Hey galera. Tentarei fazer aqui breves considerações sobre os assuntos do título da postagem.
1. ZOMBIE HIGH
Eis o título que eu tinha em mente para um post isolado desse filmeco oitentista:
''PURE MASSACRE = ALUNAS MUITO ESPECIAIS, A.K.A. ZUMBIS NO COLÉGIO (ZOMBIE HIGH, 1987), um dos Piores Filmes de Terror dos Anos 80 e Provavelmente a Coisa Mais Fuckin' Boring Já Feita com ''Zombie'' no Título''
A primeira vez que ouvi falar dessa atrocidade cinematográfica foi lá no finalzinho dos anos 90 do século passado, através de uma Set: Terror & Ficção - provavelmente a edição com o também horrível Army of Dorkness na capa. Foi numa seção chamada ''Vídeos para Evitar'' ou algo do tipo, em que alguém massacrava o filme em questão e pedia pro leitor manter distância. Após seguir esse conselho - bastante apurado - por mais de duas décadas, eis que, esses dias mesmo, acabei assistindo essa desgraça - talvez pela curiosidade de ver a Virginia ''Candyman'' Madsen e a Sherilyn ''Twin Peaks'' Fenn pagando mico antes de ficarem conhecidas.
Antes de começar a malhar essa aberração indescritível, gostaria de comentar que tanto o título original em inglês - ''Zombie High'' - quanto o título da VHS nacional - ''Alunas Muito Especiais'' - são puro estelionato. Afinal, não tem zumbi nenhum nessa porra, a trama não se passa no colegial e sim na faculdade, e o título BR mais parece nome de filme pornô.
A história dessa tentativa fracassada de terrir é a seguinte: num campus universotário, a protagonista interpretada pela irmã do Michael Madsen, ao perceber que quase todos ao seu redor agem de maneira catatônica e servil, decide investigar o motivo por trás desse estranho comportamento. Entregar mais alguma coisa além disso seria spoiler, mas devo dizer que o próprio filme não possui suspense nenhum e não consegue criar nenhum clima de mistério em torno de seu ''plot twist'' - se é que dá para dizer que temos algum tipo de plot twist em Zombie High... A real é que talvez não seja possível entregar spoilers sobre um filme em que porra nenhuma acontece.
Bem, talvez ZH tente criticar a forma como entidades horripilantes como escolas e faculdades (AKA Colegial Parte II: O Retorno da Maldição) tendem a fazer uma lavagem cerebral nos alunos e os transformar em zumbis, mas, como ZH é um treco inacreditavelmente péssimo e mal feito em todos os sentidos possíveis, essa provavelmente seria uma leitura exagerada da obra.
E isso sem contar a péssima trilha sonora easy listening, ou a desastrada edição - duas coisas bastante aleatórias que não fazem o menor sentido.
Enfim, além de Virginia e Sherilyn, temos também no elenco o Scott Coffey, d'A Estrada Perdida e Cidade dos Sonhos, e Richard Cox, de Parceiros da Noite. Aliás, dá para jurar que Cox, em diversos momentos de ZH, está interpretando o exato mesmo personagem que viveu naquele clássico giallo americano de William ''Viver e Morrer em LA'' Friedkin.
Anyway, não seria exagero dizer que Zombie High é um dos piores filmes de terror não apenas dos anos 80 mas de todos os tempos. Não dá para recomendar isso para absolutamente ninguém, exceto, talvez, gente muito curiosa em ver os atores que citei acima se queimando em algo tão abominável. Fuja com todas as suas forças - ou confira por sua própria conta e risco, fritando o seu cérebro com uma hora e meia do pior que o cinema de horror pode oferecer.
