quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Post Dois em Um: Cobertura da Feira do Disco de 2020 (Domingo, 9 de Fevereiro) + Recordações da Feira do Disco de 2018 (Sexta, 7 de Setembro)





Compareci durante duas horas e meia na edição de Fevereiro de 2020 da tradicional Feira do Disco. Apesar de ter mais expositores do que em 2018, posso dizer que, surpreendentemente, a Feira se mostrou mais apetitosa naquele ano de 2018.

Como eu não coleciono absolutamente NADA em vinil, olhei apenas os CDs, DVDs e Blu-rays da feira. Posso te garantir que verifiquei tudo ali disponível nesses três formatos.

Logo que cheguei lá, acabei encontrando o single Frozen, da Madonna, um dos cinco CDs-S daquele que provavelmente é o seu melhor álbum: Ray of Light (1998). Como já tenho o último single daquele disco, Nothing Really Matters, gostaria sim de ter os outros quatro também. Mesmo porque um deles, The Power of Good-Bye, é a minha música favorita da Madonna. Mas, como Frozen estava custando salgados 50 reais, nem cogitei a ideia de comprá-lo - obviamente. Afinal, eu só pagaria R$ 50 em algum single MUITO foda para mim. (E mais alguém aí também acha que a Madonna deveria ter encerrado sua carreira após Ray of Light? Seria um fim perfeitamente digno. A real é que essa mulher perdeu a noção de tudo depois daquele disco delicioso.)

Nas várias pilhas de CDs em promoção que vi a seguir, localizei o Ixnay on the Hombre e o Neon Ballroom, álbuns muito bem-sucedidos de duas das principais bandas do rock mainstream da década de 90: The Offspring e Silverchair, respectivamente. (E é interessante notar a camiseta do Offspring na fotinha do SC ali encima...) Apesar de ainda não ter esses dois álbuns, eles são sim bem fáceis de encontrar, e provavelmente os encontrarei por menos de 10 reais em algum sebo da cidade. Portanto os deixei passar nessa ocasião.

Um que não deixei passar nem a pau, também em promoção (10 reais), foi o debut do Blink-182, o divertidão Cheshire Cat. Com duas canções que viraram singles (M&Ms e Wasting Time - sendo que M&Ms ganhou clipe, e Wasting Time é a minha favorita do álbum, além de uma das melhores do B182 para mim em geral), ''o disco do gato'' possui a curiosidade de ter sido inicialmente lançado quando a banda se chamava apenas Blink. Aí uma banda homônima irlandesa (de música eletrônica) os obrigou a mudar a situação; adicionaram assim o ''182'' ao nome. Imagino que essas cópias iniciais do disco devem ser raras pra caralho.

Comprando esse CD (gravado em 1994 e lançado em Fevereiro de 1995), agora me resta adquirir o Dude Ranch (1997, com a maravilhosa Dammit, a melhor da banda para mim) e o famosão Enema of the State (1999, com as duas músicas mais conhecidas do grupo, All the Small Things e What's My Age Again?), para eu ter os três primeiros e melhores discos do Blink. Eu também teria os singles desse período, iniciando com M&Ms e terminando com a fantástica Adam's Song. Já os registros full-length e singles lançados após Enema / Adam não me interessam adquirir, uma vez que o Blink já não foi mais tão empolgante a partir do mais ou menos chato quarto LP. Ou seja, é mais uma das zilhões de bandas que tiveram sua qualidade reduzida após atingirem o pleno mainstream. E mais uma vítima d''A Maldição do Quarto Disco''.

E, pouco após adquirir o debut do Blink, acabei trombando um expositor que, para a minha total surpresa, estava com uma seção só de singles, dividida em duas pilhas.

