Aqui estou eu, finalmente relatando a histórica ida a Guarulhos do dia 10 desse mês. Bem, antes tarde do que nunca.
No dia em questão, uma Quarta, me encontrei com o Gabriel ''Dado'' Caroccia para irmos a Guarulhos. Eu não pisava lá desde Abril de 2012, quando encerrei em definitivo meus problemas relacionados aos meus dias de funcionário da ultra-hiper-mega-detestável Proguaru. Já o Caroccia jamais havia estado lá na vida.
Após almoçarmos na estação Tucuruvi, pegamos o ônibus em direção de Guarulhos. E a nossa primeira parada foi a antiga casa do Alex, onde peguei um pacote muito apetitoso com a simpática mãe dele.
Paramos ali perto para ver o que havia no pacote. Claro que já sabia que teria o inacreditável single Jeans, da Ryoko Hirosue, finalizando, assim, toda uma jornada de busca oficialmente iniciada em 2 de Abril de 2012, quando, basicamente, tive uma versão menor - porém bastante impactante também - da visão que eu teria praticamente um ano depois com a VHS Premonição. Mal sabia eu que levaria quase oito anos para adquirir o single Daisuki! (https://7noites7.blogspot.com/2020/01/suck-this-fucked-up-curse-fc-scumbags.html?zx=1e731399eeceed11), e quase 9 para conseguir Jeans.
Basicamente foi assim: no dia 2 de Abril de 2012, tive uma espécie de visão, premonição ou sei lá o que diabos, que me informou que, conseguindo os singles Daisuki! e Jeans (que eu já caçava sem sucesso desde a metade de 2007, quando ouvi o B-side Private e virei fã da Ryoko - que antes só conhecia como atriz), eu finalmente teria o que mais procuro na vida. Aí, quase um ano depois, em 28 de Março de 2013, tive uma outra visão, na mesma linha porém muito mais intensa, de que, para atingir aquele mesmo objetivo da visão anterior, eu teria que adquirir a VHS Premonição (7 Notes in Black ou The Psychic).
O problema é que, antes de adquirir Daisuki! em Janeiro do ano passado, eu meio que não havia entendido que a minha missão de vida não era apenas conseguir Premonição; e sim conseguir a dobradinha de singles da Ryoko antes, me dando, assim, a permissão adequada para sair na caça de Premonição.
OK, quem estiver lendo isso deve pensar que eu sou totalmente biruta ou algo do tipo. Vocês teriam que estar no meu lugar para entender do que estou falando.
Mas, para encurtar tudo, agora que eu tenho ambos Daisuki! e Jeans, finalmente conquistei o direito de, por fim, sair no encalço da VHS Premonição.
E, sobre Jeans, uma coisa é certa: só conseguirei recompensar o Alex à altura caso eu o consiga, um dia, ao menos uma das três fitas que ele mais deseja: os slashers guilty pleasure Turnê Assassina (Nacional), O Mistério no Colégio Brasil (Manchete) e A Praia do Pesadelo (LK-Tel + 20-20 Vision).
E eis que, além de Jeans (que possui Private como lado B - a melhor canção da curta carreira de cantora da Ryoko), veio ainda duas surpresas no pacote.
Uma era o Blu-ray Blood Rage, lançado em VHS no Brasil pela Wera's. (E também num broxante DVD pela Vexátil Hype Vírus, empresa que canais questionáveis do YT, como Cinema Ferox e outros, adoram encher a bola e tentar convencer seus inscritos a jogar dinheiro fora nos seus produtos frustrantes.)
Blood Rage, AKA Shadow Woods: O Pesadelo, é a minha primeira edição da luxuosa Arrow. O slasher também conhecido como Slasher (!) cresceu ainda mais nessa incrível edição azul, que ainda possui extras muito deliciosos. Simplesmente sensacional.
E o outro item foi o CD debut do Shotgun Messiah, hard rock escandinavo (sueco, para ser mais específico) que agradará em cheio os fãs de bandas como Pretty Boy Floyd, Faster Pussycat, Dangerous Toys (a banda favorita da Karen do Violet Soda, hahahahahaha), Vain , os nossos Bastardz e, principalmente, TIGERFUCKIN'TAILZ, é claro!
Os grandes destaques desse disco extremamente divertido são os carros chefes Don't Care 'Bout Nothin' (canções metralhando escolas ou faculdades - ou as duas coisas - são sempre bem-vindas), Shout It Out (que possui uma pegada hip hop, meio Beastie Boys até, e muito mais empolgante do que a superestimada Dr. Feelgood, do Motley Crue já totalmente vendido ao mainstream), Nowhere Fast (que não possui afiliação a canção homônima do Fire Inc., presente na trilha sonora do ultraestimado Ruas de Fogo - aliás, Nowhere Fast é a única coisa realmente boa daquele filme) e a seriamente nostálgica Nervous. Essa última, para mim, permanece mesmo entre as canções mais nostálgicas do gênero, ao lado de outros petardos maravilhosos, como Fallen Angel do Poison, e a dobradinha Toast of the Town + Holdin' on for Love (na versão demo), dos já citados Motley Crue e Vain.
