segunda-feira, 20 de março de 2023

Observações Resumidas Sobre Tópicos Variados: PURE MASSACRE = ZOMBIE HIGH (''Alunas Muito Especiais'' / ''Zumbis no Colégio'', 1987) + SPEAK NO EVIL (''Não Fale o Mal'', 2022) + PARTIAL MASSACRE = SCREAM 6 (''Pânico 6'', 2023) + Underhard no Fofinho em 17 de Março de 2023 (Wasted com Insane e Wild Side) + O Passado Obscuro, Farofa e Viking de Regis Tadeu




 

 

Hey galera. Tentarei fazer aqui breves considerações sobre os assuntos do título da postagem.

1. ZOMBIE HIGH

Eis o título que eu tinha em mente para um post isolado desse filmeco oitentista:

''PURE MASSACRE = ALUNAS MUITO ESPECIAIS, A.K.A. ZUMBIS NO COLÉGIO (ZOMBIE HIGH, 1987), um dos Piores Filmes de Terror dos Anos 80 e Provavelmente a Coisa Mais Fuckin' Boring Já Feita com ''Zombie'' no Título''

A primeira vez que ouvi falar dessa atrocidade cinematográfica foi lá no finalzinho dos anos 90 do século passado, através de uma Set: Terror & Ficção - provavelmente a edição com o também horrível Army of Dorkness na capa. Foi numa seção chamada ''Vídeos para Evitar'' ou algo do tipo, em que alguém massacrava o filme em questão e pedia pro leitor manter distância. Após seguir esse conselho - bastante apurado - por mais de duas décadas, eis que, esses dias mesmo, acabei assistindo essa desgraça - talvez pela curiosidade de ver a Virginia ''Candyman'' Madsen e a Sherilyn ''Twin Peaks'' Fenn pagando mico antes de ficarem conhecidas.

Antes de começar a malhar essa aberração indescritível, gostaria de comentar que tanto o título original em inglês - ''Zombie High'' - quanto o título da VHS nacional - ''Alunas Muito Especiais'' - são puro estelionato. Afinal, não tem zumbi nenhum nessa porra, a trama não se passa no colegial e sim na faculdade, e o título BR mais parece nome de filme pornô.

A história dessa tentativa fracassada de terrir é a seguinte: num campus universotário, a protagonista interpretada pela irmã do Michael Madsen, ao perceber que quase todos ao seu redor agem de maneira catatônica e servil, decide investigar o motivo por trás desse estranho comportamento. Entregar mais alguma coisa além disso seria spoiler, mas devo dizer que o próprio filme não possui suspense nenhum e não consegue criar nenhum clima de mistério em torno de seu ''plot twist'' - se é que dá para dizer que temos algum tipo de plot twist em Zombie High... A real é que talvez não seja possível entregar spoilers sobre um filme em que porra nenhuma acontece.

Bem, talvez ZH tente criticar a forma como entidades horripilantes como escolas e faculdades (AKA Colegial Parte II: O Retorno da Maldição) tendem a fazer uma lavagem cerebral nos alunos e os transformar em zumbis, mas, como ZH é um treco inacreditavelmente péssimo e mal feito em todos os sentidos possíveis, essa provavelmente seria uma leitura exagerada da obra.

E isso sem contar a péssima trilha sonora easy listening, ou a desastrada edição - duas coisas bastante aleatórias que não fazem o menor sentido.

Enfim, além de Virginia e Sherilyn, temos também no elenco o Scott Coffey, d'A Estrada Perdida e Cidade dos Sonhos, e Richard Cox, de Parceiros da Noite. Aliás, dá para jurar que Cox, em diversos momentos de ZH, está interpretando o exato mesmo personagem que viveu naquele clássico giallo americano de William ''Viver e Morrer em LA'' Friedkin.

Anyway, não seria exagero dizer que Zombie High é um dos piores filmes de terror não apenas dos anos 80 mas de todos os tempos. Não dá para recomendar isso para absolutamente ninguém, exceto, talvez, gente muito curiosa em ver os atores que citei acima se queimando em algo tão abominável. Fuja com todas as suas forças - ou confira por sua própria conta e risco, fritando o seu cérebro com uma hora e meia do pior que o cinema de horror pode oferecer.