Custando entre 25 e 35 reais, passei por vários CDzinhos do imbecil do Moby (se ao menos tivessem o single dele em parceria com a Miley - aliás, como diabos a Miley se rebaixou ao ponto de fazer colaboração com esse bobalhão mór???), do Suede e alguma coisinha do Nine Inch Nails pós-The Downward Spiral - desinteressante, portanto. Como não sou tão chegado assim em Suede (admito que até teria um ou outro single do grupo por 10 reais no máximo, como a nostálgica Filmstar - que até tinha ali), e acho Moby intragável em todos os sentidos (e pensar que esse palhaço coverizou Roots Bloody Roots - deve ser a única música do Sepultura que esse paspalho conhece), não achei nada que me interessasse nessa primeira pilha de singles.

Mas a segunda foi um outro caso.

Passei por todos os singles da segunda pilha duas vezes, para ter a certeza total de que havia visto tudo, e selecionei cinco singles interessantes / curiosos:

Silverchair: Freak

Avril Lavigne: Complicated

Avril Lavigne: Sk8r Boi (Skater Boy)

The Offspring: All I Want

Blink-182: I Miss You

Todos custavam 30 reais cada, exceto I Miss You, custando 25. Fiz um experimento e perguntei se, pagando em dinheiro, eu teria um bom desconto neles todos. E me falaram lá que daria pra fazer R$ 120 neles, com o I Miss You saindo de brinde. Eu estava sem dormir direito naquele dia, portanto estava meio mal-humorado (só havia dormido mais ou menos duas horas - quis ficar acordado para poder ir bem cedo na Feira do Disco, logo na sua abertura), e repliquei dizendo que o preço continuava caro; e que, se custassem 10 reais cada, eu levaria todos eles. Assim sendo, os deixei para trás, e saí daquele expositor.

A verdade é que, como I Miss You faz parte de uma época do Blink que já não me encanta muito (e que mostra que, assim como o Green Day e o A Fire Inside / A.F.I., o Blink também havia aderido de vez ao emo mainstream dos anos 2000 - que eles mesmos ajudaram a criar, mesmo que acidentalmente), eu não teria esse single nem a pau. Para piorar, se trata duma canção meio xaropeta, que não representa o melhor deles nem de longe. Só estou citando o single aqui por um simples motivo: foi a primeira vez na vida que trombei um single do Blink. Sendo assim, vale a menção.

Já sobre os outros quatro singles ali...

All I Want é muito legal e saudosista, mas PERDE FEIO para a canção homônima - e também pop punk - do A Day to Remember; aquela sim uma das melhores músicas da história, com um clipe também 100% fodástico. No single do ADTR eu pagaria 30 reais sem olhar para trás, e sem pensar duas vezes. Nesse do Offspring eu pagaria 10 reais no máximo.

Sobre Complicated e Skater Boi, se eu não estivesse tão impaciente naquela ocasião, teria tentado comprá-los por 15 reais cada. Provavelmente não daria certo, mas eu teria tentado. O debut da Avril, Let Go, possui 4 singles comerciais mais 2 promocionais, e essa dobradinha Complicated / Sk8r são os dois primeiríssimos singles da carreira da cantora canadense. Por um lado, não estão entre as melhores músicas dela nem fodendo. Mas, por outro, são sim faixas simpáticas e nostálgicas. E, além do mais, as duas canções mais fodásticas ever da Avril - Everything Back But You (''BITCH. SLUT. PSYCHO BABE. I HATE YOU. WHY ARE GUYS SO LAME?'') e Runaway - jamais foram lançadas no formato single de qualquer forma... Portanto, eu pagaria sim até 15 reais em cada um desses dois primeiros singles da extremamente influente cantora de pop punk ''emonóide''.

Já Freak do Silverchair eu deveria ter tentado comprar por 20 reais. SC dessa época (pré-Neon Ballroom) é legal pra caralho, e, como não possuo single deles, essa seria sim uma boa adição a single-teca do Titio Marcio. Antes de ir embora da feira, até cogitei a ideia de voltar lá e tentar comprá-lo por 20 mangos - mas acabei deixando quieto.

OK, continuando o relato então.

