segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Primeiro Garimpo de 2021 e Aniversário de um Ano dos Garimpos com o Mr. Dado + Material Bônus (Incluindo Pitacos Sobre a Vez Que o Emocore Nocauteou o Homo-Morcego - Chupa, Otário da DC)




 

Na penúltima Sexta, dia 15 de Janeiro de 2021, completou um ano que eu e o Gabriel Caroccia (pseudônimo do Mr. Dado), fizemos nosso primeiro rolê-garimpo juntos, que culminou nas minhas aquisições dos singles Daisuki! e Wind Prism, ambos da Ryoko Hirosue.

 

Aí, para celebrar essa data, nós fomos ''em algum lugar'' de SP fuçar 4 endereços sebísticos atrás de itens colecionistas.

 

E eis que, logo no primeiro deles, nós localizamos dois clássicos do metal mundial em CD: Rust in Peace, nacional (1990, quarto álbum do Megadeth, antes de cair ladeira abaixo e virar Megaidético), e Keeper of the Seven Keys 1, importado (1987, segundo álbum do Helloween, antes de virar uma pataquada e tanto, e mudar de nome para Raléween). Peguei o MD para mim, enquanto o Helloween foi pro GC. Com esse CD, o meu nono (!) do MD, completei a fase deles que me interessa, que vai do debut Killing Is My Business... And Business Is Good! (1985) até o Cryptic Writings (1997). Além desses sete álbuns de estúdio, também possuo dois bootlegs WTF da banda, que são dois acústicos (!) na Argentina. Já o Keeper 1 do GC possui as clássicas Halloween, Little Time, I'm Alive (a minha favorita do álbum) e Future World. (E, no caso do MD, as melhores faixas são Tornado of Souls, 5 Magicks, Take No Prisoners, a dupla de singles Holy Wars... The Punishment Due / Hangar 18, e também Lucretia - que não tem nada a ver com as Irmãs de Caridade. A canção mais famosa do disco talvez seja mesmo Hangar 18, aparentemente sobre alienígenas, mas mais centrada em falar do quanto o governo americano mente all the fucking time. Destaque para a parte esculhambando a inteligência militar: ''inteligência militar, duas palavras que, juntas, não fazem sentido algum''. É, Dave Mustaine já foi bom um dia.)

 

Outro CD lá encontrado que vale a pena citar foi o Born to Die, gringão, da Lana Dá o Rêgo, oops, quero dizer, Lana Del Rey. Como já tenho a edição nacional e estou satisfeito com ela, o deixei passar. É sim um álbum fortemente recomendado pelo blog 7 Noites em Claro. Afinal, por mais que a Lana seja uma mala insuportável em ocasiões diversas, e esteja mais decadente do que o Nazi ''Bozominion Arrependido''Moura, devo admitir que esse disco tem umas coisas boas pra caralho: Carmen (a melhor canção da carreira dela), Blue Jeans, Video Games, Radio, This Is What Makes Us Girls... Esse álbum e o EP Paradise são os únicos pontos altos da carreira dessa mina - que, a seguir, passou a se repetir até a exaustão, até se tornar uma versão trintona, derradeira e poser da Billie Eilish. RIP Lana.

 

No mesmo sebo o GC também adquiriu mais algumas coisinhas em CD - sempre importados, já que o Mr. Dado é o cara que mais odeia edições nacionais. São eles: Exposé - What You Don't Know, Sade - Promise e Steve Winwood - Back in the High Life.


Saindo de lá, fomos num outro sebo, ali do lado, onde eu não peguei porra nenhuma. Já o GC pegou mais um da Anita Baker: Giving You the Best That I Got.


Já num sebo praticamente colado a esse, onde fomos em seguida, encontrei de cara o Blu-ray americano do filme Remember Me (Lembranças), com o Robert Pattinson no papel principal. (Mais famoso como o vampiremo da saga Crepúsculo, Pattinson queimará o filme em definitivo agora que viverá o Batmerda, num filme que, por mim, será melhor se nunca estrear mesmo. Afinal, quando se trata do namorado do Robiba, não importa quem são os atores ou o diretor, que a certeza é sempre a mesma: o filme será um lixão de marca maior.)


No mesmo sebo, acabei adquirindo também o Frogstomp do Silverchair, gringaço, que possui a melhor canção da banda: PURE MASSACRE.


Já o GC comprou uma caralhada de CD nesse sebo: Alanis Morissette - Jagged Little Pill, Debbie Gibson - Anything Is Possible (possivelmente autografado pela mesma - digo ''possivelmente'' porque sempre fico com o pé atrás se tratando de autógrafos encontrados em sebos e afins), Dire Straits - Brothers in Arms, Natalie Imbruglia - Left of the Middle, Pantera - Cowboys from Hell e Rick Astley - Whenever You Need Somebody.


Saindo desse sebo, nós fomos na melhor fonte de garimpo do dia. Ao entrar nesse lugar, logo perto da porta, já avistei duas grandes pilhas de NMEs (New Musical Express), icônica revista musical britânica. E fuçando uma por uma, eis que encontrei não uma, não duas, não três, mas sim QUATRO edições com The Vines na capa. Não adianta: 2021 nem começou direito e já é o ano da banda. Primeiro foi o GC conseguindo as edições europeias dos discos Winning Days e Vision Valley e, agora, eis que trombo essas preciosidades do caralho, com informações riquíssimas sobre o auge comercial da banda.


Na realidade, exatamente uma década atrás, no comecinho de 2011, havia um sebo da Luz que estava abastecido com uma quantidade absurda de NMEs, possivelmente todas as edições lançadas entre 2002 e 2007. E até tinha também  essas edições com a banda do Crazy Nicholls na capa, mas, como eu não era tão chegado assim neles naquele momento (gostava da banda e a achava bem legal, mas ainda não era fã), as deixei para trás naquela ocasião. E, naquele extinto sebo, as NMEs custavam 3 reais cada... Daí 2 reais cada... Daí 1 real cada. E, logo antes de tudo ir pro saco, estavam custando míseros 50 centavos cada. Inacreditável. Comprei na época umas 30+ edições, dando prioridade aos números falando de Yeah Yeah Yeahs, já que eu estava muito obcecado com a vocalista sul-coreana Karen O naquele período. E, num vacilo épico, deixei passar essas edições com The Vines na capa - que, nesse sebo do relato agora, custavam 15 reais cada.


