(Parte inicial do post escrita em tempo real.)
Aqui vou eu, com um post curtinho, de volta à Lenzilândia para aniquilar um macarone combat bastante genérico e bastante obscuro realizado pelo precursor do ciclo carcamano de canibalismo.
Bem... O texto mais abaixo foi escrito na segunda metade de Maio do ano passado (e nunca antes publicado em lugar algum), dias após eu adquirir a VHS em questão, a minha penúltima em geral, e dias antes de eu adquirir a minha última até o momento - um pornô sobrenatural cujo título original coincidentemente é THE PSYCHIC, o mesmíssimo título em inglês daquele que, talvez, seja o giallo mais sensacional dirigido por Lucio Fulci na década de 1970; digo ''talvez'' porque os outros dois que ele fez naquela década estão pau a pau em qualidade. (E, claro, essa trinca giallesca está anos-luz na frente do thriller que ele realizou na década de 60 - um vergonhoso sexy giallo que nem deveria existir - e também é muito superior aos quatro thrillers feitos por ele após os 1970s; um quarteto bastante sensacionalista e grosseiro que em nada se parece com aquele trio classudo setentista. Bem... Talvez eu faça um post alguma hora analisando os oito thrillers do Fulci, sendo que dois deles merecem ser totalmente arrebentados sem dó.)
E, sim, é isso mesmo: após 27 de Maio do ano passado eu não adquiri mais nenhuma mísera fita VHS. Um ano inteiro sem comprar VHS, and counting. (Nem fita para troca ou presente eu comprei mais após 27-05-'24.) Na real mesmo, a minha última época caçando-comprando VHS de maneira verdadeiramente hardcore foi em Dezembro de 2021. À partir de Janeiro de 2022 simplesmente fui me desencan(t)ando mais e mais e mais do formato. Ainda assim, adquiri cerca de 30 fitas em '22. Já em '23 foram só um tequinho acima de uma dúzia, comigo me desancanando quase que completamente a partir do comecinho de Maio daquele ano, imediatamente após comprar no formato um porn da futura scream queen Michelle Bauer - então uma iniciante pornstar que atendia pelo nome de Pia Snow. Aí, quando eu estava prestes a completar um ano inteiro sem comprar VHS, tive uma recaída ao trombar três fitas inusitadas que, juntas, custaram R$ 4: um bom giallo escrito pelo Pupi Avati (Mistérios do Passado), um bom giallesco dirigido por ele (Acerto de Contas) e um sci-fi + terror bagaceiro (da série ''filmes ruins com plot twist inusitadamente foda''), XB: Galáxia Proibida, do mesmo diretor do Grunt: Confronto Mortal - e quase homônimo do cidadão que dirigiu o clipe Masquerade do Berlin. Não as resisti e as peguei pra mim. Daí, no mês seguinte, comprei essas duas já citadas. É, as minhas cinco VHSs compradas em 2024 (as minhas cinco últimas compradas até o presente momento), adquiridas entre Abril e Maio daquele ano, juntas custaram R$ 14: as duas primeiras por R$ 1 cada, a terceira por R$ 2 e as duas últimas por R$ 5 cada. (Já as demais VHSs que comprei entre Janeiro e Maio de '24 não foram fitas que peguei para mim e sim VHSs que já comprei sabendo imediatamente que as passaria adiante, e para quem as passaria. Inclusive, nenhuma delas está mais comigo faz tempo. Já entre 6 de Maio de '23 e o último dia daquele ano eu não comprei nenhuma mísera fita nem pros outros e, alías, eu até fazia questão de não fazer nenhum tipo de garimpo do formato, já que estava - e ainda estou - muito mais interessado em outras coisas; incluindo coisas até além do colecionismo.)
E é curioso demais pensar que a minha despedida convencional ao formato foi através duma fita do Lenzi. Tipo... WTF total.
Constatar que a última VHS convencional que adquiri - e penúltima em geral - foi de um macarone combat do ''diretor favorito do blog'' - só que não - é algo tão bizarro quanto lembrar que Motley Crue já fez cover de banda emo mainstream, e tão perturbador quanto pensar que eu já fiquei com mulher de extrema-direita.
É algo duma ironia mórbida que não faz o menor sentido: a minha despedida ao VHS foi através do Umberto Lenzi. Nem pra ser um término de relação minimamente memorável. This is a fuckin' joke.
