segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

O Fim Absoluto: Encerrando as Caças de VHS em Definitivo (22 de Novembro de 2019)





O ADEUS ÀS FITAS

''Let me be the first...

TO WISH YOU THE WORST.

'Cause I think you deserve each other.

Let me be the curse to creep under your skin.''

(Caralho, ''Katheryn'' Perry já foi mesmo foda ao extremo um dia.)

Continua sendo sobre invocar Os Antigos e contactar Alienígenas. Ou morrer tentando. O problema é que esse caminho aqui não estava mais funcionando - se é que já funcionou um dia. Mas vai ver até poderia ter dado certo se eu não tivesse passado a VHS Porta para o Silêncio, da Sato, para o pior ser possível do meio do VHS...

OK, vamos então ao post. Post esse que poderá ficar um tanto quanto fora de ordem, não sei. Mas tomara que eu consiga dizer tudo o que quero. E narrar tudo de maneira compreensível.

Como fui ingênuo ao pensar que poderia obter a resposta para as questões levantadas no post anterior em questão de dias. Na verdade, levei mais de três meses completos para chegar a uma total conclusão.

Mas essa conclusão veio em cheio. Parei em definitivo com o colecionismo de VHS.

A minha despedida oficial aconteceu no dia 22 de Novembro, uma Sexta, um dia antes da Miley fazer 27 anos. No dia anterior, 21, fui no sebo em questão perguntar se, no dia seguinte, eu poderia entrar no depósito desse sebo, para checar as fitas VHS que não ficam expostas ao público. É uma parada um pouco burocrática, portanto quis ter certeza de que a minha ida lá seria permitida com um dia de antecedência. E, ainda no dia 21, ao receber essa permissão, dei uma rápida fuçada no sebo, nas seções de CDs, DVDs e Blu-rays. (Afinal, no dia seguinte eu só olharia VHS e alguma coisinha de singles específicos.) Valeu bastante a pena, já que acabei adquirindo nada mais, nada menos que o CD duplo Hannah Montana 2 (com os clássicos Rock Star, Nobody's Perfect, Life's What You Make It e We Got the Party with Us, além da atípica Old Blue Jeans) junto de Meet Miley Cyrus (com as magníficas Start All Over, East Northumberland High, Good and Broken e a imbatível See You Again, adorada por 10 entre 10 fãs da MC). Saiu por 15 reais, ou seja, R$ 7.50 por CD. Assim, completei a discografia principal da MC, ou seja, dos álbuns de estúdio. Por alguma razão misteriosa, jamais havia encontrado o debut da ''muié'', Meet MC (2007), em nenhum local físico...

Mas enfim.

Veio a Sexta 22 e, já com a minha despedida ao VHS bem decidida e planejada, voltei lá nesse sebo, para poder, pela primeira vez, entrar nessa tal parte com mais de 2000 fitas. Parte essa da qual eu ouvia falar desde meados da primeira metade do ano passado.

Ao entrar no depósito do sebo, me deparei com um verdadeiro e caótico labirinto. Mas o que viria a seguir redefiniria a palavra ''caótico''.

Assim que entrei no tal depósito, fui de um lado para o outro, passando por seções diferentes, mas sem trombar nada de VHS. Aí perguntei sobre as VHS para um dos dois funcionários ali presentes. Ao que ele me respondeu: ''Elas estão lá em cima.'' Pausa. E, daí, ele complementou de maneira curiosa: ''Tem que fazer um parkour para chegar lá.''

Parkour? Como assim? Foi meio assustador ouvir essa palavra, o que me fez pensar imediatamente em coisas como esportes radicais, saltos cabulosos e desafios às alturas.

Me apontaram então para uma sala ali perto. E, numa espécie de sótão from hell, se encontravam as VHS.

Na minha frente estava uma escada. O problema é que essa escada só ia até certo ponto na parede, e não possibilitava atingir a sala com as VHS.

OK, não sei se estou conseguindo explicar as coisas direito, e também não sei se vou conseguir descrever corretamente a situação na qual me encontrei.

A escada dava de cara para a parede, e, para chegar na salinha com as VHS, seria preciso, após chegar no topo da escada, pular numa pilha de LPs, se agarrar num cano ali do lado, fazer um malabarismo master e, de alguma forma, se agarrar na entrada ali do compartimento com as VHS.

Pode ser que eu esteja explicando tudo de uma forma que fique complicado entender. Sendo assim, prefiro dizer que conseguir alcançar a salinha com as VHS seria uma tarefa fácil para um alpinista, um equilibrista, um dublê de filmes de ação. Mas não para um cara como eu, que odeia esportes e não está acostumado a coisas do tipo. E também não sou alto, sendo que a altura é algo que facilitaria nessa ocasião.