A seguir, fui num expositor com alguns Blu-rays. Na parte dos filmes, peguei o altamente questionável Final Fantasy: The Spirits Within, por 10 reais, já que coleciono filmes e animações de FF em home video. E, na seção de BDs de música, peguei Stop Making Sense (Talking Heads), do Jonathan Demme (Totalmente Selvagem, O Silêncio dos Inocentes), importado e lacrado, por 20 mangos. Com esses dois BDs, a minha coleção azul chegou agora aos 155 títulos. (Uma coisa curiosa, sobre esse BD Stop Making Sense, é que ele possui o trailer do Dig, aquele documentário MARAVILHOSO - que eu vi no cinema em 2005 - sobre o clima de amizade e rivalidade entre The Dandy Warhols e Brian Jonestown Massacre. Digo curioso por um simples fato: essa porra NUNCA saiu em Blu-ray nos EUA, mas esse trailer aí passa a impressão de que o doc estava prestes a receber um lançamento azul nos States.)

Tinha um BD (nacional e lacrado) do Velvet Revolver lá, também por R$ 20, que talvez eu até deveria ter comprado junto - sei lá. Também por R$ 20, também BD nacional e lacrado, e também com o finado Scott Weiland no vocal, havia no mesmo lugar um Stone Temple Pilots. Algo me diz que foi um vacilo deixar esses dois Blu-rays para trás...

Antes de pular fora, encontrei ainda um último CD - importado - que vale a menção: Cock Rock, o debut do Diesel Boy. Ouvi poucas músicas do Diesel Boy na vida, mas posso dizer que sempre adorei a canção Cock Rock, que homenageia / parodia as bandas de metal e metal farofa dos anos 80. Lembro que, lá nos meus anos de colegial, eu mostrava essa música para os fãs de metal e hard rock, e eles se sentiam OFENDIDOS por ela. (Como se hard rock e metal fossem coisas para serem levadas com o máximo de seriedade, né?) Com isso dito, foi estranho notar que o CD Cock Rock NÃO tem a música Cock Rock!!!

Diesel Boy, assim como o Nerf Herder, foi outra versão mal-sucedida do Blink. Esses três, mais Green Day, Bowling for Soup e outros, foram os reais precursores de bandas como Simple Plan e Fall Out Boy. E quer saber? Podem me xingar a vontade se acharem o correto, mas acho Blink, Diesel, Herder, Bowling e GD muito mais emo do que um My Chemical Romance - uma banda que, muito ironicamente, ao contrário dessas cinco aí, é oficialmente vista como emo. A real é que, enquanto aqueles grupos engraçadinhos estavam cantando sobre situações adolescentes e relacionamentos, MCR fazia letras sobre assassinatos de bullies, vingança contra a humanidade e destruição do Planeta Terra. Vocês podem achar o meu ponto de vista deturpado, mas, na questão das letras, acho que MCR está mais para os artistas de metal extremo do que para o pop punk de qualquer época.

OK, chega de digressão.

Não comprei o debut do divertido Diesel Boy, mas achei que seria interessante citá-lo da mesma forma.

É isso então.

Eis a contabilidade da minha visita a Feira do Disco de Fevereiro de 2020:

R$ 10 = Blink-182: Cheshire Cat (CD nacional)
R$ 10 = Final Fantasy: Spirits Within (Blu-ray nacional)
R$ 20 = Stop Making Sense (Blu-ray americano lacrado)

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RELEMBRANDO A FEIRA DO DISCO DE 2018:

Na edição de 2018 eu cheguei no evento faltando apenas uma hora para acabar.

Lembro que, logo em uma das primeiras pilhas de CDs lá, encontrei uma compilação gringa com uma canção dos Manic Street Preachers na fase Richey. É estranho: não me lembro agora que música era. Mas sei que era um disco tipo ''We Are the World'' ou ''USA for Africa'', e obviamente importado. Bem, por mais que eu adore os Manics da fase Richey, eu sou apenas um colecionador de singles, e não me interessei em pegar esse CD aí - custando 10 reais.

