Analisando o primeiro show do MCR desde 19 de Maio de 2012...
Foda-se que eu sou um grande fã da banda. FO-DA-SE. Eu nunca me venderei, e nunca terei uma abordagem chapa branca com assunto nenhum. Ainda mais com um show que custou 150 dólares - aí somos mais do que obrigados a ter um senso crítico apurado com o evento. E sim, já teve fã do MCR que me criticou, dizendo que eu não sou fã de verdade por algumas críticas que fiz a banda. Bem, se ser fã é não ter senso crítico e endeusar automaticamente tudo que o MCR faz, então eu não sou fã mesmo. E com orgulho. (PS: E quem será que está mais gordo: Gerard Way, Vince Meal ou Asshole Rose?)
O. Intro Medley
Romance + Look Alive, Sunshine + The Light Behind Your Eyes + The End + Mama + Interlude
Uma intro bem nonsense, sejamos sinceros. E é simplesmente ofensivo tocar Look Alive, Sunshine sem tocar Na Na Na em seguida. Além do mais, medley de qualquer tipo é a coisa mais desnecessária que existe, e deveria não existir mais. É tão inútil quanto cópia digital em home video.
5. Summertime
Gerard antes de tocar essa abominação chata pacaray: ''Vamos punir vocês.'' Isso com certeza... OK, entregarei o spoiler logo de cara: o MCR tocou SEIS músicas do Danger Days nesse show. Sim, S-E-I-S. Un-fucking-believable. Puta que pariu. Summertime é uma chatice insuportável, na linha das piores coisas dos Manic Street Preachers pós-Richey. Na verdade, a intro até chega a lembrar alguma canção (não recordo qual) daquela boy band galesa. Caralho... A única canção realmente boa desse LP é Na Na Na, porra. Não precisa - não deve - tocar as outras. Esse disco simplesmente estragou o legado do MCR e deturpou o propósito da banda. DD é tão vendido quanto o Felipe Neto.
7. Make Room!!!!
Primeira vez que o MCR tocou ao vivo essa não tão boa canção do não tão bom Conventional Weapons, uma compilação de sobras - por assim dizer. Com nenhuma canção genial (longe disso; uma delas, The World Is Ugly, até chega a ser horrorosa), CW - que ainda contava com o bully neonazista Bob Bryar na batera - é mais uma prova de que o MCR deveria ter acabado logo após o The Black Parade. A verdade é que a genialidade da banda acabou após aquele álbum, por mais que os fãs iludidos e xaropetas tentem te convencer de que as músicas que vieram depois também são boas e a banda continuava relevante. Yeah, right. E nada a ver tocar Make Room nesse show. Se fosse para surpreender o povo, que tocasse então Drowning Lessons ou Demolition Lovers. Ou então Fuck this Whole Wide World, raríssimo caso de canção pós-Parade de alto nível do MCR.
10. Sleep
A mais fraquinha do The Black Parade, e um tanto entediante. Talvez até mesmo a única do disco que não dá para chamar de boa. Faz jus ao nome: é de dar sono mesmo.
11. Mama
Mais uma das menores do The Black Parade. Considero Mama apenas OK. Foi, inclusive, a única das 16 faixas daquele Desafio do Segundo Edição MCR (do Canal Riff) que eu errei. A real é que raramente ouço essa música.
12. I Don't Love You
Outra não tão boa do The Black Parade, apesar de certamente melhorzinha do que as duas anteriores. OK, até admito que I Don't Love You seja uma boa canção... MAS está muito longe de figurar entre as melhores da banda, e muitas coisas infinitamente melhores poderiam ter entrado no lugar dela.
13. Destroya
PQP, que sequência fraca de quatro canções. Destroya (cuja grafia correta é com todas as letras maiúsculas - até nisso o DD é retardado, com essa parada meio na linha daquelas coisas abismáveis de Visual Kei) é outra faixa genérica daquele álbum polido, absurdamente comercial e sem inspiração. O problema do DD não é ser diferente; o problema do DD é ser RUIM mesmo, tipo Metallica do Black Album ao St. Anger. (Não que o que veio depois do St. Anger seja bom, é claro.)
15. Scarecrow
A escrita correta dessa canção horrorosa do DD (pleonasmo) é S/C/A/R/E/C/R/O/W - caralho, que disco débil mental da porra. Cacete, seis músicas do DD no show de retorno do MCR, quanta mediocridade... Para deixar tudo ainda mais ridículo, o começo dela ainda se parece com o de I Don't Love You. Como bem disse o poeta: ''Scarecrow sucks balls. Probably their worst track.''
17. The Kids from Yesterday
Mais uma canção ''genial'' do DD... Uma coisa curiosa é que, certa vez, ao pesquisar net afora, descobri que o Régis Tadeu já tocou essa música um tanto esquecível em um programa de rádio dele. Será que ele gosta desse álbum horroroso? My Chemical Romance quis tanto ser a resposta americana aos Manic Street Preachers que acertaram em cheio, no lado positivo e também no negativo: os três primeiros álbuns das duas bandas são sensacionais; já o que veio depois para os dois grupos...
18. Vampire Money
PQP, porra, caralho, eis MAIS UMA MÚSICA DO DANGER DAYS, VAI TOMAR NO OLHO DO CU. Nós queremos VAMPIRES WILL NEVER HURT YOU e não Vampire Money, uma canção feita para esculhambar o primeiro filme Crepúsculo; que, muito ironicamente, é algo mais interessante do que o Danger Days. Caralho, seis faixas do Danger Days no show da volta do MCR... Nem nos meus piores pesadelos eu poderia esperar por essa. Até admito que Destroya, The Kids from Yesterday e Vampire Money estão, tipo, entre as menos piores do disco, mas caralho... Somente uma faixa do Bullets e seis do DD, isso não pode ser verdade. Vai ver isso não aconteceu, e foi apenas um pesadelo meu. (E quem mais acha que o MCR deveria ter acabado ANTES do DD existir? Como o single Na Na Na, a única coisa genial daquele álbum, foi lançado antes do disco, eles poderiam muito bem ter acabado imediatamente após o lançamento desse single. Sejamos sinceros: Danger Days e Conventional Weapons não deveriam existir.)