Pois bem.

Após passar um tempinho sem saber como eu chegaria lá e, a seguir, fazer algumas tentativas frustradas e voltar ao topo da escada (me esforçando para não levar um tombão lá de cima), eis que consegui, milagrosamente, chegar na salinha com as VHS. Me senti um verdadeiro Jackie Chan ou Tony Jaa. Foi surreal.

Talvez, agora, eu consiga fazer com que vocês entendam bem o cenário. Aqui estou eu nessa salinha com algumas pilhas de VHS nas paredes. Se trata duma salinha sem porta. Tem essas pilhas de fitas (algumas pilhas de DVDs também, infelizmente) e, aonde deveria ter uma porta com uma parede ao seu redor, está o vão, que conta com as já citadas escada, pilha de discos de vinil e cano próximo a parede. Entre a salinha que eu alcancei e o vão, havia um pequeno compartimento com várias pilhas de VHS, juntinhas umas das outras, e pouco espaço para pisar. Tudo muito difícil de verificar, sendo que a maioria esmagadora das fitas não estava com as lombadas viradas para nós. Que eu lembre, só as fitas gringas estavam com as lombadas viradas para nós, já que ocupam menos espaço.

Para chegar lá, é preciso PULAR da salinha para esse compartimento. Claro que, se por um acaso, você vacilar e cair, a chance de morrer é remota... Mas a possibilidade de passar o resto da vida numa cadeira de rodas é bem alta. (Muito curiosamente, foi nesse mesmo dia 22 de Novembro que tivemos a notícia da morte do Gugu ''Falso PCC'' Liberato, causada por uma queda cabulosa de um sótão...)

Para quem não estiver entendendo o que estou dizendo, ou, por um acaso, achar que estou exagerando ou até mesmo inventando esse relato todo, vou deixar aqui o ENDEREÇO do sebo em questão, para que vocês possam conferir o negócio por conta própria:

Avenida São João 284 (ao lado do Correio Central, e muito, muito perto da Galeria do Rock)

Sugiro falar com o dono em questão, o Marco, e pedir permissão para ver essas VHS dos depósitos da loja. Se quiser, podem falar que o Marcio (''o cara das VHS'') os enviou lá.

Uma coisa é certa. Apenas os VHS-maníacos mais hardcore serão capazes de arriscar a vida subindo lá nessa fonte de VHS. O Marco me disse que não teve nenhum outro colecionador que ousou subir lá; me disse que, até agora, eu fui o único doido varrido de subir nessa área insana.

É uma situação dessas que separa os meninos dos homens, os interessados casuais dos iniciados sem salvação, os nerds exibicionistas bobalhões dos interessados em causar a extinção da humanidade através de rituais Lovecraftianos-Alienígenas.

Fazer esforços incomuns e malabarismos absurdos para tentar conseguir boas fitas não é algo novo para mim. As minhas experiências algo inacreditáveis em Varginha (em busca das origens da AV Hits), em Abril desse ano, e a minha viagem a Lorena (AKA Silent Hill Brasileira), em Dezembro de 2014, já eram exemplos perfeitos disso. Mas, dessa vez, eu me encontrei numa situação em que qualquer passo em falso (literalmente) poderia ter me fodido todo.

Portanto, ali estava eu, pulando de um lado para o outro, e não olhando para baixo, para tentar não surtar com o absurdo dessa situação Kafkiana. Pensava: ''Caralho, o que diabos estou fazendo com a minha vida? Isso é totalmente insano e retardado.'' É, a minha despedida não poderia ser mais dramática e infernal.

Uma parte bem tenebrosa, desse compartimento apertado, foi quando puxei de uma pilha uma fita gringa que dizia ''Lush'' na lombada (com a esperança de que fosse a nostálgica banda inglesa de dream pop, que mandava muito bem quando não estava enchendo o saco do ouvinte com discursos feminazi), o que fez com que algumas das fitas que estavam acima dela caíssem vão abaixo. A paranoia de cair junto com as fitas foi bem intensa, algo que só quem for lá poderá entender, já que os meus pés estavam bem na beiradinha ali, por pouco não caindo no Buraco do Cão. Inclusive, uma dessas fitas - De Olhos Bem Fechados - quase acertou a minha cuca na queda, o que daria um novo significado a expressão ''VHS na cabeça''. Após a queda, lá próximo da escada, a fita ficou com a frente da capa para cima, em direção para onde eu estava, com a Nicole Kidman me encarando. (Ahh, e, para piorar, aquela fita Lush se tratava de um filme qualquer e não do grupo viajado que contava com aquelas duas inglesinhas gatas nos vocais.)

