quarta-feira, 24 de julho de 2019

PURE MASSACRE ALHEIO X2: A Gente em 86 (RIP) Massacrando Os Cavaleiros do Zodíaco (Análise por Escrito) + NME (RIP) Arregaçando Os Manic Street Preachers Pós-Richey




THIS IS A FUCKING RANT.

Relembrando o maravilhoso podcast A Gente em 86, em uma de suas edições mais memoráveis: estraçalhando Os Cavaleiros do Zodíaco e o público otaku, uma galera quase tão vexatória quanto os fãs de Guerra nas Estrelas - os seres mais cuspíveis e patéticos do Planeta Enterra. (Aliás, podem ter certeza que, assim que surgir um novo filme Scum War$, eu o massacrarei até a medula e além, duma forma que jamais foi vista antes. Lixos made in Hollywood, cultuados pelos PIORES tipos de nerd, não tem a mínima chance aqui no 7 Noites em Claro - o blog mais maldito do Brasil.)

Com a palavra, os lendários podcasters Alexandre Moreira e Valter Resende:

''Por antipatia, eu ignorei [Os Cavaleiros do Zodíaco] quando ele aconteceu.''

''Animação, ou anime, como gostam de chamar os mais afrescalhados... Tudo isso é coisa de menina. Se uma menina gosta de anime e mangá, OK. Agora, se um menino gosta...''

''Eu confundo cosplay com crossdressing. Que viadagem da porra. Amigão... VAI COMER UMA BUCETA, SEU FILHO DA PUTA.''

''Os Cavaleiros do Zodíaco... É tudo muito chato.''

''Seria o Laerte um Cavaleiro do Zodíaco?''

''O disco [da trilha sonora] vendeu 700 mil cópias. Tem trouxa para tudo.''

''Inveja de quem faz cosplay? Caralho. Queria ter mais conselhos pra te dar. Que tal dar um restart nessa vida e começar tudo de novo?''

''Volta e meia a gente tá falando de coisas estúpidas... COMO ANIME, MANGÁ E CAVALEIROS DO ZODÍACO.''

A Gente em 86 foi mesmo um podcast fodástico ao extremo, que durou 233 números; e que, inclusive, teve uma edição dedicada ao VHS.

Se bem que a edição mais memorável do AG86 foi, provavelmente, aquela dedicada a Mad Max Além da Cúpula do Trovão. Incrível como um filme tão lixo rendeu um podcast sensacional e engraçadíssimo... Ahh, e as edições de terror - principalmente aquela de lendas urbanas - também foram excelentes.

Enfim, na época em que eu ainda bebia, eu adorava ficar chapado enquanto devorava um salgadinho e ouvia A Gente... (OK, isso não soou bem. Me fez parecer nostálgico com o álcool - algo que ABSOLUTAMENTE não é verdade. O saudosismo é apenas referente ao podcast aqui abordado e, também, ao magnífico universo da junkfood.)

Pois é: comprarei uns salgadinhos e uns iogurtes hoje mesmo, para relembrar esse podcast maravilhoso, do qual devo ter mais de 100 edições salvas.

(...)

Ahh, o otaquinho paraquedista ficou puto com essa postagem do 7NEC?

FOOOOOODAAAA-SEEEE.

Pau no cu da galera nerd e da cultura japonesa.

O que me faz recordar uma parada. Certa vez, os Manic Street Richeys estavam em tour pelo Japão, e algum repórter quis saber deles o que eles estavam achando do país.

Eis as reações:

James disse coisas favoráveis ao país asiático.

Assim como Nicky.

Sean também.

Já quando perguntaram ao Richey...

Bem, olha a resposta do cidadão:

''NUNCA ACHO EMPOLGANTE IR PRA LUGAR NENHUM.''

CARALHO, HAIL RICHEY FOREVER.

FODA-SE O JAPÃO E TODAS AS NAÇÕES.

Falando nisso...

PURE MASSACRE ALHEIO BÔNUS: NME Barbarizando o Debut Solo do James Dean Bradfield e os Manics Pós-Richey

Nem tem muito o que dizer. Esse review é simplesmente HILÁRIO. MSP nunca deveria ter seguido adiante após o desaparecimento / suicídio do Richey Manic. Se corromperam pelo poder, se venderam ao mainstream e viraram uma boy band de idosos. Uma vergonha e tanto, considerando que os Manics da fase Richey são, praticamente, tão maravilhosos quanto Miley Chemical Romance.

RIP Richey.

RIP Manics.

''We understand but can't accept... THAT YOU ARE NOT DEAD, CUZ WE HATE.''

PS: Não me esqueci não da postagem dedicada ao ''grand finale'' das buscas de VHS. Acontece que tais buscas seguem acontecendo por mais algum tempinho, já que quero ter CERTEZA TOTAL se devo ou não parar com as caças. O que deveria durar um dia apenas já está durando quase um mês...


 

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Resenhando Obras Esnobadas e Esquecidas da Era do VHS: Vítimas de um Pacto / Dead Silence (Peter O' Fallon, 1991)












AKA Crash

AKA A Death in Palm Springs

''Amigas... Até que a verdade as separe.''

Propaganda negativa do Ivan Ferrari sobre o filme:

''A última fita é "VÍTIMAS DE UM PACTO", curioso filme feito para a TV. Outro disfarce aqui, do que supostamente seria um suspense. Na verdade, se trata de um road-movie dramático (WTF!), com leves toques de alucinações. Bastante fraco, só recomendado pra quem for fã hardcore mesmo de algum membro da produção dessa bomba.
E, pelo que vi por aí na net, pouquíssima gente viu também.''

