sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Revendo Poltergeist: O Fenômeno (1982)...

Ao revisitar esses dias o ''clássico'' (yeah, right...) do horror Poltergeist: O Fenômeno (1982), dirigido por Tobe ''Texas Chainsaw'' Hooper e produzido pelo rei mundial dos idiotas, Steven Spielberg, percebi que não, o seu humilde narrador não havia pegado pesado com o filme anteriormente. Reza a lenda de que Spielberg co-dirigiu o negócio (até dirigindo bem mais do que Hooper), e só não recebeu crédito de direção para não quebrar uma cláusula contratual que o impedia de dirigir outro filme durante a realização do também patético ET: O Extraterrestre.

Existem em Poltergeist momentos bons (poucos) e ruins (muitos), sendo que o que há de qualidade tem a cara de Hooper, então O CARA, vindo de preciosidades como O Massacre da Serra-Elétrica, Eaten Alive, Pague para Entrar, Reze para Sair e o televisivo Os Vampiros de Salém, uma das primeiras adaptações cinematográficas de uma obra de Stephen King. Quatro títulos de alta qualidade portanto. Já os momentos ruins, nonsense e demasiadamente sentimentaloides e ''família'' são, obviamente, a marca de IsPigBlerg.

Daria para pegar os raros bons momentos (o começo do filme antes do débil ataque da árvore, e todas as aparições do palhacinho from hell, mais a Jobeth Williams recebendo um ataque na linha ''O Enigma do Mal'', e precursor de uma sequência envolvendo a Tina no primeiro A Hora do Pesadelo) e transformar a chatice interminável num eficiente curta-metragem. Entre tantos casos de curtas empolgantes que dariam ótimos longas, Poltergeist é exatamente o inverso, e daria um fino filme curto de uns 15-20 minutos de duração.

Poltergeist só não é uma porcaria absoluta por dois motivos. Primeiro pela direção do então relevante Hooper (um cineasta de verdade, de garra; e não um dos fantoches sem talento de Spielberg, na linha George Lickass), que pouco depois (após Força Sinistra, Os Invasores de Marte e O Massacre da Serra-Elétrica 2) se perderia para sempre. Já o segundo motivo é acidental, sendo que é sempre curioso e interessante assistir filmes malditos / amaldiçoados / assombrados. É do conhecimento de todos que diversas tragédias e fatos estranhos atingem a trilogia Poltergeist, sendo as bizarras mortes de Heather O'Rourke e Dominique Dunne os principais eventos.

Outro dos maiores problemas de Poltergeist é a extravagância de efeitos especiais totalmente desnecessários, cortesia da Industrial Light & Faggot, do igualmente desnecessário George Lickass. Assim sendo, é certeza de encontrar pelo caminho trocentas referências ao universo geekuzão de Dork Viader, Chewbabacca e demais paspalhos.

O script da bagaça também não ajuda, e é bastante retardado: por que diabos a família não se muda duma vez, e por que diabos não se desfazem do palhacinho assustador duma vez por todas???

Ainda pior é (SPOILERS) perceber que a sequência envolvendo o rosto de um personagem sendo despedaçado foi uma alucinação, ou constatar que ABSOLUTAMENTE NINGUÉM VAI PRO SACO. PQP, Spielberg é mesmo um completo imbecil. E a cena em que Jobeth Williams comemora pela cadeira ter se movido sozinha está entra as coisas mais indescritivelmente babacas da história do cinema: ''UEBA, MINHA CASA ESTÁ TOMADA PELO CÃO.'' Novamente, fuck you Spielberg. (Poltergeist é mesmo um caso esquisito: as pessoas sobrevivem no filme, mas morrem - prematura e tragicamente - na vida real.)

Bem, talvez alguns encontrem diversão em Poltergeist através das participações dos sósias do protagonista de Troll 2 (uma tranqueira certamente muito mais divertida do que Poltergeist), do Eric Roberts, do Billy Dee Williams e, é claro, da versão feminina do Udo Kier como a investigadora paranormal.

Assim sendo, o remake continua sendo melhor. Ou, se preferir, menos pior.

Mas o melhor mesmo é preferir o filme que Poltergeist seria se fosse bom: o já mencionado e simplesmente imbatível O Enigma do Mal (The Entity, de Sidney Furie), feito um ano antes, mas também lançado em 1982.

2 comentários:

  1. Poltergeist para mim é um filme assustador e ao mesmo tempo não devido as interferencias do Spielberg .. tecnicamente nesses dialogos non-sense da familia .. tambem concordo por que não sairam desta casa amaldiçoada quando esse fenomenos estava acontecendo lá ... Puta que pariu !! comemorar uma cadeira andando na sua frente é de doer os olhos e os ouvidos da pessoa que esta assistindo o filme . o filme esta chamado nós de idiotas se uma coisa dessa acontece-se na minha frente e saia correndo arrebentando a parede da minha casa de assustando .
    Filme de terror bom é esse ai mencionado pelo o autor do texto "Enigma do Mal "como a lindissima Barbara Hershey esse sim um filme assustador outro filme sobre o mesmo tema que eu destaco é " A Casa das Almas Perdidas / The Haunted - 1991 " com : Sally Kirkland ,lançado ha muitos anos em VHS pela Abril Video e passou varias vezes na TV Globo e esse merece ser visto e escrito um texto pelo o nosso blogueiro de plantão Marcio Manson.
    Se Poltergeist não tive tido a interferência de Spielberg em sua direção o filme seria fantastico nota 10 ,mas com teve isso o filme ó nota 3 para mim.

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  2. Os três Poltergeist dão a impressão de que poderiam ser bons, mas não conseguem ir além da barreira da curiosidade mórbida - graças a todas as mortes ligadas aos filmes.

    O Enigma do Mal é mesmo maravilhoso, um dos meus cinco filmes favoritos de terror de todos os tempos. Uma pena ele nunca ter sido lançado decentemente em Blu-ray: o BD americano dele é bastante criticado (além de ser pelado) e, à exemplo do Maniac da Blue Underground, do terceiro Amityville pela Scream Factory e do Cão de Briga da Europa Filmes, é outro Blu-ray que dizem estar com a imagem pior do que a do DVD.

    A Casa das Almas Perdidas eu cheguei a assistir uma única vez na TV, e preciso rever. Pena não ter nenhuma cópia dele.

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