikowska, Naomi Watts, Radha Mitchell, Margot Robbie, etc. Sem contar o sotaque australiano, que é mó barato.)

OK, por enquanto é isso. Se o Bozo e os Bozominions não acabarem - ainda mais - com o país amanhã (''em nome de Deus e da família''), eu voltarei aqui depois.

E fica a sugestão pra Versátil lançar os Ozploitations citados nesse post numa futura caixa daquela coleção...

PS: Post escrito ao som do debut do NX Zero, Diálogo, da época em que eles ainda não haviam sofrido aquela estragada básica pelas mãos do ''gênio'' Rick Bonadio. Destaque absoluto para a fodástica ao extremo Ilegítima Defesa, faixa ousada, criativa e pesada, e uma das minhas músicas favoritas do rock choroso em geral.

 


 

sábado, 28 de agosto de 2021

O Meu TOP 10 Fake Number + Cinco Motivos por Eu Adorar o Nome da Banda












As quatro coisas que mais escutei em 2021 até o presente momento são, facilmente, Berlin (EUA / new wave / 80s), Stage Dolls (Noruega / hard rock & AOR / 80s), Natalie Imbruglia (Austrália / pop & pop rock / 90s) e a banda abordada nesse novo post: Fake Number (Brasil / pop punk & emo / 2000s). (Há, desses quatro nomes, só Stage Dolls possui vocal masculino. Se bem que muitos até poderiam considerar SDs - uma espécie de mistura duma certa banda japa feminina oitentista com o melhor do Def Leppard e do Bryan Adams - muito mais ''som de menininha'' do que os outros três ali, hehehe...)

E, antes de chegar no TOP 10 do Fake Number (às vezes abreviado para FKN ou para F#), eu gostaria de falar os meus cinco motivos por gostar tanto do nome da banda:

1) Um segredo nunca revelado.

O nome da banda é um segredo que nunca foi revelado, e que, supostamente, só os integrantes da formação original sabem o significado. Só esse tom de mistério (a la Down Boys do Warrant, a minha canção hard favorita, cujo significado foi levado pro túmulo pelo Jani Lane) já seria suficiente para eu gostar tanto do nome da banda.

2) Tom autodepreciativo.

Eu adoro esse tipo de nome que parece que a própria banda está se denegrindo, tipo - em escala muito maior - Anal Cunt, ou então casos mais políticos e intensos tipo as também nacionais Gestapo - que contava com o Negrete do Legião Urbana - e AI-5.

3) Banda de ''fake emo'' com ''Fake'' no nome.

Para quem está por fora, o início do emocore - ou ''emotional hardcore'' - se deu na metade dos anos 80. Aí, para os puristas, tudo que veio nas décadas seguintes é ''fake emo'', já que distorce aquele tipo de sonoridade barulhenta e raivosa da década de 80 e tende a apresentar letras menos politicamente engajadas do que as bandas precursoras do estilo. Dessa forma, o emo indie e low-fi do anos 90 seria o ''fake emo'', o emo pop punk dramaticamente deprê dos anos 2000 seria o ''fake fake emo'' e a fase final do emo no mainstream, que foram as bandas coloridas e alegres (que o Restart tentou nomear de ''happy rock'' no Brasil), seria o ''fake fake fake emo''. E, como o Fake Number é uma banda de ''fake fake emo'' que, em alguns momentos, certamente flertou com a estética e a sonoridade dos grupos coloridos, eu acho simplesmente genial pensar que é uma banda com ''FAKE'' no seu nome.

4) A incomunicabilidade do nome.

O significado de ''Fake Number'', para mim, é a incomunicabilidade, a eterna desesperança dos relacionamentos em geral, mas também da nossa estadia na Terra, tentando se encaixar em alguma coisa e só quebrando a cara. Por exemplo, ''Número Falso'' de telefone ou de endereço, no sentido de não ser possível alcançar a pessoa desejada. Não sei se estou conseguindo explicar direito, mas esse é o real sentido do nome para mim: a impossibilidade dos relacionamentos darem certo e também a impossibilidade de ser realmente feliz vivendo num mundo tão fodido quanto o nosso.

5) Banda que possui uma faixa própria com seu nome.

