sexta-feira, 26 de março de 2021

PURE MASSACRE = Melancholie der Engel (''Marian Dora'', 2009), Desgraça Nível Extra Hard Que É, Simplesmente, um dos Filmes Mais Insuportáveis e Intermináveis Já Feitos


 

 

Após Der Fan (1982) e Nekromantik 2 (1991), dou sequência a minha viagem pelo cinema alemão from hell, finalmente assistindo Melancholie der Engel (Angel's Melancholia / Angel's Melancholy), atrocidade terminal da qual meio que sempre estive ciente, mas que só agora fui desperdiçar 2H40 (!) assistindo.

Por que diabos sinto essa necessidade doentia de caçar e conferir tudo que é cinema extremo? Talvez para lidar com tudo que há de sombrio na trinca de horrores formada por humanidade + existência + Planeta Terra, encarando obras fílmicas que reflitam esse mundo pavoroso que - com ou sem pandemia - é, sempre foi e sempre será algo que beira o inabitável. Talvez pela mórbida curiosidade de seguir me aventurando por tudo que for extremo e bizarro dentro da sétima arte. Talvez para ver se irei me deparar com um filme tão extremo, mas tão extremo que não irei conseguir chegar ao fim dele ou superá-lo. Ou talvez pelo meu lado completista, de querer experimentar uma caralhada de coisas cabulosas dentro do cinema de horror mundial.

E, em meio a tudo isso, eventualmente trombo coisas traumatizantes como Closet Land e Evil: Raízes do Mal, e também coisas vergonhosas como esse ''Melancolia do Anjo''. É o risco que corro sempre.

A primeira vez que - ao menos conscientemente - ouvi falar dessa desgraça nada recomendável foi em meados de 2012, quando o ''finado'' Shakra veio reclamar para mim que havia assistido essa porcaria cinematográfica graças a uma recomendação minha. WTF?! Como assim? Como eu poderia recomendar algo que nunca havia conferido na vida? Óbvio que ele havia se confundido totalmente. Normal para um Bozominion movido a maconha.

Assim, foi só agora mesmo, nessa Sexta 26, que dei play nessa produção underground germânica do final dos anos 2000 - lançada em 2009, mas aparentemente filmada em 2006. E posso dizer que foi um dos trecos mais chatos e intragáveis que já conferi na vida inteira, rivalizando em tédio com aberrações do tipo Elemento de um Crime / Elementos de um Crime / Elemento do Crime e A Idade da Terra - dos ''gênios'' Lars Von Hitler e Glauber Rocha, respectivamente.

Inclusive, nesse campo extremo, Melancholie é um porre tão forte quanto Atroz, The Bunny Game e a franquia August Underground. Chato pra caralho.

A ''história'' (hahahahaha) de Melancholie der Engel é a seguinte: dois Zé Ruelas se reencontram após um bom tempo afastados, e acabam levando duas jovens para uma fazenda no meio do nada, um lugar supostamente assombrado, para praticar todo tipo de crueldade inimaginável com elas. Juntam-se a eles um velho igualmente xaropeta, uma ninfomaníaca sadomasoquista e uma cadeirante. A seguir teremos situações que lembrarão diversos outros filmes, nem sempre bons porém sempre melhores do que Melancholie: Aniversário Macabro / The Last House on the Left (1972), Assassinatos no Expresso da Meia-Noite / Night Train Murders (1975), Saló: Os 120 Dias de Sodoma / Saló and the 120 Days of Sodom (1975), Doce Vingança, AKA A Vingança de Jennifer / Day of the Woman, AKA I Spit on Your Grave (1978), Violência Gratuita / Funny Games (1997), Um Vazio no Coração / A Hole in My Heart (2002) e até mesmo as podreiras do Petter Baiestorf, como a dobradinha Arrombada: Eu Vou Mijar na Porra do Seu Túmulo e Vadias do Sexo Sangrento, ambos da mesma época de Melancholie. Por falar nisso, o filme com o qual Melancholie se parece mais é brasileiro mesmo: o simplesmente absurdo Bicharada, AKA O Come Tudo, AKA Alucinações de um Gozador (1986), do orgulho nacional Sady Baby. Podemos dizer que essa porra de Melancholie é um remake bagaceiro, metido a besta - cheio de momentos oníricos e afins se misturando com as cenas extremas - e disfarçado do icônico O Come Tudo; mais uma obra do Sady que não circula em sua versão integral, sendo disponível apenas na sua raríssima VHS cortada, da Frenesi, sob o título Alucinações de um Gozador.

