segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Os Altos e Baixos do Show de Retorno do My Chemical Romance em 20 de Dezembro de 2019: Uma Análise Cautelosa e Detalhada (Parte I de II: PURE MASSACRE)




Analisando o primeiro show do MCR desde 19 de Maio de 2012...

Foda-se que eu sou um grande fã da banda. FO-DA-SE. Eu nunca me venderei, e nunca terei uma abordagem chapa branca com assunto nenhum. Ainda mais com um show que custou 150 dólares - aí somos mais do que obrigados a ter um senso crítico apurado com o evento. E sim, já teve fã do MCR que me criticou, dizendo que eu não sou fã de verdade por algumas críticas que fiz a banda. Bem, se ser fã é não ter senso crítico e endeusar automaticamente tudo que o MCR faz, então eu não sou fã mesmo. E com orgulho. (PS: E quem será que está mais gordo: Gerard Way, Vince Meal ou Asshole Rose?)

O. Intro Medley

Romance + Look Alive, Sunshine + The Light Behind Your Eyes + The End + Mama + Interlude

Uma intro bem nonsense, sejamos sinceros. E é simplesmente ofensivo tocar Look Alive, Sunshine sem tocar Na Na Na em seguida. Além do mais, medley de qualquer tipo é a coisa mais desnecessária que existe, e deveria não existir mais. É tão inútil quanto cópia digital em home video.

5. Summertime

Gerard antes de tocar essa abominação chata pacaray: ''Vamos punir vocês.'' Isso com certeza... OK, entregarei o spoiler logo de cara: o MCR tocou SEIS músicas do Danger Days nesse show. Sim, S-E-I-S. Un-fucking-believable. Puta que pariu. Summertime é uma chatice insuportável, na linha das piores coisas dos Manic Street Preachers pós-Richey. Na verdade, a intro até chega a lembrar alguma canção (não recordo qual) daquela boy band galesa. Caralho... A única canção realmente boa desse LP é Na Na Na, porra. Não precisa - não deve - tocar as outras. Esse disco simplesmente estragou o legado do MCR e deturpou o propósito da banda. DD é tão vendido quanto o Felipe Neto.

7. Make Room!!!!

Primeira vez que o MCR tocou ao vivo essa não tão boa canção do não tão bom Conventional Weapons, uma compilação de sobras - por assim dizer. Com nenhuma canção genial (longe disso; uma delas, The World Is Ugly, até chega a ser horrorosa), CW - que ainda contava com o bully neonazista Bob Bryar na batera - é mais uma prova de que o MCR deveria ter acabado logo após o The Black Parade. A verdade é que a genialidade da banda acabou após aquele álbum, por mais que os fãs iludidos e xaropetas tentem te convencer de que as músicas que vieram depois também são boas e a banda continuava relevante. Yeah, right. E nada a ver tocar Make Room nesse show. Se fosse para surpreender o povo, que tocasse então Drowning Lessons ou Demolition Lovers. Ou então Fuck this Whole Wide World, raríssimo caso de canção pós-Parade de alto nível do MCR.

10. Sleep

A mais fraquinha do The Black Parade, e um tanto entediante. Talvez até mesmo a única do disco que não dá para chamar de boa. Faz jus ao nome: é de dar sono mesmo.

11. Mama

Mais uma das menores do The Black Parade. Considero Mama apenas OK. Foi, inclusive, a única das 16 faixas daquele Desafio do Segundo Edição MCR (do Canal Riff) que eu errei. A real é que raramente ouço essa música.

12. I Don't Love You

Outra não tão boa do The Black Parade, apesar de certamente melhorzinha do que as duas anteriores. OK, até admito que I Don't Love You seja uma boa canção... MAS está muito longe de figurar entre as melhores da banda, e muitas coisas infinitamente melhores poderiam ter entrado no lugar dela.

13. Destroya

PQP, que sequência fraca de quatro canções. Destroya (cuja grafia correta é com todas as letras maiúsculas - até nisso o DD é retardado, com essa parada meio na linha daquelas coisas abismáveis de Visual Kei) é outra faixa genérica daquele álbum polido, absurdamente comercial e sem inspiração. O problema do DD não é ser diferente; o problema do DD é ser RUIM mesmo, tipo Metallica do Black Album ao St. Anger. (Não que o que veio depois do St. Anger seja bom, é claro.)

15. Scarecrow

A escrita correta dessa canção horrorosa do DD (pleonasmo) é S/C/A/R/E/C/R/O/W - caralho, que disco débil mental da porra. Cacete, seis músicas do DD no show de retorno do MCR, quanta mediocridade... Para deixar tudo ainda mais ridículo, o começo dela ainda se parece com o de I Don't Love You. Como bem disse o poeta: ''Scarecrow sucks balls. Probably their worst track.''

17. The Kids from Yesterday

Mais uma canção ''genial'' do DD... Uma coisa curiosa é que, certa vez, ao pesquisar net afora, descobri que o Régis Tadeu já tocou essa música um tanto esquecível em um programa de rádio dele. Será que ele gosta desse álbum horroroso? My Chemical Romance quis tanto ser a resposta americana aos Manic Street Preachers que acertaram em cheio, no lado positivo e também no negativo: os três primeiros álbuns das duas bandas são sensacionais; já o que veio depois para os dois grupos...

18. Vampire Money

PQP, porra, caralho, eis MAIS UMA MÚSICA DO DANGER DAYS, VAI TOMAR NO OLHO DO CU. Nós queremos VAMPIRES WILL NEVER HURT YOU e não Vampire Money, uma canção feita para esculhambar o primeiro filme Crepúsculo; que, muito ironicamente, é algo mais interessante do que o Danger Days. Caralho, seis faixas do Danger Days no show da volta do MCR... Nem nos meus piores pesadelos eu poderia esperar por essa. Até admito que Destroya, The Kids from Yesterday e Vampire Money estão, tipo, entre as menos piores do disco, mas caralho... Somente uma faixa do Bullets e seis do DD, isso não pode ser verdade. Vai ver isso não aconteceu, e foi apenas um pesadelo meu. (E quem mais acha que o MCR deveria ter acabado ANTES do DD existir? Como o single Na Na Na, a única coisa genial daquele álbum, foi lançado antes do disco, eles poderiam muito bem ter acabado imediatamente após o lançamento desse single. Sejamos sinceros: Danger Days e Conventional Weapons não deveriam existir.)

SALDO FINAL:

9 faixas desnecessárias, que poderiam muito bem terem sido substituídas por clássicos do naipe de Vampires Will Never Hurt You, Dead!, Kill All Your Friends e outras - mas principalmente por essas três totalmente obrigatórias.



 

sábado, 21 de dezembro de 2019

O Illuminati: Teorias Conspiratórias e Comentários Variados Sobre a Fascinante e Devastadora Obra-Prima DE OLHOS BEM FECHADOS / EYES WIDE SHUT (1999, Stanley Kubrick)



Horror (Fobia & Ansiedade) Edição Especial = Titio Marcio: Teórico da Conspiração e Investigador do Oculto :)

Recentemente revi De Olhos Bem Fechados e notei uma possibilidade de leitura que, surpreendentemente, nunca havia reparado em todas as vezes anteriores.

S
P
O
I
L
E
R
S

G
R
A
V
E
S

Para mim ficou bem claro, agora, que a personagem da Nicole Kidman, Alice Harford, ou faz parte dos Illuminati, ou é uma escrava deles - sob algum tipo de controle mental (MK-Ultra).

''Titio Marcio, por que você acha isso?''