Já em uma outra pilha de CDs em promoção, eu localizei - por R$ 10 - o segundo disco do The Vines, o maravilhoso Winning Days, com clássicos absolutos como Fuck the World, Ride e a faixa-título, além de TV Pro e Animal Machine. Foi um verdadeiro ''fuck you'' para uma arrogante vendedora de CDs da Augusta, que tentou me vender a edição japonesa desse CD por R$ 30. Como os três primeiros CDs do The Nirvines foram lançados no Brasil, até prefiro mesmo priorizar as edições locais deles. Já do quarto ao sétimo não tem jeito, e temos mesmo que recorrer às edições importadas. (Nota: Winning Days, na edição japonesa, possui algumas diferenças primordiais na apresentação, quando comparado ao CD brasileiro. As imagens na capa são adesivos - WTF - e, ao contrário das letras legíveis - romanizadas - e das fotos dos integrantes, ambas presentes na edição do Brasil, o encarte do CD japonês tem as letras somente em kanji, além de informações adicionais sobre cada uma das canções do álbum - tudo em kanji, infelizmente. Já fora da apresentação, tem um detalhe bastante apetitoso: a inclusão da obscura Drown the Baptists como faixa bônus. Tenho essa canção, mais a igualmente desconhecida Don't Go, como B-sides do meu single promocional da Fuck the World.)

Ainda dentro do pós-grunge feito na Austrália, acabei pegando, na mesma pilha, dois CDs de outro grupo perito em chupar a sonoridade do Nirvana: Silverchair. Estou falando de Freak Show, o segundo do grupo, e também uma raridade: o bootleg Teenage Runaway, de 1997, repleto de clássicos absolutos da banda, como a sensacional Pure Massacre - aí a origem do nome da seção do 7 Noites em Claro dedicada aos rants.

E, no mesmo amontoado, encontrei um interessante DVD do Morrissey: Who Put the M in Manchester?

Falando em DVDs, ali perto encontrei Amor Livre, da Imovision, ao lado de um item incrível: o Blu-ray Chronicle of a Summer, da Criterion, com um grosso encarte (40 páginas, se não me engano), por apenas 10 reais. Com ele, agora tenho no total três BDs da Criterion - os outros dois são Black Moon (Louis Malle) e If.... (Lindsay Anderson).

Continuando essa visita a Feira do Disco de 2018, peguei o debut auto-intitulado do Elastica, gringão, por meros 10 bastardos. Esse disco é incrível, foda pra caralho, e até tem uma faixa (Connection) que toca naquele SuperPop do Sady Baby tretando com o padre :) Já a indescritivelmente maravilhosa Stutter - que possui QUATRO clipes diferentes - passou bastante na MTV Brasil. Uma pena que essas minas do Elastica se drogavam tanto, mas tanto, que não conseguiram gravar outra obra-prima além desse debut da metade dos anos 90. Só lançaram um outro álbum, bem inferior, e duraram pouquíssimo tempo. Seja como for, o debut do Elastica é uma das minhas coisas favoritas na música em geral. Eu amo esse álbum.

E, para fechar aquele dia, comprei uma raridade absoluta do universo dos singles: um singlezinho do Detonator (AKA Bruno Sutter, vocalista do Massacration), em parceria com um tal de Xakol, intitulado Metal for Demons. Me custou apenas 5 reais.

Portanto, a minha primeira visita a Feira do Disco, em 2018, foi bem mais produtiva que a minha segunda, do último Domingo. Afinal, em 2018, eu peguei, por ótimos preços, dois dos meus CDs favoritos (Winning Days e Elastica auto-intitulado), um bootleg do Silverchair no auge, um single do Detonator e um BD da Criterion.