Aí fiz o seguinte: peguei duas notas de R$ 20 da carteira, escondi o dinheiro pros sandubas e pro sorvete, e batalhei como louco pra conseguir que me vendessem cada uma das revistas por 10 mangos. O GC tá de prova de que foi uma guerra e tanto pra convencê-los a me fazer esse desconto de 20 reais. Foi foda, mas deu certo no final. (E sim, eu sei que elas valem R$ 15 e até mais por edição, mas fiquei com dó de pagar mais de 10 pilas por número quando lembrei que, no passado, eu poderia ter pego cada uma dessas edições por 1 a 3 reais.)


Nesse mesmo sebo o GC pegou ainda o Indelibly Stamped do Supertramp e o Burning Blue Soul do The The.


Saldos do garimpo:

TITIO MARCIO

Blu-ray Remember Me (importado, R$ 10)

CD Megadeth: Rust in Peace (nacional, R$ 10)

CD Silverchair: Frogstomp (importado, R$ 10)

Revista NME com The Vines na capa: Junho de 2002 (R$ 10)

Revista NME com The Vines na capa: Julho de 2002 (R$ 10)

Revista NME com The Vines na capa: Fevereiro de 2003 (R$ 10)

Revista NME com The Vines na capa: Fevereiro de 2004 (R$ 10)

MR. DADO

- Exposé - What You Don’t Know (10)

- Helloween - Keeper of the Seven Keys Part I (12)

- Sade - Promise (10)

- Steve Winwood - Back in the High Life (10)

(...)

- Anita Baker - Giving You The Best That I Got (5)

(...)

- Alanis Morissette - Jagged Little Pill (5)

- Debbie Gibson - Anything Is Possible (5)

- Dire Straits - Brothers in Arms (5)

- Natalie Imbruglia - Left of the Middle (5)

- Pantera - Cowboys From Hell (10)

- Rick Astley - Whenever You Need Somebody (12)

(...)

- The The - Burning Blue Soul (25)

- Supertramp - Indelibly Stamped (24)

Observação do GC: ''Todos os CDs são USA, exceto Dire Straits (capa USA, CD francês).''

 

E

A

S

T

E

R


E

G

G


Pitacos Sobre as 4 NMEs em Questão


Os dizeres nas capas dessas 4 NMEs:

 

''Burgers! Bong hits! Breakdowns! The Vines: The Screwed-Up Story of the Best Band Since Nirvana.''


''Celebrity Fans, Awesome Gigs and a Brillant Album. The Vines: No Wonder Everyone Wants to Shag Craig Nicholls!''


''The Vines Kick Off! 7 Days of Total Gig Mayhem! That Bust-Up with NME! Their Mind-Blowing New Track!''


''World Exclusive Comeback Interview! The Boy Who Fell to Earth: How Drugs, Booze and Groupies Nearly Destroyed The Vines.''


Uma coisa que precisa ser dita é que a banda australiana estava muito, muito, MUITO hypada nessa época. E essas 4 NMEs ilustram bem isso: The Vines vinha sendo elogiado por David Bowie, Manic Street Preachers, Oasis, Lou Reed e outros, e a NME até apostava que eles seriam maiores do que Nickelback e até mesmo U2!!!


Mas é claro que a absoluta insanidade e falta de profissionalismo do vocalista-guitarrista Craig Nicholls fez com que eles se tornassem cada vez menos famosos do terceiro disco adiante. Crazy Craig é um caso perdido: autista maconheiro que, simplesmente, saía agredindo todos ao seu redor (verbalmente e fisicamente), literalmente quebrava tudo a sua volta e tinha o maior prazer de cometer suicídios comerciais sempre que pintasse a chance - seja xingar o presidente da sua própria gravadora (''GET THIS CUNT OFF MY BUS'') ou arrebentar com tudo (incluindo cenários, equipamentos e seus parceiros de banda), inclusive nas ocasiões que o grupo tocou nos maiores talk shows dos EUA e Reino Unido. Em outras palavras, um doido varrido mucho, mucho loco que, ao invés de estar preso a uma camisa de força, estava liderando uma banda de rock.


Sem contar que The Vines é uma banda que passou muito tempo no underground (foram meros Joe Nobodies de 1994 a 2000, até que em 2001 as coisas começaram a mudar e, no ano seguinte, viraram rockstars), e não souberam lidar bem com a fama. Como bem apontaram em uma dessas edições: ''Patrick (Matthews, baixista) ficou louco por bebidas, Ryan (Griffiths, o outro guitarrista) ficou louco por drogas, Hamish (Rosser, baterista) ficou louco por sexo, e o Craig é simplesmente louco por natureza.''


Inclusive, a NME até suspeitava de que o Craig bateria as botas a qualquer instante, e até deu o conselho: ''É melhor vê-los ao vivo agora. Você pode não ter outra chance.'' Todos achavam mesmo que os caras não iriam durar muito...


Fora The Vines, tem algumas outras coisinhas interessantes nessas NMEs também.


Uma delas é o relato de quando o Jimmy Eat World (a banda responsável por levar o emo ao mainstream, e que possui um dos piores nomes de banda ever), acidentalmente, quase matou o Val Kilmer (que fez o personagem-título em Batmerda no Forévis) durante uma apresentação em talk show. Bem, essa foi então a vez em que o emocore nocauteou em cheio um dos mais patéticos personagens da cultura pop, o playboy multi-milionário e homossexual reprimido que luta pelos fracos e oprimidos.


Também teve uma pequena informação sobre um tal Gary Matthus, ex-integrante do The Libertines que teria se juntado ao Taliban. A banda até fez uma referência a isso na canção What a Waster.


E foi bem curioso ver dois anúncios de shows duma banda qualquer aí chamada Parva. Alguns anos depois eles fariam muito sucesso sob o nome Kaiser Chiefs.


Igualmente curioso foi ver a revista malhar o single Beauty on the Fire da Natalie Imbruglia, e também ver uma matéria sobre o The Used no auge. É claro que o vocalista Bert McCracken fica puto quando perguntam pra ele sobre a Kelly Osbourne. Aliás, nunca vou entender como um cara que, nessa época, era um puta rockstar fodão, com uma das melhores bandas emo do período, foi perder tempo e se queimar namorando uma balofa nojenta e asquerosa. Vai entender. (Pouco tempo depois, Bert teria um caso com o Gerard Way, vocalista do Bi Chemical Romance - o que certamente enfureceu e muito o Frank Iero, guitarrista do MCR e eterno amante do Gerard. Mas chega desse momento ''Revista Caras Versão LGBTQWhatever+'' nessa porra.)