Se, no mundo do heavy metal, é comum uma banda ter música com seu nome (Iron Maiden, Manowar, HammerFall, etc), nos gêneros e subgêneros do rock isso não é nada comum. E, se tratando de emo, eu só consigo pensar em bandas que possuem nome de música de OUTRAS bandas. Por exemplo: Dance of Days (que retirou o seu nome duma das primeiras bandas da história da ''emolândia'', o Embrace), Scary Kids Scaring Kids (que tirou o nome duma canção do Cap N Jazz, ''real'' emo dos anos 90 - uma contradição por si só...) e Dead! (que se chama assim por causa daquela música completamente maravilhosa do My Chemical Romance pré-chupação de bolas). Mas vamos lá: alguém aí conseguiria citar alguma banda emo com uma faixa própria que possua o seu nome? Bem, eu só conheço o Fake Number. E, OK, a faixa em questão é só a intro do álbum de estreia (''esse número de telefone não existe, não existe, não existe...'' - sensacional), mas é sim um caso de banda emocore com uma faixa que possui o seu nome. (... em outros casos, o mais próximo disso é o fato do Restart ter uma música chamada Recomeçar...)

Enfim...

O FKN durou de 2006 a 2014 (sendo que só a vocalista Elektra e o guitarrista Pinguim permaneceram em todas as formações), lançou três álbuns de estúdio (Cinco Faces de um Segredo, de 2007, Fake Number auto-intitulado de 2010 e Contra o Tempo, de 2012) e encerrou as atividades em 2014. Aposto que o fim se deu por três motivos fortes: o fim da MTV Brasil (que dava um apoio absurdo a essas bandas todas), o fim da moda emo (que levou essas bandas todas de volta ao underground) e uma coisa que não é citada mas que aposto que influenciou e muito, que foi o fim demasiadamente trágico do Charlie Brown Jr. - a banda favorita do Pinguim e também muito adorada pelo batera André Mattera e, numa dose menor, pela ''Elek'' também.

Bem, introduções feitas, vamos ao meu TOP 10 Fake Number agora. E um pequeno detalhe: eu recomendo ouvir essas músicas nas suas versões originais de estúdio, sejam só os áudios ou os clipes oficiais (daquelas que possuem clipes, ou seja, as cinco primeiras colocadas) e NÃO nas versões ao vivo - já que, muito infelizmente, a Elektra sempre teve o péssimo hábito de não cantar as músicas totalmente na íntegra, omitindo algumas partes delas, e a banda também deixava a desejar na questão dos backing vocals.

10. MEU FUTURO

Uma canção mais sonoramente pra cima na curta discografia do F#. Uma composição de alto nível que poderia, muito bem, ter virado hit se bem trabalhada como single / videoclipe.

9. ESQUECER

A excelente e atmosférica sonoridade se encontram com ótimos versos e refrões (ou refrãos, sei lá), nessa faixa essencial do período pós-debut da banda.

8. MAIS DO QUE PALAVRAS

Ótima faixa do debut da banda. A letra diz algumas coisas sobre o tempo gasto ouvindo as pessoas erradas, duma forma mais ou menos parecida com Nothing Ever Changes But the Shoes dos Wildhearts. Mas também parcialmente aborda a questão dos relacionamentos indo pro vinagre.

7. APENAS MAIS UM

Outra do disco de estreia, mantendo a habitual crítica e rebeldia, elementos bem comuns na carreira da banda como um todo, mas ainda mais presentes nessa fase inicial. Assim como na canção acima, noto aqui uma possível influência do debut da Pitty, Admirável Chip Novo, tanta no som relativamente pesado quanto na letra ácida criticando a condição humana e as maldades do sistema - mostrando que F# não fazia só letra de relacionamento não.

6. CONTO DE FARSAS

Eu gosto tanto de Conto de Farsas (terceira faixa do debut, seguindo a intro e Segredos Que Guardei), mas tanto, que cogitei seriamente rebatizar o Big VHS Brother Brasil de Conto de Farsas. Uma canção incrível e um clássico do pop punk BR.

5. OUTRO MUNDO

Uma belíssima canção de amor, já na fase contando com o altamente técnico Mattera (vindo do Cueio Limão, banda que tem aquela música Quem Matou o Bozo? - que teria um significado completamente diferente hoje em dia...) substituindo o Tony nas baquetas. O clipe também é animal, apesar da propaganda gratuita da patrocinadora Adidas. (De boa, a única coisa boa chamada ADIDAS é a clássica música do Korn tentando soar como Nine Inch Nails - mas, ironicamente, soando melhor do que tudo que o NIN fez da segunda metade dos anos 90 adiante.)