Eu vejo dessa forma: para um filme extremo ser eficiente, é preciso de um mínimo comprometimento depositado nele. É preciso que o filme seja minimamente bem realizado, e que haja algum tipo de abordagem séria-sóbria no tratamento com o tema apresentado. São esses elementos que fazem com que obras como Mártires e Bullying: Provocação sem Limites sejam tão perturbadoras. E é a ausência delas, aliada ao desespero para chocar o espectador de qualquer forma, custe o que custar, que faz com que Melancholie seja um fracasso total. Inclusive, existem filme infinitamente menos gráficos do que Melancholie que conseguem, sim, serem bem mais desagradáveis e impactantes: os clássicos políticos A Batalha de Argel e Estado de Sítio, por exemplo, são dois exemplos perfeitos.

E, no lado barra-pesada levado às últimas consequências, A Serbian Film: Terror sem Limites é bem melhor. Já no território blasfemo-surrealista-niilista, Subconscious Cruelty é muito superior.

Os únicos pontos realmente devastadores de Melancholie são as cenas de crueldade animal. A do porco, por exemplo, é bem intensa. Ou melhor dizendo: seria bem intensa se decentemente filmada. Mas, como a cena é intercalada lá com as baboseiras acontecendo com a freira (prefira ver O Ônibus da Suruba 2 e vários nunsploitations) e um aparente estupro, e editada de maneira esquizofrênica e ''flashy'', parecendo um videoclipe ruim de música industrial da década de 1990, até aqui Melancholie também vira ser um EPIC FAIL. Assim como outras coisas no filme, também acontece de forma relâmpago e com a câmera um tanto fora de foco - mostrando que Melancholie não é tão bem filmado assim quanto alguns reviews online te fariam acreditar.

O filme é um desastre visto por qualquer ponto de vista. E todo esse papo de que foi proibido em trocentos países é uma palhaçada sem limites. Se você quer um filme REALMENTE proibido no mundo inteiro, vá atrás de uma produção italiana chamada Maladolescenza, de 1977, o tratado definitivo e totalmente sem pudores do bullying na infância.

Caray, nem sei mais o que dizer. Melancholie der Engel é uma tranqueira absoluta com 2H40 que, ao apresentar tantas cenas de animais mortos, demonstra uma possível tendência psicopata do diretor ''Marian Dora'' - pseudônimo desse cuzão do caralho, que nem tem a coragem de revelar sua real identidade. Além de Melancholie, ele dirigiu outros espetáculos freakshow cultuados pelos degenerados de plantão, como Cannibal e Carcinoma.

Enfim...

Como curiosidade, tenho três coisas para apontar no elenco e ficha técnica de Melancholie:

1) O protagonista dessa bobagem nível extra hard é Zenza Raggi, figura carimbada do mundo pornô. Ao vê-lo em cena, a primeira coisa que me vem à cabeça é a abertura de um dos filmes da franquia XXX ThASSit!, especializada em sexo anal. A obra em questão já abre com a cara do Raggi disparando a seguinte pérola: ''TUDO BEM SE ELA NÃO DAR A BUCETA. AFINAL, HOJE É DIA DE CU.'' Hahahahaha. Igualmente engraçado é o vídeo do Melancholie feito pelo Refúgio Click Bait, digo, Refúgio Cult, em que o apresentador chama o personagem de Raggi de ''Los Hermanos'' :) (Se bem que o vídeo do Getro sobre MDE também é bem divertido.) Certamente é um papel que, em tempos passados, seria brilhantemente vivido pelo finado David Hess, o algoz principal de clássicos como Aniversário Macabro e outros.

2) Há, falando em David Hess, o próprio - alguns poucos anos antes de morrer - fez a trilha sonora de Melancholie. São canções lentas e tristes, que surgem em cena num efeito de contraste a la Cannibal Holocaust, parecendo lamentar a extrema maldade mostrada na tela.

