sexta-feira, 30 de junho de 2023

PURE MASSACRE = As 10 Músicas Que Eu Mais Odeio





 

 

MENÇÃO DESONROSA

''Fa fa fa fa, run, run, run away...''

Um dos bê-a-bás mais insuportáveis que se tem notícia e que, de acordo com o Paulo Baron, é um daqueles casos de música que só fez sucesso no Brasil. Bem, meus pêsames a galera que toca na noite e tem que incluir essa desgraça no repertório. Fica a pergunta se o suicídio não seria uma opção melhor e mais digna...

10 Bad Karma (Miley Cyrus + Joan Jett)

Hoje em dia fica difícil de imaginar que, em algum momento da história, a Miley mandou extremamente bem. Aqui nessa canção absolutamente ridícula ela se juntou a Joan Jett (que morreu lá nos anos 80 mas esqueceram de enterrar) para, juntas, entregarem um resultado simplesmente medonho - em disco sem nenhuma canção que presta. Só sei que prefiro infinitamente mais a Bad Karma homônima inclusa na trilha sonora de Pinico 4. (E é curioso que o primeiro segundo da Bad Karma da Miley chega a soar como a intro de Metal Zone do The Vines. E essa nem é a primeira vez que a ''Mi'' soou como The Vines...)

9 How Does It Feel (Avril Lavigne)

A nossa feminazi favorita possui algumas das baladas mais sensacionais de todos os tempos: Wish You Were Here, My Happy Ending, Nobody's Home, I'm With You, Fall to Pieces, Innocence, Let Me Go e a indescritivelmente maravilhosa Things I'll Never Say, uma das minhas músicas favoritas da vida. Mas, em compensação, tem essa porra de How Does It Feel, um treco pavoroso. Essa atrocidade chata para um caralho e a mais ou menos tão horrível quanto Don't Tell Me são, inclusive, as únicas faixas que não curto no seu segundo álbum, Under My Skin.

8 Carrie (Europe)

''Não é a toa que esse álbum - The Final Countdown - tem uma música chamada Ninja. O CARA TEM QUE SER NINJA MESMO PRA CONSEGUIR OUVIR ESSA PORRA DE DISCO SEM METER UMA BALA NA PRÓPRIA CABEÇA.''

The Final Countdown é um lixo de disco, em que apenas a ótima Rock the Night se salva. De resto... E Carrie é tão ruim, mas tão ruim, que faz as demais porcarias do disco parecerem boas na comparação. São ''coisas'' assim que nos fazem agradecer a dupla Kurt Cobain e Eddie Vedder por terem exterminado de vez o metal farofa que, graças a coisas como Carrie, Is This Love, Always e outras aberrações sonoras, ia de mal a pior, cavando cada vez mais o fundo do fundo do poço das atrocidades musicais. Inclusive, se eu fosse mulher chamada Carrie, eu mudaria de nome para não me associarem a essa pataquada. (Por outro lado, Lorraine do Stage Dolls e Carrie Ann do Heartland servem meio como antídotos para o traumatismo craniano causado por Carrie.)

7 Love Bites (Def Leppard)

''...  unbelievably cheesy yet beloved songs like Pour Some Sugar On Me and shitty ballads like Love Bites, the former being one of the most notoriously bad songs I’ve ever heard while the latter pretty much ruined the Judas Priest song of the same name... ''

A discografia do Def Leppard se divide em dois momentos. 1) Até 1983, DL foi uma das coisas mais maravilhosas da história da humanidade, sendo que, em todo aquele período, só existem duas canções ruins: a balada imbecil Too Late for Love e a xaropice intitulada Billy's Got a Gun, que já tinha aquela pegada fake e robótica que se tornaria a marca registrada da banda a partir do seu quarto álbum. 2) A partir de 1987, DL se tornou um dos maiores lixos da indústria fonográfica, uma banda extremamente pasteurizada e melosa, chata pra caralho e absolutamente insuportável. Tentar escutar esses discos é uma tarefa tão árdua quanto encarar uma sessão dos piores slasher-movies da história, tipo o segundo Terrifier ou o segundo Slumber Party Massacre. E, em todo esse período horroroso iniciado no deplorável álbum Hysteria (DL morreu no dia que esse disco foi lançado), Love Bites consegue ser a canção mais intragável de todas. Agradeço novamente ao grunge por ter colocado um fim nesse reinado de terror das coisas ruins do hair metal. (E convenhamos: o farofa metal estava mesmo com os dias contados e, se não fosse pelo grunge, certamente seria morto pelo industrial, ou pelo new metal, ou pelo pop punk, ou pelo gangsta rap...)

6 Pressure (Paramore)

Paramore é naquelas: algumas grandes canções (hail Anklebiters) e um tsunami de músicas insuportáveis. Mas a galera pega leve com a banda por causa da gostosura da vocalista... E Pressure, além de ser chata pacaray, possui um refrão que é dos piores ever. Na verdade, a única coisa que salva esse debut é a sua faixa-título, All We Know (Is Falling).