Bem, nos vemos agora no próximo relato, após o próximo rolê-garimpo que eu e o Dado faremos nesse próximo fim de semana. Será a minha primeira busca ever por itens do Berlin, que, tirando aquela canção xaropeta do Top Gun (o único grande hit deles) e mais uma ou outra faixa esculhambada (como a chatérrima Torture e a vergonhosa Sex, I'm a..., além de algumas coisas do estranho debut da banda, que contava com outra vocalista), é uma banda sensacional. Diria até que estou me apaixonando profundamente por essa banda, e com certeza absoluta já é a minha banda favorita entre os grupos com nome de cidade-estado-país-continente.








sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

TITIO MARCIO GOES TO HELL! Dobradinha de Atrocidades Nipônicas Underground de 1995 = Concrete-Encased High School Girl Murder Case + Toriko: Eyes of the Rapist


 

 

Nada mais do que uma dobradinha de desgraças japas retardadas feitas diretamente para vídeo na metade da década de 90. Ambos são arquivos ripados de VHS e sem legendas, de produções sexploitation totalmente obscuras que, ao que tudo indica, só foram lançadas no Japão mesmo.

 

Concrete tem a direção do doente mental Katsuya Matsumura, o mesmo fugitivo do hospício responsável pela franquia psicótica All Night Long (ou Ooru Naito Rongu), que, de 1992 até aqui, rendeu seis longas-metragens terminantemente insanos, feitos por e para psicopatas.

 

Utilizando a técnica do ''docudrama'' (a mesma de outra barbaridade oriental, o clássico Men Behind the Sun, lançado em VHS pela Ameriquinha como Campo 731: Bactérias: A Maldade Humana), Concrete aborda uma história para lá de tenebrosa que chocou o Japão: em 1989, um grupo de jovens desordeiros psicóticos, scumbags nível extra hard, sequestrou uma japinha adolescente, com o intuito de ''estrupar'' e maltratar a coitada. Quer dizer, vai saber se chocou mesmo: como tem uma caralhada de delinquente psycho na Terra do Sol Nascente, vai saber se os féllas ainda se chocam com alguma coisa... (Se bem que nada é mais grave do que uma nação que escolhe o Bozo para presidente.)

 

Concrete é um filme para lá de repetitivo, e só agradará públicos BEM seletos. Nada mais do que uma aberração doentia e sem história que limita-se a mostrar a pobre coitada sendo estuprada e torturada durante o filme inteiro. Diria que essa porra extrema é uma versão ainda mais psicologicamente lesada do que a franquia All Night Long. Ou seja, só para sádicos terminais.

 

Já Toriko é uma espécie de slasher erótico (WTF), com um vilão que foi possivelmente inspirado no patético Dork Viader (AKA Darth Vader), ridículo personagem da deplorável franquia das putas nas estrelas - lixão mainstream idolatrado por 10 entre 10 arrombados infelizes viciados em porcarias da cultura pop. Esse serial-stalker/serial-rapist/serial-killer/serial-necrophile tem como hobby atacar, ''estrupar'' (outro) e assassinar (e, às vezes, ''necrofilar'' também) pobres incautas japinhas Japão afora.

 

Toriko é bem melhor que Concrete. Possui uma atmosfera legal e uma direção superior, investindo em boas situações de suspense. Não é aquela porra repetitiva que é o Concrete e, apesar de ser mais longo, Toriko é mais ágil e interessante, e até dá a impressão de ser mais curto.

 

Concrete ** 1/2 (2.5 de 5)


Toriko *** 1/2 (3.5 de 5)


No mais, a tragédia real que inspirou Concrete geraria mais outros dois filmes, um em 1997 e outro em 2004. E Toriko acabou virando uma trilogia, com duas sequências - ainda mais desconhecidas - do mesmo diretor Masahide Kuwabara e também de 1995. E, após essa dobradinha abordada no post, fica a grande dúvida: entre esses dois sexploitations made in Japan e o nosso ''orgulho nacional'' Experiências Sexuais de um Cavalo, qual dessas atrocidades cinematográficas será que possui o maior número de estupros?




sábado, 9 de janeiro de 2021

A HORA DO REACT RELÂMPAGO = Alex Gouveia (Relíquias do Terror) Revela em Vídeo Sua Coleção de Blu-rays


 

https://www.youtube.com/watch?v=CRBA_V8xwQ0

 

Resolvi fazer esse react relâmpago ao novo vídeo do Relíquias do Terror: VHS, canal do Your Toba do brother Alex Gouveia. Alex esse que, muito recentemente, foi pentelhado pelo Albino ''COVID-19 do VHS'' Albertim no What's Up the Ass, graças a um vacilo mór dos moderadores que não baniram imediatamente a presença desse que é o pior participante de todas as temporadas do Big VHS Brother Brasil. Bola fora total dos senhores moderadores, que permitiram que o sujeito mais queimado do BBB VHS (até mais queimado do que o Sick Fuck e o Roqueiro Anônimo), que já prejudicou literalmente dezenas e mais dezenas de colecionadores de filmes ao redor do Brasil, pudesse ficar tirando sarro dos outros nesse grupo dessa rede social.


Então, resolvi fazer esse react por dois motivos. Primeiro porque o meu comentário no vídeo do Alex provavelmente ficaria gigantesco mesmo, e segundo porque eu estava mesmo precisando duma desculpa para mostrar todas as minhas aquisições de BD feitas durante a quarentena. Além dessas mostradas no final do post (separadas em três seções: BDs nacionais, BDs importados convencionais e BDs importados XXX), teve também o pedido do ainda não lançado Morto Não Fala, que admito ter sido um tiro no escuro. Afinal de contas, pegar coisa da Versátil Hype Vídeo em pré-venda pode se revelar uma grande decepção, já que esses são os mesmos caras que foderam as transfers d'O Enigma de Outro Mundo e, principalmente, de Cidade dos Sonhos - ambos clássicos disponíveis em boxes para lá de bagunçados, diga-se de passagem.


Mas ei, esse post aqui é para falar do último vídeo do Alex, então vamos lá.

 

Bem, para começar o react, devo dizer que essa camiseta do Armadilha para Turistas é simplesmente animal. Quem dera encontrar camisetas fodásticas assim aqui na Bozolândia. Por aqui só se encontra camisetas de coisas batidas como Evil Dead e afins, e as coisas mais fora da curva que podemos encontrar é Zombie do Fulci e Canibal Holocausto (que os noobies insistem em dizer que é o filme mais controverso na história - quando, na verdade, não é nem de longe o filme mais controverso feito por um diretor italiano).

 

E eu também me aposentei em definitivo das compras de DVDs. Como declarei lá na minha entrevista ao Fora de Sintonia, o DVD não possui nem a nostalmagia do VHS e nem a qualidade técnica do Blu-ray. Não faz mais nenhum sentido comprar DVD, um Blu-ray bastante inferior. Inclusive, até rips integrais de DVD, DVDs ''alternativos'' e downloads fazem muito mais sentido do que DVDs originais. R.I.P. DVD.