3) A voz em off de Melancholie é feita pelo veterano cineasta Ulli Lommel, mais conhecido pelo cultuado slasher A Força Assassina / The Boogey Man. Não entendo como um diretor relativamente cultuado pode se envolver com um lixo sem nenhum mérito como Melancholie. Aliás, assim como Hess, Lommel também não está mais entre nós. Vai ver ele e o Hess morreram de desgosto por terem se envolvido com Melancholie... (Outro que deve ter literalmente morrido de vergonha por fazer Melancholie é o ator Peter Martell, o intérprete do Heinrich, o velho louco que se junta aos lunáticos. Martell morreu logo após fazer Melancholie - seu penúltimo filme.)

Bem, é isso aí. Não recomendo esse filme para ninguém, nem mesmo para fãs completistas de cinema extremo. Não consegue envolver o espectador, apresenta uma série de personagens desinteressantes com os quais a gente não se importa, apela para uma série de mortes de animais (ao que tudo indica, infelizmente reais) e desperdiça quase três horas da sua vida. Soma-se a isso papos nonsense e francamente psicóticos, de que a crueldade infligida aos outros é algo transcendental - o que levanta a minha suspeita de que o tal Marian Dora talvez seja mesmo meio psicopata.

A minha nota para isso é 0. E seria melhor até rever Crepúsculo ou 50 Tons de Cinza do que assistir esse lixo total uma segunda vez.

 


 

11 comentários:

  1. O bom do seu canal é isso, não se rende só aos filmes norte-americanos que Hollywood tenta nos empurrar goela baixo e muitas vezes são apenas grandes "merdas perfumadas".

    Agora 2h40 de filme é insano. Imagina quem teve saco de ver 4h00 de Snyder em filme de super-herói. kkkkkkkkkkkkkkk

    Interessante esse desafio a que você se propôs de encarar os filmes mais "crus e vis" o quanto aguentar pra ver até onde vai.

    Nossa, esse Las Von Trier é um chute no saco mesmo. Lembro de ter assistido aquela porra de Ninfomaníaca volume 1 e 2 (e foi pelo Youtube se eu não me engano, apesar do conteúdo sexual altamente explícito de algumas partes, o vídeo em 2017 estava lá, tanto a parte 1 quanto a 2 [ou seja, não foi Torrent]) e apesar da primeira parte ser até legal, o volume 2 é intragável. Principalmente aquelas partes de genitália sangrando, ainda mais pra mim que tenho pavor de gore. Mas o que f0deu a "obra" digamos assim, pra mim, foi o final n0nsense que só ajuda mais e mais as feminazis terem argumento furado de que homem é tudo filho da puta. Esse final desse filme pra mim foi a gota d'água. Me senti um otário.

    Já pela síntese do enredo e seus personagens (no caso agora estou falando do filme que você menciona no post e não mais do Ninofomaníaca) bizarros, da pra perceber já que vem "coisa boa", no mau sentido, por aí.

    Porra, agora essa do Sady Baby foi foda hein? Quer dizer que a única opção de ver a obra do cara ainda é capada pra caralho e com cortes. Que frustrante! Ainda bem que mesmo assim ainda existe a obra. Não sumiu ou foi queimada nos porões da Ditadura, como aconteceu com muitos filmes nacionais de parte dos anos 70 e 80.

    [/continua no próximo]

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hey :)

      Exato. Blockbusters made in Hollywood só terão espaço aqui de maneira negativa ou algo assim. Inclusive, tô preparando um PARTIAL MASSACRE de duas produções mainstream USA que contam no elenco com uma atriz francesa que eu adoro - o real incentivo por eu ter revisto o primeiro desses dois e já ter assistido o segundo alguma vez na vida.

