OK, por onde começar a analisar Paranóia (Disturbia, 2007, DJ Caruso), que conferi agora pela segunda vez na vida, após mais de uma década que o vi pela primeira vez...
A trama: três adolescentes - dois caras e uma mina - cismam que seu vizinho é um serial-killer, e resolvem espioná-lo.
Tentarei ser breve, mas sei lá como serão as coisas.
Bem, o filme até tem lá o seu potencial: o protagonista (interpretado pelo Shia LaBeouf, que, assim como o casal central do Crepúsculo, o Harry Potter e o Frodo, também se tornaria um notório ser anti-Hollywood - apesar que o ''Bob'' Pattinson queimou o filme recentemente ao interpretar o Batmané naquele filminho otário) até é OK, e o filme manda bem sim lá no começo: a abertura com o protagonista e o seu pai, e esse mesmo protagonista reagindo ao seu professor fucking asshole na sala de aula.
Mas, de boa, por mais que eu tentei ser justo com Disturbia, novamente ficou comprovado para mim que o amigo oriental do protagonista consegue, sozinho, arruinar o filme inteiro.
Especificamente tem um momento na marca de 1H20 e outro 20 minutos depois que não deixam nenhuma possibilidade de salvação para Disturbia. O desrespeito e o desprezo que o filme possui perante o espectador são simplesmente inacreditáveis.
E os problemas não param por aí.
Mesmo sem saber que o produtor executivo é o $teven Is Pig (o maior câncer do cinema mundial), eu já estava pensando ''cara, isso está $pielbergiano demais''. Afinal, como em outras abominações do tipo Deu a Louca nos Monstros (que, junto d'Os Garotos Perdidos e do remake de Vampyres, fazem Crepúsculo parecer uma obra-prima na comparação), fica muito bem estabelecido em Disturbia quais personagens irão sobreviver e quais podem morrer. Isso daqui não é Friedkin ou Fulci, em que QUALQUER UM poderá bater as botas. Isso daqui é $pielbergiano, ou seja, mentiroso pra caralho e previsível pra caralho.
E, meu, Disturbia é um desastre catastrófico, por mais que David Morse mande bem sim como o vizinho que pode ou não ser um serial-killer. Além de tentar ser suspense, também falha ao imitar Show de Vizinha (The Girl Next Door, com a gostosíssima Elisha Cuthbert), além de trazer umas subtramas até mais cômicas, como as presepadas do amigo japa sem noção e os pirralhos que fazem bullying no protagonista.
E falando nos pirralhos... Aí nós vemos, novamente, como Disturbia é $pielbergiano e fake. Em duas sequências nós assistimos esses pirralhos conferindo um filme ''pornô'', que, na verdade, mais é um vídeo completamente softcore, com umas mulheres seminuas. É a mesma vibe poser que nós temos em Lenda Urbana 3: A Vingança de Mary (da cineasta one-hit wonder Mary ''Pet Sematary'' Lambert - que deverá receber umas postagens próprias por aqui), com uma cena muito parecida, de um Zé Ruela enchendo a cara enquanto também assiste um pseudo-pornô que, na real, é mais um videozinho totalmente soft. Ou seja, nem Caruso e nem Lambert tiveram coragem de fazer como em Amoklauf, sensacional filme de serial-killer dirigido por Uwe Boll, que mostra o protagonista psycho assistindo um pornô real e completamente hardcore. É isso aí: o cinema de verdade não engana e nem maquia a realidade. Hail tio Uwe. Foda-se o $pielberg e as obras $pielbergianas em geral.
AVISO: DIGRESSÕES A SEGUIR
No mais, a única coisa que curti mesmo foi a inclusão da canção Next 2 You, do Buckcherry, na trilha sonora, por mais que ela seja interrompida no filme de maneira xarope. Inclusive, eu provavelmente não deveria falar isso, mas whatever, vamos lá: na época em que eu ainda bebia e me drogava e ainda era apaixonado pela russa lá, eu costumava ouvir essa canção no repeat pensando nela - e fantasiando com aquele sonho impossível de se concretizar. Pois é. É o que acontece quando você adere ao álcool e ''companhia'': você perde a noção e o bom senso, e se entrega a atitudes irracionais. É por essas e outras que nunca tive uma recaída, e permanecerei sóbrio até a morte. (No mais, eu espero sim que ela esteja bem, por mais que o país dela esteja numa situação cabulosa e horrível. Bem ou mal, nonsense ou não, ela foi sim a garota que mais amei na vida. E ela foi muito mais difícil de superar do que as já citadas substâncias.)