Ahh, espera aí. Faltou comentar uma coisa antes de entrar no review PURE MASSACRE em si. Dois meses após eu me desencanar pra valer do VHS, após a aquisição do primeiro filme da franquia XXX Bad Girls (Garotas Maliciosas), aconteceu uma coisa. Me informaram que a VHS do já citado Premonição (o quarto giallo dirigido pelo Fulci - ou terceiro se ignorarmos aquela palhaçada do caralho chamada Uma Sobre a Outra; é, todos os dias da minha vida tento esquecer que o Fulci já dirigiu um sexy giallo...) teria surgido online, em algum canto da internet. E, dias depois, teria surgido outra dela, ambas dubladas pela Vídeo Mídia. Como eu me encontrava tão incrivelmente interessado em VHS na época (só que definitivamente não), é algo que, se não tivessem me avisado e me enviado imagens das fitas em si, eu nem teria ficado sabendo. E foi bom eu já estar indiferente e desencanado e desolado com o formato na época, porque isso me impediu de me decepcionar com a arte da capa. Bem, deixe-me explicar: antes de surgirem essas imagens, eu passei a vida inteira imaginando que a arte da VHS seria totalmente inédita, peculiar e diferentona. Daí eis que a capa frontal dessa VHS que pintou online possui exatamente a mesma arte do cartaz de cinema da época, quando o filme foi exibido por aqui como Sete Notas Fatais - título bem superior, by the way, já que ''Premonição'' é mó spoiler do caralho. Como eu já estava desencantado ao extremo com VHS nesse período, então nem me decepcionei e isso simplesmente passou batido pra mim. (O mesmo não pode ser dito sobre a capa da VHS da Master Vision - igualmente dublada - de Doce Vingança, AKA A Vingança de Jennifer; sim, para quem não sabe, o título original do I Spit on Your Grave original também foi Doce Vingança aqui no Brasil, antes de ser rebatizado como A Vingança de Jennifer pela dupla Look-Jaguar. Como eu ainda me interessava por VHS na época que vi essa propaganda numa revista oitentista de cinema e vídeo, aquilo foi uma decepção-frustração tão grande quanto perceber que o Tarcínico de Farsas está tentando acabar com o Procon - se bem que daquele lixo humano não dá pra esperar nada mesmo. Enfim, após passar anos imaginando como diabos seria a capa da VHS de Doce Vingança, e pensar em algo diferente em cada ocasião, eis que a porra da capa é, simplesmente, a mesmíssima arte habitual do filme, com a Jennifer Hills de costas, escondendo a faca. Seria melhor nem ter visto. Simplesmente matou as minhas fantasias e foi a maior decepção-frustração que já tive relacionada a uma edição de VHS BR.) Mas de volta a Premonição, bem, poderia ter sido ainda pior: poderia ser a arte ainda muito mais batida, com a caveira de lábios femininos plagiada do disco lá do Emerson, Lake & Palmer. (Arte essa que teve como modelo a então esposa do HR Giger, que cometeu suicídio. Bem, Keith Emerson do ELP também se matou. E a morte do Fulci também pode ter sido suicídio. Assim como a do Marc Porel - o protagonista masculino do filme - também pode ser considerada suicídio, já que ele se destruiu prematuramente através das drogas pesadas em uso extremo. E a protagonista feminina do filme - Jennifer O' Neill - também teria tentado se matar ''algumas vezes'' antes de virar uma ''born again christian''. Ela até parece recusar comentar qualquer coisa sobre o filme... É, não é a toa que o Fulci falava que Premonição arruinou a sua vida e estava cercado de energias negativas. Até concordo com ele, já que ter me dedicado tanto a caçar essa fita em particular no passado [e VHSs em geral, no passado também] também é algo que arruinou a minha vida. Mas felizmente larguei o VHS assim como larguei o álcool e as drogas.)
Mas, na real mesmo, eu nem curto mais falar sobre VHS. Não gosto mais desse formato e desse assunto. Se tratando tanto das coisas que quero alcançar na vida quanto as que quero resolver, o VHS não pode me ajudar em nenhuma das duas questões: VHS fucked up my life. Hoje em dia vejo literalmente dezenas de razões para não colecionar VHS e nenhuma para voltar a colecionar. E eu prefiro sim falar sobre cinema sem especificar formato nenhum, focando nos filmes em si. Afinal, acima de tudo sou cinéfilo - dos mais doentes que você vai encontrar na vida. Ou então prefiro falar de outros assuntos: futuramente até seria bacana fazer reviews de livros (como o notório Todas as Cores da Escuridão, AKA All the Colors of the Dark, que, muito curiosamente, possui o mesmo título de um dos gialli mais embaraçosos da história, da série de gialli com títulos click bait que o Sergio Martino dirigiu na década de 70 - fico imaginando geral quebrando a cara, por exemplo, ao ir no cinema na época intrigado com o título ''YOUR VICE IS A LOCKED ROOM AND ONLY I HAVE THE KEY'' e, no lugar de algo misterioso-fascinante, dando de cara com um melodrama xaropeta que plagia O Gato Preto do Poe e apresenta inúmeras situações desinteressantes protagonizadas pelo James Caan dos pobres d'O Doce Corpo de Deborah - o supra-sumo dos thrillers enganadores-vergonhosos a italiana e um dos filmes que eu mais odeio em geral - e duas gostosas canastronas, todos sendo trollados pelo gatinho chamado Satanás, que provavelmente entrega a melhor atuação daquele filme; PQP, Martino é, simplesmente, o maior cara de pau e estelionatário do cinema italiano) ou voltar a comentar rolês de rock-metal e suas furadas épicas. Se eu tivesse o pedigree de uns Galãs Feios ou Os Mortadelas da vida, até daria então pra falar exclusivamente sobre coisas do tipo Is-Ralé e Satanyahu, ou da Dona Trumpirada e os Divided Scumbags of AmeriKKKunt.