2. SPEAK NO EVIL

Anos antes de realizar Speak No Evil, seu diretor dinamarquês Christian Tafdrup (que, como ator, esteve naquele drama barra-pesada e depressivo Daisy Diamond, em que a grande Noomi Rapace interpreta uma atriz pornô que usa o nome de guerra que dá o título do filme), em férias com sua família na Itália, conheceu uma família holandesa. Apesar dos holandeses em questão serem meio esquisitos, as duas famílias até que se deram bem. De volta a Dinamarca, a família de Tafdrup recebeu um cartão postal os convidando a ir pra Holanda passar uma temporada na casa dos holandeses. Tafdrup recusou o convite, mas, daí, ficou imaginando o que diabos teria acontecido se ele tivesse aceitado a proposta. E seus pensamentos mais sombrios e paranoicos resultaram no roteiro de Speak No Evil, com uma família dinamarquesa indo passar as férias na casa duma família holandesa que conheceu em férias na Toscana. Aos poucos, eles vão notando que os holandeses são, por assim dizer, excêntricos e não muito convidativos.

Daria para dizer que Speak No Evil é uma espécie de mistura de dois excelentes filmes recentes de horror psicológico-social: o japonês Creepy e o americano Corra! Mas, infelizmente, ao contrário daquelas duas possíveis obras-primas, SNE dá umas deslizadas; na altura exata dos 42 minutos, o filme consegue cometer um duplo suicídio simplesmente vergonhoso. Admito que, assim que isso ocorreu, tive que pausar o negócio durante uns 15 minutos, e foi muito difícil voltar a dar play. Afinal, foi um daqueles momentos tipo os 10 minutos finais d'A Hora do Pesadelo original, em que um filme está claramente chamando o espectador de imbecil. E, além disso, os instantes finais de SNE também possuem uns problemas no roteiro que são tarefa árdua de engolir.

Ainda assim, SNE provavelmente é um bom filme. Talvez até seja um filme realmente bom. Mas é preciso fazer certas concessões e aceitar certos comportamentos de alguns de seus personagens, para poder realmente comprar a ideia do longa e embarcar nessa viagem nada glamourosa a Europa. Bem, é como diria o poeta: ''Travelling the world is overrated.''

OK, acabei de fazer tudo possível para não entregar porra nenhuma de spoiler aqui. Que é o que farei, novamente, ao comentar o filme abaixo.

3. SCREAM 6

Eis o título que eu tinha em mente para um post isolado dessa bobagem cinematográfica:

''PARTIAL MASSACRE = PÂNICO 6 / SCREAM 6 (2023), Mais um Capítulo Pega-Trouxa Dessa Franquia Extremamente Problemática, Que Trata o Espectador como Otário - Co-Estrelando Gio ''Sadymasoquista'' Mendes e Valter ''Trutão da Morgana Dark'' Jr.''

Como ainda pretendo fazer um post próprio e extremamente detalhado de Pânico 6, farei agora apenas uma breve observação sobre o filme.

Apesar de termos conseguido meia-entrada de R$ 10, mostrando comprovantes de trabalho, ainda assim me senti roubado e um perfeito otário por comprar ingresso para Pânico 6. Ainda pior é pensar que contribuí com a bilheteria mundial dessa porra, algo que provavelmente me deixará mal para o resto da vida, tendo que fazer terapia constante para superar tal trauma. Mas, para compensar, posso te garantir uma coisa: eu NUNCA MAIS assistirei filme nenhum dessa franquia do caralho no circuito comercial. Afinal, Pânico é uma espécie de Cunts N Posers do cinema slasher: algo extremamente superestimado que, definitivamente, não justifica todo o seu hype.

Até admito que o trailer disso conseguiu vender bem o filme: a proposta de ambientar a saga de Ghostface na cidade grande (Nova York, no caso), a ideia do GF da vez eventualmente usar arma de fogo e a masca enferrujada do mesmo nos passaram uma promessa de algum frescor; de algo minimamente diferente dessa vez.

MAS NÃO SE ENGANEM.

Essa porra é dirigida pela tal Radio Silence, uma dupla de palermas que, além de dirigir o que talvez seja o pior segmento do primeiro V/H/S, também estiveram por trás do Pânico anterior - pataquada que já começava tratando o espectador como idiota, ao revelar que a Tara não havia sido morta na cena de abertura. (É, como respeitar uma franquia slasher em que seres humanos comuns sobrevivem de boa trocentas lesões cabulosas diferentes, como se fossem o Michael Myers ou o Jason... FUCK THIS FRANCHISE, como uma personagem do próprio Pânico 6 diz numa cena.)