4. ÚLTIMO TREM

''E eu peguei o último trem pra lugar nenhum. Bem longe deixei memórias que insistem em me incomodar. Sempre fica alguém que nos faz querer voltar... Eu peguei o último trem... Não me faça voltar.'' Investindo numa vibe anti-nostalgia e focada no presente e no futuro, Último Trem é um clássico absoluto da banda. Já o clipe segue a mesma pegada da também maravilhosa All I Want, do A Day to Remember (banda que conta com o Alex Gouveia no vocal, hehehe), de mostrar no clipe integrantes de várias bandas do estilo. Assim nós temos a gostosa da Mel e a ainda muito mais gostosa ainda da Dedê, vocalista e guitarrista do Lipstick (banda que, curiosamente, já havia feito um clipe mais ou menos parecido com Eu Vou pro Roquenroll), respectivamente, além de integrantes de grupos como Hateen (que ainda estava com o cancelado Japinha na bateria), NX Zero, Fresno (na formação que contava com o Mr. Dado no line-up, como vocês podem ver nas capturas mais abaixo - mais engraçado do que isso só na ocasião em que o Guitardo virou o terceiro guitarrista do Fake Number, cuja captura também deixei exposta ali embaixo, hahaha) e outras. Inclusive, até o André ''Pindé'' Dea (Violet Soda) pode ser visto no vídeo, como integrante do Sugar Kane. E por falar em Violet... Aí terei que entregar um fator negativo do clipe. Existe aquela banda horrorosa, o Mimimi Trago, que costuma tocar junto do Violet. Pois bem, eu terei que informá-los que, apesar de não estar creditada no vídeo, a vocalista feminazi daquela bandeca horripilante aparece sim - muito infelizmente - num trecho desse clipe, bem rapidamente, de dois a três segundos. Afinal, naquela época ela estava investindo numa carreira - bastante genérica - de cantora de pop punk ''emonóide'', e que até contou com os ''talentosíssimos'' Lucas e Tavares - ambos do recém massacrado por aqui Fresno - participando duma faixa. Aliás, eu adoraria descobrir o motivo dela não estar creditada, já que, no final, eles dizem os nomes de todas as bandas que aparecem no clipe... Mas, anyway, Último Trem ruleia e soa como um Hey Monday cantado em português. (HM esse que chegou a dividir palco com o F# em 2011. Incrível pensar que, em um momento da história da humanidade, Fake Number e Hey Monday tocaram juntos. Eu certamente teria morrido de tanta emoção nesse show.)

3. CONTRA O TEMPO

''E eu desejei poder voltar pro passado só mais um dia. E agora... SOU EU CONTRA O TEMPO.'' Além da sonoridade excelente, a letra também é uma das minhas preferidas do grupo, seguindo a mesma linha ''FUCK THE PAST'' de Último Trem. E, no clipe, nós temos o ''batera chamado Mattera'' arrebentando tudo, e provando, novamente, que, nesse cenário emo BR, ele só perdia mesmo pro Eloy Casagrande - que, entre o André Matos solo e o Sepultado, tocou bateria no Gloria.

2. AQUELA MÚSICA

''E eu me perdi tentando te encontrar...'' Aquela Música possui duas versões (uma no debut, a outra no álbum seguinte) e, assim, dois clipes diferentes. Pessoalmente gosto ainda mais da segunda versão (assim como também gosto mais do segundo clipe), que ficou mais trabalhada, com mais detalhes, versos e backing vocals. Uma bela balada, com a Elektra gata pacas principalmente no segundo clipe. E, por falar nisso, é engraçado ver o sósia do Felipe Neto nesse segundo clipe, já que o Felipe Neto original odiava essas bandas todas :)