      Inclusive, acho ridículo ver alguém que se diz CINÉFILO - ou qualquer coisa assim - dar espaço para essas porras de ''cinemão'' comercial dos EUA. Um dos meus sonhos é ver a Marvel e a DC indo a falência. Nada justifica apoiar essas tralhas. Como comentei antes, dependendo do 7NEC, o cinemão blockbuster dos EUA irá acabar. Utopia total, sim, mas também a única maneira correta de viver a vida. ''Ahh titio Marcio, mas o filme do CUringa é muito bom.'' FODA-SE. Não é bom o suficiente para justificar gastar $ para ver isso na tela grande ou através de um lançamento oficial em home video. Vejo dessa forma: quem REALMENTE precisa assistir isso, que seja através de download, streaming ou DVD alternativo. Ou, se precisar mesmo adquirir o negócio em DVD ou BD, que seja então através de alguma loja física nanica-minúscula (ou, muito melhor ainda, em sebo), que não dará ibope ou número de venda para essas porras.

      É totalmente errado esses filhos da puta encherem um zilhão de salas de cinema do mundo inteiro com seus filmecos lixões de CGI ''all over the place'', então porque eu deveria apoiar esses cornos malditos? Porque eu deveria apoiar um tipo de cinema que, se dependesse deles, acabaria com todo o mínimo espaço do tipo de cinema que eu gosto? Eles que se fodam então. Me recuso a ver blockbuster americano na tela grande, e me recuso a apoiá-los de qualquer forma.

      Nesse sentido, respeito muito mais o Marian Dora - por mais que esse Melancholie der Engel seja horrível - do que LIXOS SUPREMOS como Marvel, DC, $tar War$ (franquia imbecil para eternas crianças, que ficam brincando de ser cavaleiro Jerk-Dork, enfiar sabre de luz rabo adentro e fantasiar em dar tirinho de arma laser um no cu do outro), $tar Treko (que acompanha o namorico homo do Capitonto Kirkunt com o Spockunt), 000 / James Bosta (o agente fucking asshole nada especial, em aventuras previsíveis feitas de encomenda por e para os cuzões filhos da puta do mundo) e Indiânus Zonzo (aventuras caricaturais e débeis protagonizadas pelo mesmo otário do Han Só no Loló) e demais porcarias sem salvação. Por mais que Melancholie seja péssimo, ao menos retrata o mundo da maneira que é, de forma totalmente pessimista e desiludida, e não fica mentindo pra gente como Hollywood faz. (E tem outra: assisti um outro filme do Dora que, surpreendentemente, gostei sim. Deverei fazer um post sobre isso, aliás.)

      OK, levei o comment para outras áreas aqui. Abrirei um novo comentário pra seguir te respondendo. Já volto aqui.

      PS: Como já disse aqui antes, o último filme da DC que vi no cinema foi no milênio passado, Batmerda & Robiba (1997), que assisti só pela minha extrema paixão pela Alicia Silverstone da época. E o último da Marvel que vi na tela grande foi o Hulk do Ang Lee, de 2003. Depois desses dois, nunca mais assisti DC e Marvel no cinema. É algo que, hoje em dia, me deixaria com a consciência muito pesada. Quem se diz fã de cinema e assiste Marvel / DC - e essas outras franquias pavorosas que citei - no circuito comercial, ao meu ver, é um poser do caralho. E só para complementar o que eu disse ali em cima: o filme solo do CUringa NÃO é tão incrível assim não e, talvez, receba um post próprio aqui no 7NEC.

      Excluir
    2. Acho que a única coisa digna mesmo da carreira desse imbecil do Zack Snyder é o clipe Desolation Row, do MCR, cover 'punk style' duma canção originalmente bem longa do Bob Dylan. Tirando isso... CHUTA QUE É MACUMBA.

      Sim, 2H40 de duração pro Melancholie der Engel :) Isso que o corte original teria 3H10, hahahahaha. Mas o produtor do filme achou esses 30 minutos adicionais extremos demais (ainda mais do que as demais 2H40 de crueldade extrema, gore exacerbado e nojeiras explícitas variadas) e, de acordo com o próprio Marian Dora, simplesmente destruiu essa meia-hora deletada do corte final; o que causou uma treta foda entre os dois, o Dora e o produtor. Vai saber o que diabos tinha nesses 30 minutos perdidos aí...

      Sim, e é esse meu desafio que me faz ter que aguentar diversas baboseiras, tipo a filmografia do Takashi Miike.