E, apesar daquele trailer promissor, o que nós temos em Pânico 6 é mais do mesmo: um slasher seguro e covarde, que repete diversos vícios e falhas vistos nos filmes anteriores dessa franquia absurdamente problemática, com os fãs mais retardados das galáxias, que consideram hacks como Kevin Williamson e Wes Craven gênios visionários.

Na realidade, a franquia Pânico, até hoje, só teve três cenas ousadas: a abertura do primeiro filme (e é melhor você aproveitar bem aquela intro, porque tudo que virá a seguir na cinessérie ficará muito abaixo daquilo), a sequência do parque no segundo e a cena do hospital no quinto. De resto, é uma espécie de mistura de Malhação com Stranger Fags, com tantas coisas vergonhosas que eu poderia ficar até amanhã descendo a lenha.

Pois bem. Por enquanto é isso, mas eu talvez volte para fazer uma análise bem longa e detalhada de Pinico 6. Tem muiiiiiito mais para ser dito dessa palhaçada.

PS: Após a sessão, eu e o Gio estávamos na estação de metrô conversando. Aí ouvimos uma voz muito próxima e estranha vindo de trás da gente, dizendo umas coisas desconexas e incompreensíveis tipo o paperboy lá do filme do Victor Salva (A Vila do Medo, AKA Rosewood Lane). Quando viramos para trás, não tinha absolutamente ninguém por perto. Foi estranho pra caralho e muito mais assustador do que o sexto Pânico e as presepadas do Ghostface.

4. FOFINHO: UNDERHARD

No último FDS estive no Fofinho para conferir covers de Def Leppard, Ratt (fazendo sua estreia no local) e Motley Crue. E aí você percebe que tem algo de errado quando bandas covers apresentam setlists mais interessantes do que as originais, já que esses tributos a Def Lep e Motley mostraram repertórios superiores ao das bandas verdadeiras no show comentado no post anterior.

Esse do Leppard Cover foi inacreditável, já que a única música esculhambada foi a horrorosa Love Bites. Mas, de resto, nem pude acreditar: teve simplesmente ROCK BRIGADE e STAGEFRIGHT e ACTION! NOT WORDS. Incrível.

O cover de Ratt também mandou muito bem, com um set de 12 canções. Senti falta de Dance e One Step Away, mas, dessa dúzia de músicas, só uma eu não curto muito: Lovin' You Is a Dirty Job.

E esse cover de Motley, novamente, entregou um setlist batido e previsível, inspirado no show do MC verdadeiro do Allianz Parque - uma péssima ideia, convenhamos. Mas, pelo menos, adicionaram Take Me to the Top e Ten Seconds to Love ao set.

E, na discotecagem, milagrosamente tocaram a minha amada Down Boys do Warrant. É a quarta canção do Warrant que escuto em discotecagem de evento farofa, após Uncle Tom's Cabin (que o Regis Tadeu já disse achar uma das músicas mais espetaculares de hard-glam de todos os tempos - e é mesmo), a balada mais ou menos Sometimes She Cries e a deprimente Cherry Pie - a canção que ajudou a levar o saudoso Jani Lane ao suicídio através da bebedeira.

5. CURIOSO TRECHO DE VÍDEO DO RMH


https://www.youtube.com/watch?v=OLvyMi4_Z2o
 

Falando em hard rock e coisas do tipo, recomendo uma verificada no vídeo acima, na marca dos 18 minutos e 5 segundos até 19 minutos e 26 segundos. Prefiro só falar isso. Eu pelo menos achei bastante inusitado e revelador. (...) OK, por hoje é tudo.




quarta-feira, 8 de março de 2023

(7 de Março de 2023) Titio Marcio, Gio ''Vizinho de Satã'' Mendes e Leandro ''Buchinsky'' Caraça em Rolê-Garimpo nos Sebos + Aventura-Desventura Solo em Evento de Hard Rock Farofento no Allianz Parque


 

 