Após a última vez que revi o filme testamento de Stanley Kubrick, me toquei de que a própria CAPA do negócio já é um spoiler do caralho. Reparem bem: o personagem do Tom Cruise, Bill Harford, está distraído, com os dois olhos fechados, enquanto sua esposa Alice mira o espectador com apenas um olho, formando o simbolismo do Olho Que Tudo Vê (ou O Olho do Diabo - que é, inclusive, o nome de um filme de horror dos anos 60 que, aparentemente, influenciou De Olhos Bem Fechados), algo tão característico da simbologia Illuminati. Tenha em mente que, na obra de Kubrick, cineasta perfeccionista ao extremo, nada é por acaso; e tudo é meticulosamente planejado.

Vejamos então.

1

Assim que Bill volta para casa, após testemunhar o assustador ritual Illuminati (inspirado em celebrações reais que Kubrick pode ou não ter testemunhado), ele depara-se com Alice acordando de um pesadelo. Para o espanto de Bill, a descrição do sonho de Alice é parecida o suficiente com as bizarrices Luciferianas que Bill acabou de presenciar - e que, por muito pouco, não acabaram com sua vida.

2

Algum tempo após retornar da loja de fantasias pela segunda vez, Bill encontra, em sua casa, Alice e sua filha Helena tentando resolver um cálculo de matemática. O valor que Alice revela, no resultado, acaba sendo uma variação do dinheiro que Bill gastou na loja de fantasia: $ 3.25 / $ 325.00. Se não fosse o suficiente, ela ainda dá um sorriso macabro em direção de Bill.

3

A máscara que Bill usou durante a cerimônia satânica desaparece sem vestígios. Mais tarde Bill a encontra na cama, bem ao lado de Alice dormindo. O que diabos Alice fazia com a máscara?

4

Na última cena do filme, na loja de brinquedos, Alice tenta convencer Bill de que foi tudo um sonho. Se repararmos bem, essa explicação se parece e muito com a do personagem do Sydney Pollack, Ziegler, quando tentou convencer Bill de que tudo foi uma grande encenação, uma farsa.

CONCLUSÃO

Nada é realmente claro em De Olhos Bem Fechados, um filme que, na melhor tradição Kubrickiana, preza pela ambiguidade e pelas diversas possibilidades de interpretação. Ainda assim, digo que, para mim, ficou bem claro dessa vez que a Alice Harford está envolvida de alguma forma em todo o esquema de manipulação. Ela parece bem ciente de todos os acontecimentos do filme.

Isso que nem citei ela ligando para Bill quando o mesmo está prestes a traí-la. Como se ela soubesse o momento exato para fazer a ligação.

Por alguma razão eu nunca havia reparado em nada disso antes.

(...)

Demais Observações Sobre DE OLHOS BEM FECHADOS:

4K

O filme foi anunciado nos EUA para ser lançado em Blu-ray 4K Ultra-HD, a exemplo de 2001: Uma Odisseia no Espaço, Laranja Mecânica e O Iluminado - todos já disponíveis em 4K. Deverá ser um acontecimento e tanto.

20+ MINUTOS DELETADOS / PERDIDOS

O que diabos acontece nos 20+ minutos deletados a força pelo estúdio? Será que saberemos um dia? Kubrick teria recusado fazer esses cortes, pouco antes de morrer. Após sua morte, a Warner foi lá e fez os cortes de qualquer forma. Como os envolvidos no filme assinaram um contrato de confidencialidade, não temos informações sobre o que pode ou não ocorrer nesse material deletado. Tudo que restou para contar história é mesmo aquela misteriosa foto do casal Harford, junto da filhinha Helena, passeando de barco.

ABUSO INFANTIL

De Olhos Bem Fechados possui tantos elementos de pedofilia na sua trama, que fica difícil elencar tudo. O mais óbvio é, claro, a filha do Sr. Milich, vivida por Leelee Sobieski (então com 14 anos, como ela revelou numa entrevista), que é prostituída pelo pai. Mas não para por aí. Como muitos notaram, no finalzinho do filme, a filha do casal Harford, Helena, vai embora com os velhinhos que apareceram no começo da trama, na festa organizada pelos Ziegler. Aliás, tem tanta coisa acontecendo naquela sequência final, na loja de brinquedos, que pode ser difícil reparar / relatar tudo... Para encurtar a história, é interessante notar que um certo urso de pelúcia lá (representando o simbolismo da pedofilia) carrega uma surpresa no seu colo, numa imagem bem sutil. E, para encerrar essa parte, alguns fãs obsessivos do filme notaram que, durante o ritual satanista, numa certa parte, parece haver duas crianças - devidamente mascaradas - assistindo a orgia toda. Isso bate com muitas coisas das quais nós fomos alertados ao redor dos anos, como declarações dadas pelo ex-adepto da Magia do Caos Nathaniel Harris (que, aliás, possui um canal bem interessante no You Tube) e até mesmo a supostos acontecimentos na infância da cantora pop Mariah Carey, que, quando criança, teria sido obrigada a testemunhar orgias satânicas.

CIENTOLOGIA, PEDOFILIA E SATANISMO: O (ENTÃO) CASAL CRUISE-KIDMAN FOI ESCOLHIDO A DEDO?

Teorias da conspiração sugerem que Cruise foi escolhido pela sua cientologia e Kidman por ter um pai Luciferiano ligado a pedofilia. Afinal, um dos propósitos de De Olhos Bem Fechados é expôr as sociedades secretas, aqueles que mandam em tudo sem nunca dar as caras. Não a toa, a mansão Illuminati realmente pertence aos Rothschild; poderosíssima família famosa por, entre outras façanhas, realizar nessa mesma mansão ''festinhas'' excêntricas que, de acordo com alguns estudiosos, foram (são?) bem mais hardcore do que é visto no filme. (Outra coisa curiosa é que essa mesma mansão serviu como a Batcaverna vista na trilogia do Bagaceiro das Merdas, com direção do sempre incompetente Christopher Nolan.)

KUBRICK ASSASSINADO?

Muitos - muitos mesmo - acreditam que, a exemplo de Saló: 120 Dias de Sodoma (de Pier Paolo Pasolini, 1975) e A Arte da Extorsão (de Juzo Itami, 1992), De Olhos Bem Fechados, por expor coisas que não deveria, causou a morte de seu diretor. Assim como uma personagem do filme, que é assassinada e tem sua causa de morte dada como overdose de drogas, Kubrick teria sido morto por uma arma secreta que causa ataque cardíaco. Existe matéria em vídeo disso no You Tube. Além do mais, de acordo com declarações de amigos e familiares, assim como membros da equipe do filme, Kubrick não demonstrou nenhum sinal de doença ou fraqueza antes de morrer.

CURIOSIDADE LIGADA A LUCIO FULCI

Leelee Sobieski (Perseguição: A Estrada da Morte) interpreta a filha do Sr. Milich em De Olhos Bem Fechados. Um dado interessante é que o pai de Leelee na vida real, Jean Sobieski, atuou no primeiro giallo de Fulci, Uma Sobre a Outra (1969). O protagonista do giallo em questão, Jean Sorel, faria logo depois o também giallo A Breve Noite das Bonecas de Vidro, dirigido por Aldo Lado - que pode muito bem ter influenciado o último filme de Kubrick.

OUTRAS VERSÕES

Existem dois longas-metragens adaptados de Traumnovelle e feitos antes de De Olhos Bem Fechados: Traumnovelle (1969, Alemanha / Áustria) e Ad un Passo dall'Aurora (1989, Itália). O primeiro conta com Carl Boem (o psicopata de Mórbida Curiosidade / A Tortura do Medo, nada menos do que o clássico Peeping Tom, um dos verdadeiros precursores dos slasher movies) enquanto o segundo traz no elenco Tini Cansino (a personagem do título original d'O Anjo Negro no Mundo Cão / Arabella: L'Angelo Nero, o violentíssimo e perverso giallo de Stelvio Massi).

