TALES FROM THE SCREAMO: O POST MAIS GAY DO 7NEC (é, na vida real, os gays e bissexuais só trazem problemas, com seus joguinhos nonsense e seus assédios, mas temos que admitir que, na arte, os fellas mandam bem demais)
THE USED - SELF-TITLED (2002)
''I just feel stronger... AND SHAR-PER. Found a box of sharp objects. What a beautiful thing.''
FAKE SCREAMO (2000s) >>>>> REAL SCREAMO (1990s)
FAKE EMO (2000s) >>>>> REAL EMO (80s & 90s)
(Há, inclusive, um dos melhores nomes ever de comunidade do Orkut foi ''REAL EMO É O CARALHO. EU GOSTO MESMO É DE MY CHEMICAL ROMANCE.'' Realmente, qual banda do ''verdadeiro emo'' gravou um disco tão genial e complexo quanto The Black Parade? E qual banda do ''verdadeiro screamo'' gravou um álbum tão memorável quanto o debut do The Used?)
NOTA: Esse post em questão começou a ser escrito em Dezembro de 2018, para ser abandonado e esquecido a seguir... Até que o retomei e o finalizei, agora em Junho de 2020.
''Esse vocal freak do The Used traçou a Kelly Osbourne e também o Gerard Way. Ou seja: ele tem ótimo gosto para homem, mas péssimo gosto para mulher.''
Hoje em dia simplesmente não consigo acreditar que, lá nos idos de 2002-2004, eu achava A Box Full of Sharp Objects uma música horrível. Também odiava o seu - fodástico demais - clipe oficial. UnbelUweBoll. Mas agora reconheço sim a forte qualidade da primeira música de trabalho da banda de Bert McCracken, o ex-namorado da Kelly ''Balofa'' Osbourne e do Gerard ''MCR'' Way. (Aliás, o The Used e o MCR gravaram juntos uma ótima versão para Under Pressure, da dupla também andrógina David Bowie / Queen. Bert também gravou backing vocals na clássica You Know What They Do to Guys Like Us in Prison, do segundo disco do MCR, e que já recebeu post próprio aqui no 7NEC.)
Aliás, Sharp Objects tinha uma rotatividade tão forte na MTV que até me lembro de algum programa da emissora fazendo uma paródia do seu clipe, com um fã da banda tirando sarro das estripulias do vocalista esquisitão da banda. Além disso, me recordo, também, de que algumas revistas teen do período traziam posters e notícias sobre a banda. Hoje em dia isso tudo é tão inimaginável quanto relembrar que ''coisas'' como Trixter, Slaughter e o absolutamente horroroso Firehouse já foram mainstream um dia - antes do grunge devidamente mandar o metal farofa pra casa do caralho, numa viagem só de ida. Em comum com essas hairbands aqui citadas - 100% falidas e sem inspiração - há o fato de que The Used também virou um grupo exclusivamente de nicho, fadado a ser cultuado somente por adeptos do emo-screamo mainstream dos anos 2000.
Anyway...
Além de Sharp Objects, nesse mesmo debut do The Used (não confundir com a sueca Refused, outra screaming band icônica e influente), também somos agraciados com Bulimic, uma das melhores canções que Titio Marcio já ouviu sobre a dobradinha deplorável formada pelo álcool e pelas drogas. Ela faz parte daquele mesmo universo de, por exemplo, Honey (título completo: Honey, This Mirror Isn't Big Enough for the Two of Us, do MCR) e There She Goes (do The La's); ou seja, o território das canções sobre álcool-drogas que podem ser confundidas com músicas sobre relacionamentos. Bulimic é imbatível, e poderá ser emocionante para quem luta - ou já lutou - contra a ''gorólândia'' e/ou a ''drogalândia''.
A baladinha On My Own também se destaca no disco auto-intitulado, fugindo um pouco da gritaria generalizada do LP, mas mantendo sua choradeira de responsa. ''Knowing nothing is better than knowing it all.''
Muito curiosamente, Bulimic e On My Own não viraram singles: após o pontapé inicial causado por A Box Full of Sharp Objects, os singles foram, cronologicamente, The Taste of Ink, Buried Myself Alive e Blue and Yellow. Apesar de boas, tais faixas não são, nem de longe, tão boas quanto Bulimic e On My Own - sem relação com a canção homônima da Miley.
E, navegando pelo resto do disco, fica claro de que Maybe Memories é outro de seus grandes destaques.
Já ao término do disco, somos brindados com duas faixas escondidas: Polly e Choke Me. E, na versão japonesa, ainda tem a bônus Just a Little.
No mais, o debut do The Used colocou a banda entre as coisas mais interessantes dessa vertente mais surtada, psicótica e esquizofrênica do emocore mainstream. O Funeral for a Friend, o A.F.I. (A Fire Inside) e, principalmente, o My Chemical Romance do debut também são fortes destaques entre essa galera mais inspirada do screamo 2000 - sendo que essas duas últimas possuem lá as suas evidentes influências dos Misfits. (E sim, antes que os puristas e os bitolados venham me xingar aqui, eu sei que A.F.I. não é nem screamo e nem dos anos 2000. Mas, ainda assim, tem lá suas faixas que podem ser interessantes para os adeptos do screamo 2000.)
Enfim...