1. SEGREDOS QUE GUARDEI

''Eu me desculpei... Segredos que guardei... Mentiras que escondi... Por querer o seu bem... Não te contei, não te contei...'' Bem, dizer o que da MELHOR CANÇÃO DO EMO NACIONAL? Se alguém me perguntasse ''tio Marcio, o que é emo?'', eu colocaria Segredos Que Guardei pra pessoa ouvir, pra entender a essência do estilo. A letra é sofrida e ''emotiva'' (hehe), o refrão é desespero puro e algo simplesmente cabuloso até a medula, e o clipe é maravilhoso, com a Elektra simplesmente linda e sensacional, me fazendo ter vários pensamentos impuros - e conseguindo fazer com que a estrela do clipe, a famosa cosplayer e VJ Mari Moon, fique feia em comparação. Aliás, por falar nesse clipe, tem algumas coisas nele que me lembram muito o primeiro clipe do MCR, Vampires Will Never Hurt You (que algumas fontes esculhambas dizem ser o segundo, após o remake de Audition - mas é sim o primeiro, com o remake de Audition vindo só depois). Enfim... Poucas vezes a angústia adolescente foi retratada de maneira tão brutalmente sincera quanto em Segredos Que Guardei. Simplesmente o clássico dos clássicos, pela melhor banda do estilo no Brasil.

MENÇÃO HONROSA: VOCÊ VAI LEMBRAR

Particularmente a acho uma das mais românticas do F#, senão a mais. ''Você tem que saber que o meu sorriso é pra você, como são todas as canções, que dizem entre versos e refrões que o meu amor também é seu.'' Só acho que, talvez, o refrão poderia ser mais elaborado, com uma letra maior. De qualquer forma, gosto muito de Você Vai Lembrar, uma composição contagiante pacas, que ainda possui aquela impagável performance no Show Livre, de 2010, com a Elektra batendo cabeça e fazendo air guitar com aquele penteado ''cabelo tampando os olhos'' :) Como diabos ela conseguia enxergar alguma coisa daquela forma, hahahahaha? Elek é mó barato.

(...)

PS: E acho interessante pensar que eu estive na cidade natal do Fake Number, Lorena (interior de São Paulo), no ano que a banda acabou, 2014. Na ocasião, fui na ''Silent Hill brasileira'' visitar uma videolocadora que estava se desfazendo do seu acervo de VHS, vendendo cada fita por R$ 1. Acabei levando 70 fitas e deixando quase 100 para trás. Lembro de até cogitar fazer uma segunda visita à cidade, mas isso nunca aconteceu.

 







 

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Garimpinho da Noite de Hoje: LIXOS CINEMATOGRÁFICOS EM DEVEDÊ & RAI-AZUL / Relembrando o Fenômeno dos anos 1990 Chamado Alicia Silverstone




 

 

Post embaraçoso à vista...

Cabei de chegar da rua, onde, nessa noitinha, fiz um micro-garimpo Sampa afora. Na verdade, foi bem micro mesmo, já que só fui em dois sebos.

Primeiro dei uma corrida e cheguei às 18:30 no ''Our Sebow'', onde, logo de cara, fui informado de que não havia chegado nenhuma nova fita no recinto. Assim, aproveitei essa meia-hora final do funcionamento do lugar para anotar umas fitas pro Don Dado, que podem ou não serem interessantes pra ele. (Inclusive, esse foi um dos sebos em que fui com o Alex Relíquias do Hard-AOR no final de Junho. E, quando o Ivanescence Ferrari voltar pra SP, farei questão de levá-lo nesse reduto físico também. Aliás, gostaria de dizer que, apesar desses três carinhas terem o hábito de comprar fitas online, ainda assim eles seguem sim firmes e fortes com as caças online, independentemente de BOVID-17 ou psicopatas portadores de manequins, ou qualquer outra porra do tipo. Que a justiça seja feita: esse trio aí é tão biruta quanto o seu insano narrador.)

E, após fazer essas anotações o mais rápido possível, dei uma fuçada nos Blu-rays e nos DVDs em promoção. E, nessa seção de BDs, acabei pegando o Blu-ray duplo (corte comum + corte estendido) do Esquadrão Suicida, do David Ayer, por R$ 18. Ou seja, 9 Bozos por BD. E não, o seu amaldiçoado narrador não ficou louco: continuo achando esse filme um lixo supremo, mantendo a mesma opinião de quando o assisti na época em que fiz o PURE MASSACRE dele aqui no 7NEC. O adquiri só pelo fato de que a Margot Robbie tá gostosa pra caralho como a Arlequina, que é a única qualidade dessa afronta fílmica. (Já aquele filme solo da Arlequina não vale nem pra isso, já que ela está visualmente mais comportada naquela desgraça - desgraça mesmo, de fazer Suicide Scum parecer genial na comparação.)