POSSÍVEIS PRECURSORES

O Olho do Diabo, O Bebê de Rosemary e A Breve Noite das Bonecas de Vidro possivelmente foram influências para Kubrick fazer De Olhos Bem Fechados. Os dois primeiros são filmes ''satanistas'' de horror da década de 60, e ambos contam com a presença da Sharon Tate no elenco. Já o terceiro é um clássico old school do giallo. (Um detalhe interessante: David Niven está no elenco d'O Olho do Diabo. De Olhos Bem Fechados utilizou um sinistro trecho da trilha sonora de outro filme de Niven, Neste Mundo e no Outro, em duas partes: quando Bill está prestes a ser desmascarado na mansão Illuminati, e quando ele retorna para a mansão de dia. Curioso, não?)

///

Muita coisa ficou de fora desse post. Faltou falar sobre vídeos especiais do filme que acabam sendo misteriosamente deletados do You Tube, assim como os extras do DVD / Blu-ray, em que o então casal Cruise-Kidman está surtando ao falar sobre a morte de Kubrick. Ou da curiosidade de ter três experts chamados Jay (Jay Dyer, Jay Myers, Jay Weidner) dedicados a estudar os mistérios do filme.

A verdade é que, assim como O Iluminado, De Olhos Bem Fechados é outro assunto complexo e absurdamente detalhista, que nunca se esgotará.






























 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Dois Anos Sóbrio / Relembrando o Último Porre



Repostando aqui uma publicação que eu fiz no ultra-hiper-mega-detestável Fuckbook (uma rede social tão ruim, mas tão ruim, mas tão ruim que faz com que a gente tenha saudade do Orkut... nah, isso não é humanamente possível), dois anos atrás. Se trata da última vez em que fiquei chapado, que também foi a última vez em que vi o scumbag supremo RSC - Ph. D em ''assholeness''.

É bem interessante pensar que eu achava ser praticamente impossível passar uma semana sem beber, mas agora já estou mais de dois anos completos 100% sóbrio.

Bem, enjoy...

Or not.

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C
A
N
'
T

B
E

T
A
M
E
D

Como nada é sagrado, tudo merece e será esculhambado.

Titio Marcio de volta para foder com tudo e com todos, destruir tudo que se mexer... E arruinar o seu Natal :)

Morte aos socialmente habilidosos, e hail freakshow.

RELEMBRANDO O ÚLTIMO PORRE (virada de 3 para 4 de Novembro)

Tentarei fazer um resumo breve sobre a bebedeira daqueles dois dias.

Sexta (3 - Novembro)

Foram 13 latinhas de cerva da mais vagabunda (acho que o nome era ''Guilt's'' - já que te deixa com uma puta vergonha alheia após ser ''disgustada''), até chegar no samba noturno, AKA Visita ao Inferno.

Antes do samba, também, pude conferir o debate da mostra Rock-Terror, no qual, graças a desinibição da ''marvada'', fiquei participando o tempo todo, fazendo observações nerdísticas referentes ao mundo do metal farofa (''a Fallen Angel do Poison fala sobre isso - nego quebrando a cara ao sair de cidadezinha para tentar a sorte na cidade grande'', ''acho Motley Crue do primeiro disco parecido com Iron Maiden da fase Paul Di'Anno'', etc). Caso exista vídeo desse debate, talvez então seja possível ver (ouvir, na verdade - se bem que provavelmente não, já que não falei nada por microfone) uma versão chapada e, portanto, nada tímida de mim pagando mico.

Vamos direto então aos momentos negros.

É possível que foi a vez em que mais bebi na vida. Além de todas aquelas latas de cerva ruim (apesar que, hoje em dia, ''cerva ruim'' virou pleonasmo para mim), também tomei uma Heineken aqui, uma ''Stelinha'' ali e uma ''Estrela Galinha'', além de uma mistura bizarra envolvendo vodka.

O resultado: fiquei extremamente bêbado, em um estado diferente de tudo que já havia sentido antes. Fiquei parado, imóvel, durante horas, observando o nada e pensando em sei lá o que diabos. Sempre me lembro de tudo que ocorre a respeito de uma bebedeira, mas, dessa vez, apesar de me lembrar dos acontecimentos, não consigo, de maneira alguma, me lembrar do que estava se passando na minha mente.

Só sei que, durante algumas horas, fiquei tipo aquela doença da Luciana Vendramini, saca? Fiquei lá, encarando o nada no pior estilo Atividade Paranormal, até que passei a ter umas ideias autodestrutivas.

E, em pelo menos três momentos, quase me encrenquei com os sambistas / pagodeiros / maloqueiros / whatever locais.

O de maior destaque foi quando quebrei uma garrafa de cerva em um poste perto deles, para, em seguida, tentar vomitar - sem sucesso. Um deles chegou perto de mim e disse: ''E aí Hannah Montana (eu estava com uma camisa da Miley - para variar), tá putinho porque os seus amigos te abandonaram?'' Pensei que a galera dele iria me espancar até a morte. Já havia derrubado a cadeira de um outro deles, portanto imaginei que, dessa vez, já era. Mas, curiosamente, não me agrediram. Vai entender. Enfim, foi interessante o que ele disse: foi quando parei para perceber que, sim, eu poderia me ferrar legal ali.

Long story short:

Às 16H do dia seguinte, Sábado, 4 de Novembro de 2017, decidi que nunca mais vou beber ou me drogar de maneira alguma, e, desde então, estive completamente sóbrio. Não sei se realmente me sinto bem sobre isso, mas, com certeza, me sinto menos mal.

O álcool estava me deixando mal, muito mal mesmo, e, nesse último porre, eu percebi coisas sobre mim das quais eu não estava ciente. Não por negação, e sim por ignorância. Percebi a minha tendência a depressão, bipolaridade, interesse por autodestruição, crises de choro e carência afetiva, além de, é claro, ansiedade... Tudo fortemente intensificado pelo álcool. Levei quinze anos de bebedeira nonstop para naquela noite notar que, talvez, eu seja alcoólatra. Foi então que ficou muito claro: percebi claramente que NUNCA mais quero ficar bêbado na vida.

Desde as 16H do dia 4 do mês passado não tomo uma única gota de qualquer bebida alcoólica, não uso qualquer tipo de droga e não deixo nenhum asshole mór me fazer de idiota. Inclusive, ter retomado contato com tal sujeito foi a pior coisa de 2017. Mas o que importa é que está tudo devidamente terminado.



 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

O Fim Absoluto: Encerrando as Caças de VHS em Definitivo (22 de Novembro de 2019)





O ADEUS ÀS FITAS

''Let me be the first...

TO WISH YOU THE WORST.

'Cause I think you deserve each other.

Let me be the curse to creep under your skin.''

(Caralho, ''Katheryn'' Perry já foi mesmo foda ao extremo um dia.)

Continua sendo sobre invocar Os Antigos e contactar Alienígenas. Ou morrer tentando. O problema é que esse caminho aqui não estava mais funcionando - se é que já funcionou um dia. Mas vai ver até poderia ter dado certo se eu não tivesse passado a VHS Porta para o Silêncio, da Sato, para o pior ser possível do meio do VHS...

OK, vamos então ao post. Post esse que poderá ficar um tanto quanto fora de ordem, não sei. Mas tomara que eu consiga dizer tudo o que quero. E narrar tudo de maneira compreensível.