O pior de tudo é que arrisquei o meu bem-estar por pouca coisa, já que não haviam grandes fitas ali.

Bem, na verdade, até encontrei ali uma raridade suprema, porém sem nenhum interesse: Um pornô gay da Frenesi Filmes, a mesma distribuidora que lançou Alucinações de um Gozador (AKA Bicharada, AKA Come Tudo), do mestre Sady Baby. Foi a primeira vez que trombei uma fita da Frenesi, mas como se trata de um produto sem nenhum interesse para mim, nem me preocupei em anotar o nome do filme. Na verdade, durante anos não tive qualquer tipo de informação sobre a Frenesi além da fita do Sady, e foi só em meados do ano passado, ao ver um anúncio do selo no Guia do Vídeo Erótico, que fiquei sabendo que se tratava de uma distribuidora de pornô gay. Bem, sei lá, acho que para quem for um VHS-maníaco gay / bi / pan, a fita que encontrei seria um prato cheio.

Após completar três horas ali encima, ali estava eu naquele compartimento apertadinho, sem praticamente poder me mexer, com uma ameaça de cãibra e evitando olhar para baixo, quando me avisaram que estavam fechando o sebo. Afinal, já se passavam das 21H. Diria que consegui olhar cerca de 95% das VHS ali. Para ver as restantes, teria que fazer muito malabarismo ninja, já que, ao retirar fitas de uma pilha, meio que não tinha mais lugar para deixá-las. Puta situação surrealista do Capiroto.

Desci de lá então com as 11 fitas que separei para levar:

1. EXECUÇÃO SUMÁRIA / INSTANT JUSTICE (Warner)

Filme de ação dos anos 80, com o Michael Paré (o trutão do Uwe Boll) e a Tawny Kitain, sex symbol conhecida por namorar rockstars daquela época.

2. OS AMORES DE REGININHA (Nacional Brazil)

O clássico pornô brazuca dos anos 90, estrelado pela gostosíssima Regininha Torres. Agora posso me desfazer do meu download do filme.

3. CONEXÃO BRAZIL VOLUME 10: A FERA DO SEXO / BELLES A JOUR 6 (Conexão Brazil)

Não é certeza, mas parece que este pornô também saiu como Show Anal de Olivia del Rio, pela Swing. A direção é da fodona Laetitia / Letícia.

4. FACES DO PASSADO / THE FIFTH CORNER (LK-Tel)

Misterioso suspense estrelado por Alex McArthur, que fez uma excelente atuação, como um serial-killer, em Síndrome do Mal (Rampage), do William ''O Exorcista'' Friedkin.

5. LEIS MARCIAIS 2 / MARTIAL LAW 2 - sem capa (Europa)

Esse policial estrelado por Cynthia Rothrock, Jeff Wincott e Billy Drago veio com a capa de outro filme de ação e pancadaria da Cynthia: American Tigers (América).

6. JAMAIS VOLTAREI A LUTAR / I'LL FIGHT NO MORE FOREVER (DIF)

Western old school, pela marca que faz a DIF-erença. Tem aquela pegada revisionista e indígena, que havia aparecido em westerns da virada dos anos 60 para 70, como Quando é Preciso Ser Homem (Soldier Blue), Pequeno Grande Homem (Little Big Man) e Willie Boy (Tell Them Willie Boy Is Here) - todos lançados em VHS no Brasil.

7. PASTORES DO APOCALIPSE / SHEPHERD (Paris)

Filme bem recente (1998), mas a sinopse demente e pós-apocalíptica me intrigou o suficiente para adquirir a fita em questão.

8. JOGO BRUTAL / FAIRGAME (Europa)

Outro filme bem recente pelos padrões do VHS (1996), mas me interessei pela trama de sítio no meio do nada, com ecos de Amargo Pesadelo (Deliverance) - cuja VHS da Warner também estava disponível lá nesse mesmo sebo.

9. T-REX / TEENAGE T-REX (Smart + Taurus)

Lançamento da Taurus em colaboração dos seus habituais parceiros de crime, a Smart, selo mais celebrado - ao menos para mim - por suas fitas de tranqueiras ligadas ao David ''Deadly Prey'' Prior e por pornôs - em parceria da Royalty - estrelados pela insana Annabel Chong. Uma parada interessante é que T-Rex - que conta com Denise Richards e Paul Walker no elenco - está saindo em Blu-ray 4K Ultra-HD nos EUA, sob o título Tammy & the T-Rex.