E, mantendo o baixo nível, peguei o DVD de Excesso de Bagagem por R$ 3. É outra atrocidade cinematográfica que só adquiri por causa da atriz, a Alicia Silverstone, por quem fui completamente alucinado na minha época de adolescência. Bem, a galera mais nova talvez não saiba, mas a Alicia foi famosa pra caralho entre a juventude de 1993 a 1999. E é curioso: foi a minha primeiríssima vez adquirindo uma cópia desse filmeco pavoroso, já que eu só o havia conferido mesmo séculos atrás numa exibição no SBT (Sistema Bozo de Televisão, o canal daquele velho arrombado e filho da puta chamado Sílvio Santos).

É engraçado isso: apesar da Alicia ter uma péssima filmografia (onde os filmes melhorzinhos são Paixão sem Limite, Atraída pelo Crime e Quebrando Todas as Regras - eu disse ''melhorzinhos'' e não bons, já que essas porras jamais poderiam receber uma cotação de três estrelinhas ou mais), eu mantenho até hoje uma coleçãozinha dela em VHS, DVD e até mesmo Blu-ray. Mas, como essa aquisição de hoje foi em DVD, mostrarei no fim do post apenas os meus outros itens dela nesse formato - excluindo alguns títulos em DVD ''alternativo'' (como o retardado Catfight, que plagia o filme japa 2LDK) e também um outro DVD original, Batman & Robin, um capítulo vergonhoso de um personagem igualmente vergonhoso e que possui apenas filmes ruins na sua vexaminosa filmografia.

Caralho, e eu tava lembrando agora...

Eu era tão doente pela Alicia nos anos 90 que até cheguei a escrever umas tentativas vagabundas de roteiro para uma eventual série de TV protagonizada pela personagem dela em Atraída pelo Crime (True Crime), a Mary Giordano. (Atraída pelo Crime esse que pode ser visto, talvez, como o filme mais ousado dela, já que a mostra em cenas de banho, de masturbação e de sexo. E é interessante apontar que o filme é um thriller policial de caça a serial-killer que utiliza uma trilha sonora new age alguns aninhos antes do Albert Pyun ter a mesma ideia para o seu melhor filme, Morte Anunciada, AKA Postmorten.) Eu tinha a ideia - de débil mental - de enviar esses ''roteiros'' para algum estúdio dos EUA, na esperança de que algum Zé Ruela tão imbecil quanto eu seria capaz de investir num projeto xaropeta desses. Bem, mais retardado do que isso só a vez em que eu tentei escrever uma carta pra própria Alicia, com o meu inglês extremamente limitado dos meus 12-13 anos... Ainda bem que nunca consegui enviar essa porra vexatória pra ela.

Enfim, junto desses DVDs do anexo incluí também uma compilação de clipes do Aerosmith, com a trinca de PVs (''promo videos'') estrelados por ela: Crazy, Cryin' e Amazin'. E, Guitardo, respondendo sua colocação ali num post anterior, não, eu não curtia Aerosmith nos anos 90 não! Inclusive, eles foram uma das piores bandas na época (mesmo não sendo originários daquela década), com algumas canções absolutamente tenebrosas, como aquela I Don't Wanna Miss a Thing, Jaded, Pink e ''Rola em Minha Sopa'', como você bem esculhambou. Falling in Love (Is Hard on the Knees) e aquela Crash eram apenas duas exceções, duas faixas que se salvavam no tsunami de besteiras que eles lançaram naquele período. (Há, foi engraçado quando o Regis entrevistou o Dee Snider, do Twisted Sister, que disse gostar dessa I Don't Wanna Miss a Thing horrível. Enquanto ele dizia isso, o Regis ficou colocando o polegar pra baixo, hahahaha. Mais comédia que isso só quando o próprio Regis comentou que, de tão deplorável, essa balada aí nos faz torcer pro meteoro em Armagedom, hahaha. E, já sobre A Hole in My Soul, acho que esse nome é maldito mesmo. Afinal, o Kaiser Chiefs também tem uma canção própria com esse mesmíssimo nome que consegue ser tão péssima quanto a do Aerosmith.)

Aí, na saideira, peguei ainda um DVD do Brian Wilson (dos Beach Boys) por míseros 2 mangos.