      Não entendo todo esse holofote dado ao Lars Von Hitler. Esse cara fez O Elemento do Crime, simplesmente um dos maiores porres já cometidos no cinema, e que só possui um único interesse: a presença da minazinha oriental lá dos filmes italianos de canibalismo, a Me Me Lai. Os únicos filmes dele que já realmente gostei mesmo na vida são Melancolia e o segundo Ninfomaníaca - sim, ao contrário de você, eu gostei bastante dele na época. É claro que teria que rever esses dois hoje em dia, para ver se eles continuam relevantes. Mas, no caso dos dois Ninfomaníaca, só os veria hoje nos cortes integrais. (Assisti os dois Ninfomaníaca em 2014, porém naqueles cortes comuns. Até cheguei a ver as cenas cortadas à parte, mas não integradas nos filmes.)

      Sobre essa parte do Sady Baby, terei que confirmar uma coisa (se é que será possível - e provavelmente não será), para poder te dar uma resposta mais atenciosa aqui sobre a censura que ele recebeu. Até Quarta agora voltarei aqui então, para falar especificamente sobre O Come Tudo.

      Excluir
    3. Pois é, sobre o Ninfomaníaca, também esqueci de mencionar, achei patética a cena que aparece a Uma Thurman (desculpe se escrevi errado) no papel de esposa corneada.

      E o filme em geral tanto a parte 1 quanto 2 não me agradaram apesar das cenas explícitas, só a cena lá dela lesbicando com a outra mina no segundo filme a meu ver se salva, mas aquele final esdrúxulo lá me deixou realmente puto e achei totalmente nonsense também, a mulher passa o filme todo dando e aí recusa no final quando o velho se revela um taradão. pqp.

      Excluir
    4. Lembro que essa cena era bem vergonhosa mesmo. Pior que isso só aquele cartaz, com os atores todos em momentos ''calientes''. LVT é vexaminoso, PQP. ''Gênio'' é o escambau. Esse cidadão teria que fazer dez obras-primas para apagar o estrago vergonhoso causado por O Elemento do Crime, uma das coisas mais pavorosas que já assisti até hoje.

      E, até o presente momento, LVT dirigiu 0 obras-primas. Gostei bastante sim de Melancolia e Ninfomaníaca 2 na época, mas não a ponto de os acharem geniais. Ou seja, são obras-primas tão grandes quanto o CU-ringa lá do maluquinho do Se Beber, Não Case: portanto, não são obras-primas nem aqui e nem na casa do caralho.

      Esse final pode ter sido algo naquela vertente Takashi Mickey Mouse e Catherine Breillat. Ou seja, na absoluta necessidade de causar um final chocante de qualquer forma, esses diretores tiram do cu um final ''chocante'' que não faz sentido algum.

      Mas só quando eu rever o Ninfomaníaca 2 que eu saberei mesmo ao certo disso...

      PS: Falou em Uma Thurman e a primeira coisa que me veio a mente é o fato dela ser a mãe da Maya :) Aliás, a Maya é MUITO mais gata-gostosa do que a Uma de qualquer época.

      Excluir
  2. Bom, pelos seus relatos deu pra entender que esse Melancholie só tem a capa do DVD que apresenta uma arte desenhada, bem feita. O resto foi feito com a bunda.

    Ahh, esses reviews da internet e mesmo antes na época das revistas são fodas. Acho que muitos recebem das produtoras pra falar bem dos filmes e não aquilo que realmente acharam. Então a gente tem que recorrer a meios mais independentes pra ter uma opinião mais visceral e sincera sobre a cultura pop no geral.

    Puta que pariu! O diretor se esconde atrás de nicks. É pra acabar. Com certeza se baixar a ficha corrida desse cidadão é capaz de encontrar muita coisa errada, inclusive crimes, dignos de quem enfia uma coleção inteira de gibis na bunda.

    Caraca, essa do cara requisitar ator pornô pra atuar no cinema convencional, foi no mínimo, uma ideia inusitada. kkk

    É bicho, esse parágrafo final realmente me fez pensar que esse diretor é um psicopata da porra. Vai saber com o que esse cara se meteu pra ter até que esconder seu verdadeiro nome atrás de um nick qualquer. Parece asqueroso mesmo esse filme no final das contas.

    E é isso, valeu, mais um excelente post!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. ''O resto foi feito com a bunda.''