 

Agora, sobre isso de tentar manter o foco na coleção de BDs, e só pegar coisas que façam muito sentido, nas edições corretas e tal... Bem, posso dizer que foi assim que eu comecei no BD, com esse tipo de foco e mentalidade. Mas, em algum momento, comecei a vacilar e ferrar tudo, pegando alguns casos de filmes errados e edições frustrantes - incluindo aí um caso de filme péssimo em edição péssima, que é Lola (LOL), uma atrocidade indizível e indefensável estrelada pela minha outrora adorada musa Miley Cyrus.

 

Portanto, acho que só conseguirei realmente focar em ter uma coleção realmente adequada de mídia física no dia em que eu iniciar a minha coleção em Blu-ray 4K, A.K.A. Ultra-HD. Isso é, se é que um dia eu realmente começarei uma coleção nesse formato... (A Obras-Primas do Cinema, a melhorzinha das distribuidoras nacionais, tá com um papo aí de que lançará o primeiro 4K brasileiro nesse ano de 2021.)

 

Caralho, eu devo ter algum tipo de doença ou alguma porra assim, nessa necessidade de falar tanto. Enfim, vamos comentar os BDs da coleção do Alex agora.

 

LEPRECHAUN RETURNS

 

Lembro do Paul (The Analog Archivist), uma espécie de Titio Marcio do BBB VHS dos EUA (já que vive se envolvendo em ''Cãofusão'' por denunciar os queimados entre os colecionadores americanos de VHS, além de criticar fortemente as pisadas de bola das distribuidores de home video), falar sobre a coleção em BD dos seis primeiros filmes dessa franquia sem noção. Inclusive, se não me engano, parece que não é possível mostrar um material de arquivo minimamente interessante do primeiro filme por causa dos advogados da Jennifer Aniston atrapalhando a bagaça toda. É algo parecido com o que aconteceu com o material extra do quarto O Massacre da Serra Elétrica, em que os envolvidos no material bônus não puderam entrar muito em detalhes sobre as participações dos dois protagonistas então totalmente desconhecidos.


EVIL DEAD 2: DEAD BY DAWN X2


Queria muito ter um BD do segundo Evil Dead, o último exemplar digno dessa saga - já que Army of Dorkness, Ash Vs. Evil Dead e o remake não representam o nome EVIL DEAD nem fodendo e tem mais é que se foder. R.I.P. Sam Raimi.


DEATH SPA


Esse é da série ''filmes que jamais saíram em BD no Brasil''. Uma pena que só coisas batidas e não arriscadas são lançadas no Brasil em BD - às vezes nem isso, e às vezes apenas porcamente lançadas. (Se bem que até existem sim alguns casos de BDs brasileiros WTF, tipo Jogos de Guerra, filme italiano na linha survival, e Bullying: Provocações sem Limites, drama barra pesada da Espanha que disputa com o Mártires original o título de filme mais brutal, extremo e perturbador já feito.)


THE TEXAS CHAINSAW MASSACRE


Continuando o tema acima, é incrível como, até quando lançam as coisas aqui em ''Rai-azul'', as distribuidoras locais dão um jeito de estragar tudo. Lançaram um box TCM aqui que conta com os dois primeiros filmes em BD (os únicos dois da franquia que eu compraria em BD) junto do terceiro e do quarto em DVD. Retardadice nível extra hard total. Como disse, eu teria sim os dois primeiros em BD, mas não possuo nenhum interesse em pegar os outros dois em DVD. Puta box nonsense total.


THE BARN


Não conhecia esse slasher. Linnea Quigley era gata demais nos anos 80 e 90. Aquele vídeo workout dela é maravilhoso. Eles acertaram perfeitamente ao deixá-la sozinha e acompanhada de outras gostosas nesse workout, ao invés dos vídeos workout da Traci Lords e da Dua Lipa, em que os caras BURROS PRA CARALHO tiveram a ''brilhante'' ideia de colocá-las ao lado de viados malas que estão lá para atrapalhar o rolê.


PAGANINI HORROR


Essa edição é maravilhosa, puta que pariu. Aí eu vejo as coisas que são lançadas aqui, tipo Palhaços Assassinos em BD pirata, e me dá vontade de cortar os pulsos. E sem contar que essa edição aí do PH ainda vem com a trilha sonora, que dá todo um ar de ilegalidade no ar, hahahahaha. Afinal, ela simplesmente chupa canções do Bon Jovi e do ELO (Electric Light Orchestra) na maior cara de pau. Puta trasheira divertida numa puta edição foda. Sobre os estojos de outras cores, tem uma loja aqui em SP que os vende - até já comprei alguns de cores variadas.


PHANTASM

 

Apesar de não possuir essa edição, eu já o assisti sim  nesse BD. É uma belíssima transfer. Inclusive, até fiz aqui no 7NEC um post sobre essa sessão, dentro da Virada Cultural de 2017 - cujo maior destaque ocorreu quando Titio Marcio presenciou um fã de Harry Potter mandando os fãs de $tar War$ tomar no olho do cu. (Óbvio que virei pra ele e disse ''concordo''.)

 

HAPPY BIRTHDAY TO ME

 

É engraçado que umas duas semanas atrás, mais ou menos, descobri que esse filme se chamou Aniversário Macabro em Portugal. Curioso isso: Aniversário Macabro no Brasil é o The Last House on the Left (há quem diga que essa porra também chegou aqui de alguma forma como A Última Casa da Esquerda), enquanto em Portugal é o ''nosso'' Feliz Aniversário para Mim. Bem, apesar de não gostar desse slasher (longo demais, protagonista mala, conclusão meio xarope), acho que eu o teria sim nessa edição aí em BD. Afinal, os slashers em geral - até os ruins - possuem todo um charme especial em BD. E essa apresentação VHS style é sensacional também. (PS: Alex, se possível, me diz aí o que você acha do outro slasher desse diretor, o 10 Minutos para Morrer, com o Charles Bronson, e também o travecão do Parceiros da Noite fazendo um serial-killer que mata suas vítimas pelado. E é interessante que esse mesmo cara também dirigiu O Olho do Diabo, um dos filmes que mais teriam servido de inspiração pro Kubrick fazer De Olhos Bem Fechados. ''O Diabo de Olhos bem Fechados'', hehehe.)

