Hoje fiz um breve garimpo por São Paulo, passando por dois sebos apenas, e pegando coisas que haviam ficado para trás em garimpos do passado recente. E, se o BUGGER (A.K.A. BL0GGER) não me derrubar de fuça no chão, farei aqui o relato dessa porra.
Falando em tomar cuidado para não ser derrubado, antes de chegar no primeiro dos dois pontos sebísticos, Tito Marcio teve que desviar dum sujeito bastante suspeito, um possível trombada, que passou do meu lado com uma camiseta do Capitonto América. Bem, caso ele tentasse me assaltar (como cogitei que tentaria), aí, caso não desse para desviar mesmo, eu teria que sair na porrada com esse filho da puta. Afinal, seria muito vergonhoso ser assaltado por um Zé Ruela com camiseta da Marvel ou Defective Cunts, a casa de crápulas como o Batmerda e o Super-Homo. Pior que camiseta de super-herói caricato, só mesmo se fosse camiseta de $tar War$, PQP, vai tomar no cu.
Mas enfim...
Logo que cheguei no primeiro sebo, trombei o Blu-ray gringo d'O Enigma de Outro Mundo, na edição antiga da Universal. Não é alguma edição posterior e muito superior via Scream (Shout) Factory, mas é sim uma edição muito digna, de qualquer forma. Ou seja, a comprei sim por R$ 35. É isso aí: pau no cu da Versátil Hype Vídeo e dos seus BDs bagunçados e comprimidos com transfers duvidosas.
A seguir peguei o CD Life, do Simply Red, pra passar pro Gabriel ''Mr Dado'' Caroccia em troca de torrents variados. Já no sebo seguinte, também pro Caroccia, peguei o CD Everyone's Got One, da obscura banda noventista Fat Tuesday. Testei os dois e estão OK.
E, por falar em banda com nome de dia da semana, trombei o quinto álbum do Taking Back Sunday, auto-intitulado, mas o deixei passar. Afinal, ao pegar o registro anterior deles (New Again) no rolê anterior, e me decepcionar pra caralho (aquela porra soa como The Killers, vai se foder), quero reavaliar muito bem as coisas antes de decidir voltar a pegar coisa da mais bem sucedida banda emo com nome de dia da semana - afinal, TBS é bem mais famoso do que Tuesday (real emo 90), Missing Tuesday (revival recente de real emo 90), Thursday (screamo da virada do século), Friday Night Boys (fake emo 2000), That Sunday Feeling (fake emo 2000 também) e o maravilhoso, magnifíco e imbatível Hey Monday - que pode ser considerado fake fake emo, já que é uma banda do emo mainstream 2000 (o que caracteriza fake emo) e, se não fosse o suficiente, ainda é uma das bandas coloridas na versão americana (o que eu agora chamo de fake fake emo, já que irrita tanto os puristas que curtem o real emo dos anos 80 e 90 quanto a galera deprê que curte o emo 2000 antes da chegada da galera colorida de bem com a vinda).
Caralho, quanta digressão nessa caceta, puta que pariu.
Voltando ao Taking Back Sunday, a real é que, ao menos por enquanto, a única música deles que eu realmente, REALMENTE gosto é a antigona Cute without the E (Cut from the Team), uma das minhas canções emo favoritas em geral: ''And you will tell all your friends: you got your gun to my head.'' Genial. Inclusive, até recomendo vocês irem no Your Toba conferir esse clipe após lerem essa postagem na íntegra. E é interessante: tanto o segundo clipe do TBS (que, se não me engano, também é de 2002) quanto o segundo do My Chemical Romance fazem referências explícitas a filmes famosos de 1999 que possuem twists cabulosos. O de Cute homenageia o clássico O Clube da Luta, e o do MCR (Honey, This Mirror Isn't Big Enough for the Two of Us - já resenhado nesse blog) é um remake em formato de clipe ao incrivelmente entediante Audition.
Anyway...
Por falar em MCR, ganhei de brinde uma revista gringa de música (de Fevereiro de 2004) com uma notinha pequenina sobre a banda. Isso é bem interessante, já que o MCR na época era totalmente underground e ainda contava com o line-up original: Gerard, Frank, Ray (o único cara hétero da banda, hahahahaha), Mikey e o batera junkie piromaníaco mucho loco, o Matt ''Incendiador de Vãs'' Pelissier - que ainda não havia sido substituído pelo bully neonazista Bob Bryar, que, por sua vez, foi trocado pelo cleptomaníaco irrecuperável Mike Pedicone. (Incrível como o MCR só teve batera problemático e zicado, CARALHO.)
Não é a primeira revista gringa que possuo falando de MCR pré-fama (também tenho uma NME assim, que até resenhou um show deles da tour do primeiro álbum), mas é sempre curioso e inusitado ver alguém comentando o MCR da época em que eles eram meros Joe Nobodies. Interessante.
E essa mesma revista também traz uma notinha sobre o The Vines, prestes a lançar o segundo álbum (''... o disco ter uma canção chamada Fuck the World é a prova de que eles ainda não ficaram frescos...'') e matérias sobre o The Hives (''... negar a qualidade do The Hives é a mesma coisa que negar o Holocausto...'') e sobre o The Distillers, daquela gostosa mór chamada Brody Dalle.
Enfim, é isso. Tomara que eu consiga publicar esse humilde relato aqui.
PS: Ahh, quase esqueci. A Q cometeu uma gafe ali na nota sobre o MCR. Eles falaram que o Gerard tinha 21 anos na época, sendo que ele estava perto de completar 27. Caralho, a banda era tão desconhecida que os módafócas nem se preocuparam em pesquisar a parada direito. Cacetada, até parece o Régis Tadeu fazendo pesquisas vagabundas pra poder aloprar a Miley.