10. FUGA FANTÁSTICA DE UMA DUPLA MALUCA / JOE & MARGHERITTO (Poletel)

Mix de comédia, aventura e trama policial, este filme estrelado por Keith Carradine e Tom Skerritt também saiu pela Videocast como Joe & Margheritto. O mais engraçado dessa fita que peguei da Poletel é que ela veio duma locadora chamada Pirata Vídeo! O ''masacote'' da locadora é o desenho de um piratão mal encarado, hahaha.

11. APOSTA MORTAL / DEADLY BET (Paris)

Essa produção da PM (Pepin / Merhi), com capinha muito bacana e estrelada por Jeff Wincott, acabou sendo a última VHS que adquiri na minha última caça VHSsiana. A encontrei faltando pouquíssimo tempo para o sebo fechar. É engraçado que a minha última VHS se chama APOSTA MORTAL, já que esse nome descreve toda a minha trajetória hardcore dentro do colecionismo de VHS. Fiz uma aposta mortal de que estava no caminho certo, até que descobri estar bem iludido, culminando em um ponto em que ficou claro que tudo estava muito errado.

Bem, junto dessas VHS, adquiri um single japonês de artista ocidental: I'll Be Good to You, do Quincy Jones.

É isso então. Após gastar tanto tempo, dedicação, dinheiro, espaço e saúde com buscas kamikaze, encerrei em definitivo as caças por fitas VHS. Eu fiz o que achei que fosse certo na época em que o fiz. E agora está mais do que na hora de parar.

Nada disso estava funcionando nem a pau, e, além do mais, não quero mais nenhuma ligação com esse meio que pode ser visto como o equivalente do colecionismo de vídeo ao PSDB. Assim como os tucanos acolhem Alexandre Fruta e protegem Aécio Never, o Big VHS Brother Brasil acolhe Rafael ''Cinéfilos e Coleções'' Jader (AKA Sick Fuck) e protege Albino Albertim (AKA Adolf Hitler do VHS).

Um meio assim certamente é um meio do qual eu não quero nenhuma ligação.

PS: Ahh, apesar de ter encerrado oficialmente as buscas por VHS, ainda não terminei com os CDs single. Existem sim alguns singles que trombei por aí, e que pretendo adquirir antes do ano acabar. São eles:

Lacuna Coil - Within Me (nunca fui fã dessa banda, mas essa canção é muito legal)

Madonna - Nothing Really Matters (hail Ray of Light, o disco que possui a melhor canção da Madonna ever, a maravilhosa The Power of Good-Bye - cujo clipe ainda foi precursor de Silent Hill e do vídeo de Disturbia, da Rihanna)

Natalie Imbruglia - Big Mistake (uma boa faixa do disco mais bem-sucedido da ex-mulher do vocalista do Silverchair; aliás, recentemente descobri, graças a um vídeo do Guitardo, que o único hit dela, Torn, é na verdade cover duma banda obscura pacaray)

The White Stripes - The Hardest Button to Button (divertida canção que possui um clipe sensacional)

Yellowcard - Way Away (interessante canção pop punk / emo dessa banda bem cultuada)

OK então, por enquanto é tudo.

DIGRESSÃO BÔNUS:

''A banda se chama Hey Monday porque as pessoas geralmente não gostam da Segunda-Feira e, como nós somos uma banda alegre e positiva, queremos transformar as Segundas em algo bom.''

- Cassie

Nada a ver com o post, mas recomendo intensamente o divertido e engraçado podcast em vídeo do Guitardo Songs, em parceria com o Oswaldo Potenza e o Vini Mello, intitulado TUDO SOBRE A CENA EMOCORE. Inclusive, Titio Marcio aqui fez vários comentários lá.

Falando nisso, faltou Friday Night Boys na minha pequena relação de bandas emo com nome de dia da semana. E, se pesquisarmos net afora, aposto que existem várias outras além dessas cinco.

Mas é óbvio: Hey Monday é, de longe, a melhor delas todas. Essa banda e essa vocalista são demais. Como pode um grupo chamado ''Ei Segunda-Feira'' ser tão incrivelmente bom? A verdade é que, durante seus míseros três anos de vida, HM foi bem freak: era glam metal demais pro público emo, e emo demais pro público glam metal. Uma espécie de encontro entre Paramore e Tigertailz. Só sei que ando completamente surtado, alucinado e apaixonado por Hey Monday e essa vocalista - hoje em dia, uma cantora country! E o mais inusitado: HM chegou a tocar no Brasil, lá em 2011, meses antes de acabar.