É... Continuo entrando em digressões absurdas. Vamos lá então ao review de um dos filmes tardios do diretor de Cannibal Xerox, e um dos piores que ele já fez. O que diz muita coisa, afinal Lenzi só fez filme medíocre-ruim-péssimo na vida.
(...)
OS MERCENÁRIOS - LENZI-STYLE (originalmente escrito em Maio de 2024, com algumas leves atualizações minúsculas feitas até o finalzinho daquele mês; já o ''P.S. OFF-TOPIC'' adicional foi escrito em Setembro de 2024, sobre uma notícia que eu me deparei meras HORAS após publicar o post anterior, sobre os dez gialli do mesmo Lenzi - como eu cogitei postar isso ainda naquela época, ainda era uma notícia que estava sendo falada, mas hoje as pessoas em geral já pararam de fingir que se importavam com aquele lixo humano)
''Chame de bravura. Chame de coragem. Chame de culhões. Seja lá como quiser chamar, eles tem isso.'' (Frase de cartaz essa que também pode ser usada para descrever aqueles que aguentam assistir os filminhos do Lenzi.)
Do mesmo (ir)responsável por A Grande Batalha e A Legião Maldita (esse último roteirizado por um novato Dario Argento, na fase pré-cineasta - Argento esse que teria visitado o set d'O Louco Desejo, o primeiro sexy giallo do Lenzi, algo que teria ensinado muita coisa ao Argento se tratando do que não deve ser feito num thriller) vem esse Esquadrão Selvagem (título oficial BR), AKA Esquadrão Trovão (título extra-oficial BR)...
Em Maio desse ano estive no centro da cidade para uns compromissos e tal e, ao encontrar uma brecha na minha agenda, dei um pulo num sebo da região com o intuito de fuçar paradas de emocore nacional com vocal feminino. Ao não encontrar absolutamente nada nessa área, acabei olhando as seções de Blu-rays e DVDs, mas também não achei nada. De Laser Disc também não dei sorte no garimpo. E, como já estava por lá mesmo, decidi dar uma olhada nas fitas do recinto e, pra minha surpresa, achei essa ''alternativa'' desse macarone combat do Umberto Lenzi, por R$ 5. Foi a única alterna que me comprei em 2024 (sendo que a outra boot que peguei esse ano, Fievel: Um Sonho Americano, foi adquirida com a intenção de passar pro Ivan Ferrari - o único outro Avrilmaníaco que conheço - caso eu consiga reencontrá-lo por aí qualquer hora dessas) e uma das pouquíssimas fitas em geral que peguei pra mim em '24 até o momento - apenas cinco, pra ser exato, compradas entre Abril e Maio.
Se foi uma boa aquisição ou não, aí já não sei. Possivelmente não foi não. Provavelmente não. Afinal, a única coisa de qualidade ali é a sua capa. Ou seja, mais um caso de filmeco lixão com capinha linda, a la A Bruxa Que Veio do Mar (The Witch Who Came from the Sea - um caso ainda pior, já que a capa em questão é um plágio e, para piorar tudo de vez, o título do filme também é duma desonestidade absurda), Massacre (Slumber Party Massacre 2, podreira rocksploitation disfarçada de slasher que queima o filme do ''Slumber-verso''), A Torre do Medo (Sorority House Massacre 3 - filmeco de ação disfarçado de slasher que queima o filme do ''Sorority-verso''; bem, esse diretor é tão inacreditavelmente desprovido de talento que até foi o diretor da única VHS que já destruí na minha vida inteira), Passagem para o Inferno (Chillers - antologia totalmente bagaceira e sem graça nem inspiração) e diversas outras bobagens terminais oitentistas (só A Bruxa... não é dos 80s nesse bando aí), em que desenhistas talentosos eram contratados para tentar vender atrocidades cinematográficas como se fossem verdadeiros tesouros da Sétima Arte. Golpistas de mão cheia.