Eis, para mim, os grandes destaques do disco auto-intitulado do The Used, um clássico álbum que transformou esses mendigos em rockstars:
A Box Full of Sharp Objects
Bulimic
Maybe Memories
On My Own
Box e Bulimic são as duas faixas absolutamente imbatíveis do disco. Aliás, um dos motivos pelos quais eu passei a me interessar mais intensamente por The Used foi que, lá em meados de 2018, eu consegui uma compilação de clipes e entrevistas de coisas ''emonóides'' em DVD importado, que trazia a participação do The Used. Mostrava uma entrevista com a banda, o clipe de Buried Myself Alive na íntegra e trechos de Box e Bulimic. Quando eu ouvi o refrão de Bulimic, eu surtei: isso é simplesmente foda demais. Entre Box e Bulimic, fica difícil de dizer qual das duas é a mais perfeita. Só sei que eu não saberia viver sem poder ouvir essas duas canções fodásticas.
Chupa essa, real screamo.
''Goodbye to you. Goodbye to you. You're taking up my time.''
NOTA: Para variar, o suspeito Wikipedia oferece informações contraditórias sobre o single The Taste of Ink. Primeiro diz que o single foi lançado em Setembro de 2002 e, depois, que foi lançado em 11 de Março de 2003. Make up your fucking mind, Wiki motherfuckers.
Trivia OFF-TOPIC: Em 2002 / 2003 o The Used fez a sua tour do debut e, em algum momento, teve o MCR como banda de abertura - sim, o MCR abriu pro The Used, algo inimaginável nos tempos atuais, já que o MCR se tornou a banda mais bem-sucedida de toda a história da ''emolândia'' mundial. E, nessa época, o bully neonazista Bob Bryar era o engenheiro de som do The Used (e também de outra banda screamo: Thrice - que também tocou junto do The Used na tour do debut). Portanto, foi através do The Used que o MCR conheceu o Bryar. Aí, em 2004, após Gerard e companhia limitada ficarem de sacos cheios e demitirem o batera junkie e piromaníaco Matt Pelissier (que havia colocado fogo na van do MCR, hahahahaha), eles escolheram o Bryar (que pode ser considerado o Tommy Lee do emo - ambos são excelentes como bateristas e péssimos como seres humanos) para ser o substituto do Pelissier; com a ilusão terminal de que tudo ficaria bem dessa vez... Guardarei mais detalhes dessa história toda para quando for a hora de falar especificamente de todos os trocentos e problemáticos bateristas que já passaram pelo MCR - que também inclui o cleptomaníaco irrecuperável Mike Pedicone.
TITIO MARCIO E SEUS DOCS EMO
ResponderExcluirEis um complemento-comentário rapidão...
A minha relação pessoal de documentários emocore vistos até o presente momento (inclui alguns curtas, reportagens de TV e coberturas especiais do YT - que, por serem caprichados e completinhos demais, entram na lista):
* RECOMENDADOS *
Bastards of Young
Bro-mance: The Rise and Fall of Emo (o melhor de todos os docs aqui listados e um dos melhores docs que já assisti em geral, inclusive com uma visão bastante negativa do emocore mainstream dos anos 2000, e também das bandas forçadas que tentaram fazer um revival tardio da porra toda, como as altamente questionáveis Black Veil Brides e Asking Alexandria - possivelmente o pior nome de banda de todos os tempos)
Canal Riff: O Que É Emo?
A Cena: Bullet Bane & Horace Green
Do Underground ao Emo
Emo: A Brief History (1983 - Today)
Especial Legionários: Os Coloridos
Especial MTV: O Nascimento do Emo no Brasil
Guitardo Songs + Oswaldo Potenza + Vini Mello: Tudo Sobre o Emocore
MCR: Frerard: The Full Story and Undeniable Truth
MCR: Life on the Murder Scene
MCR: The Making of I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love
MCR: A Road Less Traveled
Nem Tudo Que Acaba Tem Final
NX Zero: Sete Chaves
Tu É Emo?
The Way: Gerard Way's Hesitant Alien
* NÃO RECOMENDADOS / PURE MASSACRE *
All Time Low - It's Still Nothing Personal
Não é nada pessoal, mas esse disco horroroso - dessa banda horrorosa - só possui duas canções boas, e continuo sem acreditar que o batera do ATL traçou a Cassie do Hey Monday. (All Time Low e Hey Monday, assim como Cash Cash e Forever the Sickest Kids, pertencem ao nicho das bandas coloridas dos EUA; bandas essas que serviram de base para os nossos coloridos, ou seja, a dupla Restart / Cine - ex-Without Shoes - e também as meninas do Lipstick.)
Fresno: O Outro Lado da Porta
''A'' Fresno, a pior banda emo mundial de todos os tempos (na verdade, o Fresco está mais para um sertanejo elétrico disfarçado de coisa séria), é retratada nesse doc deplorável que alterna entrevistas vergonhosas e performances piores ainda; até admito que tem, tipo, duas faixas que até começam bem na parte instrumental - mas, a la Muse, no instante que o filho da puta lá começa a cantar, todo vestígio de esperança vai direto pra casa do caralho em definitivo. (O único ponto positivo ligado ao Fresno é que o vocalista ajudou a divulgar o Violet Soda.)
* FALTA ASSISTIR *
Blink-182: Punk Poets (tenho ele em um dos DVDs fajutos lançados por aqui, e o verei muito em breve - caso ele mereça, farei então um post sobre esse doc não autorizado dessa banda que foi muito interessante antes de se queimar com o Take Off Your Pants and Jacket e os álbuns seguintes, registros que alternam entre o vendido e o genérico; às vezes as duas coisas juntas)
The Last Scene (to be downloaded - ou visto de alguma outra forma)
(...)
Caso alguém tenha para recomendar algum outro doc - ou alguma coisa remotamente assim - ligado ao universo da ''emolândia'', tal recomendação será muito bem-vinda. Na realidade, até docs ruins sobre esse assunto me interessam. E aposto que existem dezenas e mais dezenas de docs do tipo que me restam conferir, talvez até mesmo centenas.