 

NIGHTMARE BEACH

 

Outra edição fodástica para nos matar de inveja. Alex, não sei se tu os viu, mas me lembro de assistir dois gialli interessantes que também contam com um motoqueiro serial-killer: O Que Eles Fizeram a Suas Filhas? (segunda parte duma trilogia que também conta com Solange, AKA O Que Vocês Fizeram com Solange?, e Enigma Rosso - um dos trocentos filmes de suspense e/ou terror que também se chamaram Trauma) e Strip Nude for Your Killer. Mas, de qualquer forma, A Praia do Pesadelo é o mais divertido dessa trinca de filmes. E, é claro, assim como Turnê Assassina e O Mistério no Colégio Brasil, sigo tentando te conseguir a VHS d'A Praia do Pesadelo, para poder te agradecer à altura por você me ter conseguido aquele single da Jeans. Não sei se conseguirei alguma dessas fitas algum dia, mas, até lá, seguirei procurando por elas.


VISIBLE SCARS.


Esse admito que nunca ouvi falar.


HORROR COLLECTION


Pô Alex, nos diz aí quais são os filmes dessa coleção :)


HELLRAISER: RENASCIDO DO INFERNO


Esse eu deixei passar por ser da TrashStar. Mas adoraria ter uma edição OK desse filme no formato. As distribuidoras brasileiras tão vacilando nesse quesito. Aliás, vacilar é a grande especialidade delas.


O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: A LENDA CONTINUA


Até acho esse filme um guilty pleasure engraçado e divertido. No elenco tem a ultra-gostosa Alexandre Daddario (acho que é esse o nome da filha da puta) e o ''primo negão'' do Guitardo Songs, um rapper aí chamado Trey Songs. Curiosamente, esse Texas Chainsaw 3D até teve uma edição bacana no Brasil, através daquele box via Europa Vídeo.


HALLOWEEN (2018)


Cara, odeio esse filme e nem o comentarei além disso :) Os únicos Halloween que realmente contam para mim, assim como os únicos que eu teria em BD, são o 1, o 2 e o H20 - que formam uma excelente trilogia. (Aliás, até hoje devo o post definitivo sobre o H20, o filme mais nostálgico da minha vida, e que possui relações com coisas bastante inusitadas: histórias do passado, começo no terror, começo no colecionismo de VHS, ligações com o MCR - que gravou o The Black Parade na mesma mansão supostamente assombrada que serviu como a escola do filme - e muito, muito mais. Sei lá, acho que até dá pra dividir a minha vida entre antes e depois do Halloween H20. Daria facilmente para fazer um documentário ''H20 and Me'', sobre a presença desse filme na minha vida e as histórias acerca disso tudo.)


IT: CHAPTER 2


Cara, a única coisa que direi sobre ''isso'' é que se trata de um dos piores filmes que assisti na minha vida inteira. O original de 1990 já era problemático, e o It de 2017 já era uma mega-bomba, mas isso daí... Cara, eu nem tenho palavras para descrever a ruindade disso. Aquela overdose de efeitos de CGI lá pro final me fizeram desejar a morte do diretor. Aliás, esse imbecil já deveria ter sido impedido de continuar fazendo filmes lá atrás, quando ele fez aquele lixo de Mama.


FRIDAY THE 13TH COLLECTION X8


Ainda pretendo ter os 4 primeiros - os melhores para mim - em BD

 

PET SEMATARY REMAKE

 

Até curti esse remake e, talvez, o teria no formato. Já as cópias digitais deveriam ser abolidas em definitivo: nos fazem gastar dinheiro a mais num disco inútil.

 

THE SLAYER

 

Opa, aí sim. Esse diretor, JS Cardone, ainda fez dois road-movies bacanas de suspense nos anos 90, Black Day, Blue Night (de 93) e Outside Ozone (de 97 ou 98). Não lembro os títulos nacionais deles - tô fazendo esse post todo sem pesquisar nada e me deixando levar somente pela espontaneidade e empolgação. E, sobre o The Slayer em si, tô para passar a minha VHS em repeteco dele pro Gabriel Caroccia logo em breve, numa negociação, quando fizermos o nosso primeiro rolê em parceria de 2021.

 

BLOOD RAGE

 

Fico imaginando o prazer de assistir esse slasher ultra gorezento em alta definição. Por aqui, em formato digital, saiu apenas no broxante DVD da Vexátil.

 

THE MUTILATOR

 

Outra belíssima edição da Arrow.

 

DEMON WIND

 

''Vin Syn'' é outra distribuidora foda, e uma das primeiríssimas indie (junto da Synapse nos EUA e da Umbrella na terra do The Vines e da Natalie Imruglia, AKA Cangurulândia, AKA Austrália) a lançar coisa no formato 4K UHD. Já a VHS desse filme eu deixei o Sick Fuck pegar na minha frente. (Sim, Titio Marcio deve ser o único infeliz desse meio do VHS que teve o ''grande prazer'' de conhecer tanto o Albino quanto o Rafael Jader ao vivo e em cores. Sei lá qual dos dois é o sociopata mais perigoso desse meio. Quer dizer, sei sim: é o Albino, the worst of the worst.)

 

BLOOD HARVEST

 

Lembro de assistir esse slasher em 2013 e não gostar dele, apesar do palhaço simpático (interpretado pelo Tiny Tim, um sujeito que se considerava um dos precursores do rock N roll, e dizia já ter cabelo grande antes mesmo dos Beatles e Stones) e da protagonista gostosa pra caralho.

 

SHIVERS

 

Esse saiu aqui num box bagunçado - novidade - da Vexátil. Eu o teria assim, solo, numa edição caprichada.

 

THE BURNING

 

Esse bem que poderia sair aqui, já que é um título de forte apelo popular mesmo no Brasil: um clássico do VHS e da TV Aberta (Sistema Bozo de Televisão). Mas esperar o que das distribuidoras vacilonas daqui...

 

SLEEPAWAY CAMP

 

Bem, simplesmente o meu slasher favorito of all time. Nos primórdios do 7NEC até resenhei os 5 filmes Sleepaway: o clássico e imbatível primeiro filme, os divertidos 2 e 3, o incompleto The Survivor e o deplorável Return to Sleepaway Camp - uma aberração que não deveria existir e que, para mim, disputa o título de pior slasher já feito com o quinto Halloween. E, Alex, não se arrependa não de não ter pego as sequências em BD. Eu mesmo dificilmente os pegaria: capas meio zoadas, transfers não tão impressionantes assim e o pior de tudo, que é constatar que o terceiro filme continua com cortes mesmo na edição especial em BD. (Na realidade, até possui a workprint sem cortes dentro dos extras, porém com qualidade precária de imagem e a equipe aparecendo durante as cenas.) É, o BD que realmente vale a pena dessa saga é esse do primeiro mesmo. Coisa lindíssima. Amo esse filme até a morte e além. É também o único filme em que a Felissa Rose está bem, e é o precursor dos slashers com pré-adolescentes, tipo #Horror e a versão brasileira desse último, que é o Mate-me Por Favor.