Assim sendo, é bem interessante pensar que as duas melhores bandas da ''emolândia'' anunciaram suas reuniões em Outubro de 2019: Hey Monday e My Chemical Romance. HM fez seu show de retorno em 25 do mês passado (uma Segunda-Feira!) e MCR fará no dia 20 desse mês.

Eis os links supimpas...

Guitardo Songs & Amigos: Tudo Sobre a Cena Emocore

https://www.youtube.com/watch?v=azUUVnPrGoo&t=5s

Vídeos dos cinco e únicos singles do Hey Monday, para vocês poderem decidir em qual vídeo a Cass está mais gostosa (sendo que, além dos cinco singles e quatro clipes em questão, a banda também possui um álbum de estúdio e dois EPs - e não três como o Wikipedia diz):

How You Love Me Now (clipe oficial)

https://www.youtube.com/watch?v=qzBruRwBltE

Homecoming (clipe oficial)

https://www.youtube.com/watch?v=FU0fQIezoK0

I Don't Wanna Dance (clipe oficial com legendas em inglês)

https://www.youtube.com/watch?v=gfbcAdpJJmw

Candles (clipe oficial)

https://www.youtube.com/watch?v=KC4RSkm2vj0

Wish You Were Here (lyric video oficial desse single que só foi lançado em vinil de 7 polegadas, e nunca em CD; não a toa, nem está creditado no Wikipedia)

https://www.youtube.com/watch?v=IjcJKe5pLus

Extra: Run, Don't Walk (compilação de performances ao vivo pelo mundo, com filmagem profissional)

https://www.youtube.com/watch?v=0jP2GS1KwE4

E a minha relação pessoal de canções geniais do Hey Monday:

Arizona

Homecoming

How You Love Me Now

Hurricane Streets

I Don't Wanna Dance

Run, Don't Walk

Where Is My Head?

Wondergirl


12 comentários:

  1. Opa, valeu amigo por mencionar no post. Foi uma honra!

    E que história cabulosa hein ?
    Pior que na minha mente a salinha no alto com a escada (que na minha cabeça veio como "quebrada pela metade sem alcançar o topo para se chegar a sala") também veio como um lugar escuro, apesar de você não ter dito isso, no qual teria que se usar luz de velas para enxergar o recinto. Mas acho que já foi imaginação minha. Ainda bem que apesar dos pesares deu pra levar alguma coisa né ? Pensei que terminaria o post dizendo que ficou com as mãos abanando. Excelente post! Vou recomendar o blog para mais pessoas.

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  2. Valeu pelo feedback e divulgação, Guitardo! E eu quero muito que aquele videocast de emo seja visto pelo máximo possível de pessoas, sejam interessados ou não em emocore. Aquele vídeo ficou muito engraçado e divertido.

    Sobre o meu último rolê de VHS...

    Era uma daquelas escadas móveis, saca? Eu até a movi ao redor um pouco, para ver se ajudava, mas logo percebi que ela estava mais útil ali mesmo aonde estava quando cheguei naquela área. Até tentei dobrá-la (!), mas ficou bem claro que isso não acabaria bem jamais.

    Já a pilha dos vinis era mais ou menos duvidosa e deslizante. Ao pular nela, tive que me agarrar imediatamente ao cano e dar um jeito de saltar e me agarrar na entrada ali da salinha com os VHS. Diversas vezes eu voltei dos vinis para a escada, porque parecia impossível chegar na parte dos VHS. Como é difícil de explicar, preferi mesmo deixar o endereço do sebo em questão, para que os curiosos e eventuais interessados possam ir lá e conferir a parada por conta própria.

    E sim, a salinha com as VHS estava um tanto escura. Faltou dizer isso no post. Aí dei um grito e chamei pelo carinha do ''parkour'', que subiu até o topo da escada, estendendo a mão o máximo possível, e me passando um lustre e as devidas instruções para iluminar essa parte lá em cima.

    Essa foi, de longe, a situação mais bizarra que já passei numa busca por VHS. O pior é que, antes de chegar lá no depósito, ninguém me disse nada sobre a dificuldade que seria olhar aquelas VHS. Mó programa de índio do caralho! Foi uma situação até mais bizarra do que passar horas seguidas em Varginha, debaixo de um sol bem forte, andando igual cachorro perdido nas minhas procuras pelos antigos endereços da Alienígena de Varginha Hits!

    E uma coisa é certa: mesmo se eu ainda estivesse colecionando VHS, eu não voltaria lá naquela parte nem a pau. Assim que consegui chegar lá, eu tive a certeza de que jamais voltaria lá nem fodendo.

