segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

''WE'LL TEAR YOUR FUN APART''... PURE MASSACRE = HELLRAISER 2022, uma Ruindade dos Diabos


 

 

Após o abominável Hellraiser: Judgment (Hellraiser: O Julgamento - o décimo capítulo da franquia), uma das piores aberrações já feitas no cinema de terror, a saída encontrada foi contratar o outrora talentoso diretor David Bruckner (do ótimo A Casa Sombria, AKA The Night House, atmosférico e assustador thriller com a sempre excelente Rebecca Hall) para rebootar o diabólico universo de Pinhead e seus coleguinhas infernais. Mas, muito infelizmente, o resultado também foi muito, muito fraco, ficando acima somente do seriamente péssimo Judgment (de longe, o pior da saga inteira) e do também altamente problemático Deader (O Retorno dos Mortos - o sétimo filme da série).

Aí, após assistir o HR '22, pensei aqui com os meus botões:

''Cacetada, esse diretor é o mesmo do ótimo A Casa Sombria, então por que diabos o Hellraiser dele é essa tranqueira do caralho?''

Bem, talvez seja pelo fato d'A Casa Sombria ser um projeto pessoal dele, e com uma vibe toda sutil e sugestiva. Já o universo - visceral e sanguinolento - de Hellraiser não é lá muito famoso pelas sutilezas, né... Portanto, por mais que o cara tenha demonstrado talento em outro trabalho, acho que podemos concluir que ele não era a pessoa certa para salvar uma saga que se encontrava desgastada e perdida.

Já a trama dessa porra de HR '22 acompanha uma junkie que acaba se deparando com a Configuração de Lamentos, algo que - literalmente - infernizará a vida dela ainda mais do que as drogas. Essa protagonista até é interessante, mas os outros personagens são bem whatever - apesar de um deles ser interpretado por um ator de 13 Reasons Why, o único real acerto da história da Netfux.

E, por falar em personagens whatever, puta que pariu... Dizer o que então das novas versões do Pinhead e seus cenobitas? Ou melhor, DA Pinhead e SUAS cenobitas, já que são todas mulheres aqui! Aí você vê o estrago causado pelo RIDÍCULO Halloween de 2018, gerando essa epidemia de reboots-remakes com intenções feministas. Caralho, isso é muito sem noção... COMO SE AS FEMINISTAS FOSSEM FÃS DE HELLRAISER, PUTA QUE PARIU. (E essa péssima influência do pavoroso Halloween de 2018 também pode ser vista no Black Christmas de 2019 - um dos pelo menos SEIS filmes que se chamaram Natal Sangrento no Brasil - que tive a infelicidade de assistir ontem pela primeira vez, e reparei que também pode ser visto como um dos filhotes do patético filme do Michael Myers lançado no maldito ano em que elegeram o Bozo para presidente do Brasil.)

Bem, o que mais dizer do HR '22... Um filme arrastado e sem vida, sem nenhuma cena memorável, e ainda com duas longas horas de duração.

É, acho que isso é tudo por enquanto. A seguir, aqui no 7NEC, talvez eu faça uma série de posts musicais e sem relação com cinema.

(Pensando bem, esse Hellraiser 2022 talvez seja sim o pior HR ever. Afinal, por mais que o 7 e o 10 sejam péssimos, o 7 pelo menos tinha a minha querida Kari Wuhrer - até tenho o ótimo CD dela como cantora! - e o Doug Bradley como Pinhead, e o 10 pelo menos tinha duas cenas bacanas: do protagonista sendo ''auditado'', que foi realizada de forma um tanto inusitada, original e até mesmo genial, e o plot twist, que até é decente. Já o HR 2022 não tem PORRA NENHUMA QUE O SALVE!!! NOTHING AT ALL!!!)