... decidimos visitar alguns sebos de uma certa região de São Paulo e, em um deles, acabei pegando três DVDs nacionais por R$ 5 cada: Na Teia da Aranha e as partes 2 e 3 de Busca Implacável. Na Teia da Aranha segue Beijos Que Matam e depois recebeu uma terceira parte, A Sombra do Inimigo, com o Morgan Freeman sendo substituído no papel do detetive Alex Cross. Lembro de gostar dos três filmes quando os vi, então pode ter sido uma aquisição digna. Já Busca Implacável 2 e 3, dirigidos por um tal Olivier Megaton (nome tipo ''DJ Caruso'' - pelo nome você já sabe que o cara manda mal), são duas tranqueiras do caralho, mas que, por algum motivo, achei que seria boa ideia trazer para a coleção de Devedês.

Aí, após explorarmos mais um pouco os sebinhos dessa área, o Leandro acabou nos levando a um sebo de uma região ali perto, que eu e o Gio nunca havíamos visitado. Uma vez lá dentro, logo após o Leandro ter que ir embora, consegui adquirir dois Blu-rays americanos interessantes o suficiente, por R$ 15 cada: Atividade Paranormal 1 e 30 Dias de Noite. 30 Dias eu nunca assisti, mas imaginei que poderá ser interessante de conferir em alta definição, apesar do sempre canastrão Josh Hartnett como protagonista. (Hartnett esse que se queimou eternamente ao atuar ao lado do sempre detestável Harrisshole ''Han Só no Loló'' Ford no deplorável Divisão de Homicídios.) Já AP 1 eu sempre quis pegar nesse BD americano, já que a edição nacional deixa a desejar. Outra coisa a desejar é pensar que o final original do filme - bastante impactante - foi mudado para algo infinitamente pior, por sugestão do otário do $teven Is Pig. Puta que pariu, pensar que, a essa altura do campeonato, os responsáveis por AP ainda não haviam aprendido que nada de bom pode vir do imbecil responsável por Jurassicunt Porko, O Resgate do Scumbag Ryan, Jogador Número 0 (que só não é o pior filme que assisti na década passada porque nada é pior do que A Hora Mais Escura, da Kathryn Big Low), a horrorosa franquia do Indianal Jones e trocentos outros crimes inafiançáveis contra a Sétima Arte... Enfim, agora possuo o BD americano do AP 1 mais as edições nacionais em BD das partes 2-4 e o Marcados pelo Mal. Quero conseguir a seguir a edição nacional no formato do Atividade Paranormal em Tóquio, AKA Atividade Paranormal: Tóquio. Já o Dimensão Fantasma (um tsunami de jumpscares genéricos) e o filme que veio depois (que, a julgar pelo trailer e por coisas que ouvi e li, parece chupar o horrível Midsommess - portanto não tem como ser bom) não me interessam em absolutamente nada.

Ainda se tratando dos sebos que visitamos ontem, em um deles, encontrei o single Hello Again, do My Little Lover, pelo salgado preço de 50 mangos. No centro de Sampa, os singles japas sempre custaram entre R$ 1 (!) e R$ 10 estourando. Ainda assim fiquei tentado a pegar esse single. Por R$ 20 ou R$ 25 estourando acho que daria para encarar. Afinal, essa é uma das canções mais lindas e sensacionais que já escutei na vida, e foi uma das responsáveis por eu me apaixonar por JPop - dos anos 80 e 90 - lá na metade da década de 2000. Até tenho o CD do MLL que a possui, além de dois singles futuros da banda, mas esse single é o item mais imbatível da banda para mim. Bem, quem sabe eu o consiga futuramente em outro lugar - afinal, já consegui singles mais obscuros e raros do que esse na minha trajetória como ''JPopper''.

Aí o Gio teve que cair fora e, pouco antes disso, tive uma ideia inusitada: ir na Barra Funda, para verificar a vibe por lá, afinal, no Allianz Parque, haveria o show do Def Leppard com o Motley Crue - sim, você não leu errado, essas bandas ainda existem, apesar de terem morrido no milênio passado, mais precisamente no longínquo ano de 1987.

Bem, a real é que, por mais que seus integrantes não sejam pessoas agradáveis, seus shows sejam ruins-péssimos tanto nas performances quanto nos previsíveis e batidos setlists, e todos os discos lançados por ambas as bandas a partir de 87 sejam esculhambados, os três primeiros discos desses grupos são clássicos absolutos do metal farofa. E, por causa desses três primeiros álbuns (On Through the Night, High and Dry e Pyromania no caso do Def Lep, e Too Fast for Love, Shout at the Devil e Theatre of Pain no caso do Motley), ambas as bandas acabam figurando entre as minhas favoritas de todos os tempos.