Eis o saldo geral:

CD Elastica: Elastica (importado) / R$ 10
CD Silverchair: Freak Show / R$ 7.50
CD The Vines: Winning Days (Are Gone) / R$ 10

CD bootleg Silverchair: Teenage Runaway (importado) / R$ 7.50

CD single Detonator & Xakol: Metal for Demons / R$ 5

Blu-ray americano Chronicle of a Summer (importado - Criterion) / R$ 10

DVD Amor Livre (Imovision) / R$ 10

DVD Morrissey: Who Put the M in Manchester? (R$ 5)

PS: Mais alguém aí já adquiriu preciosidades em alguma feira de discos desse naipe?

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OSCAR 2020

Mais tarde no último Domingo, acabei conferindo o Oscar 2020 na íntegra, desde o início da cobertura no tapete vermelho, até o término total. E foi bem bacana ver a consagração total de Parasita, a vitória e o discurso de Joaquin ''Coringa'' Phoenix (foi só não ter o Batmerda / Homo-Morcego por perto, que o filme ficou bão), as performances de Billie Eilish e Eminem, e a total derrota do indescritivelmente horroroso e simplesmente intragável $tar War$ 9 - o pior filme em uma franquia que só possui piores filmes.













 

5 comentários:

  1. Da Madonna eu só conheço as músicas que fizeram mais sucesso nos anos 80 e aquela época dela cantando aquele cover: "Don't Cry for me Argentina", algo assim.

    Aí aquelas fofocas de revista Ego, podre como sempre: "Madonna está namorando Jesus Luz", "A filha de Madonna já consegue enfiar 3 dedos no cu", brinks ,essa última foi pra ironizar essas manchetes bosta desse tipo de periódico.

    Mas aí o Oswaldo me contou que ao vivo ela só faz playback.
    É foda, eu prefiro ver o cara sem voz, cantando desafinado, cantando mal pra caralho (tipo o Axl Rose hj em dia quando vai fazer agudo e só toma no cu) do que ver playback, playback é ruim demais.

    E que legal esse do single do Blink182, pelo menos não perdeu a viagem, isso é o mais importante!

    Eu vou te confessar que não conheço o Diesel Boy!

    Quando eu tava no colégio particular durante minha adolescência tinha um amigo viciado em Silverchair, mas confesso que nunca tive a curiosidade de ir atrás, quem sabe um dia desses no YT, como diz o poeta.

    Pelo jeito essas minas do ELASTICA tiveram o mesmo fim que aquela diva maravilhosa do filme MS45 , que infelizmente bateu um branco horroroso na minha cabeça e esqueci o nome.

    PORRA! Falou em Detonator eu lembrei de uma outra coisa. Sabia que a Fernanda Terra, quando ele manteve aquele grupo formado só por mulheres, "As Musas do Metal", a Fernanda Terra foi baterista substituta da principal ? Falou no Brunno Sutter lembrei dessa parada.

    Fiquei broxado com o Oscar, principalmente pq não tenho TV a cabo e tava na Globo, porra, os caras tem um comentarista que o nome é XEXÉU!!! Caralho, uma empresa que tem um comentarista com um sobrenome desses não pode ser sério, puta que pariu.

    E fiquei meio decepcionado da Petra Costa não levar por Democracia em Vertigem. Duvido nada que o Bolsoasno tenha pedido ao Trump pra fazer uma chantagem com os diretores do Oscar pra não premiar a brasileira. Vai saber. Bando de filhos da puta. É isso aí.

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  2. Faltou citar o CD Veni Vidi Vicious, do The Hives, que comprei na Feira do Disco de 2018, por 5 reais. Esse álbum é meio que um grande engodo. Se, por um lado, as três músicas que viraram clipes são magníficas (Die, Alright, mais o único hit deles na maior parte do mundo, Hate to Say I Told You So, e a fodástica ao extremo Main Offender), o restante do disco é um tanto genérico e sem inspiração: Supply and Demand é fraca pacaray (e ainda lançaram essa porra como single - ao menos não gravaram clipe para ela), e o cover Find Another Girl é simplesmente uma desgraça.