5 The Doctor Is Calling (Megadeth)

Lembro do Vitão Bonesso (do programa de rádio Backstage), lá em 1999, anunciando: ''Esse é o novo disco do Megadeth. E preparem-se para jogar sua coleção da banda no lixão.'' O estrago causado pelo Risk na época foi tão grande que me fez perder interesse nessa que foi a banda responsável por me trazer ao mundo do rock em 1997, com o excelente e subestimado disco Cryptic Writings. Mas, revisitando o Risk 24 anos depois, percebo que o disco não é tão ruim assim: tem lá algumas faixas interessantes como Insomnia, Prince of Darkness e a ótima Breadline. Mas, em compensação, tem essa The Doctor Is Calling (''I hear the doctor calling, I hear the doctor calling...''), um troço indescritivelmente lastimável e a única faixa de toda a discografia do Megadeth que posso dizer que realmente odeio. O refrão é inacreditável (no mal sentido), com o ''tio'' Dave repetindo a exaustão que está ouvindo o doutor chamando por ele. Só se for no hospício, já que a obsessão do Mr. Mustaine em tentar competir comercialmente com o Metallica, junto de todo o seu histórico de abuso de drogas, claramente o havia levado a loucura nesse momento de sua vida.

4 Fall In (Cloud Nothings)

Um certo dia, lá em 2013, estava eu assistindo a finada MTV Brasil de madrugada, quando surgiu o clipe ''disso'' na minha frente, me deixando em estado de choque: não podia acreditar na ruindade dessa porra - que ainda possui um link com o primeiro colocado dessa relação. Lembro também que, certa vez, até trombei o CD do Cloud Nothings com essa canção numa unidade da Bozomania, aqui em SP. Nem se fosse de graça.

3 The Ghost of You (MCR)

Em 2005 eu odiava The Ghost of You. Estamos em 2023 e eu continuo odiando The Ghost of You. Isso daqui é a Carrie ou Love Bites do emo, contando com uma performance vocal simplesmente melosa e insuportável por parte do ''Gerardinho''. Bem, o clipe disso (dirigido pelo otário do Marc Webb, que só acertou mesmo no revolucionário clipe de Start All Over, da Miley na época boa) homenageia O Resgate do Sapatão Ryan, do namorado do George Lickass, então esperar o que, né... Novamente, a única coisa legal da The Ghost of You é a arte do seu single, que parece capa de VHS do David Prior.

2 Down (Blink)

Blink nunca foi uma grande banda. Longe disso. Mas reconheço que, nos 4 primeiros discos, até tinha algumas poucas grandes canções, como as maravilhas Carousel, M&Ms, Wasting Time, Dammit e até mesmo Aliens Exist. Mas, a partir do disco auto-intitulado, Blink passou a disputar com Def Leppard do Hysteria adiante pelo título de pior banda de rock da história. E Down é algo inacreditavelmente hediondo, um lixo absolutamente insuportável de um dos piores discos de todos os tempos - onde apenas a intro Feeling This se salva.

1 Fall In (CANTORA IGNORADA)

OK, é o seguinte: todas as canções acima são OBRAS-PRIMAS em comparação a essa primeira colocada. Acabei descobrindo isso em meados de 2015, ao procurar pela quarta colocada dessa lista, já que queria verificar se aquela canção do Cloud Nothings era mesmo tão ruim quanto lembrava... Aí trombei essa aberração homônima que mais parece os Cranborings no seu pior momento, cortesia de cantora de dream pop que até prefiro não citar o nome, para não trazer azar. Quando bem feito, dream pop é algo magistral, transcendental; o que, DEFINITIVAMENTE, não é o caso aqui. E essa música não é apenas horrorosa, mas ainda me traz lembranças horripilantes da época em que eu ainda bebia, como numa ocasião em que um notório sociopata, manipulador e expert em gaslighting, para me irritar, colocou essa desgraça no repeat. Não escuto essa Fall In desde 2017 e espero nunca mais a escutar na vida, de longe a música que mais profundamente odeio em todos os tempos. (Se bem que a justiça foi feita aqui, já que, como essa cantora é tão obscura, ela nem possui uma página própria no Wikipedia. Menos mal.)

PS OFF-TOPIC = RIP Julian Sands. Sands era tão canastrão que acabava sendo engraçado e divertido. O destaco em Siesta (''Marcas de uma Paixão'', o debut da Mary Lambert, antes dela fazer o cult de gosto duvidoso Cemitério Maldito e aqueles dois clipes do Motley Crue em que ela, muito misteriosamente, usou pseudônimo), em que ele rouba o filme em todas as cenas que aparece, com seu jeitão caricato e exagerado. Siesta seria super fuckin' boring se não fosse o Sands nos matando de rir com seus exageros. Descanse em paz, Warlock.

PS OFF-TOPIC = Muito em breve será lançado o primeiro livro do brother Guitardo Songs, Crime no Colégio Luterano, um mistério whodunit que promete. Já estou bem curioso para ler a obra.