 

THE HOWLING

 

Esse foi anunciado em BD pela Vexátil Hype Vírus. Vamos ver o que eles vão aprontar dessa vez...

 

BEYOND DARKNESS + METAMORPHOSIS

 

Tive a VHS do primeiro mas a perdi pro CoronaVírus do VHS, AKA Albino.

 

HELL NIGHT

 

Nem sou tão fã assim, mas essa arte da luva é uma das minhas capas favoritas de todos os tempos. E, é claro, a Linda Blair tá um tesão nesse filme, novinha e peituda. Da hora demais. E reza a lenda que o Kevin Costner esteve envolvido com esse slasher. No mesmo ano ele fez aquele outro slasher, o igualmente mediano As Sombras São Escuras (Shadows Run Black), lançado em DVD aqui pela Rock Story. Bem... Você gosta do Hell Night, Alex? Fiquei curioso agora.

 

MISERY 


Também teria essa edição da Scream Factory desse Audition muito superior. (Se bem que quase qualquer coisa é superior a Audition, mas beleza.)


Bem, tomara que, agora em 2021, o Relíquias tenha pelo menos um vídeo por mês :)


Enfim.


E, como eu disse antes, abaixo deixo todos os meus BDs adquiridos na quarentena, entre Outubro e Dezembro de 2020. Às vezes até é possível encontrar uns BDs gringos maneiros aqui em SP, porém é muito difícil encontrar edições gringas bacanas de filmes dignos feitos até 1999. O The Thing ali é a exceção da vez - e, no passado, consegui também Re-Animator em BD da Image, cheio de extras. (Chupem gostoso, Vexátil, Escrotinental e Cunt Classic. Engulam até as bolas, motherfuckers.)






sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A HORA DO REACT = Impressionante Primeiro Garimpo VHS do Gabriel ''Mr. Dado Group'' Caroccia em 2021


 

O Caroccia começou bem 2021. Logo no primeiro garimpo VHS dele em carreira solo, o GC visitou uma improvável fonte de VHS em que eu não pisei nenhuma mísera vez após o início da quarentena; na verdade, a última vez em que estive lá foi em 2017, e não compro absolutamente nada lá desde 2013.

Uma vez lá dentro, o GC localizou dois filmes italianos de guerra feitos em 1969.

Primeiro foi O Espião Assassino, de Leopoldo Savona, estrelado por um tal Gianni Garko - o protagonista masculino de um filme qualquer aí dos anos 70 chamado Premonição. A VHS é da Elite VP, mas o próprio Mr. Dado me informou de que ela também foi lançada pela Poderosa.

Aí ele trombou Morte de um General (que, de acordo com o IMDB, também se chamou Matem Rommel no Brasil), dirigido por Alfonso Brescia (''Al Bradley''), e lançado aqui pela obscura Sétima Arte - selo do qual possuo A Policial e, se for mesmo deles, Na Rota do Brilho. O Mr. Dado me disse ainda que existe uma outra edição do filme pela mesma Sétima Arte, com a capa algo diferente.

Brescia até que é um diretor mais ou menos cultuado e reconhecido no nosso meio de freaks maníacos por filmes fora da curva e o escambau, mas Savona permanece um tanto obscuro. Dei uma fuçada aí e vi que, entre os poucos créditos dele como diretor, consta um giallo bastante desconhecido: um tal de Death Falls Lightly, de 1972. Seria interessante saber se isso presta ou não... E, nesse mesmo território giallo, Brescia também fez um ou outro exemplar, incluindo o giallo com um dos títulos mais sensacionalistas possíveis: Naked Girl Killed in the Park / Naked Girl Murdered in the Park, do mesmo ano do Death Falls Lightly, 1972. Não faço ideia se os giallo desses dois foram lançados aqui, mas, em Portugal, o Naked Girl se chamou O Homem Que Veio do Passado - vai saber se esse título não é um puta spoiler do caralho, né...

Ambas as fitas saíram por pouquinho mais de 10 Bozos a unidade. Diria que foram sim grandes aquisições por preços muito bem-vindos - principalmente em tempos de leilões surrealistas cobrando três dígitos em fitas não tão boas com capas xerocadas, né?

Anyway, os bons frutos não pararam por aí.

Após garimpar essas fitas nervosas, o GC não se deu por vencido e foi num sebo mais ou menos perto desse (descoberto via Mercenário Livre), para garimpar CDs.

E eis que o lucky bastard vai lá e tromba o Vision Valley, terceiro álbum do The Vines, gringão, por míseros 20 mangos! Incrível. Imagina o preço dessa porra na Galeria do Rock, AKA Galeria dos Lóki? Duvido muito que sairia por menos de 60. Na verdade, os FDPs de lá provavelmente cobrariam três dígitos nessa porra.

O VV importado agora faz companhia ao Highly Evolved (debut da banda), que o GC também possui importado.

E será que isso é um sinal de que é só uma questão de tempo até trombarmos algum dos CDs da banda que não saíram aqui: Melodia, Future Primitive, Wicked Nature e In Miracle Land?

Além do VV, o GC também pegou outros dois CDs importados que não devem ter saído aqui: um do One 2 Many e um do Black. É curioso que ele me disse que a vocalista do One 2 Many é viúva do Black. Bem... A verdade é que nunca tinha ouvido falar desses dois até o GC me contar sobre eles.

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BÔNUS

Eis o meu review faixa-a-faixa do Vision Valley, na íntegra e sem alterações, escrito em 2018 e postado em alguma rede social vagabunda aí em 2019.

(...)

''Esse não é o mundo real. Não é porra nenhuma. As pessoas são cheias de lances. Assim como todos os seus amigos.''

Uma postagem dedicada ao genial Crazy Nicholls e a sua banda de um homem só: The Nirvines. Mais precisamente ao seu injustiçado terceiro álbum, totalmente ignorado pela mídia no seu lançamento. Posso dizer calmamente que JAMAIS vi qualquer um dos seus quatro singles passando na MTV (ou em qualquer outro canal que passe clipes) ou tocando no rádio.

AUTISMO.

DROGAS.

E ROCK N ROLL.

FODENDO O MUNDO E ASSASSINANDO O PLANETA COM O MELHOR DO ROCK AUSTRALIANO....

The Vines: Vision Valley (2006)
Cotação: 9.5 de 10

Asperger up your ass: a altíssima qualidade sonora é mantida no terceiro álbum de estúdio da mais icônica banda do new rock. (Aliás, qual seria o melhor disco do The Vines: Highly Evolved, Winning Days ou VV?)