Aí, quando já estava na rua, me toquei de que havia esquecido minha caneta e minhas anotações lá dentro do sebão: tanto a lista com as fitas de sugestão pro Dadossauro quanto a relação das coisas pra debater com o Gio ''Maníaco da Boca'' Mendes na próxima vez que o trombar. Voltei no sebo então pra pegar essas paradas de volta.

Aí fui também num outro endereço colecionístico ali perto. Não comprei nada lá, mas foi curioso trombar o DVD (da Alpha) de um OUTRO filme chamado Natal Sangrento, um tal One Hell of a Christmas. Nem sabia da existência dessa porra.

Enfim, por hoje é só, CÃObada.

PS: Aliás, todo esse papo de Alicia-teca me deu uma inspiração aqui: qualquer hora dessas eu deveria sim fazer um post sobre as minhas VHSs dela, e sobre a Alicia em VHS duma maneira geral. (Aliás, ao escrever esse post me lembrei que Traição Fatal / The Cool and the Crazy - primeiro filme sem animação nenhuma com direção do Ralph Bakshi - foi uma das primeiríssimas VHSs que comprei na vida. Tipo uma das cinco primeiras, algo assim.) Ahh, e as minhas coleções da Alicia não se limitam ao home video. Na minha época de menor de idade, eu era tão bitolado nela que também colecionava revistas - nacionais e gringas - com matérias sobre ela. Lembro que até consegui pelo menos duas publicações - uma Set e uma Premiere - com ela na capa. E, por falar em Alicia, será que alguém aí se lembra duma lenda urbana do começo dos anos 2000, de que aquele pseudo-famoso, o Marco Mastronelli (alguma porra assim, do primeiro Casa dos Autistas), teria pegado a Alicia??? Ele supostamente disse isso numa entrevista qualquer no SBT, após ter saído do reality show em questão. Lembro que, na época, eu fuçava a internet inteira atrás dessa info e jamais encontrei nada à respeito.

PS II: A minha fase Alicia Silverstone só começou a sossegar quando, em 1999, eu assisti o sexto filme Amityville e surtei completamente com a atriz do filme, a Megan Ward, principalmente na cena em que ela fica possuída pelo Cão em frente do espelho. Foi a minha única paixão adolescente mais forte que a Alicia. Inclusive, eu descobri o significado da expressão ''stalker'' durante os meus anos de fã hardcore da Megan, com um maluco me chamando disso num fórum americano (só porque eu estava perguntando pra galera se alguém tinha o endereço dela, para que eu pudesse mandar uma carta...) e, assim, me fazendo pesquisar o significado da palavra. Caralho, minha adolescência foi mesmo muito retardada... Eu ficava sonhando com essas atrizes da gringolândia - Shannen Doherty e Meg Tilly também - e nem me tocava de que, ao meu redor, haviam meninas mais ou menos tão gatas quanto.











quinta-feira, 19 de agosto de 2021

PURE MASSACRE = Dream Theater e Fresno, as Duas Bandas Mais Indescritivelmente Insuportáveis e Abomináveis na História do Rock / Metal Mundial



 

 

Antes de começar o post, gostaria de dizer que não sou mais um esnobe musical a la Regis Tadeu, de achar que os meus gostos musicais são o certo e o que eu não gosto é ruim. E também não tenho nada contra os integrantes dessas duas bandas e nem contra seus fãs. Como bem disse o Edu Lucena (que aparentemente teve algum tipo de desavença com o ''animal da Animal'' e acabou pulando fora do RMH - animal esse que tratou eu e o Alex ''bem pra caralho'' nas nossas idas de despedida à loja dele...) numa certa ocasião: ''Música não é ciência exata. Cada um gosta duma coisa e tá tudo certo.'' É exatamente isso: as pessoas possuem sensibilidades diferentes, trajetórias diferentes e gostos diferentes. E cada um tem o direito de gostar e desgostar do que for, sem censura e sem limites. Por exemplo: se você gosta de Ariana Grande e não gosta dos Beatles, não há nada de errado nisso.

OK, intro feita, vamos lá então.

No universo do rock e do metal existem essas duas bandas que não me agradam nem um pouco, pra dizer o mínimo.