ENFIM.
O único efeito que Disturbia me causou foi que, após assisti-lo, eu voltei a ouvir Buckcherry direto. Não fazia isso desde que fiquei sóbrio, em Novembro de 2017. Buckcherry provavelmente é, entre as bandas americanas de rock que atingiram o mainstream, a mais explicitamente pró-álcool e pró-drogas de todas. Portanto, eu me identificava demais com esse estilo hedonista e niilista deles na minha época de goró constante. Mas os larguei assim que fiquei ''clean'', já que achei que não teria mais como me identificar com eles.
Mas é estranho: mesmo estando sóbrio faz quase 5 anos, voltei a ouvir Buckcherry e curtir demais a experiência. E até venho reparando algo que, muito curiosamente, nunca havia notado antes: Buckcherry é sim uma das minhas bandas favoritas. A já citada Next 2 You, a maravilhosa Whiskey in the Morning (regravada pelo Anal Cunt - WTF), a sensacional Too Drunk to Fuck (que acho muito mais legal do que a homônima do Dead Kennedys), Riding, Broken Glass, o hit Lit Up, Say Fuck It (muito superior a versão original) e tantos outros clássicos...
Buckcherry ruleia.
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Opa, olha que interessante isso: mesmo você curtindo o filme (já eu acho, de longe, o mais fraco de todos que vi nessa linha de espiar vizinhos creepy), você reparou aí dois problemas de Disturbia que ficaram de fora da minha postagem:
ResponderExcluir1) A cena do estacionamento, que não faz sentido. (Se o filme tivesse culhões ou um roteiro minimamente digno, então - SPOILER - ele teria matado ou ao menos sequestrado a mina ali mesmo. Mas, claro, por ser super $pielbergiano, o filme não poderia causar um estrago grave com uma personagem tão importante na trama. É um problema mais ou menos parecido com uma cena mais pro final de outro filme totalmente problemático desse mesmo diretor, Roubando Vidas, com uma parte lá que o tal DJ Caruso - vê se isso é nome de gente... - causa um impacto e tanto no espectador para, mais adiante, desfazer essa intensidade toda de forma vergonhosa. E isso que nem comentei ainda Controle Absoluto, também do DJ picareta aí, um dos filmes que mais me deixaram puto dentro do cinema na vida inteira.)
2) Já o segundo problema eu devo admitir que não é um problema específico do Disturbia, e sim desses filmes de vizinho creepy em geral: a falta de outros suspeitos, focando unicamente no xarope next door - se é que ele é realmente xarope.
E, cara, para mim, aquela parte com o ''Jap'' na altura de 1H20Ms é uma das coisas mais ridículas que já assisti num filme até hoje. E, 20 minutos depois, Disturbia consegue fazer outro momento parecido e igualmente desastroso. Esse personagem é um dos meus menos favoritos de todos os tempos - só não é pior do que a Tina do quinto Halloween, AKA Pior Slasher de Todos os Tempos em Toda a História do Cinema Mundial.
Guitardo, respeito sua opinião numa boa, e até torço para que você faça sim o podcast sobre o filme junto do Oswaldo (que eu adoraria conferir, já que seus podcasts são muito legais, engraçados e politicamente incorretos), mas, de boa, eu odeio essa porra de Disturbia. A única coisa que curto com esse nome é a maravilhosa música da Rihanna. E a única coisa que curto do Caruso é O Quarto dos Esquecidos, que lembro de achar um terror bem delirante e maneiro - e tô afim de rever.
PS: Acho a mina do Disturbia bonita e nada demais. Nem lembro o nome da atriz e não lembro de tê-la visto em mais nada. Até acho a mãe do protagonista mais da hora do que ela.
Acho que não. Acho que na época talvez eu conhecesse menos mulher, sei lá, e aí se aparecia uma que fosse gata, mas sem ser extraordinária , eu já me dava por satisfeito. Talvez meu gosto tenha mudado. E não, acho que não confundi não. E a Elisha Cuthbert, como vc bem observou, essa sim, realmente , impecável, principalmente no rosto (no corpo tb, mas achei essa do filme Paranóia mais fraca de rosto que de corpo).