Como fui ingênuo ao pensar que poderia obter a resposta para as questões levantadas no post anterior em questão de dias. Na verdade, levei mais de três meses completos para chegar a uma total conclusão.

Mas essa conclusão veio em cheio. Parei em definitivo com o colecionismo de VHS.

A minha despedida oficial aconteceu no dia 22 de Novembro, uma Sexta, um dia antes da Miley fazer 27 anos. No dia anterior, 21, fui no sebo em questão perguntar se, no dia seguinte, eu poderia entrar no depósito desse sebo, para checar as fitas VHS que não ficam expostas ao público. É uma parada um pouco burocrática, portanto quis ter certeza de que a minha ida lá seria permitida com um dia de antecedência. E, ainda no dia 21, ao receber essa permissão, dei uma rápida fuçada no sebo, nas seções de CDs, DVDs e Blu-rays. (Afinal, no dia seguinte eu só olharia VHS e alguma coisinha de singles específicos.) Valeu bastante a pena, já que acabei adquirindo nada mais, nada menos que o CD duplo Hannah Montana 2 (com os clássicos Rock Star, Nobody's Perfect, Life's What You Make It e We Got the Party with Us, além da atípica Old Blue Jeans) junto de Meet Miley Cyrus (com as magníficas Start All Over, East Northumberland High, Good and Broken e a imbatível See You Again, adorada por 10 entre 10 fãs da MC). Saiu por 15 reais, ou seja, R$ 7.50 por CD. Assim, completei a discografia principal da MC, ou seja, dos álbuns de estúdio. Por alguma razão misteriosa, jamais havia encontrado o debut da ''muié'', Meet MC (2007), em nenhum local físico...

Mas enfim.

Veio a Sexta 22 e, já com a minha despedida ao VHS bem decidida e planejada, voltei lá nesse sebo, para poder, pela primeira vez, entrar nessa tal parte com mais de 2000 fitas. Parte essa da qual eu ouvia falar desde meados da primeira metade do ano passado.

Ao entrar no depósito do sebo, me deparei com um verdadeiro e caótico labirinto. Mas o que viria a seguir redefiniria a palavra ''caótico''.

Assim que entrei no tal depósito, fui de um lado para o outro, passando por seções diferentes, mas sem trombar nada de VHS. Aí perguntei sobre as VHS para um dos dois funcionários ali presentes. Ao que ele me respondeu: ''Elas estão lá em cima.'' Pausa. E, daí, ele complementou de maneira curiosa: ''Tem que fazer um parkour para chegar lá.''

Parkour? Como assim? Foi meio assustador ouvir essa palavra, o que me fez pensar imediatamente em coisas como esportes radicais, saltos cabulosos e desafios às alturas.

Me apontaram então para uma sala ali perto. E, numa espécie de sótão from hell, se encontravam as VHS.

Na minha frente estava uma escada. O problema é que essa escada só ia até certo ponto na parede, e não possibilitava atingir a sala com as VHS.

OK, não sei se estou conseguindo explicar as coisas direito, e também não sei se vou conseguir descrever corretamente a situação na qual me encontrei.

A escada dava de cara para a parede, e, para chegar na salinha com as VHS, seria preciso, após chegar no topo da escada, pular numa pilha de LPs, se agarrar num cano ali do lado, fazer um malabarismo master e, de alguma forma, se agarrar na entrada ali do compartimento com as VHS.

Pode ser que eu esteja explicando tudo de uma forma que fique complicado entender. Sendo assim, prefiro dizer que conseguir alcançar a salinha com as VHS seria uma tarefa fácil para um alpinista, um equilibrista, um dublê de filmes de ação. Mas não para um cara como eu, que odeia esportes e não está acostumado a coisas do tipo. E também não sou alto, sendo que a altura é algo que facilitaria nessa ocasião.

Pois bem.

Após passar um tempinho sem saber como eu chegaria lá e, a seguir, fazer algumas tentativas frustradas e voltar ao topo da escada (me esforçando para não levar um tombão lá de cima), eis que consegui, milagrosamente, chegar na salinha com as VHS. Me senti um verdadeiro Jackie Chan ou Tony Jaa. Foi surreal.

Talvez, agora, eu consiga fazer com que vocês entendam bem o cenário. Aqui estou eu nessa salinha com algumas pilhas de VHS nas paredes. Se trata duma salinha sem porta. Tem essas pilhas de fitas (algumas pilhas de DVDs também, infelizmente) e, aonde deveria ter uma porta com uma parede ao seu redor, está o vão, que conta com as já citadas escada, pilha de discos de vinil e cano próximo a parede. Entre a salinha que eu alcancei e o vão, havia um pequeno compartimento com várias pilhas de VHS, juntinhas umas das outras, e pouco espaço para pisar. Tudo muito difícil de verificar, sendo que a maioria esmagadora das fitas não estava com as lombadas viradas para nós. Que eu lembre, só as fitas gringas estavam com as lombadas viradas para nós, já que ocupam menos espaço.

Para chegar lá, é preciso PULAR da salinha para esse compartimento. Claro que, se por um acaso, você vacilar e cair, a chance de morrer é remota... Mas a possibilidade de passar o resto da vida numa cadeira de rodas é bem alta. (Muito curiosamente, foi nesse mesmo dia 22 de Novembro que tivemos a notícia da morte do Gugu ''Falso PCC'' Liberato, causada por uma queda cabulosa de um sótão...)

Para quem não estiver entendendo o que estou dizendo, ou, por um acaso, achar que estou exagerando ou até mesmo inventando esse relato todo, vou deixar aqui o ENDEREÇO do sebo em questão, para que vocês possam conferir o negócio por conta própria:

Avenida São João 284 (ao lado do Correio Central, e muito, muito perto da Galeria do Rock)

Sugiro falar com o dono em questão, o Marco, e pedir permissão para ver essas VHS dos depósitos da loja. Se quiser, podem falar que o Marcio (''o cara das VHS'') os enviou lá.

Uma coisa é certa. Apenas os VHS-maníacos mais hardcore serão capazes de arriscar a vida subindo lá nessa fonte de VHS. O Marco me disse que não teve nenhum outro colecionador que ousou subir lá; me disse que, até agora, eu fui o único doido varrido de subir nessa área insana.

É uma situação dessas que separa os meninos dos homens, os interessados casuais dos iniciados sem salvação, os nerds exibicionistas bobalhões dos interessados em causar a extinção da humanidade através de rituais Lovecraftianos-Alienígenas.

Fazer esforços incomuns e malabarismos absurdos para tentar conseguir boas fitas não é algo novo para mim. As minhas experiências algo inacreditáveis em Varginha (em busca das origens da AV Hits), em Abril desse ano, e a minha viagem a Lorena (AKA Silent Hill Brasileira), em Dezembro de 2014, já eram exemplos perfeitos disso. Mas, dessa vez, eu me encontrei numa situação em que qualquer passo em falso (literalmente) poderia ter me fodido todo.

Portanto, ali estava eu, pulando de um lado para o outro, e não olhando para baixo, para tentar não surtar com o absurdo dessa situação Kafkiana. Pensava: ''Caralho, o que diabos estou fazendo com a minha vida? Isso é totalmente insano e retardado.'' É, a minha despedida não poderia ser mais dramática e infernal.