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BÔNUS OFF-TOPIC

Eis as capas frontais das 11 fitas da Boca do Lixo e coisas afiliadas que comentei no post anterior. Viagem ao Céu da Boca (provavelmente o meu filme BR favorito depois de Estrela Nua - que, aliás, bem que poderia ser lançado em Blu-ray por aqui...), Fuk-Fuk à Brasileira (Chumbinho na cabeça), O Jumento Gozador (um dos insanos pornôs na linha ''Bem-Vindo ao Zoológico'' do Di Angel - que parece ter se arrependido de realizar essas atrocidades), Senta no Meu Que Eu Entro na Tua (Chumbinho na cabeça parte II - aliás, assisti essa desgraça sem noção no cinema em 2004), A B... Profunda e O Império do Sexo (AKA O Império do Sexo Explícito, que marca a primeira aparição de MESTRE SADY BABY no cinema, como um bandido qualquer e anônimo) já figuravam nas minhas wish lists há anos.

E o mais interessante é que, quando adquiri essas fitas lá no final de Outubro, eu entrei despretensiosamente nesse sebo aí apenas com a intenção de dar uma olhada descompromissada nos DVDs em promoção. Aí, antes de sair, reparei por acaso essas VHSs todas no teto. Incrível. E ainda tinha lá uma tal SODOMIA À BRASILEIRA, duma tal SV Filmes, com capinha desenhada e absolutamente nenhuma imagem do filme. Não encontrei nenhuma info sobre a produção em lugar algum, seja internet ou publicações antigas de cinema (revistas, guias e livros). Bem... Vacilei de não a levar, ainda mais que só estava custando 5 mangos.

Post escrito ao som de canções variadas do Faith No More (com ambos os vocalistas), Flyleaf (com ambas as vocalistas), Heartland, Helloween (fase Michael Kiske) e Stage Dolls (que, muito recentemente, percebi se tratar da minha terceira banda favorita de todos os tempos, perdendo apenas para uma certa banda feminina japonesa dos anos 80 e para a época áurea da Miley, que durou de 2007 a 2013 - engraçado que a banda japa tem um disco chamado Let's Get Crazy, que é nome de música tanto da ''Mi'' quanto do Stage Dolls; já The Vines vem na quarta posição entre as minhas coisas favoritas na música).

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G

O meu ranking Hellraiser:

5: O Inferno (Coração Satânico + Alucinações do Passado + Silent Hill, e com referência ao primeiro Men Behind the Sun.)

1: Renascido do Inferno (Excelente, porém o final - com a Kristy apertando a caixa aleatoriamente para enfrentar a trupe do Cabeça Espetada - só não é mais vergonha alheia do que a filmografia do George Lickass; se é que dá para chamar aquele sexteto de bobagens terminais de ''filmografia''.)

9: Revelações (Provavelmente um dos filmes de terror mais subestimados de todos os tempos. O único home invasion da franquia, Revelações só tem um real problema: o Pinhead ridículo, pela primeira vez interpretado por outro ator. Mas tem a mina mais gata da franquia inteira - Tracey Fairaway - além de toda uma pegada niilista, sádica, doentia e perversa que funciona muito bem. Sempre adorei esse filme e não entendo o ódio que ele recebe. E sim, devo mesmo ser o maior defensor dele no mundo inteiro, da mesma forma que devo ser o maior defensor do injustamente detestado disco Cryptic Writings, o último álbum da época gloriosa do Megadeth.)

2: Renascido do Inferno 2 (Mas preciso rever para ter certeza...)

3: Inferno na Terra (Idem.)

4: Herança de Sangue (Idem.)

6: Caçador do Inferno (Idem.)

8: O Mundo do Inferno (O slasher da saga, com participações do grande Lance Henriksen e de um atorzinho que depois ficaria famoso e interpretaria o Super-Homo.)