ResponderExcluirÉ verdade, revendo outro dia , ele participou tb. Eu quando lembrava desse podcast sobre os emos , lembrava só do Oswaldo participando, mas reouvindo lembrei que ele tb tava lá kkk
Ahhh é nesse momento, então ?
Acabei não revendo o filme depois da última revista nele, que foi esse ano. Então não tinha me tocado que é nessa hora que toca o som!
Isso, qd ele faz isso ele acaba "ganhando" ela, pela consequência dela reclamar disso na casa dele. Aí eu tenho que rever o filme, pq não consigo entender em que momento ela achou que faltou atitude da parte dele, pois antes disso ocorrer, não lembro o que acontece, que acho que ele vai querer beijar ela e ela diz que a mãe ta chamando e não rola nada. Ou se, depois disso, ela achou que ele se acomodou e não tentou mais nada com ela. Ta aí, nao to fazendo a ligação de uma coisa com outra, talvez até reveja de novo o filme, tentando prestar atenção mais nessa parte da interação entre eles pra ver se pego qual foi a hora que ela ficou bolada pra forçar ele a tomar uma atitude.
Exato, até fiz em 2017 um react sobre esse vídeo do Felipe Neto. Realmente muito boa aquela época dele, pena que ele acabou se vendendo pro sistema, o que no caso dele, foi correto já que ao mm tempo que se vendeu, encheu o c* de grana. Se eu soubesse como ganhar grana assim com a internet eu não reclamava mais da vida kk
Ah sim, mas no caso ali, eu tava dizendo caso eu tivesse nascido assim, gay, agora quando eu, hétero, sou "encarado" como alguém "pegável" por um gay realmente fico puto. Eu tava imaginando sei lá, um multiverso onde eu nascesse já com a vontade de dar o brioco ou de com3r c* peludo de homem , o que não é definitivamente o caso, e quando eu penso isso, é racionalmente, tipo pro cara que é gay e quer outro que seja gay, deve rolar tudo com mt menos frescura. Acho que justamente o fato do homem ser diferente da mulher em mts aspectos, que causa esses estresses do caralho na conquista. Duas lésbicas tb devem se entender mt mais rápido do que um homem e uma mulher interessados um no outro. O fator diferença pesa, negativamente, eu acho, nessas questões.
E eu sei que vc ñ é gay , nem achei que vc tem aparência de gay qd veio aqui, agora gostos musicais aí é uma questão mt pessoal pra apontar que fulano é gay por gostar disso. Mas lembro uma época que C.S.N era zoado em fóruns por revelar ser fã de Lady Gaga. E ñ era alguém que gostava de dar a bunda (aparentemente pelo menos).
Sim, teve um cidadão que trampou comigo que pela afetação não escondia que queria sentar na cenoura. E okay, quando trampava com ele me respeitava e talz, aí de uns anos pra cá veio com umas de pedir pra eu mandar foto da r**** . Porra, aí fiquei com dó de cortar o cara , apesar de me sentir ultrajado com o pedido, e mandei uma foto que dei um print no x-videos de um maluco lá tomando banho com a r*** dur*. Porra, o cara ficou me enchendo o saco um tempão. A nível de que fui obrigado a bloqueá-lo. É triste.
Sim, é bem isso, nada contra quem é, mas invadir nosso espaço pra tentar forçar que a gente seja é uma forma de falta de educação e de filha da putice tb. Ainda mais como vc falou, tentado uma conversão forçada.
Valeeeeu
Acho que as três minas que eu mais garimpei foto na internet, na vida inteira, foram justamente Elisha Cuthbert, Dulce Maria e Karen do Yeah Yeah Yeahs - antes dela completar 30 e ficar parecendo um defunto traveco. Uma canadense, uma mexicana e uma coreana, portanto. E, no caso da Dulce, a obsessão era tão forte que, como já te disse antes, chegava uma hora que as fotos dela se esgotavam e começavam a aparecer fotos da Irmã Dulce no lugar :)
ResponderExcluirAté quero rever Casa de Cera aqui, um dos hits da Elisha (junto de Show de Vizinha e do pavoroso seriado 24 Horas, em que ela fazia a Kim, a filha do Jackass Bauer). O grande problema é que essa porra de filme tem duas músicas do MCR na trilha (a sensacional I Never Told You What I Do for a Living - cuja versão original tinha uma letra beeem bizarra - e a já absolutamente insuportável Helena) e, tipo, eu não gosto mais de escutar MCR - pois é, os setlists do MCR Cover Brasil são tão problemáticos e frustrantes que me deixaram com antipatia de escutar MCR...