Cara, admito que o ''road-movie dramático com leves toques de alucinações'' foi simplesmente genial, e vendeu o filme pra mim :) (Alguém no IMDB gostou ainda menos dessa porra, o classificando de ''the suckiest suck that has ever sucked''!)

Pois é: logo após o parecer do Ivan sobre esse obscuro drama de suspense, fiquei curioso e acabei assistindo Vítimas de um Pacto (Dead Silence / Crash - dois títulos em inglês bem rotineiros) no You Tube mesmo - onde se encontra completo.

A trama: num passeio de carro pelo deserto, três amigas atropelam um andarilho, causando sua morte. Após o acidente, elas decidem ocultar o crime das autoridades.

É isso mesmo: a princípio, Vítimas de um Pacto - dirigido por Peter O' Fallon - pode ser visto como um precursor do slasher noventista Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997). Mas a bola de neve que virá a seguir está mais próxima dos eventos vistos em Calafrio! / Stranger Than Fiction (2000, protagonizado por Todd Field, que havia acabado de viver o pianista Nick Nightingale, no nosso idolatrado até a morte De Olhos Bem Fechados), outro interessante suspense em que a amizade de um grupo de infelizes é colocada a prova após uma desgraça - que faz com que todo mundo tome no cu a seguir. Se Vítimas de um Pacto (lançado em VHS pela Abril / Fox) influenciou ou não esses dois filmes mais conhecidos, aí não dá para saber. Mas é curioso pensar que um outro suspense dirigido por O' Fallon, o muito bom Jogo Suicida / Suicide Kings (que conta com excelentes atuações dos dois vilões Christopher Walken e Denis Leary), tem no seu elenco Johnny Galecki (o Leonard de The Big Bang Theory), que havia acabado de aparecer em Eu Sei o Que Vocês Fizeram... Bem, talvez seja mesmo correto dizer que todos os filmes estejam interligados de alguma forma.

E o elenco de Vítimas de um Pacto é bem interessante. Temos Carrie Mitchum (neta de Robert Mitchum), da trasheira sci-fi Órbita Letal: A Quinta Fronteira, atrocidade classe Z dirigida por Ulli ''Força Assassina'' Lommel - que conta com a ''estrela'' Casper Van Dien (Tropas Estelares), o então marido de Carrie, como o protagonista. Além dela, Vítimas... reúne a dupla Renee Estevez (irmã de Charlie Sheen e Emilio Estevez) e Lizanne Falk, duas atrizes que já haviam aparecido juntas em Atração Mortal / Heathers (1988), clássico absoluto do subgênero ''bang bang na escola'' - ou ''bullets for the bullies''. (Em Heathers, Falk fez uma das três Heathers, enquanto Estevez foi uma amiga da protagonista Veronica Sawyer.) Além de Heathers, Estevez também esteve (''Estevez esteve'' é foda, hehehe) em dois cultuados slashers oitentistas: na sequência de Acampamento Sinistro, Sleepaway Camp 2: Unhappy Campers, e também em Violência e Terror / Intruder. Falando em slashers, podemos ver aqui o competente Beau Starr no papel de um tira - sendo que ele já havia interpretado um gambé nas questionáveis partes 4 e 5 da eternamente decadente franquia Halloween, e também em outro filme de matança: Obcecado para Matar (Relentless), de William Lustig. Mas, de todos os envolvidos no elenco de Vítimas de um Pacto, o que se saiu melhor foi um então completo desconhecido Bryan Cranston; hoje em dia muito celebrado pelo seu papel principal (também um professor) em Breaking Bad, mas um completo fucking nobody em 1991.

No mais, um telefilme que, para mim, merece três estrelinhas numa escala de 0 a 5. Gostei da trama, do roteiro e das atuações do trio de protagonistas, formado pela traumatizada Mitchum, pela ambiciosa Estevez e pela depressiva Falk. Diria que é um eficiente suspense dramático, que merece uma espiada.

E, além disso, a trilha sonora em geral é bem bacana, sendo que, logo nos cinco minutos iniciais, já rola uma música para lá de deliciosa, uma tal Something Just Ain't Right, num momento bem videoclipe: admito que voltei várias vezes para escutá-la novamente. Ao pesquisá-la net afora, descobri que sua intérprete é uma cantora holandesa chamada Amber, que iniciou sua carreira musical em 1990. Essa canção do filme - de 1991 - é um pop rock bem viciante, a la The Go-Go's ou The Bangles. Mas Amber só foi debutar cinco anos depois, e com a sonoridade mudada para o dance, onde até teve alguns hits. E o mais curioso de tudo: Something Just Ain't Right simplesmente NÃO está em NENHUM dos seus discos. Vai entender. Ao que tudo indica, a única maneira de escutar esse som é nesse desconhecido thriller do início dos anos 90. Inclusive, de acordo com o IMDB, esse é o único filme que toca música da Amber antes dela ter lançado algum tipo de registro.

Enfim, seja como for, eu recomendo sim Vítimas de um Pacto / Dead Silence para quem quiser vê-lo no Your Toba, ou através da sua VHS brazuca. Ao contrário do Ivan, que odiou o filme, posso dizer que gostei desse outro exemplar do diretor do divertidão Jogo Suicida / Suicide Kings - lançado em VHS e DVD na Bozolândia, e que também é um filme de mistério igualmente recomendado pelo blog 7 Noites em Claro. (Aliás, ''Reis do Suicídio'' - nome genial - ainda reúne a Lizanne Falk com o diretor Peter O' Fallon.)