Uma parte bem tenebrosa, desse compartimento apertado, foi quando puxei de uma pilha uma fita gringa que dizia ''Lush'' na lombada (com a esperança de que fosse a nostálgica banda inglesa de dream pop, que mandava muito bem quando não estava enchendo o saco do ouvinte com discursos feminazi), o que fez com que algumas das fitas que estavam acima dela caíssem vão abaixo. A paranoia de cair junto com as fitas foi bem intensa, algo que só quem for lá poderá entender, já que os meus pés estavam bem na beiradinha ali, por pouco não caindo no Buraco do Cão. Inclusive, uma dessas fitas - De Olhos Bem Fechados - quase acertou a minha cuca na queda, o que daria um novo significado a expressão ''VHS na cabeça''. Após a queda, lá próximo da escada, a fita ficou com a frente da capa para cima, em direção para onde eu estava, com a Nicole Kidman me encarando. (Ahh, e, para piorar, aquela fita Lush se tratava de um filme qualquer e não do grupo viajado que contava com aquelas duas inglesinhas gatas nos vocais.)

O pior de tudo é que arrisquei o meu bem-estar por pouca coisa, já que não haviam grandes fitas ali.

Bem, na verdade, até encontrei ali uma raridade suprema, porém sem nenhum interesse: Um pornô gay da Frenesi Filmes, a mesma distribuidora que lançou Alucinações de um Gozador (AKA Bicharada, AKA Come Tudo), do mestre Sady Baby. Foi a primeira vez que trombei uma fita da Frenesi, mas como se trata de um produto sem nenhum interesse para mim, nem me preocupei em anotar o nome do filme. Na verdade, durante anos não tive qualquer tipo de informação sobre a Frenesi além da fita do Sady, e foi só em meados do ano passado, ao ver um anúncio do selo no Guia do Vídeo Erótico, que fiquei sabendo que se tratava de uma distribuidora de pornô gay. Bem, sei lá, acho que para quem for um VHS-maníaco gay / bi / pan, a fita que encontrei seria um prato cheio.

Após completar três horas ali encima, ali estava eu naquele compartimento apertadinho, sem praticamente poder me mexer, com uma ameaça de cãibra e evitando olhar para baixo, quando me avisaram que estavam fechando o sebo. Afinal, já se passavam das 21H. Diria que consegui olhar cerca de 95% das VHS ali. Para ver as restantes, teria que fazer muito malabarismo ninja, já que, ao retirar fitas de uma pilha, meio que não tinha mais lugar para deixá-las. Puta situação surrealista do Capiroto.

Desci de lá então com as 11 fitas que separei para levar:

1. EXECUÇÃO SUMÁRIA / INSTANT JUSTICE (Warner)

Filme de ação dos anos 80, com o Michael Paré (o trutão do Uwe Boll) e a Tawny Kitain, sex symbol conhecida por namorar rockstars daquela época.

2. OS AMORES DE REGININHA (Nacional Brazil)

O clássico pornô brazuca dos anos 90, estrelado pela gostosíssima Regininha Torres. Agora posso me desfazer do meu download do filme.

3. CONEXÃO BRAZIL VOLUME 10: A FERA DO SEXO / BELLES A JOUR 6 (Conexão Brazil)

Não é certeza, mas parece que este pornô também saiu como Show Anal de Olivia del Rio, pela Swing. A direção é da fodona Laetitia / Letícia.

4. FACES DO PASSADO / THE FIFTH CORNER (LK-Tel)

Misterioso suspense estrelado por Alex McArthur, que fez uma excelente atuação, como um serial-killer, em Síndrome do Mal (Rampage), do William ''O Exorcista'' Friedkin.

5. LEIS MARCIAIS 2 / MARTIAL LAW 2 - sem capa (Europa)

Esse policial estrelado por Cynthia Rothrock, Jeff Wincott e Billy Drago veio com a capa de outro filme de ação e pancadaria da Cynthia: American Tigers (América).

6. JAMAIS VOLTAREI A LUTAR / I'LL FIGHT NO MORE FOREVER (DIF)

Western old school, pela marca que faz a DIF-erença. Tem aquela pegada revisionista e indígena, que havia aparecido em westerns da virada dos anos 60 para 70, como Quando é Preciso Ser Homem (Soldier Blue), Pequeno Grande Homem (Little Big Man) e Willie Boy (Tell Them Willie Boy Is Here) - todos lançados em VHS no Brasil.

7. PASTORES DO APOCALIPSE / SHEPHERD (Paris)

Filme bem recente (1998), mas a sinopse demente e pós-apocalíptica me intrigou o suficiente para adquirir a fita em questão.

8. JOGO BRUTAL / FAIRGAME (Europa)

Outro filme bem recente pelos padrões do VHS (1996), mas me interessei pela trama de sítio no meio do nada, com ecos de Amargo Pesadelo (Deliverance) - cuja VHS da Warner também estava disponível lá nesse mesmo sebo.

9. T-REX / TEENAGE T-REX (Smart + Taurus)

Lançamento da Taurus em colaboração dos seus habituais parceiros de crime, a Smart, selo mais celebrado - ao menos para mim - por suas fitas de tranqueiras ligadas ao David ''Deadly Prey'' Prior e por pornôs - em parceria da Royalty - estrelados pela insana Annabel Chong. Uma parada interessante é que T-Rex - que conta com Denise Richards e Paul Walker no elenco - está saindo em Blu-ray 4K Ultra-HD nos EUA, sob o título Tammy & the T-Rex.

10. FUGA FANTÁSTICA DE UMA DUPLA MALUCA / JOE & MARGHERITTO (Poletel)

Mix de comédia, aventura e trama policial, este filme estrelado por Keith Carradine e Tom Skerritt também saiu pela Videocast como Joe & Margheritto. O mais engraçado dessa fita que peguei da Poletel é que ela veio duma locadora chamada Pirata Vídeo! O ''masacote'' da locadora é o desenho de um piratão mal encarado, hahaha.

11. APOSTA MORTAL / DEADLY BET (Paris)

Essa produção da PM (Pepin / Merhi), com capinha muito bacana e estrelada por Jeff Wincott, acabou sendo a última VHS que adquiri na minha última caça VHSsiana. A encontrei faltando pouquíssimo tempo para o sebo fechar. É engraçado que a minha última VHS se chama APOSTA MORTAL, já que esse nome descreve toda a minha trajetória hardcore dentro do colecionismo de VHS. Fiz uma aposta mortal de que estava no caminho certo, até que descobri estar bem iludido, culminando em um ponto em que ficou claro que tudo estava muito errado.

Bem, junto dessas VHS, adquiri um single japonês de artista ocidental: I'll Be Good to You, do Quincy Jones.

É isso então. Após gastar tanto tempo, dedicação, dinheiro, espaço e saúde com buscas kamikaze, encerrei em definitivo as caças por fitas VHS. Eu fiz o que achei que fosse certo na época em que o fiz. E agora está mais do que na hora de parar.

Nada disso estava funcionando nem a pau, e, além do mais, não quero mais nenhuma ligação com esse meio que pode ser visto como o equivalente do colecionismo de vídeo ao PSDB. Assim como os tucanos acolhem Alexandre Fruta e protegem Aécio Never, o Big VHS Brother Brasil acolhe Rafael ''Cinéfilos e Coleções'' Jader (AKA Sick Fuck) e protege Albino Albertim (AKA Adolf Hitler do VHS).

Um meio assim certamente é um meio do qual eu não quero nenhuma ligação.