Outro motivo de ir lá, além de tentar escutar algo do show do lado de fora (!), foi o de tentar comprar alguma camiseta supimpa com os camelôs camaradas.

Mas, como a região da Barra Funda, principalmente de noite (o evento estava previsto para acabar tipo 23H30) e nas proximidades da estação de metrô, pode ser meio deserta e até perigosa, decidi deixar as coisas que eu havia comprado com o Gio, no caso de eu acabar sendo assaltado na volta.

Assim, fui pra lá com porra nenhuma na mochila, e com dinheiro suficiente somente para comprar uma única eventual camiseta.

Chegando na região, fui surpreendido com uma quantidade maior de camisetas à venda do que eu imaginava. Outra coisa inusitada foi perceber que não eram só camisetas piratas: os camelôs estavam vendendo também camisetas oficiais da Consulado do Rock (!) além de algumas camisetas que esgotaram na Galeria do Rock anos atrás (!!), para a minha surpresa.

Logo que cheguei lá (no começo do show do Motley - se é que dá para chamar as pataquadas do Vince Neil, AKA Pior Cantor da História do Hard Rock Mundial, de ''show''), as camisetas estavam custando de R$ 70 a R$ 80, a mesma faixa de preço atual da Galeria. Mas, mais adiante, encontrei um local as vendendo por preços menores, e, daí, comprei uma do Theatre of Pain (da Consulado, com o tracklist na parte de trás) por meros R$ 55. Uma pena que eu não tinha mais grana para comprar dois modelos diferentes do Shout at the Devil, incluindo uma camiseta que desapareceu da Galeria faz anos. (Se eu tivesse então comprado aquele single do My Little Lover, aí eu não teria como comprar nem uma mísera camiseta...)

Já sobre os shows em si...

Imaginei que teria uma caralhada de gente lá tentando escutar algo do lado de foram, mas, curiosamente, parece que só eu estava com esse propósito por lá. Após circular bastante aquela área toda, achei um lugar que até dava para ouvir algo - porém de forma distante, abafada e distorcida. Dessa maneira, escutei parte de ambos os shows.

No Motley teve partes em que dava para identificar facilmente uma canção, mas, em outras ocasiões, era uma confusão do caralho. Acreditem se quiser: durante a Dr. Fillernogood, eu fiquei em dúvida no começo se era ela ou a subestimada Piece of Your Action que estava rolando. Em outro momento eu não tinha certeza se era a Too Fast for Love ou a esquecida Sick Love Song (uma das poucas que prestam a partir de 1990).

Já no show do Def Lep o áudio estava mais limpo e audível, de maneira geral. Curti Animal (a única que adoro após o Pyromania), Foolin' (lembrando geral que, mesmo na época boa, as letras do Def Leppard já eram horríveis) e o guilty pleasure Armaggedon It, uma das coisas mais retardadas da história da música mundial. Mas, assim que a ultra-hiper-mega-odiável Love Bites teve início, tratei de cair fora de lá, para não ter que escutar aquele refrão horroroso.

Portanto, tive que, novamente, desviar dos cambistas tentando vender ingresso (''os cambistas se ferraram dessa vez''), para chegar até o metrô Barra Funda e voltar para casa. (E nem adiantava falar pros cambistas que eu não tinha nenhum interesse em comprar ingresso. Eles praticamente imploravam pras pessoas comprar ingresso deles. E eles simplesmente não entendiam como diabos eu podia estar lá sem ter interesse em assistir os shows.)

Músicas do setlist de ontem do Motley que entrariam no MEU setlist:

Wild Side
Shout at the Devil
Too Fast for Love

Músicas do setlist de ontem do Def Lep que entrariam no MEU setlist:

Animal
Foolin'
Rock of Ages
Photograph

(E, por falar em shows, continuo na torcida para que o Fake Number volte a ativa, com o line-up que for, desde que seja com a Elektra no vocal. Vem rolando uns rumores de que a banda pode voltar a qualquer instante, e até surgiu uma Platônico 2 no Tubão algum tempinho atrás.)