E uma coisa bem curiosa: nos meus tempos de ''rockstar'' cheguei a compor uma faixa chamada We Don't Care 'Bout Nothin, sem saber na época que o SM tinha uma canção com o nome praticamente homônimo, até na grafia - canção essa que só fui descobrir algum tempo depois, lá nos idos de 2007.
Enfim...
Depois desse pacote incrível, é claro que qualquer coisa que encontrássemos em sebos seria uma gigantesca decepção para mim. Óbvio.
Ainda assim, rumamos a dois endereços sebísticos da cidade. (Aliás, eu fiz confusão aqui e perdi a relação dos CDs adquiridos pelo GC nesse dia. Portanto, Gabriel, sinta-se livre caso queira compartilhar essa relação com a galera. Lembro que teve um CD japa do A-Ha, mas não recordo mais nada das suas aquisições do dia.)
Portanto, dentro do primeiro sebo, acabei não levando absolutamente nada. Nós até encontramos uma dupla de CDs gringos de um tal Carnival Art, mas deixamos passar. E, nos compactos, não havia nada também. (Leia-se: não havia nada do Berlin, o único grupo do qual eu compraria compactos.)
Fomos então ao segundo e último sebo do rolê.
No caminho, paramos num barzinho, onde o dono havia sumido, deixando apenas um tiozinho muito louco - e bebum - para tomar conta da bagaça. Eu e o GC só queríamos mesmo tomar um pouco de suco, antes de irmos pro próximo sebo. Como não avistei nenhum álcool gel por perto, perguntei pro tiozinho lá (que parecia ser chegado do dono ausente) pelo barato. Aí o animal diz que tem sim, e me oferece ÁLCOOL PURO para lavar as mãos. Un-fucking-belUweBoll. Se não fosse o suficiente, ao pedirmos nossos sucos de 500ML (o maior tamanho disponível), o sujeito olha pros copos do recinto e entra num piripaque tipo Chaves, saca? O cara simplesmente não sabia o que fazer e entrou em estado catatônico, PUTA QUE PARIU. Aí o Caroccia tacou uma ''É O COPO MAIOR'', o que deixou o tiozinho xarope um tanto puto, hahahahaha.
Após o suco não muito bom, entramos, finalmente, no sebo da saídeira.
Sendo recebidos por um tiozão que se revelaria meio mala, descobrimos de cara que o lugar tinha sim uma pequena seção de VHS. Mas, além das fitas não serem tão boas, os preços estavam dignos de leilão do What's App, o que nos broxou de vez. Por exemplo: aquela Deadline, da AB, que a gente havia acabado de trombar em SP por R$ 5, estava 50 mangos por lá.
Já em outras seções do recinto, achei uma curiosidade: a edição argentina do CD Hannah Montana: O Filme, com as magníficas Spotlight e Let's Get Crazy na trilha. Não peguei por estar satisfeito com o CD nacional e também por não ser tão obsessivamente fanático por ''all things Miley'' quanto as pessoas pensam que eu sou.
No fim, acabei levando apenas dois Blu-rays de lá, sendo um deles aberto e gringo (O Escritor Fantasma, R$ 15), e um nacional e lacrado (Hanna, R$ 12). Foram raros exemplos de coisas custando um preço digno por lá. De resto, tudo muito caro, e até CD pirata (pirata mesmo, cópia de original em CD-R - nada a ver com bootlegs) tinha lá à venda.
De quebra, ouvimos o tiozão lá resmungando baixinho da gente para um funcionário do local. Acho que ele esperava que a gente comprasse mais coisa ou sei lá que porra. É: esse velho só não foi mais xarope do que um gayzão chato pra caralho que veio me encher o saco pouco antes disso, tentando puxar assunto sobre o ridículo seriado Ash Vs. Evil Dead e outras pataquadas. O Caroccia tá de prova disso, inclusive. (É foda: nenhuma mina minimamente gostosa vem se jogar pra cima de mim. É sempre só essas bichas assediadoras filhas da puta enchendo o saco, vai tomar no cu. Bem... Por mais que o Albino seja um mal caráter que estraga o meio do VHS, me lembrei agora duma vez em que ele estava reclamando, falando que estava de saco cheio por ser um ''para-raio de viado'' - algo que eu, bizarramente, presenciei num sebo de SP, quando um maluquinho claramente ''alegre'' passou a dar em cima dele. E, por mais que eu odeie admitir, terei que concordar com o Albino dessa vez: é foda ter que aguentar essa galera LGBTWhatever+ nos assediando e nos incomodando forevermore. Meus dias politicamente corretos acabaram: VÃO TOMAR NO OLHO DO CU.)
OK, digressões homofóbicas (hehehe) a parte, esse foi o rolê em Guarulhos :)
Já na volta para SP, já dentro do ônibus, presenciamos uma chuvarada absurda, o que fez o percurso demorar muito mais, além de causar um acidente a um motoqueiro local. Cabuloso.
Até teria mais algumas coisinhas para dizer aqui, mas, qualquer coisa, é só complementar via comments. E, quanto a um ou outro eventual detalhe incômodo do garimpo, uma coisa é certa: Jeans compensou e muito por tudo. É a permissão oficial para, agora, eu revirar SP de cabeça pra baixo atrás da VHS Premonição.
FUI.