    Admito que o único disco da Madonna que já ouvi totalmente na íntegra foi mesmo o Ray of Light. Mas já escutei muitas músicas de muitos discos dela, e, ao comparar essas faixas de outros discos com as do Ray of Light, sou bem mais esse último. Ainda assim, reconheço que ela tem lá umas coisas bem legais em outras ocasiões, como, por exemplo, Borderline, ou aquela(s) faixa(s) da trilha do Um Certo Sacrifício cantada(s) por ela - que preciso ouvir de novo, mas que lembro de ter curtido bastante na época em que assisti o filme, seis anos atrás.

    Isso do playback é foda, e concordo com você. Prefiro ver uma Demi Lovato desafinando feio ao vivo, do que uma Taylor Swift abusando do playback, como nos decepcionantes shows da tour do Reputation.

    Mas o caso mais VERGONHOSO de playback que lembro de ter visto não foi de nenhuma cantora pop, e sim duma banda de metalcore-screamo. Na verdade, mais especificamente do vocalista dela, o Oliver Sykes, do Bring Me the Horizon, cantando Crawling no tributo ao Chester Bennington. Puta que pariu, aquilo foi simplesmente vexaminoso, de fazer o Chester se debater no túmulo. (E pensar que muitos fãs em negação - de ambos BMTH e Linkin Park - ainda sugeriram que o Oliver deveria ser o novo vocalista do Linkin Park!!!!!) Na real, eu nem teria coragem de me apresentar de novo ao vivo depois daquela. É preciso muita cara de pau para isso. Como bem disse o mal-humorado porém relevante Régis Tadeu: ''Além do aspecto emo e new metal, Bring Me the Horizon são playboyzões pagando de rebeldes. E, ao vivo, ainda abusam dos ''vocais pré-gravados''.'' Gosto bastante sim de algumas canções do BMTH, mas nessa terei que concordar com o inimigo # 1 dos fãs de Hemanowar.

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  3. Cara, o CD do Blink que peguei não foi um single, e sim o debut deles. O single que trombei naquele dia, I Miss You, eu deixei para trás por ser de uma fase em que eles já estavam corrompidos e estragados pelo mainstream. Tem um doc brasileiro (não lembro agora se é o ''Do Underground ao Emo'' ou o ''Nem Tudo Que Termina Tem um Final'' - mas é certo que é um dos dois), em que os entrevistados falam bastante sobre o quanto o Blink influenciou - e estragou - o emo 2000, e também sobre o quanto o Blink se queimou ao aderir de vez ao ''emo de shopping center'' após o Enema of the State. Isso é mesmo inevitável: sempre que algo vira uma moda, muitos - sejam novatos ou veteranos - embarcarão nela em nome de grana e buceta. É só olhar os anos 80 e pensar que até bandas ''radicais'' como Judas Priest, Manowar e Grave Digger se venderam fazendo metal farofa. Ou lembrar que, na década de 90, grupos de metal farofa como o Warrant, o Enuff Z Nuff e vários outros engoliram o orgulho e fizeram um som grunge.

    Em outras palavras...

    BANDA DE ROCK NÃO DEVERIA DURAR MUITO TEMPO E, AO ENCERRAR AS ATIVIDADES, TEM QUE PERMANECER MORTA MESMO.

    Caso contrário, entrará em decadência e/ou se venderá. É algo tipo relacionamentos e casamentos: ou dura alguns anos e termina de vez, de maneira digna ou algo assim, ou continuará de forma banal e/ou forçada.

    Aquela beldade do Ms. 45 pegou ainda mais pesado nas drogas do que as minas do Elastica, infelizmente. É interessante você ter citado essa atriz, já que ela também teve uma carreira bem pouco produtiva - assim como o Elastica. Boa comparação. Drugs fucking suck.