Após o sucesso mundial do debut Highly Evolved (2002), que, graças as canções Get Free, Outtathaway e a faixa-título (e, em menor escala, Homesick e Factory), colocou The Vines na capa da Rolling Stone americana (a primeira banda australiana a ganhar a capa da revista em mais de duas décadas), da NME e de diversas outras publicações tradicionais, e do sucesso menor Winning Days (2004), eis que a melhor banda Nirvanesca da história retornou, em 2006, com o sensacional Vision Valley.

Com treze faixas e a inclusão em estúdio do baixista Andy Kent (do You Am I, grupo que foi forte influência para o The Vines), VV mostrou ser um disco ainda mais misantropo, sombrio e furioso do que os dois anteriores.

Review faixa por faixa:

1. Anysound (1=55)

''Time hanging around. Been getting me down now, baby, yeah. Show me Anysound. KILL ME NOW - I'M DEAD.''

Uma ótima faixa de abertura, e um dos quatro singles do disco - os outros são Don't Listen to the Radio, Dope Train e Gross Out. Todas essas faixas são excelentes, mas Nothin's Comin', Candy Daze, Fuck Yeh e Futuretarded também dariam grandes singles. Curta e poderosa, Anysound recebeu um carismático clipe em animação. Aliás, apesar de simpáticos, os clipes da banda desse disco adiante não estão a altura dos geniais PVs dos dois primeiros álbuns. (Destaco Get Free, Outtathaway, Ride e Winning Days daquela época. Sendo que Outtathaway é - para mim - o melhor clipe de rock já feito.)

2. Nothin's Comin' (1=59)

''So sick of our human race.''

A melhor faixa do disco, e uma das cinco melhores da carreira do The Vines. A perfeição em sua plenitude, com uma letra que demonstra total desgosto pela humanidade e pela necessidade de viver em sociedade.

3. Candy Daze (1=39)

''Candy Daze are here to stay forever.''

Eis o lado Beatles de Craig Nicholls. Em um certo momento (''And I feel alright...''), dá para jurar que John Lennon voltou dos mortos para fazer uma participação especial no álbum.

4. Vision Valley (2=41)

''Through the Vision Valley, waiting to be found.''

Uma canção mais viajada ao invés de barulhenta, mostrando o interesse de Nicholls por lugares místicos, como ''vales visionários'' e ''terras milagrosas''.

5. Don't Listen to the Radio (2=10)

''Don't listen to the radio. Don't speak upon the telephone. Don't listen to the TV show. GET OUT THE WAY TODAY.''

Uma faixa que revela a influência dos Beach Boys. Já a letra descreve a abominação de Nicholls pela TV, pelo rádio e pelo telefone. Não a toa, Nicholls recusa o uso de computadores e celulares em sua vida pessoal. Apesar de já ter sido preso por ''stalking'' (!!!), podemos afirmar que Nicholls é um completo misantropo antissocial, espumando raiva como um vira-lata faminto - para dizer o mínimo.

6. Gross Out (1=16)

''Alone and tripping out on acid, ageing in your room. I feel so down. Time bring me round.''

Tanto Gross Out quanto seu clipe são puro White Stripes, outra banda icônica dos primórdios do new rock.

7. Take Me Back (2=41)

''Lives are goddamned ruined like the runts.''

A minha canção menos favorita em Vision Valley; porém, ainda assim, de qualidade. Aliás, de tudo que já escutei na música até hoje, The Vines é um caso absolutamente raro: é o ÚNICO grupo / artista que não possui nenhuma música da qual eu desgoste. (Para terem uma ideia, até a MC possui muitas músicas que eu não gosto. Mais de trinta, na verdade.)

8. Going Gone (2=44)

''Anna made the world turn black. Anna made the world turn blue.''

Nesse som um tanto hipnótico, Nicholls cita uma tal Anna - possivelmente alguém que partiu o seu coração. É interessante isso: apesar de letras sem nenhuma conotação sexual de qualquer tipo, volta e meia Nicholls ressurge com letras de tom romântico. Going Gone é outra faixa viajante e psicodélica, mais ou menos na linha da anterior Vision Valley e da posterior Spaceship.

9. Fuck Yeh (1=59)

''This ain't the real world. It ain't a fucking thing. People are full of hurl. And so are all their friends.''

Chega de viagem; vamos voltar ao mundo de Kurt Cobain. Fuck Yeh é uma das melhores faixas de Vision Valley, continuando a tradição de grandes músicas com ''Fuck'' no nome. (O disco anterior, Winning Days, tem a maravilhosa Fuck the World; na minha opinião, a melhor música da banda em toda sua carreira.)

10. Futuretarded (1=46)

''I don't know how the future started. We might as well all be retarded.''

Outra fodástica canção de Vision Valley, bastante anárquica e até engraçada. ''FUTURETARDED! FUTURETARDED! Deep in the jungle or Sahara. FUTURETARDED! FUTURETARDED!'' Hahahahaha.

11. Dope Train (2=36)

''Danger in the hollow. Sewer on the side. Waiting for the morrow. Dope to get you by.''

É hora de embarcar no trem do ''tio Bob''... Como Mary Jane, canção de Highly Evolved, Nicholls volta a declarar o seu amor a maconha. ''Trem do Baseado'' é uma das músicas mais pesadonas do The Vines, mostrando um lado mais metálico da banda, também representado por sons futuros como Black Dragon e Metal Zone - ''metal'' com certeza. Nicholls chegou a se dizer influenciado por death metal durante a tour de Vision Valley, então aí está a explicação. Ahh, e Dope Train é o melhor clipe retirado de VV.

12. Atmos (1=50)

''Out in the atmosphere. Far, far away from here. I hear the sound of you. Telling ya I love you. I really, ''ruley'' do.''

Mais psicodelia de responsa. E trazendo aquela parada romântica de outros momentos do The Vines. Aliás, foi só agora, escrevendo sobre esse disco, que eu realmente percebi essa tendência romântica de algumas letras da banda. Conheço esses caras desde o lançamento do single Get Free, dezesseis anos atrás, e nunca havia reparado essa parada antes. Assim sendo, será que podemos dizer que, por um lado, Nicholls é um misantropo fantasiando com o fim do mundo e, por outro, um romântico na eterna busca pela sua alma gêmea? É, acho que posso me identificar com isso.

13. Spaceship (6=06) (!)

''Spaceship in the yard. We're only 14 years apart.''

Depois duma sucessão de músicas de menos de dois minutos, o disco se encerra com Spaceship, um épico de pouco mais de seis minutos - algo gigantesco para uma banda com uma caralhada de música de um minuto e pouco. Quase uma Autumn Shade Part 3, Spaceship é uma fascinante canção que, como a anterior Atmos, propõe uma delirante viagem sci-fi. Falando nisso, o Vision Valley como um todo pode ser uma ótima pedida para ser ouvido chapado-drogado... Só que estou sóbrio faz tanto tempo que não sei mais.