DREAM THEATER

Até admito que lá nos meus anos iniciais ouvindo metal, entre final dos anos 90 e começo dos anos 2000, eu até achava DT tolerável. Até conseguia escutar algumas faixas dos discos Images and Words, Awake e de outros dois - acho que um se chamava Falling into Infinity e o outro Scenes from Metropolis. (Não estou pesquisando nada pra fazer esse post. Afinal, quero deixá-lo bem espontâneo e natural. E, é claro, não preciso ouvir essas duas bandas nesse exato instante para me lembrar do quanto não as suporto.)

Mas, após Fevereiro de 2002, quando tive contato com ''uma banda aí'' chamada Manic Street Preachers e o seu insano Richey (guitarrista que, literalmente, desapareceu do Planeta Terra sem deixar rastros, em um dos maiores mistérios da história do rock), que fez uma espécie de revolução musical na minha vida e me fez enxergar vida fora do metal, passei assim a ser mais rígido com coisas menores do universo do metal.

E, se por um lado, bandas altamente questionáveis como Stratovarius e HammerFall - de quem até assisti um show horroroso em 2002 ou 2003 - continuavam tendo um certo apelo guilty pleasure e algumas canções legais (Distant Skies no caso do primeiro, The Metal Age no segundo), Dream Theater é um grupo que foi se tornando mais e mais insuportável para mim ao passar dos anos.

É claro que isso também é culpa do gênero ao qual eles pertencem, o prog metal. Se, por um lado, o rock progressivo é algo de forte qualidade e possui bandas incríveis, o prog metal é algo que, definitivamente, NÃO me agrada: DT, as piores coisas do Fates Warning, as piores coisas do Queensryche (banda que, tirando as partes mais prog, possui sim coisas bacanas), Pain of Salvation, Symphony X (de quem até tive a infelicidade de trombar o balofo e esquisito guitarrista no finalzinho dos anos 90, que ficou encarando eu e um ex-amigo Bozominion de maneira muito estranha) e outras. Prog metal é um gênero que simplesmente não é pra mim.

E, nesse território, DT é a banda mais intragável de todas.

A impressão que tenho ao escutar DT é que isso não é música, e sim trechos esquizofrênicos de um workshop infinito, com seus músicos surtando numa punhetação absurda, querendo esfregar na sua cara - e nos seus ouvidos - o quanto são instrumentistas incríveis e extremamente virtuosos. Simplesmente não consigo entender o apelo disso.

Até o Yngwie Malmsteen, igualmente pretensioso, insano e xarope, ao menos possui umas canções legais, além de ter contado com alguns vocalistas que me agradam (Jeff Scott Soto e Joe Lynn Turner, por exemplo). Mas DT não tem nada pra mim.

E, caso alguém aí curta DT, gostaria de fazer uma pergunta: é humanamente possível gostar de DT sem ser um músico virtuoso ou aspirante a virtuoso? Ou é uma banda que só agrada os ''shredders'' e afins? Pergunto por pura curiosidade mesmo. É possível curtir DT só pelas músicas mesmo, sem nenhuma pretensão de virar um instrumentista cabuloso e tal? Gostaria mesmo de saber. Porque me parece que só músico virtuoso gosta de DT. Me parece mais um desafio complexo do que música.

E tem um outro problema que nem citei ainda: a voz do sr. James LaBrie. PUTA QUE PARIU. Inclusive, já vi gente tipo Vitão Bonesso, que até acha as partes instrumentais do DT interessantes, mas não consegue curtir a voz do LaBrie nem a pau. Não é pra menos. Como outros já comentaram antes, é simplesmente esquizofrênico colocar o LaBrie pra cantar no DT. Não tem nada a ver uma coisa com a outra: é um contraste absurdo. LaBrie seria um cara cotado pra cantar em algo puramente ''soft'' tipo, sei lá, um Air Supply ou as coisas mais leves do The Alan Parsons Project. A voz do cara não tem porra nenhuma a ver com um metal todo técnico e supostamente cheio de camadas. E, é claro,  a voz do LaBrie é um treco extremamente pavoroso, PQP. Pelo menos o Symphony X - outra banda que acho intolerável - tem um vocalista bom...

Bem, é isso. DT não é pra mim.

FRESNO

É compreensível eu não gostar de Dream Theater. Afinal, eu não gosto nem um pouco de prog metal. Não é a minha praia. Então seria muito difícil mesmo eu gostar de DT.