2. SPEAK NO EVIL
Anos antes de realizar Speak No Evil, seu diretor dinamarquês Christian Tafdrup (que, como ator, esteve naquele drama barra-pesada e depressivo Daisy Diamond, em que a grande Noomi Rapace interpreta uma atriz pornô que usa o nome de guerra que dá o título do filme), em férias com sua família na Itália, conheceu uma família holandesa. Apesar dos holandeses em questão serem meio esquisitos, as duas famílias até que se deram bem. De volta a Dinamarca, a família de Tafdrup recebeu um cartão postal os convidando a ir pra Holanda passar uma temporada na casa dos holandeses. Tafdrup recusou o convite, mas, daí, ficou imaginando o que diabos teria acontecido se ele tivesse aceitado a proposta. E seus pensamentos mais sombrios e paranoicos resultaram no roteiro de Speak No Evil, com uma família dinamarquesa indo passar as férias na casa duma família holandesa que conheceu em férias na Toscana. Aos poucos, eles vão notando que os holandeses são, por assim dizer, excêntricos e não muito convidativos.
Daria para dizer que Speak No Evil é uma espécie de mistura de dois excelentes filmes recentes de horror psicológico-social: o japonês Creepy e o americano Corra! Mas, infelizmente, ao contrário daquelas duas possíveis obras-primas, SNE dá umas deslizadas; na altura exata dos 42 minutos, o filme consegue cometer um duplo suicídio simplesmente vergonhoso. Admito que, assim que isso ocorreu, tive que pausar o negócio durante uns 15 minutos, e foi muito difícil voltar a dar play. Afinal, foi um daqueles momentos tipo os 10 minutos finais d'A Hora do Pesadelo original, em que um filme está claramente chamando o espectador de imbecil. E, além disso, os instantes finais de SNE também possuem uns problemas no roteiro que são tarefa árdua de engolir.
Ainda assim, SNE provavelmente é um bom filme. Talvez até seja um filme realmente bom. Mas é preciso fazer certas concessões e aceitar certos comportamentos de alguns de seus personagens, para poder realmente comprar a ideia do longa e embarcar nessa viagem nada glamourosa a Europa. Bem, é como diria o poeta: ''Travelling the world is overrated.''
OK, acabei de fazer tudo possível para não entregar porra nenhuma de spoiler aqui. Que é o que farei, novamente, ao comentar o filme abaixo.
3. SCREAM 6
Eis o título que eu tinha em mente para um post isolado dessa bobagem cinematográfica:
''PARTIAL MASSACRE = PÂNICO 6 / SCREAM 6 (2023), Mais um Capítulo Pega-Trouxa Dessa Franquia Extremamente Problemática, Que Trata o Espectador como Otário - Co-Estrelando Gio ''Sadymasoquista'' Mendes e Valter ''Trutão da Morgana Dark'' Jr.''
Como ainda pretendo fazer um post próprio e extremamente detalhado de Pânico 6, farei agora apenas uma breve observação sobre o filme.
Apesar de termos conseguido meia-entrada de R$ 10, mostrando comprovantes de trabalho, ainda assim me senti roubado e um perfeito otário por comprar ingresso para Pânico 6. Ainda pior é pensar que contribuí com a bilheteria mundial dessa porra, algo que provavelmente me deixará mal para o resto da vida, tendo que fazer terapia constante para superar tal trauma. Mas, para compensar, posso te garantir uma coisa: eu NUNCA MAIS assistirei filme nenhum dessa franquia do caralho no circuito comercial. Afinal, Pânico é uma espécie de Cunts N Posers do cinema slasher: algo extremamente superestimado que, definitivamente, não justifica todo o seu hype.
Até admito que o trailer disso conseguiu vender bem o filme: a proposta de ambientar a saga de Ghostface na cidade grande (Nova York, no caso), a ideia do GF da vez eventualmente usar arma de fogo e a masca enferrujada do mesmo nos passaram uma promessa de algum frescor; de algo minimamente diferente dessa vez.
MAS NÃO SE ENGANEM.