7, 9 e 2022 (OK, estou confuso e já não sei mais qual dos três é o pior. Acho que terei que fazer uma sessão tripla suicida com essas três bombas para decidir qual é o pior e qual é o menos pior. Será algo mais ou menos tão doloroso quanto o dia que eu criar coragem para encarar uma dobradinha com o quinto Halloween e o Ends, para desvendar de uma vez por todas qual dos dois pode ser considerado o pior slasher de toda a história do cinema mundial.)

 







 

3 comentários:

  1. ''7, 9 e 2022 (OK, estou confuso e já não sei mais qual dos três é o pior...)''

    ERRATA:

    Eu quis dizer o 7 (O Retorno dos Mortos), o DEZ (O Julgamento) e o de 2022 (que também se chamou Renascido do Inferno, aqui no Brasil). Quis dizer o 10 e não o 9 - que já expliquei que curto pacas.

    E uma coisa que faltou dizer no post: se tratando de Pinhead, somos todos conservadores e puristas: assim como o Freddy Krueger só funciona com o Robert Englund, o Pinhead também só dá certo quando interpretado pelo Doug Bradley. Com isso dito, por mais que o Pinhead do 9 (Revelações) fosse ridículo, pelo menos o filme compensa de outras formas. E pelo menos o décimo filme, por mais que seja seriamente péssimo, tinha um Pinhead minimamente tolerável. Já esse de 2022, além da Pinhead nada a ver, também não encontra alguma outra coisa para compensar por esse problema.

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  2. Pena que a pessoa escolhida não resgatou os momentos icônicos da série.

    E pena tb, pelo jeito que só a protagonista que se salva.

    Esse feminismo no cinema já não deu bom na sequência daquele filme da Arlequina que deu uma floppada e anos antes aquele Caça Fantasmas só de mulher tb foi um tiro de misericórdia na sanidade dos humanos de boa fé.

    E eles não aprendem e continuam querendo abraçar um nicho específico da sociedade de pessoas militantes pelo politicamente correto, e ao invés de se preocuparem com a história que devia ser o principal e com a boa escolha de elenco, fotografia, e etc, o importante é militar e foda-se todo o resto. Depois floppam e ficam putinhas.

    Bom, por pelo menos 4 anos estamos livres desse fascista genocida do caralho, pelo menos.

    Pena que esse filme se tornou uma decepção total.

    Essas capas da Boca do Lixo, realmente deixam a nossa benga espichada como o último hit do grupo Carrapixo. Que bosta de frase nonsense tentando rimar e falando nada com nada.
    Mas capas excelentes, de fato.

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    1. Hey Guitardo. Desculpa a demora.

      A protagonista crackuda é interessante, mas longe de deixar o filme minimamente digno.

      Esse filme solo da Harlequina eu só conferi pela gostosura da Margot Robbie, mas o treco é mais ou menos tão ruim quanto o Esquadrão Suicida.

      Sim, não dá para entender esse foco em agradar um público que não seja o habitual. Até parece que as feministas irão em massa conferir o novo Hellraiser ou o novo Black Christmas - provavelmente um dos filmes mais feminazi já CUmetidos por ALGUÉM.

      Sim, que o Bozo seja agora somente uma lembrança ruim que tentamos esquecer constantemente. Eu já odiava aquela desgraça lá em 2010 ou 2011, quando o vi na TV pela primeira vez.

      De tempos em tempos alguma preciosidade da Boca pinta pelos sebos de SP, algo bastante apetitoso para quem curte esse tipo de cinema totalmente insano. Ainda sonho em adquirir Alucinações de um Gozador, um dos Sadys que tiveram problemas com a justiça e o escambau. Mas, mesmo que eu nunca adquira essa fita, pelo menos tive a sorte de conferir o filme - até onde sei indisponível online - no final da década passada, e posso dizer que é um precursor mais divertido do absolutamente péssimo Melancholie der Engel. E o plot twist é mó barato também, quando a gente descobre porque diabos o Sady está fazendo aquelas desgraças todas com aquela galera.

      Sady >>>>>> Marian Dora

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