O título original desse post era o seguinte:
''Retornando à Loja Onde Fui ''Cancelado'' em Janeiro e Condensando os Últimos Rolês de Garimpo em uma Só Postagem''
Mas já avisarei de antemão que terei sim que fazer uma segunda parte, onde abordarei os outros rolês-garimpos dos últimos dias.
Seguindo com os garimpos atrás de Goosebumps by Abril (pro Alex), material da ''dupla'' Fake Number / Lipstick (as duas bandas mais legais do emo BR, ambas com vocal feminino - Elektra e Mel, respectivamente), material do Berlin e, é claro, fitas VHS, fiz mais algumas caças recentemente. Caças essas que, na maioria dos casos, foram feitas em parceria do Gio Mendes.
E, entre essas buscas, acabamos indo na loja onde o seu maltratado narrador foi ''cancelado'' em 15 de Janeiro desse ano, graças a todo aquele imbróglio nonsense envolvendo aquelas NMEs com The Nirvines na capa. Ou seja, já eram mais de cinco meses que eu não ia lá. E posso dizer que os velhinhos lá ou não me reconheceram, não se lembraram de mim ou simplesmente não se importaram. Já que, em momento nenhum, tentaram cobrar os 10 Bozos que falaram que eu teria que pagar para eles caso retornasse lá.
Uma vez lá dentro, tentei localizar o CD de compilação do Berlin com canções de 1979 a 1988 (que o Dado havia trombado lá em 29 de Janeiro desse ano), por mais que esse CD seja meio retardado por não trazer a sensacional Dancing in Berlin, uma canção muito mais querida pelos fãs do que a xaropice suprema chamada Take My Breath Away, presente na trilha sonora daquela ''obra-prima'' da Sétima Arte chamada Top Scum. Aliás, esse CD é tão estranho que resolveram incluir nele a obscura For All Tomorrow's Lies, um filler do disco Love Life que nunca nem foi lançado como single e também não recebeu clipe.
Mas, o procurei em tudo que é parte até dizer chega, e não o localizei em lugar algum. E, na seção de compactos, também não achei nada do Berlin.
Mas, na seção de CDs variados (todos guardados dentro de vitrines, já que os caras lá tem um medo do Cão de levarem um roubo no rabo), avistei a lombada de algo bastante inusitado: a versão maxi-single e digipack de um single do Thursday, Signals Over the Air. Thursday foi uma das primeiras bandas da ''emolândia'' a atingir o mainstream e, mais especificamente, foi uma das bandas mais bem-sucedidas do screamo mainstream. Inclusive, o vocalista da banda, Geoff Rickly, foi o produtor do debut do MCR, da época em que nossos bissexuais favoritos também eram screamo e ainda eram meros Joe Nobodies - que não faziam a menor remota ideia de que, dentro de alguns anos, se tornariam o grupo mais famoso de toda a emolândia mundial...
Mas tem um problema aqui: essa música Signals Over the Air CHUPA BOLAS DE MACACO. Inclusive, até algum tempo atrás eu tive todos os clipes do Thursday baixados, mas até fiz questão de deletar os mais fracos, entre eles essa xaropice aí do terceiro disco deles. E, para piorar tudo mais ainda, os dois B-sides da bagaça (Division Street e A Hole in the World) também são desanimadores e ainda aparecem aqui em performances acústicas - algo que sempre piora tudo mesmo.
Foi aí nessa época, inclusive, que eles passaram a serem chamados de boy band do screamo, antes mesmo de outros grupos igualmente outrora competentes (The Used, Avenged Sevenfold, Bring Me the Horizon) receberem a mesma classificação.
Aliás, os caras do Thursday - ou seja lá quem escolheu seus singles e clipes dos dois primeiros álbuns - são burros pra caralho, já que, mesmo na melhor época da banda (os dois primeiros discos), simplesmente ignoraram o que havia de melhor na fase áurea do grupo. Afinal, a melhor canção do debut (a assombrosa Ian Curtis) e a melhor do segundo LP (Autobiography of a Nation, simplesmente um dos maiores clássicos de toda a história do emocore / screamo) jamais saíram como singles ou ganharam clipes.
Portanto, com tudo isso dito, por mais que eu gostaria muito de ter um single do Thursday na minha coleção, Signals Over the Air não seria nunca a escolha certa. (E é triste pensar que, por mais chata e idiota que seja, Signals nem é a pior canção do Thursday lançada como single. Esse título merece ir para a horrível Cross Out the Eyes, do segundo álbum, que termina da forma mais vergonhosa possível, com toda aquela gritaria forçada pacaray - que só não é mais forçada do que o EP supostamente pesado ''da'' Fresno, a pior banda da história do emocore mundial.)