A trama do Esquadrão é bem batida: mercenários são enviados a uma missão suicida, que é resgatar um pirralho mala - filho de um motherfucker dirty rotten filthy stinking rich - que foi sequestrado por terroristas. Entre esses mercenários temos os veteranos ''partners in crime'' do Lenzi Antonio ''Sete Orquídeas Manchadas de Sangue'' Sabato e Ivan ''Spasmo'' Rassimov, além de Werner ''Mosquito: The Rapist'' Pochath. (Não sei o que foi pior pro Pochath: ter morrido de AIDS ou ter filmado com o Lenzi...)
O que veremos a seguir será uma aventura na selva - sem indígenas canibais dessa vez - bastante batida, sem nada realmente interessante ever fuckin' happening. Com esse mesmo tipo de material, o David Prior certamente faria um filme minimamente engraçado-divertido-inusitado. O Fred Olen Ray também. Ou o Cirio Santiago. Diabos, até o Bruno Mattei entregaria um trabalho mais bacaninha...
E, entre tiros rotineiros e explosões sem vida, até rola uma cena de cachorro sendo morto à balas, algo tão gratuito e fora de contexto quanto a cena - infelizmente real - do touro sendo assassinado durante uma tourada em A Lâmina de Aço, giallo cometido por Lenzi em 1972 e um dos vários filmes fuckin' borin' que a Carroll Baker fez na Itália durante o auge da sua decadência. Crueldade contra animal em filme do Lenzi é algo tipo cena de putaria em filme da Adele ''Sobrenome Impronunciável'' (Azul É a Cor Mais Quente): qualquer desculpa vale pra trazer alguma sequência assim pro filme. Mas, pelo menos, como é uma sequência tão mal feita, imagino que foi simulada e que o dog daqui não foi morto não... MAS COMO SE TRATA DO LENZI, VAI SABER.
Aí, lá pelas tantas, até rolam algumas reviravoltas na trama, porém um tanto forçadas e que não conseguem surpreender ou empolgar. E outra: quando elas acontecem, o espectador já tá mandando o Lenzi tomar no cu, e implorando pro filme acabar duma vez por todas.
No fim das contas, só consigo apontar duas coisinhas remotamente interessantes em Thunder Squad: a sequência da chegada dos mercenários via paraquedas, que admito até ser legal, e um inesperado momento sci-fi WTF - que não daria para prever em um war actioner banal desses. E pensando bem, a intro, com os criminosos usando máscaras de terror - enquanto cometem suas estripulias - até consegue ser minimamente interessante também, trazendo uma certa atmosfera de horror-thriller durante, sei lá, alguns segundos apenas. Mas de resto... CHUTA QUE É MACUMBA.
A minha cotação para Thunder Squad, AKA The Wild Team é 1.5 numa escala de 0 a 5. Não recomendo isso para absolutamente ninguém. Só fará sentido assistir isso se você for um doente obcecado por cinema fuleiro italiano ou então por filmes bagaceiros de ação-guerra. Ou se você for masoquista. Ou então alguém que está tentando cometer suicídio mas ainda não encontrou força suficiente para tal. (Se bem que, nesse caso, eu sugiro escutar Cat Power ou Tristania ao invés de ver filme do Lenzi. Ter a Vivo como operadora também é outra boa sugestão de algo que pode induzir alguém ao suicídio.)
PS: Sei que estou me repetindo, mas é preciso dizer isso. Thunder Squad (AKA Expendables 2: Zero Heroes - WTF) é $pielbergiano pra caralho e tão vergonha alheia quanto Rambo 3. Além dos momentos vexaminosos envolvendo os mercenários e a criança xaropeta lá (que, muito infelizmente, meio que parece comigo na infância - PQP), dá para adivinhar de cara quais personagens irão sobreviver e quais podem morrer, igualzinho em Jurassicunt Porko: O Porre dos Dinotários ou qualquer outro filmequinho infantilizado e previsível do Steven Is Pig. Não consigo entender isso de tentar criar suspense em filmes que já está pré-estabelecido quem irá sobreviver. Não faz sentido algum. Do $pielberg já não dá pra esperar porra nenhuma mesmo, mas ver um filme underground com mentalidade de cinema mainstream Hollywoodiano é deprimente demais. E outra: o que leva o cidadão a colocar - novamente - o absolutamente péssimo Antonio Sabato como protagonista disso??? Se eu fosse cineasta, jamais iria querer um Sabato da vida queimando o filme do meu filme. Até tem um trecho impagável naquele doc de Eurocrime, em que o Henry Silva tira sarro da canastrice do Sabato. Lenzi não acerta jamais.
PS OFF-TOPIC TOTAL: O único legado do Sílvio Scumbag Santos será o de ter trazido a dupla Chaves-Chapolim pro Brasil. De resto, um ser bastante retardado que gostava de envergonhar adultos e crianças ao vivo na TV, além de ter apoiado a ditadura militar e ter sido trutão do Bozo. Uma figura patética que só falava asneiras sempre que aparecia em frente das câmeras. Já se foi tarde - tarde mesmo, com mais de 90 anos.