PS: Ahh, apesar de ter encerrado oficialmente as buscas por VHS, ainda não terminei com os CDs single. Existem sim alguns singles que trombei por aí, e que pretendo adquirir antes do ano acabar. São eles:

Lacuna Coil - Within Me (nunca fui fã dessa banda, mas essa canção é muito legal)

Madonna - Nothing Really Matters (hail Ray of Light, o disco que possui a melhor canção da Madonna ever, a maravilhosa The Power of Good-Bye - cujo clipe ainda foi precursor de Silent Hill e do vídeo de Disturbia, da Rihanna)

Natalie Imbruglia - Big Mistake (uma boa faixa do disco mais bem-sucedido da ex-mulher do vocalista do Silverchair; aliás, recentemente descobri, graças a um vídeo do Guitardo, que o único hit dela, Torn, é na verdade cover duma banda obscura pacaray)

The White Stripes - The Hardest Button to Button (divertida canção que possui um clipe sensacional)

Yellowcard - Way Away (interessante canção pop punk / emo dessa banda bem cultuada)

OK então, por enquanto é tudo.

DIGRESSÃO BÔNUS:

''A banda se chama Hey Monday porque as pessoas geralmente não gostam da Segunda-Feira e, como nós somos uma banda alegre e positiva, queremos transformar as Segundas em algo bom.''

- Cassie

Nada a ver com o post, mas recomendo intensamente o divertido e engraçado podcast em vídeo do Guitardo Songs, em parceria com o Oswaldo Potenza e o Vini Mello, intitulado TUDO SOBRE A CENA EMOCORE. Inclusive, Titio Marcio aqui fez vários comentários lá.

Falando nisso, faltou Friday Night Boys na minha pequena relação de bandas emo com nome de dia da semana. E, se pesquisarmos net afora, aposto que existem várias outras além dessas cinco.

Mas é óbvio: Hey Monday é, de longe, a melhor delas todas. Essa banda e essa vocalista são demais. Como pode um grupo chamado ''Ei Segunda-Feira'' ser tão incrivelmente bom? A verdade é que, durante seus míseros três anos de vida, HM foi bem freak: era glam metal demais pro público emo, e emo demais pro público glam metal. Uma espécie de encontro entre Paramore e Tigertailz. Só sei que ando completamente surtado, alucinado e apaixonado por Hey Monday e essa vocalista - hoje em dia, uma cantora country! E o mais inusitado: HM chegou a tocar no Brasil, lá em 2011, meses antes de acabar.

Assim sendo, é bem interessante pensar que as duas melhores bandas da ''emolândia'' anunciaram suas reuniões em Outubro de 2019: Hey Monday e My Chemical Romance. HM fez seu show de retorno em 25 do mês passado (uma Segunda-Feira!) e MCR fará no dia 20 desse mês.

Eis os links supimpas...

Guitardo Songs & Amigos: Tudo Sobre a Cena Emocore

https://www.youtube.com/watch?v=azUUVnPrGoo&t=5s

Vídeos dos cinco e únicos singles do Hey Monday, para vocês poderem decidir em qual vídeo a Cass está mais gostosa (sendo que, além dos cinco singles e quatro clipes em questão, a banda também possui um álbum de estúdio e dois EPs - e não três como o Wikipedia diz):

How You Love Me Now (clipe oficial)

https://www.youtube.com/watch?v=qzBruRwBltE

Homecoming (clipe oficial)

https://www.youtube.com/watch?v=FU0fQIezoK0

I Don't Wanna Dance (clipe oficial com legendas em inglês)

https://www.youtube.com/watch?v=gfbcAdpJJmw

Candles (clipe oficial)

https://www.youtube.com/watch?v=KC4RSkm2vj0

Wish You Were Here (lyric video oficial desse single que só foi lançado em vinil de 7 polegadas, e nunca em CD; não a toa, nem está creditado no Wikipedia)

https://www.youtube.com/watch?v=IjcJKe5pLus

Extra: Run, Don't Walk (compilação de performances ao vivo pelo mundo, com filmagem profissional)

https://www.youtube.com/watch?v=0jP2GS1KwE4

E a minha relação pessoal de canções geniais do Hey Monday:

Arizona

Homecoming

How You Love Me Now

Hurricane Streets

I Don't Wanna Dance

Run, Don't Walk

Where Is My Head?

Wondergirl


quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Sobriedade e o Fim (ou Não) das Buscas de Fitas VHS e CDs Single


''My Chemical Romance e emo não tem nada a ver uma coisa com a outra. The Cure é muito mais emo do que My Chemical Romance.''

Palavras sábias, meu caro. Antes do lançamento daquela atrocidade indefensável (Danger Days) que nunca deveria ter existido, o MCR - cujo nome já é uma alusão ao vício em álcool e drogas - tinha muito mais a ver com Manic Street Richeys, com o lado mais sombrio do gótico e do industrial, com os aspectos mais suicidas do punk rock, e até mesmo com o black metal, do que com aquelas bandinhas realmente horrorosas do emocore dos anos 2000. É surreal lembrar que, nos anos 2000, a segunda e última vinda dos Manic Street Preachers (da fase Richey) a Terra, estava sendo colocada no mesmo balaio das piores desgraças musicais que a humanidade já testemunhou, como se existisse alguma semelhança entre MCR e aqueles grupinhos infelizes com canções chatinhas e letras sem significado algum. Não faz o menor sentido. A banda mais maravilhosa da história do rock estava sendo rotulada como emo convencional, e colocada lado a lado de Fall Out Boy, Cine e Restart. Absurdamente, indescritivelmente surreal.

Mas OK. Sem mais digressões. (Se bem que, nessa postagem, até as digressões estão relacionadas com os assuntos principais.)

Na foto, eu então com 25 anos, em Janeiro de 2011, durante os meus dias de bebedeira.

Bem, antes de mais nada, gostaria de deixar claro que esse post não é, de maneira alguma, qualquer tipo de indireta a qualquer ser que não seja citado no post - por nome, número, apelido ou sigla. Quero deixar isso claro desde já, sendo que, recentemente, rolou um comment ligado a álcool nesse blog; e eu quero informar que esse post aqui não faz nenhuma alusão a tal comentário.

Logo de cara, também quero informar que o texto a seguir pode não estar muito bem escrito, mas, ainda assim, dei o meu melhor. Preparem-se que será um longo post obsessivo e pessoal. E até meio sombrio.

A parte sobre álcool ou a falta de, da postagem, foi, em parte, idealizada no mês passado, para ser publicada no dia 5 desse mês - algo que acabou não acontecendo.

MAS...

Antes de chegar na parte sobre alcoolismo e sobriedade, gostaria de falar sobre as caças por VHS - e, eventualmente, por singles também. (Mas será interessante notar que as duas partes estarão, de certa forma, ligadas.)

Desde final de Junho, quando fiz aquele post anunciando o que seria a busca ''grand finale'' de VHS, até o presente momento, adquiri 13 fitas VHS e 9 CDs single. As fitas VHS variam entre as medianas e as decentes, enquanto os singles incluem algumas coisas bem apetitosas, sendo duas delas um tanto quanto inacreditáveis - uma excelente e uma que merece cotação máxima no quesito ''mas que porra é essa?!'' Aliás, o single excelente dessa leva serve como um enorme ''CHUPA'' para um certo vendedor da Galeria do Reggae, que ficou bravo e me disse, no começo de 2018, que eu JAMAIS conseguiria um single dessa banda nessa fase - a menos somente que eu recorresse da internet. (Toda essa história - assim como outra relacionada - foi contada em um longuíssimo post que, para variar, eu nunca publiquei em lugar algum. Tal post, jamais exibido para ninguém, foi a verdadeira continuação do post que citarei ali embaixo.)