    Outra coisa que faltou dizer no post é que, na hora de descer aquela porra toda, tive que deixar as fitas escolhidas empilhadas o mais perto possível da escada. Aí fui lentamente ensaiando a minha descida até a escada. Até que consegui, suspirando, alcançar a escada. Fui então pegando as fitas em porções, e as colocando nos degraus da escada, até que terminei de descer com elas todas.

    Os funcionários do sebo provavelmente pensaram que eu sou retardado ou algo assim. Compreensível.

    Venho tendo pesadelos com esse lugar desde que voltei para casa naquela noite. Sonhos em que estou caindo de lá, ou que estou sendo esmagado pelas fitas lá de cima... Ou que não consegui sair de lá até hoje. Sinistro.

    Mas, como você disse, ao menos deu para conseguir umas fitas interessantes lá, mesmo que estejam longe de serem grandes fitas. Mas a verdade é que o CD duplo Hannah Montana 2 / Meet Miley Cyrus, adquirido no mesmíssimo sebo um dia antes, foi, para mim, um destaque muito maior do que qualquer uma dessas fitas que peguei lá. (Nesse mesmo universo das cantoras pop contemporâneas, lá em meados de Outubro, peguei no mesmo sebo a versão deluxe, CD + DVD, do debut da Demi, o Don't Forget. Ou seja, esse sebo é um tanto versátil.)

    Preciso agora responder lá seu email e também paradas do YT :)

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  3. Cara, não estou acreditando, mas o texto que acabei de ler agora, 23h57 do dia 12/12/2019, pois só agora tive acesso ao referido, parece mais com uma carta de despedida ou um velório. É com surpresa e tristeza que acabo de lê-lo. Duas baixas para eu neste mês, que fase! Virei aqui explicar melhor novamente em outro comentário, mas acho improvável sua parada de colecionismo de vhs, acho que trata-se somente de uma time-flesh. Voltarei aqui em breve para continuar a interpretação do contexto de uma forma geral, porque também estou agendando uma data para dar uma parada e refletir sobre tudo que mencionaste. Até breve! [ MOURÃO].

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    1. Mourão, não é uma pausa; eu parei mesmo com o colecionismo de VHS.

      É claro que continuo tendo - e provavelmente sempre terei - um carinho especial com o formato, já que passei mais de 20 anos e meio o colecionando, sendo os últimos seis anos bem intensos. Foram aventuras e desventuras que carregarei para sempre na memória.

      Mas, definitivamente, não vejo mais nenhum motivo para acreditar no colecionismo de VHS. E, além do mais, não tenho mesmo mais condição e espaço para seguir comprando fita. Me desliguei em definitivo de tudo envolvendo esse meio.

      (...)

      A grande dúvida acaba sendo a seguinte: será que não deu certo porque fiz algo errado? Ou porque não tinha mesmo como dar certo, afinal tudo isso foi uma gigantesca ilusão? Ou, ainda, será que não deu certo porque passei a melhor VHS que já adquiri na vida (Porta para o Silêncio / Door to Silence, 1991, último filme de Lucio Fulci, lançado aqui pela Sato) para o Albino, o estelionatário master que consegue, sozinho, estragar todo o Big VHS Brother Brasil?

      Nunca saberei ao certo a resposta. Mas uma coisa é certa: se isso ainda fizesse sentido, eu seguiria colecionando VHS para sempre. Eu estava, literalmente, disposto a morrer pelo culto ao VHS se preciso fosse.

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    2. Olá Márcio. eu acho que, bom achar é fácil, difícil mesmo é interpretar cada situação. Mas na minha avaliação se sustenta em duas frentes que motivaram a sua parada:
      1- EXPECTATIVA- percebi que você criou muitas expectativas em relação a determinadas peças que poderiam surgir no meio. E, como ser humano natural, a expectativa faz parte do processo de lutar, de querer conquistar. Isso parece ter ficado mais patente na busca pela Premonição- Fulciana e outras peças raras que possivelmente poderia aparecer num estalar de dedos Taniano. Mas isso não aconteceu. Aliado a um pensamento que o meio do vhs fosse menos abutriniano e mais shakespeariano, todavia, essa possibilidade é e sempre será nula. Esses fatores levaram a segunda avaliação.
      2. FRUSTRAÇÃO- a frustração em relação a perca de fitas preciosas, como a citada, mas não só isso, o encontro com seres escrotais, destilando 'judaismo cristiniano" te levou a simplesmente, perder a alegria. A alegria e a felicidade por possuirmos aquilo que gostamos leva a um gosto extraordinário inerente ao ser humano, o prazer. Se termina o prazer, acaba a alegria, e, em acabando a alegria, desistimos de qualquer coisa ou necessidade. Acho que o seu "parar" tem essas pegadas. Mas, como sempre falo, somos mutáveis. Isso pode mudar e você retornar e para isso acontecer, haverá necessidade de ocorrer algo sobrenatural e estimulante, assim, talvez você retorno. É o que sinceramente espero, porque sua saída do meio é uma perda para todos nós, colecionadores. Um abraço.[Mourão]

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    3. Valeu pelas palavras, Mourão.