Mas o que dizer de Fresno, banda que pertence sim a um estilo - emocore - que eu venero e até bastante? Afinal, gosto muito de My Chemical Romance, de Hey Monday, de Fake Number, de Scary Kids Scaring Kids, de City of the Weak, do primeiro álbum do Lipstick, dos dois primeiros do Blink-182, do primeiro do The Used, da fase screamo do AFI (A Fire Inside), da fase screamo dos Bastardz e de várias outras coisas.

Mas Fresno não dá. É o treco mais horripilante e assustador dentro da ''emolândia'' mundial, até muito, muito mais do que algumas outras bandas que também não consigo ouvir nem fodendo - como Tokyo Hotel e Boys Like Girls.

Inclusive, muita gente diz que não suporta emo por achar o gênero uma choradeira barata e também uma espécie de sertanejo pagando de rock. Aí está: eu discordo dessas colocações, mas, se tratando especificamente do Fresno, eu CONCORDO sim com elas! PQP, Fresno é exatamente isso pra mim: uma choradeira barata e sem fim, e uma espécie de grupo de sertanejo moderno (sem relação com as boas coisas do sertanejo das antigas, tipo duplas bacanas do naipe Conde & Drácula e Léo Canhoto & Robertinho), na mesma vertente de qualquer sertanojo universotário pró-Bozo da pior espécie, porém pagando de ROCK!

Cara, Fresno é simplesmente intragável.

OK, até admito que tem uma ou outra música que até começa instrumentalmente OK, de maneira interessante e até promissora, MAS assim que o Lucas começa a cantar, PUTA QUE PARIU... Aí pode perder todas as esperanças. A voz do cara é insuportável. E sem contar as letras...

As letras do Fresno levam a auto-piedade aos níveis mais infernais e desgraçados inimagináveis.

OK, isso de extrema auto-piedade não é novidade nenhuma no rock, ainda mais num gênero como o emo, que vive disso. E sem contar bandas como um Nine Inch Nails da vida, que investe nessa pegada desde, literalmente, o milênio passado. Mas o problema é a FORMA como o Fresno faz isso. É sempre aquele mesmo clichê nas letras, sem boas sacadas, e com o vocal insosso e sonolento do Lucas.

E tem outra. Por mais que, hoje em dia, o Lucas parece ter se tornado um cara legal como pessoa (mó barato aquele vídeo dele com os Galãs Feios, em que ele imita o Bozo falando mal do emo, hahaha), ele e os demais integrantes do Fresno (incluindo o Tavares lá, que furou o olho do PC Siqueira, e também o sósia do Mr. Dado) simplesmente SE ACHAVAM PRA CARALHO durante o auge comercial do grupo. Porra, aí você via a diferença do Fresno para algumas outras bandas bem sucedidas do emo BR: enquanto os caras do NX Zero e do Restart (com exceção do Thomas, que sempre pareceu ser bem mala) se mantiveram humildes e gente fina mesmo com o estrelato, esses caras do Fresno ficaram com o ego lá nas nuvens. As declarações que o Lucas e, principalmente, o Tavares dão naquele documentário deles são de vomitar as tripas até a morte.

Beleza. Fim do massacre agora. Qualquer coisa, eu complementando a bagaça toda nos comentários.

(...)

E tanto Dream Theater quanto Fresno tem uma coisa em comum: as duas bandas tiveram um outro vocalista em início de carreira. Se, por um lado, o DT até gravou seu debut com esse outro cara (debut esse que o desinformado Wikipedia disse possuir letras góticas e com temática de vampirismo - inverdade maior impossível), até hoje não consegui encontrar absolutamente nada - nem mesmo demo ou bootleg - do Fresno com o seu vocalista original. Se alguém aí tiver link disso, pode me enviar sem medo. Afinal, tenho muita curiosidade pra saber se o cara é tão ruim quanto o Lucas.

PS: Peço desculpas pra galera esperando um novo relato de garimpo VHS aqui. Bem, nesse quesito, gostaria de avisar que estou quase terminando de escrever o post ''Garimpos Noturnos de VHS e Outras Coisinhas Mais em Agosto: Sexta 6 & Sábado 14 (Participação Especial de Gio ''Vizinho do Diabo'' Mendes)'', e o relato em questão será publicado qualquer hora dessas agora.