14. ???

O meu Vision Valley lista 14 faixas mas, ao clicar na última, o disco simplesmente atinge o fim, com um ''stop'' automático. Será que todas as cópias de Vision Valley são assim? Ou será que o meu CD veio com defeito de fabricação? Ou será então que mister Craig Nicholls está trollando seus fãs? ''Você esperava o quê? Eu sou retardado.'' Um retardado genial.

 




 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Relatos de Garimpos nos Últimos Dias de 2020: Terça 29 e Quinta 31 + O Jogo dos 7 Erros: Diferenças Sutis e Curiosas em Duas Edições Diferentes de Left of the Middle (1997, Debut da NaTorn Imbruglia)




 

Na Terça 29 fiz um garimpo solo em ''algum lugar'' de São Paulo, em busca de colecionáveis variados. E, apesar de quebrar a cara novamente numa questão ''sebística'' aí (Guitardo knows what I'm talking about), pude ir em outro sebo ali perto, da mesma franquia, e adquirir os 2 CDs mais batidos de todos, que sempre pintam em todos os sebos... Porém em edições importadas.


Claro que estou falando desses dois aqui:


Elton John - Something About the Way You Look Tonight & Candle in the Wind 1997 (cantor inglês em single importado do Canadá)


Natalie Imbruglia - Left of the Middle (cantora australiana em CD importado dos EUA)


Ambos saíram por R$ 5 cada. É o mesmo preço que eu paguei na edição brasileira do CD de ''Centro-Esquerda'' no primeiro garimpo de 2020. Aliás, aí está algo muito, muito, muito curioso: Left of the Middle foi o primeiro e o último CD que comprei em 2020 - primeiro na edição nacional, e depois nessa da gringolândia. Juro que não foi nada intencional.


Já no rolê-garimpo do último dia do ano, em parceria do Gio ''Sadymasoquista'' Mendes (na primeira ocasião que o trombei durante a quarentena pandêmica), não consegui pegar nenhuma fonte colecionista aberta.


Assim, as únicas aquisições do dia vieram, justamente, do Gio: um rip integral do DVD nacional de Rambo 4 (cortesia) e o DVD da trasheira brazuca Vadias do Sexo Sangrento, de Petter Baiestorf, numa edição especial. Esse último veio numa troca pelo DVD importado da canastrice Todo Mundo em Pânico (Scary Movie). E, para aproveitar a ocasião, passei também pro Gio um CD que estava devendo pra ele, e que não via a hora de me desfazer: a fanfarronice PowerSlave, terceiro álbum da Donzela Ferrada contando com o Buceta Dickinson e os seus vocais afeminados e afetados. Inclusive, esse disco tem uma das piores canções da história da humanidade, a indefensável até a medula Back in the Village, uma desgraça simplesmente inominável.


E aproveitei também para pagar o Gio por ter me comprado o box em Blu-ray do terror nacional Morto Não Fala, de Dennison Ramalho. Sei que esse último foi uma aquisição um tanto arriscada, afinal se trata duma pré-venda da Versátil Hype Vídeo - empresa essa que esculhambou, duma forma ou de outra, as transfers dos clássicos O Enigma de Outro Mundo e Cidade dos Sonhos. Mas a ideia de ver a musa mór Bianca Comparato (inesquecível em A Menina sem Qualidades) em alta definição falou mais alto do que a razão e o bom senso, hehehe. (Isso é, por mais que o Dennison não teve a coragem de tirar a roupa dela nesse filme, sendo que ela apareceu pelada diversas vezes na clássica minissérie da MTV AMSQ.)


Bem, como ainda não conferi Vadias do Sexo Sangrento, e o BD set de Morto Não Fala (um filme bem interessante sim, porém com alguns problemas, tipo os jumpscares a la Blumhou$e) só será lançado bem mais adiante, não tenho mais o que dizer aqui. Não nessa primeira parte do post, anyway.


Extra: O Jogo dos 7 Erros (NaTorn Imbruglia - Left of the Middle X2)


Left of the Middle é um pequeno clássico da década de 90. Dos 5 (!) singles retirados do disco, que renderam 8 (!) clipes diferentes, devo admitir que o grande hit da carreira dela, Torn, é, simplesmente, a PIOR das cinco faixas! Torn é sim uma simpática canção, a versão mais bem sucedida dessa música que já havia sido gravada três vezes antes. Mas os outros 4 singles são bem melhores: Big Mistake (bem na linha do melhor da Alanis Morissette, e também a canção que me fez enxergar a qualidade da ''Nat''), Wishing I Was There (a segunda melhor do disco, depois de Big Mistake), Smoke (mostrando o lado dream pop da NI) e Identify (continuando a pegada mais introspectiva e viajada de Smoke), que está disponível na trilha sonora de Stigmata e na versão de Taiwan do LOTM.


Outra canção bem legal e recomendável do disco é One More Addiction. Sem contar Impressed, que poderá agradar quem gosta de Curve.


Mas nem tudo aqui é positivo. Após ouvir os cinco discos de estúdio da Natalie na íntegra, mais tudo da era Left of the Middle que não entrou no álbum, algo ficou muito claro para mim: Leave Me Alone é a PIOR canção da carreira da cantora australiana. Isso daí é um Portishead de décima categoria, uma tranqueira inominável com um refrão simplesmente horroroso. Essa canção só não é mais ridícula do que se os nada saudosos Bobalhão Kane (criador do Batmerda, AKA Bruce Lame) e Stan Leexo (da nada ''Marvelous'' Marvel) tivessem criado algum super-herói em parceria.(Afinal, esses dois criaram um tsunami de bobagens separados e é melhor nem tentar imaginar as atrocidades indizíveis que eles poderiam ter inventado em parceria.)


Enfim, nas imagens abaixo mostro as duas edições que possuo do debut da minha cantora favorita da década de 90. À esquerda está a edição nacional, e, à direita, o CD importado. Já na penúltima e antepenúltima, coloquei o nacional encima e o importado embaixo. Além dessas diferenças expostas nas imagens (diferenças essas bem sutis às vezes, como as alternâncias dos fios do cabelo dela), existem outras coisas também: os encartes possuem tipos diferentes de papel e, já no play em si, a canção City tem a cronometragem de 9:32 na edição gringa - por mais que ela acabe bem antes. (Já na versão nacional ela tem a cronometragem correta de 4:33. Não faço a menor remota ideia do motivo por trás desses 5 minutos de nada no CD gringo. Talvez tenha alguma mensagem subliminar ali, sei lá.)