      Pode ser que, um dia, eu volte a caçar VHS de alguma forma. Não há dúvida de que o meu carinho e interesse pelo formato continuam vivos; e não acho que isso mudará um dia. Inclusive, a partir de 2020, quero voltar a fazer posts sobre o assunto. A verdade é que, mesmo se eu nunca mais escrevesse NADA à respeito, tudo que tenho guardado sobre o tema - sem ter sido publicado - garante uma série de posts até 2030.

      Mas também é preciso dizer que as coisas ficaram bem claras: essas caças não deram certo. Não mesmo.

      Mas reconheço que tenho culpa nisso ao menos numa questão: Adolf Hitler do VHS.

      Em 2010 fiz minha primeira negociação com o Albino. Após cumprir com a minha parte do trato, ele levou seis meses para me passar o DVD gringo Tromeu & Julieta. (Não foi uma negociação de VHS.)

      Claro que, durante esses seis meses, como todos bem sabem, ele desapareceu e não dava notícias. Foi aí, inclusive, que tive contato com algumas outras vítimas dele pela primeira vez, no finado Orkut. Sim, mesmo quase uma década atrás, ele já era o pilantra supremo desse meio.

      Eu deveria ter cortado ele da minha vida ali mesmo, mas fui burro demais.

      Aí, em Março de 2012, tivemos nossa segunda negociação, com ele vindo para São Paulo. Tudo ocorreu OK dessa vez, exceto um detalhe: ele ficou de me gravar rips das VHS que passei pra ele, algo que ele disse que faria no mês seguinte (Abril). Estamos em Dezembro de 2019 e isso nunca aconteceu.

      Mas a terceira negociação foi a pior de todas, com ele cumprindo apenas uma pequena parte do trato. E foi aí que cometi o maior erro de todos, talvez de toda a minha vida: passar Porta para o Silêncio pra ele.

      Se todo o lance de Magia do Caos + VHS já fez sentido um dia, é bem possível que morreu naquele exato instante. Afinal, eu já havia tido a ''Premonição sobre Premonição'' naquele momento, e passei uma Fulci da qual ninguém tinha conhecimento, não creditada em lugar algum, para o câncer do meio - um sujeito que não gosta de ninguém, mas que, na internet, fica pagando de gente fina, de cara legal... Só para se aproximar dos outros e arrancar fitas alheias.

      PQP, quantas pessoas já foram prejudicadas por esse ser lastimável? Um monte, isso com certeza. Mas ninguém o denuncia, isso que é foda. No máximo, malham o Sick Fuck (que tem sérios problemas mentais e precisa ser tratado), mas livram a cara do hipócrita master Albino Albertim, alguém que deveria ser evitado por todos a essa altura do campeonato.

      Por mais que existam outros seres não recomendados nesse meio (Rafael Jader, Roqueiro Anônimo Viadão Assediador Reprimido Filho da Puta, carinha da Libido's, sujeitinho do Copan, Sra. X / Sra. Xaropeta e outros), Albino é, de longe, a maior praga desse meio. Para ser evitado com todas as forças.

      Talvez eu volte aqui para te responder melhor. É possível que falte dizer mais alguma coisa.

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    4. Complementando o que eu estava dizendo.

      Talvez, um dia, caso eu sinta que existe sim uma remota chance das caças por VHS funcionarem mesmo que minimamente, eu poderei, então, voltar a fazer uma nova busca intensificada pelo formato.

      Mas duvido muito que isso acontecerá. E, mesmo se acontecer, não será tão cedo. E, caso aconteça, será apenas uma única caça, em apenas um dia, e não um retorno concreto que culminará numa série de buscas. Afinal, aqueles dias acabaram em definitivo.

      Olho para os últimos seis anos e pouco que passei colecionando VHS, e vejo que fui uma criança ingênua querendo acreditar em algo que não teria como fazer sentido de forma alguma.

      Ontem até passei em frente duma loja de antiguidades que tinha um VCR na entrada (podendo ter algo de VHS em algum canto do recinto), mas, apesar do local parecer interessante, nem fiz questão de entrar nessa loja.