Bem, o que eu posso dizer sobre singles é que, exatamente dois anos atrás, Titio Marcio fez uma postagem numa certa rede social horrorosa (''rede social horrorosa'' = pleonasmo) em que mostrava os scans dos dois lados de uma folha de papel, com nomes de artistas-bandas dos quais eu caçava singles. (Sendo que The Vines era o único nome de toda a lista do qual eu tinha algum single - Fuck the World - naquele momento.) Pois bem, nessas buscas recentes, pude adquirir singles de duas bandas que estavam bem destacadas na primeira página. (Nota: Na época eu ainda não havia me tornado, oficialmente, fã de My Chemical Romance e de The Pretty Reckless - duas bandas que, hoje em dia, certamente também seriam destacadas nessa mesma primeira página. Curiosamente, certos singles do Blink 182 - principalmente a maravilhosa Dammit (Growing Up) - também figurariam entre os primeiros colocados. Demi Lovato e Taylor Swift também teriam papeis de destaque, assim como Lady Gaga e Rihanna - de quem deixei passar um single antigão, e super barato, por puro vacilo anos atrás.)





Enfim, posso dizer que, com todas as minhas experiências caçando VHS nos últimos 20 anos e seis meses (sendo os últimos seis anos bem hardcore), descobri certas formas ritualísticas de tentar invocar e concretizar a possível visão que tive em 28 de Março de 2013. Posso dizer que, no fim das contas, a grande diferença entre eu e os outros colecionadores de VHS (do Brasil ou não, contemporâneos ou não, da minha faixa etária ou não) é que eu estou disposto a morrer para transformar em realidade o que eu vi e senti naquela ocasião de Março de 2013. Não estou brincando de colecionar fitinha, de se prender em um exibicionismo sem nada a exibir. Isso daqui é um campo perigoso e possivelmente sobrenatural, e estou bem ciente disso.

Sim, VHS é muito legal, a nostalmagia é muito bacana, as capinhas das fitas são muito divertidas e os selos nacionais do formato são honestamente fascinantes.

Mas eu quero algo mais.

A minha forma de colecionar VHS tem mais a ver com ufólogos sem nenhuma habilidade social, Lovecraftianos obcecados com o fim do mundo e reclusos fãs de metal extremo, do que com o que foi mostrado naquele equívoco terminal chamado Cinemagia: A História das Videolocadoras de São Paulo; documentário que simplesmente deturpou o culto radical ao VHS.

Mas OK, eis aonde eu quero chegar: eu sei muito bem que, talvez, eu nunca encontre a VHS da Poletel e/ou Vídeo Mídia, legendada e/ou dublada, em lançamento comum ou caixinha de papelão, de Premonição (AKA Sete Notas Fatais - que, a princípio, supostamente se chamaria ''PENTAGRAMA NEGRO'', talvez para tentar lucrar encima do sucesso dos filmes satanistas da época), o quarto - e possivelmente o melhor - giallo dirigido por Lucio Fulci; diria que Uma Lagartixa num Corpo de Mulher, de 1971, está pau a pau com Premonição em termos de qualidade cinematográfica.

Mas uma coisa precisa ser dita. Após seis anos de tantas buscas dedicadas, porém fracassadas no fim das contas, eu posso dizer que finalmente DESCOBRI uma forma de averiguar se essa fita REALMENTE possui o poder maldito que eu espero que ela tenha. E, durante todas as 24 horas dessa Sexta-Feira 16, até as primeiras 10 horas de Sábado 17, ficará bem claro se essa fita é sim um caso único na história do home video mundial... Ou apenas outra fita excelente porém sem traços de ocultismo e pegadas alienígenas. Assim que o relógio marcar 10 horas da manhã de Sábado, eu terei a resposta do enigma.

Caso eu confirme o poder da fita em questão, fará todo o sentido passar a minha vida inteira atrás dela, mesmo que eu NUNCA a encontre. Antes ela ser uma fita poderosa e inalcançável, do que ser possível encontrá-la, e ela se mostrar incapaz de tornar aquela visão em realidade.

Com o passar dos anos, ficou claro que, para mim, a grande diferença entre Premonição e as outras fitas que eu mais gostaria de ter (como Vampyres: As Filhas de Drácula, e algumas citadas recentemente, como Viagem ao Céu da Boca, Alucinações de um Gozador e as duas Deadly Prey), é que, enquanto as outras VHS da minha wish list máxima são fitas que eu quero, Premonição é uma fita que eu preciso. Mas, só mesmo nesse fim de semana agora, ficará claro de verdade se eu realmente preciso dela.

É incrível, mas é exatamente como diz na Our Lady of Sorrows / Bring More Knives, do MCR no seu debut Bullets, em trecho que abriu a minha primeira postagem de 2019: ''And then we'll solve the mystery of laceration gravity. This riddle of revenge. Please understand: It has to be this way.'' Chaos Magic Rock N Roll.

E, após essa jornada reveladora (para o bem ou para o mal), em algum momento, prepararei a minha próxima postagem no 7 Noites em Claro, o blog mais maldito do Brasil. Não sei bem quando o próximo post verá a luz do dia, mas uma coisa eu GARANTO: O próximo post será esse e nenhum outro. Podem anotar isso.

Já sobre o álcool e a ausência absoluta dele...

Daqui a menos de dois meses, no dia 5 de Novembro, completarei dois anos 100% sóbrio. Inacreditável.

Passei anos pensando que não era humanamente possível passar uma semana sem ficar chapado, e agora já estou bem mais do que um ano e meio sem consumir uma gota de qualquer bebida alcoólica, e sem usar qualquer tipo de droga.

Hoje em dia olho para trás e não entendo como diabos eu não fiquei sóbrio (bem) antes.

Não existe nada ''cool'' em beber álcool. Se fosse mesmo legal, então não seria algo feito por tanta gente em todas as épocas, e sim um hábito de nicho.

OK, o álcool pode até ser relativamente divertido - ou ao menos compreensível - de ser consumido na adolescência. Mas, depois disso, é simplesmente deprimente. Uma coisa patética e digna de desprezo.

(High School Never Ends. Infelizmente.)

E foi graças ao meu ex-hábito de constantemente ficar chapado, que dei tanto valor a seres lastimáveis (que podem estar lendo essa postagem, inclusive) como os devidamente mortos ex-amigos Shakra (''Todo homem heterossexual, que não admite ser homofóbico, é um hipócrita do caralho.''), Rod Zero (que, no início dos anos 2010, virou um deprimente cristonto para, anos depois, ''evoluir'' em um Bozominion para lá de nojento - os pobres de direita são os piores de todos) e o absolutamente pior da trinca: RSC. Inclusive, é interessante pensar que, no universo do alcoolismo, eu tanto comecei (no início de 2003, quando eu tinha 17 anos) quanto parei (em 4 de Novembro de 2017, quando eu tinha 32 anos) em companhia desse último, um sujeito infernal que possivelmente me traumatizou para sempre.

E pensar que, de todas as criaturas deploráveis que eu conheci na vida, ele (RSC) é somente o terceiro pior de todos - sendo que existe um gigantesco abismo que separa o terceiro pior dos dois primeiros piores, covardes terminais filhos da puta, cuzões estúpidos sem um pingo de esperança, que não deveriam existir, e que queimarão no fogo do inferno para sempre, ao mesmo tempo em que serão enrabados pelo Capeta. Pelo menos essa sabedoria como real incentivo na minha jornada. (Mas é preciso ser dito que também existe um grande abismo entre o terceiro pior e os dois Bozominions que vem atrás dele.)

Esse quinteto desgraçado, mais o também lamentável - além de estelionatário master - Léo SC, completam os seis seres malditos que eu espero nunca mais trombar na minha vida. Os seis piores dos piores. Piores do que todas as outras pessoas que conheci até hoje. Os queimados do VHS chegam a ser gentis escoteiros humanitários em comparação aos seis arrombados que acabei de comentar.