OK, esse foi o meu PURE MASSACRE dedicado ao pior do Thursday :) A banda tem umas coisas muito legais sim, mas esse single aí está entre as piores coisas que eles já fizeram na carreira. Bola fora total.
Mas, para compensar, trombei sim dois singles interessantes lá de clássicos do Lado B da MTV, e que marcaram a minha adolescência: Single Girl do Lush e 100% do Sonic Youth. Mas, ao olhar o estado de 100% (que estava com uns riscos bem feiosos), o deixei para trás sem pensar duas vezes. Certamente seria uma compra 100% arriscada. Ainda pior foi o discurso do maluquinho da loja para eu e o Gio, sobre a política de trocas da loja: o cidadão lá tava com medo de que eu e/ou o Gio poderíamos comprar algum CD da loja e, dias depois (após copiá-lo para nós!), voltar lá falando que o treco não tava funcionando direito; e, assim, exigir uma troca. Nonsense total. Por que diabos alguém passaria por todo esse esforço para copiar músicas que dá para baixar facilmente net afora?????
As coisas piorariam ainda mais na hora de pagar e cair fora daquela porra. Se, por um lado, o Gio não teve problema nenhum ao fazer as duas compras dele lá (um best of da Siouxsie and the Banshees e uma compilação de B-sides do Sepultura - que ainda era Sepultura e não havia se tornado o Sepultado comandado pelo AndreAss ''Bozominion Arrependido'' Kisser), comigo as coisas foram um pouquinho diferentes.
Lá do lado dos CDs tinha uma tabela dizendo que os singles simples eram R$ 10 e os duplos R$ 18. E o próprio velhinho lá já havia me dito que, no pagamento em dinheiro, rolava um desconto de 15 %.
Pois bem.
Eu vou no caixa e mostro o single dos ícones do dream pop Lush. Aí o xaropão lá diz ''R$ 24''.
E eu falo: ''Como assim? Lá diz R$ 10.''
Aí o corno vai lá, olha a tabela e diz ''R$ 18''.
E eu digo ''mas aqui diz R$ 10''. Daí um cara da loja diz pro outro que lá diz que os singles nacionais são R$ 10 e os gringos R$ 18; sendo que, na realidade, a tabela não falava nada de nacionais ou importados. Simplesmente dizia que singles simples eram R$ 10 e duplos R$ 18.
Aí o Zé Ruela me diz ainda ''OK, vou te fazer por R$ 10, mas agora eles irão aumentar de preço''. E ainda não gostou que eu pedi aqueles 15% de desconto que ele mesmo havia me dito que teria no pagamento em dinheiro. No final, ele disse que não tinha moedas suficientes para o troco, e o single saiu por R$ 8.65.
Quer saber? Esses Zé Bucetas estavam complicando tudo e, ao refletir agora, eu deveria sim ter deixado o single pra trás, pegado minha mochila e caído fora de lá sem comprar porra nenhuma. Por mais que Lush seja uma banda que eu sempre gostei e quis ter single, não vale a pena não ter que ficar negociando com esses arrombados que tentam dificultar a porra toda.
Mas, OK, sobre o single em si agora.
Um dos B-sides dele é mais uma das trocentas canções chamadas Shut Up, assim como as também notórias faixas homônimas do Pretty Boy Floyd, da Kelly Osbourne, do Simple Plan e do Blink - essa última, uma rara boa canção do período esculhambado deles, após a entrada do batera bobalhão lá que estragou a banda.
O meu primeiro contato com Lush foi em 2003, vendo o clipe da faixa For Love no Lado B. Mas Single Girl (que, muito felizmente, não é uma das canções feminazi deles / delas) é de outro álbum, Lovelife (que até possui a melhor música do Lush, Heavenly Nobodies), o terceiro da banda. E eu até tenho esse CD Lovelife original desde 2004, quando o comprei importadão por R$ 5 no finado Sebo da Luz. E é curioso pacas isso: o terceiro álbum completo do Lush (desconsiderando o EP, que os imbecis da Wikipedia consideram como se fosse um full length) se chama Lovelife, enquanto o terceiro full do Berlin se chama Love Life. Pode ter sido uma homenagem ao Berlin, já que o Love Life dos mestres da new wave tinha sim uma pequena canção chamada Fall, possivelmente uma das primeiras coisas já gravadas se tratando de dream pop.
OK. Apesar dos malas lá terem enchido um pouco o meu saco na saída, foi sim uma boa aquisição esse single do Lush. E eu tava pensando aqui: é o meu segundo single com ''Single'' no nome, já que, no final do ano passado, eu havia adquirido o ''single chamado Single'' da Natasha Bedingfield.
OK, CUNTinuo depois, cambada.