sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Criterion (Blu-rays)

https://www.youtube.com/watch?v=4RIUOqpRwks

Interessante: os únicos dois Blu-rays que tenho da Criterion não aparecem nesse vídeo (Lua Negra, do Louis Malle, e Se...., do Lindsay Anderson). 90% dos BDs inclusos no vídeo eu já encontrei na Livraria Cultura de 2011 para cá; todos por preços astronômicos.

A seguir, os (do vídeo) que eu gostaria bastante de ter. Os títulos totalmente em maiúsculo são os que gostaria de ter ainda mais.

A BATALHA DE ARGEL

Carlos
Diabolique

ERASERHEAD

FOME

A Marca do Assassino (Matador)
Mensageiro da Morte
Minha Vingança
M: O Vampiro de Düsseldorf

PERSONA / QUANDO DUAS MULHERES PECAM

Piquenique na Montanha Assombrada (Misteriosa)
Repulsa ao Sexo
Scanners: Sua Mente (Morte) Pode Destruir
Terra de Ninguém

TRÊS MULHERES

Os que eu não teria nem de graça: os do Steven Soderbergh, Spike Jonze e Wes Anderson, além de Cova Rasa e d'O Reencontro - que, apesar de ter a minha atriz favorita (Meg Tilly), é um filme do qual não gosto nem um pouco, e que, para piorar, envelheceu muito, muito, muito mal. Acho que prefiro até os piores John Hughes do que ele.

E, para fechar, os BDs da Criterion que mais quero de todos, e que não aparecem no vídeo do link:

Anticristo (não sou um grande fã do filme, mas tenho minhas razões por desejar essa edição)

Carnaval de Almas / O Parque Macabro (terceiro lugar)

Hausu / House (primeiro lugar)

Os Inocentes

O Intendente Sansho / O Intento de Sansho / Sansho: O Oficial de Justiça

Inverno de Sangue em Veneza

Os Olhos sem Rosto

Paris Nos Pertence (segundo lugar)

Tóquio Violenta / O Vadio de Tóquio (apesar da capa feia)

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Cine Spektro Volume 2: Fome de Viver (1983)

Uma provocante obra oitentista, demasiadamente artística e, por vezes, com pinta de videoclipe (mas com a dosagem certa para não derrubar suas qualidades), temperada por uma dramática atmosfera de horror com pitadas de surrealismo, e estrelada por um astro do rock.

Tal descrição poderia facilmente ser aplicada ao obscuro Enxofre e Melaço (Brimstone & Treacle, 1982, remake do ainda mais obscuro Play for Me: Brimstone & Treacle, realizado em 1976 e só lançado 11 anos depois; depois do remake, portanto). Mas aqui se trata de outro excelente filme, feito um ano depois, com David Bowie ao invés de Sting: Fome de Viver (The Hunger), com direção do suicida Tony Scott, a partir de livro do abduzido Whitley Strieber (interpretado por Christopher Walken no supostamente biográfico Estranhos Visitantes / Communion, de Philippe Mora - que não deve ser confundido com o mini-clássico slasher Comunhão / Alice Sweet Alice, também conhecido como Communion). Catherine Deneuve e Susan Sarandon completam o trio principal do elenco.

Fome de Viver é o ponto mais atípico na carreira de Scott, cineasta mais associado ao cinemão mainstream, que só voltaria a brilhar pra valer em 1996, com o esquecido Estranha Obsessão (The Fan).

Como nos clássicos de Zé do Caixão, também vemos aqui uma protagonista vitimada pelas próprias obsessões e neuroses, perdida em um universo particular aonde já não sabe mais dialogar com o resto da civilização.

O citado aspecto de clipe é acentuado pela participação de Peter Murphy, vocalista do Bauhaus, em performance do hit Bela Lugosi Is Dead, logo no começo do filme. Outra curiosidade são as pontas de Willem Dafoe e John Pankow, como os ''Phone Booth Youngsters''. Os dois seriam inimigos dois anos depois, em outra peça icônica do cinema oitentista: Viver e Morrer em Los Angeles (To Live and Die in LA), de William Friedkin.


Fome de Viver é um clássico obrigatório do vampirismo no cinema, que também serve como uma ótima oportunidade de homenagear o Camaleão e o Toninho Scott.

Cronenberg Essencial

Qual foi o padrão usado para a ordem dos filmes aqui? Ficou meio bagunçado assim: Videodrome (1983) seguido por Filhos do Medo (1979) no disco I, e Mistérios e Paixões (1991) seguido por Calafrios (1975) no II. Não seria melhor os dois dos anos 70 no primeiro disco, e os dois mais recentes no segundo - em ordem cronológica?

Olim-piadas

Nossa, como estou preocupado com as Olim-piadas...


Não importa quem ganhar ou perder: não adiciona PORRA NENHUMA na minha vida. Me dê um motivo pelo qual eu deveria me importar com essa palhaçada.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Caçador de Almas: The King of Hell







Decapitando o Todo-Poderoso.

''VAMBORA. VAMBORA. VOODOO. MAGIA NEGRA TÁ TENDO AÍ.''

Continuo compensando pela falta da presença de filmes brasileiros no blog durante 2015. Dessa vez, farei comentários relâmpagos sobre o trabalho mais famoso de uma figura bastante conhecida por suas participações em programas toscos da TV aberta.

Se a gringolândia tem A Caçadora de Almas (Lady Terminator ou Nasty Hunter, da Indonésia, feito em 1989) e O Ladrão de Almas (Soultaker, dos EUA, do mesmo período), nós temos, com orgulho, o slasher satanista Caçador de Almas: The King of Hell, dirigido, roteirizado e estrelado em meados dos anos 1990 por Antonio Aparecido Firmino, mais conhecido como Toninho do Diabo (Devil Tony na gringa), o mais famoso dos discípulos de Zé do Caixão / Coffin Joe (José Mojica Marins). Toninho ainda se encarregou do figurino e maquiagem do curta.

Caçador de Almas é um curta-metragem de míseros 15 minutos, que acompanha Toninho (ainda com cabelo) em meio a rituais satânicos, sacrifícios de incautos e sádica matança na floresta, onde ele se mostrará um bruxo experiente capaz de se teletransportar, e se transformar em qualquer coisa que desejar.

Com possíveis ligações com o cinema de Kenneth Anger (Invocation of My Demon Brother), Caçador é uma grata diversão que até possui uma atmosfera bacana (usufruindo, através da criatividade, o máximo possível do orçamento miserável). Mas todos os esforços são prejudicados por risadinhas estilo sitcom, que, muito infelizmente, se encontram presentes na cópia VHS-RIP do You Tube; obviamente não me refiro as gargalhadas from hell que são mesmo do filme, e sim das risadinhas da platéia. Será que o filme existe sem essas risadas quebradoras de clima? Se elas realmente fizerem parte do filme, aí fica complicado.

Com as risadas, Caçador de Almas merece 3 estrelas (de 5). Sem elas, mereceria 3.5 ou mais. Bão demais.


Veremos agora se será possível incluir algo do também divertido Boni Coveiro no 7 Noites em Claro...