É, e o álcool te faz dar um certo valor a algumas companhias da pior espécie possível. Sem o álcool, é possível manter uma distância maior dos scumbags sem salvação. Com o álcool, fica mais fácil de esquecer que os freaks anormais sem traquejo social, como eu, não podem se misturar com os socialmente habilidosos, sabichões scumbags fucking assholes, experts em joguinhos filhos da puta e os caralhos.

O goró é mais superestimado do que a Donzela Ferrada do The Bummer of the Bitch adiante, e mais patético do que a filmografia do George Lickass. Mais deprimente do que o metal cristão do Saxon e do nada saudoso Dio. E capaz de causar um estrago tão traumático quanto governos de direita e extrema direita.

Alcohol fucking sucks.

Fuck you, booze.

I fucking hate you, and I'll never be yours again.

Antes a mais profunda solidão do que ter - ou retomar - contato com a escória do Planeta Enterra. Uma coisa é certa: seria muito, muito, muito difícil eu perdoar os colocados 3, 4, 5 e 6 daquela relação. E os dois primeiros eu NUNCA, JAMAIS perdoarei sob hipótese nenhuma. Isso é absolutamente impossível, e nunca acontecerá. Nada no mundo é capaz de fazer isso acontecer.

(...)

Como a VHS de Premonição, nos últimos seis anos, tem tido um papel de destaque - mesmo que possivelmente seja uma grande ilusão - nesse assunto todo, farei o link abaixo.

Por mais que o meio do VHS tenha ''95% de doentes fodidos'', como o Gabriel Caroccia bem observou alguns comentários atrás, uma coisa precisa ficar bem esclarecida. Os queimados do VHS não são NADA horríveis em comparação aos queimados FORA do meio do VHS. E não, não estou tentando defender uma horda de xaropetas mal-intencionados que habitam o Big VHS Brother Brasil. Apenas estou encarando os fatos.

Nessa vida eu descobri, das piores maneiras imagináveis e inimagináveis, que a solidão é subestimada, e as buscas por amizade podem ser extremamente superestimadas. Não a toa, me identifico extremamente com canções que desconstroem aquela coisa de ''as amizades servem para deixar a vida mais fácil'', como All My Friends Are Dead, do Turbonegro, e a fodástica ao extremo KILL ALL YOUR FRIENDS, do MCR, que, para mim, é a segunda melhor canção da história - só perde para Welcome to the Black Parade, também do MCR e também de 2006.

Fui descobrir, de maneiras que vocês JAMAIS vão querer experimentar, que, sim, aquilo de ''antes só do que mal acompanhado'' é um raro caso de ditado popular que realmente faz muito sentido. Tentativas malfadadas de amizade podem arruinar a vida em cheio, e nos (me) fazer desejar encontrar uma forma de viver de maneira totalmente isolada e reclusa.

Friendships can be fucking overrated.

Anyway, de volta ao que estava sendo debatido.

Além do óbvio combate a timidez, outro dos motivos pelos quais eu gostava de encher a cara era aquele breve resquício de euforia que o álcool pode te dar. Uma pena essa euforia durar tão pouco, e ser substituída por um gigantesco vazio a seguir, com os seus traumas e demônios atropelando tudo pela frente, e fodendo a sua mente. (Algumas canções cantadas dos games Silent Hill retratam o alcoolismo e o vício em drogas com extrema precisão, e as recomendo fortemente.) E, na última vez em que eu fiquei bêbado, esse vazio se juntou a uma série de decepções terminais e ao fato de que, sim, eu poderia ter sido morto naquele samba (!) em que eu estava na virada de 3 para 4 de Novembro de 2017.

Caralho, como eu era uma pessoa infeliz e miserável nos meus tempos de alcoólatra. Não que eu seja feliz hoje em dia, mas PQP: Naquela época era raro eu acordar sem desejar estar morto. Eu era tão patético que sempre ia naquele point da Paulista, ao lado do Shopping Center 3, para ficar o mais bêbado possível, e tentar conhecer novas pessoas. Eu era um completo idiota. Desde que fiquei sóbrio, nunca mais dei bobeira naquele endereço desgraçado.

Por que diabos eu não parei antes? Eu deveria ter parado cinco anos e meio antes, em Maio de 2012, isso sim. Por que diabos eu segui bebendo com o passar dos anos? Simplesmente não consigo entender como pude passar mais de 14 anos e meio da minha vida me afundando no álcool.

Mas não sinto mais a mínima vontade de voltar a beber, nenhuma tentação de recaída.

Antes tarde do que nunca.

O álcool é uma desgraça superestimada, e é sim uma droga, que também te faz ver as coisas de maneira um tanto embaçada. Antes a morte imediata do que voltar ao álcool.

Enfim, aos leitores do blog...

Agora só nos encontraremos novamente após eu descobrir se a ''Premonição sobre Premonição'' foi mesmo real, ou então uma gigantesca ilusão. Eu sinceramente estou esperando o pior, mas torcendo para que essa porra toda ainda faça sentido. Será muito, muito triste se isso tudo for uma ilusão nua e crua.

Se for mesmo real, fará todo o sentido caçá-la até a morte - ou além. Encontrá-la ou não será algo secundário. O importante será o nível de dedicação nas suas caçadas, sendo que o ato de caçar VHS vai muito além de ir em fontes de VHS; muito além de adquirir algo ou não.

Agora, se não for real, não fará o menor sentido continuar em busca dela. E, daí, provavelmente abandonarei o colecionismo de VHS como um todo em definitivo. (Talvez até seja melhor assim. Já estou de saco cheio de todo o meio do VHS mesmo, chegando perto de não querer mais nenhuma associação de qualquer tipo com ele. Pensando bem, talvez não seja nada triste se tiver sido tudo uma gigantesca viagem, e agora for o momento certo para parar em absoluto.)

Pode ser que eu reapareça aqui no Sábado mesmo, ou no Domingo. Ou talvez na outra semana. Dependerá do que acontecer entre Sexta 16 e as primeiras 10 horas de Sábado 17.

E, como foi dito antes, o meu próximo post será sim a resposta desse enigma todo. Não será um post sobre vida e obra de Miley Cyrus, ou algum fap tribute, ou uma longa análise de algo do MCR, ou qualquer outra coisa que não seja o ''grand finale'' ou não das cruzadas de VHS.

E podem ter certeza que, dessa vez, eu saberei sim a resposta sobre a eficiência sobrenatural ou não da VHS Premonição. Eu quero sim acreditar que a visão foi autêntica, e que as coisas só não deram certo até o momento por que eu fiz alguma coisa errada em todas as tentativas.

Nada nem ninguém me impedirá de descobrir a verdade dessa vez. Sinceramente tenho uma forte sensação de que estou muito perto de parar de colecionar VHS em definitivo, mas só saberei ao certo no Sábado.

Qual será a resposta para o enigma? Esperança ou desolação? Não haverá mais espaço para as ambiguidades. Sim, todos os colecionismos são uma piada, mas uma parte de mim torce para que ainda exista algo que fuja do habitual aqui.

Eu quero que os meus gritos de revolta sejam finalmente ouvidos, e surtem um efeito destrutivo nos meus inimigos.

Farei, durante as 34 horas citadas previamente, o mínimo que posso fazer. Ou seja, honrarei essa postagem, e honrarei a ''Premonição sobre Premonição'', seja ela uma verdade ou um delírio.

Ao menos essas duas coisas eu farei. Agora é hora de me afastar da net como um todo, por tempo indeterminado.

(...)

Esse mundo que se foda. Que a humanidade diminua até a sua absoluta extinção.