O DJ Caruso parece ser truta do Buckcherry. Além da Next 2 You na trilha de Disturbia, o vocalista Josh Todd (visualmente, um mix de Steven Tyler com Willem Dafoe) apareceu em pequenas participações numa série de coisas dirigidas por ele.
Seria interessante rever Disturbia com o áudio original em inglês (nas duas vezes que o assisti foram em cópias dubladas) para prestar atenção na última fala do vizinho creepy, e na forma como ele a diz:
''YOU MADE ME DO THAT.''
Isso é curioso porque essa era a ''The Voice of Jack'', a frase dita em Parceiros da Noite (Cruising, 1980), antes do psycho despachar algum infeliz. E um detalhe: antes do $teven Is Pig se queimar completamente e virar um scumbag supremo (no ano de 1977), ele foi convidado a dirigir Parceiros da Noite, mas recusou. E, como o $pielberg é o produtor executivo de Disturbia, será que ele quis prestar uma homenagem a um projeto dele que nunca foi adiante, e acabou sendo realizado por outro cara (no caso, William ''O Exorcista'' Friedkin)... ? (Isso de diretor prestando homenagem a projeto pessoal não realizado também aconteceu no segundo O Massacre da Serra-Elétrica, numa sequência que Tobe Hooper fez uma referência a um roteiro de palhaço psicopata que era para ele ter filmado - mas que, por algum motivo, acabou não acontecendo.)
E outro motivo interessante de assistir Disturbia mais uma dolorosa vez seria para reparar cautelosamente nos joguinhos nonsense da mina.
PS: É curioso notar que os conflitos terminais de Disturbia rolam em um cenário a la Terror das Trevas do Lucio Fulci... Disturbia é um exemplo perfeito de filme que mereceria uma refilmagem digna, sem repetir os problemas graves do original.
E repostando agora um comment meu que desapareceu daqui...
ResponderExcluir...
Isso do Felipe Neto ter se vendido é compreensível (afinal, como você mesmo apontou, fez com que ele enchesse o cu de grana), mas, por outro lado, é detestável, porque o cara arruinou a integridade dele em nome de $$$. Um dia ele estará morto, não terá mais como usufruir dessa grana toda, e o legado dele será ter corrompido o próprio conteúdo para, em troca, ficar podre de rico.
O que eu disse sobre a minha aparência e os meus gostos musicais é o seguinte: como acho que só as mulheres conseguem ser atraentes, então a saída talvez seja ter algo de andrógino na aparência para tentar se aproximar delas e, assim, tentar se destacar; e, sobre os gostos musicais, sei lá, mas costumo principalmente escutar coisas com mulher no vocal, ou então com homens afeminados e andróginos no vocal. Por isso que aproveitei o gancho pra tirar sarro de mim mesmo. (E realmente foi bem WTF aquela vez que eu disse que era fã de Miley, e o maluco imediatamente me perguntou se eu era gay. Muita gente acha mesmo que é só viado que é fã dessas minas pop.)
Não sei quem é ''CSN''. Vou te perguntar isso por email :)
Meus pêsames aí pelo seu ex-colega de trampo ''giving you hell''. Que mala do caralho. Esses caras enchem o saco porque, se reclamarmos, estaremos sendo ''intolerantes'', ''reaças'' e ''homofóbicos''. E reforço o que disse antes: contato com cara gay é garantia de quebrar a cara, uma furada tão grande quanto escutar o Sir Buça Dick N Scum cantando (assassinando, na verdade) as canções da Donzela Ferrada dos dois primeiros discos, antes dele entrar na banda e a deturpar e destruir.
[Terminando aqui de repostar mais esse comentário derrubado pela parceria Bugger-hater.]
No mais, o Dado me recomendou agora o filme Nunca Chame o Demônio, que, segundo ele, também é nessa pegada de espiar vizinho creepy. O foda é que tinha essa VHS por R$ 5 no finado Sebo Aliança, e eu vacilei e deixei passar... Mas o assistirei sim e, talvez, até faça um review dele também.