SALDO FINAL:
9 faixas desnecessárias, que poderiam muito bem terem sido substituídas por clássicos do naipe de Vampires Will Never Hurt You, Dead!, Kill All Your Friends e outras - mas principalmente por essas três totalmente obrigatórias.
Sobre a introdução realmente é isso mesmo, muitos acham que ser fã é passar pano para as cagadas das celebridades ou comer toda sua merda com a boca bem aberta, como fazem os fãs do Cheirando Rola (N.M), por exemplo.
ResponderExcluirPois é, não sei porque bandas e artistas em geral insistem tanto na porra do meddley. Que alguns gostam de chamar inclusive de pout-porri mas é a mesma coisa.
Não faz sentido, serve só pra frustrar o fã que queria ouvir a música inteira e tem que se contentar com pedaços. E se a música é ruim então, vai se contentar com PEIDAços, se é que me entende.
Mas como eu nunca ouvi a banda em si (tenho que tirar um tempo pra ouvir) fica difícil eu abordar algo concordando ou discordando sem ter conhecimento de causa.
Mas num próximo texto, comento melhor. É isso aí meu amigo, boa análise!
Valeu novamente, Guitardo. E tô te devendo altos feedbacks via YT e email, aliás.
ResponderExcluirMedley é uma aberração que já deveria ter sido abolida tempos atrás. Nesse caso do MCR, acabou sendo apenas na introduçãozinha nonsense. Depois disso, não teve nenhum medley no show. Mas, para compensar, teve essas NOVE canções desnecessárias que malhei na postagem. PQP, essas cinco atrocidades do Danger Days: The True Lives of the Nothing Fabulous Killjoys foram simplesmente imperdoáveis.
Como os projetos musicais que o quarteto Gerard, Mikey, Ray e Frank fizeram após o fim do MCR, honestamente, não deram certo comercialmente (juntando os quatro caras fora do MCR, não existe um mísero hit sequer; sendo que o nosso gordão de estimação Gerard Way também esteve envolvido naquela desgraça de série The Umbrella Academy, lixão mór da Netfux), é possível que - muito infelizmente - essa reunião seja um tanto desonesta, e só tenha ocorrido por $$$. Não a toa o ingresso de 150 dólares, um valor surrealista. Como bem observou um canal do YT: ''Com 150 dólares, é possível ver um show da Taylor Swift MAIS um da Beyoncé.'' Verdade e, caralho, essas duas minas continuam no mais puro auge, porra. Mais uma prova da falta de noção em cobrar 150 dólares pelo ingresso.
Só saberemos ao certo se foi uma volta honesta ou não no caso deles gravarem música(s) nova(s), mas, com base nos patéticos Danger Days e Conventional Weapons, duvido que o MCR consiga, um dia, voltar a boa forma dos discos Bullets (sem nenhuma faixa ruim - são quatro canções bacanas e seis fodásticas ao extremo), Revenge (só não sou chegado em The Ghost of You; de resto, só canções de qualidade, sendo meia dúzia de faixas devastadoras até a medula) e The Black Parade (só Sleep chega a ser xaropeta; no mais, essa fase possui OITO canções matadoras), três obras-primas imbatíveis.
A verdade é que, de maneira geral, banda de rock não deveria nunca durar muito tempo. Os caras envelhecem, enchem o cu de $$$, traçam mulheres do mundo inteiro (se bem que, dos quatro integrantes fixos do MCR, três também curtem piroca) e não possuem mais garra para gravar um grande disco. É conforto e fortuna demais para voltar a se indignar com alguma coisa, saca? Aí não existe mais inspiração e aquela inquietude jovem para querer gravar uma obra-prima e foder o mundo. Sejamos sinceros: as (boas) bandas de rock tendem a ser relevantes de verdade somente nos seus anos iniciais. Depois disso, é só decadência, mediocridade e desonestidade. Essa é mesmo a grande realidade, como diria o imbecil do Datena.
E, de maneira geral, não me dou bem com fãs de nada, nem mesmo com os fãs das duas coisas que eu mais adoro: Miley Chemical Romance. Nada mais do que uma legião de fãs iludidos e em negação, que acham que MCR e Miley não possuem músicas ruins, e que defendem cegamente uma caralhada de setlists frustrantes da dupla ''MileyChem''.
OK então. Já a segunda parte da análise do show da volta do MCR deverá ir ao ar até Segunda. E foi interessante você ter citado no seu comment o oportunista master Nazi Moura, AKA Cheirando Rola, AKA Mamando Rola, já que, antes do ano acabar, deverá ter um post ''dedicado'' a ele...
PS: Guitardo, inconscientemente, você provavelmente escutou Helena e Welcome to the Black Parade lá na metade dos anos 2000. Essas duas tocaram até a medula na rádio e na MTV. Além delas, I'm Not Okay (I Promise), The Ghost of You, Famous Last Words e Teenagers também rolaram bastante. MCR foi extremamente famoso de 2005 a mais ou menos 2008. Lembro de todo mundo comentando a música e o clipe de Helena na época de seu lançamento. Hoje em dia é banda de nicho, mas naquela época era o mainstream do mainstream.