      Os meus dias de cara que acreditava no VHS estão mortos. No fundo, eu queria acreditar, mas não há motivo para isso. E do que adiante acreditar se a verdade continua te socando na cara, te mostrando que nada nesse meio ou hábito faça sentido? Eu critico os religiosos, mas estava parecendo um. Da mesma forma que os religiosos seguem querendo acreditar em um ser superior, mesmo com todo tipo de injustiça fodendo o Planeta Terra diariamente, e nada conseguindo mudar nada disso, eu tentava de todas as formas crer que caçar fitas VHS poderiam mudar as coisas na minha vida. (Se bem que até mudaram sim: ajudaram a prejudicar minha saúde, me fizeram perder uma quantidade absurda de espaço, e gastaram muito do meu dinheiro, tempo e dedicação. E do que serviu tudo isso? Tanto esforço para absolutamente nada - isso é, nada que seja positivo.)

      Sobre isso daí de expectativa e frustração, muitas vezes eu nem estava pedindo por um grande sinal de que isso tudo faria sentido. Eu só queria uma pequena prova, um mísero vestígio de esperança. E porra nenhuma acontecia.

      Hoje em dia, até acho que, mesmo se eu conseguisse a VHS de Premonição, nada iria acontecer de qualquer forma. O mundo continuaria horrível, e a Bozolândia seguiria sendo a Absurdolândia que é. Assim como bandas de rock, fitas VHS também não tem o poder de mudar nada. É tudo uma gigantesca ilusão. A única possível saída de tudo isso é aderir ao máximo possível de reclusão social, não ter filhos, e esperar que, assim que a morte chegar, tudo morrerá mesmo.

      Interessante pensar que tem uma música dos Pastores Maníacos de Rua, The Everlasting (pós-Richey ainda, para deixar tudo mais deprimente), que resume perfeitamente as caças por VHS e o Big VHS Brother Brasil:

      ''Eu não acredito mais nisso. Atos patéticos para uma causa perdida. (...) Isso foi dito numa vida diferente. Destrói meus dias e arruína minhas noites.''

      Agora sim eu terminei a minha resposta aqui.

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    5. É triste mesmo, todavia, enquanto os bons silenciam, os maus prosperam. Fica aqui meu apreço por ti por compartilhar seus posts, e reafirmo, o meio do vhs perde um dos melhores colecionadores. Abração. [Mourão].

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    6. Agradeço o apoio, Mourão. Caso eu sinta, um dia, que fará sentido fazer uma nova caça por VHS, a farei imediatamente e virei aqui relatá-la. Uma parte de mim ainda deseja, lá no fundo, que algo especial me traga de volta, mesmo que seja só para mais uma caçada. Afinal de contas, eu ainda não localizei a Premonição...

      E, em breve, deverá ter novas postagens debatendo o formato.

      PS: Eis uma parada que faltou entrar no post, porém sem ligação com o VHS: no dia anterior ao que foi relatado no post, 21 de Novembro, além do Meet MC, eu também consegui o encarte completo da trilha sonora de Hannah Montana: O Filme. Eu só tinha o álbum em questão com o encarte recortado, mas, naquele dia 21, encontrei o encarte perdido naquele sebo, sem o CD por perto. Aí o Marco me deixou levar esse encarte sem me cobrar nada. E, além do Meet MC, eu ainda levei um DVD da Lily Allen ao vivo (R$ 5) mais o Blu-ray O Bagaceiro das Merdas (R$ 10). Não gosto do filme em questão (não gosto de nenhum filme desse diretor palhaço), mas o Coringa do Heath Ledger matou a pau e justificou essa aquisição. (Só não sei se ficou tão bom quanto o Coringa do Joaquin Phoenix. Esse sim um filme bom, sem o imbecil do Homo-Morcego por perto, para atrapalhar.)

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  4. Marcio, que história, hein ?
    Não lhe conheço pessoalmente, mas como todo colecionador, demonstra ser muito perseverante.
    Como já está terminando o ano, podemos marcar um café em janeiro/20 ? Também coleciono filmes antigos.

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  5. Quatro meses completos - e além - 100% afastado do colecionismo de VHS. Um terço de um ano. É uma conquista e tanto.

    Mas é claro que, caso eu adquire o single Jeans, da Ryoko Hirosue, aí eu terei carta branca para voltar a caçar a VHS Premonição. Mas aí seria uma busca somente por essa fita, e não por VHS em geral.

    PS: Puta comentário nojento do caralho esse daí acima.

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