      Literalmente, já que o filme também possui momentos escatológicos bem fortes. O cinema do Marian Dora é um passo acima do cinema extremo, e só pode ser recomendado para fãs mais radicais e insanos desse tipo de cinema. É para pouquíssima gente mesmo.

      Sim, e o mais detestável de tudo é o site/canal do YT Omelete, que deveria sim acabar - e acabar em definitivo. Aquilo lá é nojento: um veículo criado pra apoiar todo tipo de produção mainstream sem cérebro; pra apoiar o inimigo. O Omelete é tão nojento, mas tão nojento que, até quando eles não gostam de um desses filmecos de super-heróis, eles ainda dizem ''mas vão no cinema assistir''. Deplorável. FUCK OMELETE.

      No YT tem umas entrevistas do Dora com o rosto apagado, tipo fazem nos telejornais da TV. O motivo dele esconder a identidade seria por dois motivos:

      1) Por ser um recluso-misantropo terminal.

      2) Para se defender das ameaças de morte que recebe por causa desses filmes seriamente insanos.

      ''...essa do cara requisitar ator pornô pra atuar no cinema convencional, foi no mínimo, uma ideia inusitada.''

      É naquelas: o tipo de cinema do cara é um suicídio comercial tão absurdo, tão radical, que nenhum ator sério arriscaria a carreira se envolvendo nessas porras. Aí o Dora tem que recorrer a amigos próximos, atores underground e até a esse maluco aí dos pornôs (que já havia aparecido naquele rape & revenge Baise Moi, estrelado pela Karen Lancaume, pornstar que cometeu suicídio - a mesma que fez a Lara Croft XXX). E tem uma história curiosa sobre a presença do Zenza Raggi em Melancholie der Engel: de acordo com o Dora, o Raggi passou as filmagens se detonando nas drogas, o que tornou a realização do filme ainda mais difícil.

      Admito que simpatizei um pouco com o Dora depois que descobri que ele é um grande fã de Lucio Fulci :) E essa paixão pelo Fulci fica bem evidente no outro filme dele que assisti - e que, em breve, deverei resenhar aqui. Poderá ser um prato cheio para fãs de The New York Fuckin' Ripper.

      Bem, valeu e até a próxima. Até Quarta volto aqui pra comentar somente O Come Tudo do Sady.

      Excluir
    2. Ah sim, bom, ainda bem que é por essa razão então , essas razões que ele se mantem mais no anonimato, já tava achando que o cara era um psicótico com esquizóide pulando pelo cu.

      Exatamente, aquele Omelete é uma bosta. E um cara que tá lá, tal de Hessel, acho que foi um dos fundadores, chamaram ele em 2015 para escrever uma orelha do livro do relançamento em livro do Jurassic Park de Michael Chricton (que depois foi adaptado para os cinemas).

      E o cara falou uma pah de merda que deixou os fãs da franquia JP fodidos da cara. É tipo: "chama o fulano do site do cinema mesmo que ele não entenda nada da obra ou sobre o autor da obra" e o cara chafurda na lama nessa orelha de livro falando coisas que ele tirou do cu dele , sem nenhum vínculo com a realidade, do tipo: "mimimi o autor em suas obras nunca valorizou ou fez que personagens femininas fossem fortes ou relevantes" e outras baboseiras ideologizadas na cabeça dele de escravoceta retardado que não leu nenhum dos livros (são 2 do JP) pq tem ação pra caralho com as personagens femininas nos livros do JP e mesmo que não tivesse, foda-se, o cara que cria uma obra tem que ser livre pra dar protagonismo pra quem quiser. Esse é outro papo furado que da no saco nos dias de hoje, querem impor que o idealizador seja um chupa-cu de ideologia feminazi. Não se pode ter liberdade criativa nem autonomia nem pra mandar no próprio roteiro ou história. Resumindo, esse Marcelo Hessel é um cuzão.

      http://www.mundojurassicobr.com/2015/06/nova-edicao-do-livro-jurassic-park-traz.html

      aqui tem outras atrocidades que ele fala se tiver curiosidade ou for masoquista pra ler uma pah de bosta.