Essa porra é dirigida pela tal Radio Silence, uma dupla de palermas que, além de dirigir o que talvez seja o pior segmento do primeiro V/H/S, também estiveram por trás do Pânico anterior - pataquada que já começava tratando o espectador como idiota, ao revelar que a Tara não havia sido morta na cena de abertura. (É, como respeitar uma franquia slasher em que seres humanos comuns sobrevivem de boa trocentas lesões cabulosas diferentes, como se fossem o Michael Myers ou o Jason... FUCK THIS FRANCHISE, como uma personagem do próprio Pânico 6 diz numa cena.)
E, apesar daquele trailer promissor, o que nós temos em Pânico 6 é mais do mesmo: um slasher seguro e covarde, que repete diversos vícios e falhas vistos nos filmes anteriores dessa franquia absurdamente problemática, com os fãs mais retardados das galáxias, que consideram hacks como Kevin Williamson e Wes Craven gênios visionários.
Na realidade, a franquia Pânico, até hoje, só teve três cenas ousadas: a abertura do primeiro filme (e é melhor você aproveitar bem aquela intro, porque tudo que virá a seguir na cinessérie ficará muito abaixo daquilo), a sequência do parque no segundo e a cena do hospital no quinto. De resto, é uma espécie de mistura de Malhação com Stranger Fags, com tantas coisas vergonhosas que eu poderia ficar até amanhã descendo a lenha.
Pois bem. Por enquanto é isso, mas eu talvez volte para fazer uma análise bem longa e detalhada de Pinico 6. Tem muiiiiiito mais para ser dito dessa palhaçada.
PS: Após a sessão, eu e o Gio estávamos na estação de metrô conversando. Aí ouvimos uma voz muito próxima e estranha vindo de trás da gente, dizendo umas coisas desconexas e incompreensíveis tipo o paperboy lá do filme do Victor Salva (A Vila do Medo, AKA Rosewood Lane). Quando viramos para trás, não tinha absolutamente ninguém por perto. Foi estranho pra caralho e muito mais assustador do que o sexto Pânico e as presepadas do Ghostface.
4. FOFINHO: UNDERHARD
No último FDS estive no Fofinho para conferir covers de Def Leppard, Ratt (fazendo sua estreia no local) e Motley Crue. E aí você percebe que tem algo de errado quando bandas covers apresentam setlists mais interessantes do que as originais, já que esses tributos a Def Lep e Motley mostraram repertórios superiores ao das bandas verdadeiras no show comentado no post anterior.
Esse do Leppard Cover foi inacreditável, já que a única música esculhambada foi a horrorosa Love Bites. Mas, de resto, nem pude acreditar: teve simplesmente ROCK BRIGADE e STAGEFRIGHT e ACTION! NOT WORDS. Incrível.
O cover de Ratt também mandou muito bem, com um set de 12 canções. Senti falta de Dance e One Step Away, mas, dessa dúzia de músicas, só uma eu não curto muito: Lovin' You Is a Dirty Job.
E esse cover de Motley, novamente, entregou um setlist batido e previsível, inspirado no show do MC verdadeiro do Allianz Parque - uma péssima ideia, convenhamos. Mas, pelo menos, adicionaram Take Me to the Top e Ten Seconds to Love ao set.
E, na discotecagem, milagrosamente tocaram a minha amada Down Boys do Warrant. É a quarta canção do Warrant que escuto em discotecagem de evento farofa, após Uncle Tom's Cabin (que o Regis Tadeu já disse achar uma das músicas mais espetaculares de hard-glam de todos os tempos - e é mesmo), a balada mais ou menos Sometimes She Cries e a deprimente Cherry Pie - a canção que ajudou a levar o saudoso Jani Lane ao suicídio através da bebedeira.
5. CURIOSO TRECHO DE VÍDEO DO RMH
https://www.youtube.com/watch?v=OLvyMi4_Z2o
Falando em hard rock e coisas do tipo, recomendo uma verificada no vídeo acima, na marca dos 18 minutos e 5 segundos até 19 minutos e 26 segundos. Prefiro só falar isso. Eu pelo menos achei bastante inusitado e revelador. (...) OK, por hoje é tudo.