      Esses filmes de Hollywood já são feitos pra vender, agora além disso querem forçar que o cara ainda venda mais pra feminazi. Vão tomar no olho do cu! Cagação de regra da porra.

      Excluir
    3. Vou dar uma checada no que esse cidadão disse dos Jurassic Parks (que preciso mesmo revisitar para saber o que realmente achar deles ao certo...) e depois volto aqui para te responder toda essa parada direito!

      E vou lá comentar no seu vídeo da Anahí agora :)

      Excluir
    4. OK, vi lá os comments ''Fiuk-style'' do bobalhão do Omelete sobre Jurassic Park. Como comentaram ali, por que diabos a editora decidiu incluir essa porra na apresentação do livro em si??? Inacreditável e simplesmente incompreensível.

      No fim das contas, parece que o Hessel aí estava na mesma turma do igualmente vexaminoso Fiuk no curso de feminismo deles.

      E o mais estranho é que eu já trombei esse infeliz aí, Hessel, ao vivo. Foi em 2016 ou 2017, na Mostra Internacional de SP, num debate ocorrido na Paulista. Era um bate-papo sobre blogs e, por causa do tema, eu fui lá assistir. O Inácio Araújo também era um dos debatedores. É engraçado que o público foi aplaudindo um a um os convidados, mas, quando entrou o Hessel aí, ninguém aplaudiu ele, hahahahaha. Normalmente eu até sentiria dó do cara, mas, PQP, como era alguém do detestável Omelete, nerds otários que idolatram todas as coisas que eu odeio, achei legal sim.

      PS: Ainda sobre o Marian Dora, tô lendo e vendo uns reviews online dizerem que o debut dele, Debris Documentar / Debris Documentation (filmado em 2003, lançado em 2012), é ainda MUITO mais brutal e difícil de assistir do que o Melancholie der Engel. O Debris é, inclusive, uma prequel do Melancholie, mostrando, de maneira ''mockumentary'', acontecimentos na vida do carequinha lá antes dele ficar doente - se bem que DOENTE o féla da puta sempre foi, como demonstram esses dois filmes horríveis...

      Excluir
  3. Hey Guitardo.

    Complementando aqui aquela parada do Alucinações de um Gozador (título do filme na VHS cortada da Frenesi Vídeo, em 1990), AKA O Come Tudo (título do filme no lançamento no cinema, em 1986), AKA Bicharada (aí, se não me engano, foi o título do filme durante as filmagens - ou isso ou o título provisório pré-filmagens; só mesmo o Gio Mendes pra confirmar essa parada). Há, os três títulos dessa porra são sensacionais :)

    Então, demorei pra responder essa parte aqui por um motivo: fui fuçar geral pra ver se encontrava um certo depoimento em vídeo do Sady sobre O Come Tudo...

    E não encontrei não. As minhas suspeitas se confirmaram então: esse depoimento está num documentário em longa-metragem de 2007 sobre o Sady que nunca foi lançado. Tem uma parte que o Sady diz que foi o Romeu Tuma - fazendo aí o link com o seu comentário sobre a ditadura militar - que, ao estar presente numa sessão d'O Come Tudo, ficou horrorizado com o conteúdo do filme, resultando na apreensão do mesmo.

    Aí, tempos depois, o filme voltou a circular através dessa VHS ultra-hiper-mega-rara da Frenesi. Sim, ao contrário das fitas ''raríssimas'' anunciadas em leilões picaretas e absurdamente careiros do What's App, essa do Sady é verdadeiramente rara MESMO. Não sei de absolutamente ninguém que a tenha, para ter uma ideia. Só assisti mesmo um rip dela tempos atrás, e fiquei impressionado com o quanto o filme é extremo - até para os padrões grotescos do Sady e até mesmo numa cópia com cortes.

    Não adianta: Sady Baby é o verdadeiro precursor de Melancholie der Engel e ''Serb''.

    PS: Depois voltarei aqui, tomara que ainda nessa semana, pra fazer uma nova postagem. Poderá ser um certo PURE MASSACRE aí, ou então o PARTIAL MASSACRE hollywoodiano ali... Ou até mesmo um review duma dobradinha de documentários sobre Berlin - a melhor banda ocidental dos anos 80, e não a cidade homônima.

    ResponderExcluir