    Lembro de você ter comentado essa parada da Fernanda Terra nessa banda do Detonator. Não sabia disso antes de você falar. Cheguei a ver um show dessa banda em vídeo, muitos e muitos anos atrás (na MTV Brasil, quando ainda existia), mas, naquela época, eu não sabia quem era a Terra. Uma pena que ela não continuou no Nervosa até hoje, já que é melhor baterista - e bem mais gata também - do que sua substituta lá. (Bem, na verdade ela é muito mais gatona do que qualquer uma das integrantes remanescentes do grupo. Já no Hella's rolava um equilíbrio legal entre ela e a vocalista, ficando difícil de decidir qual das duas era a mais ''pegável''.)

    Realmente, foi triste o ótimo Democracia em Vertigem não ter levado a estatueta de melhor documentário. E, do jeito que o Bozo entrega a bunda e tudo mais pro Trump, vai saber, né? Seria lindo se o filme tivesse levado o Oscar. Seria uma vitória política e, ao mesmo tempo, do cinema brasileiro também.

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  4. Como as duas bandas foram formadas na adolescência, são contemporâneas (apesar da segunda ter debutado bem mais tarde, 7 anos depois), australianas e chupam Nirvana, adoraria saber o que Silverchair e The Vines pensam um do outro. Já fucei pra caralho atrás dessa informação, mas nunca obtive resposta. Mas, ao contrário do The Vines, não assisti todos os vídeos de entrevistas do Silverchair disponíveis no YT; então talvez seja a hora certa para isso.

    SC foi uma das primeiras coisas de rock que comecei a curtir, lá em 1997, e o Freak Show foi um dos primeiríssimos CDs que adquiri na vida, no finado Sebo João Mendes. Pensando bem, acho que foi o meu terceiro CD ever - depois de Somewhere in Time, da Donzela Ferrada (argggh - me perdoe por isso: eu tinha 11 ou 12 anos na época) e Transpiração Contínua Prolongada, daquela banda de suicidas, o Charlie Brown Jr.

    Mas, pouco depois disso, fui me tornando um rédibenga cada vez mais radical, e abandonando tudo que não fosse metal. Assim sendo, acabei vendendo o Freak Show lá no finalzinho dos anos 90... Para comprá-lo de volta em 2018.

    Além do radicalismo metaleiro, peguei nojo do SC na época em que eles lançaram o terceiro disco, Neon Ballroom, que tinha umas coisas muito melosas e afrescalhadas.

    Isso fez com que até os dois discos anteriores queimassem um pouco o filme também. Passei então a ver o clipe de Freak com outros olhos: ''Porra, o cara todo loirinho e galanteador pagando de freak, vai tomar no cu. Ele quer ser o novo Kurt Cobain, mas está muito mais para o quarto Hanson.'' Foi essa a minha mentalidade no auge da minha fase metaleira - quebrada em definitivo em Fevereiro de 2002, quando tive meu primeiro contato com Richey Manic e Manic Street Preachers.

    Hoje em dia, de alguns anos para cá, voltei a dar valor ao SC dos dois primeiros discos, e até mesmo alguma coisinha que veio depois.

    Mas FREAK mesmo é o vocal do The Vines, autista perturbado, maconheiro insano, xarope psicótico e antissocial, que vive mudando o line-up de sua banda, já que ninguém o aguenta e ele também não suporta ninguém. Entre Craig Nicholls e Axl Rose, fica difícil apontar qual dos dois é o mais mentalmente fodido, e com menos capacidade de viver em sociedade.

    Aliás, The Vines poderia ter sido uma banda muito maior, não fosse esse doido varrido sociopata sabotando sua carreira musical de todas as formas possíveis, agredindo todo mundo ao redor e fazendo shows auto-destrutivos. Você vê as entrevistas do cara, e, de repente, o Ozzy fica parecendo um sujeito perfeitamente são em comparação. Puta que pariu.

    Mas, seja como for, por mais que o Frogstomp e o Freak Show do SC sejam ótimos, por mais que Radish seja uma banda bacana, por mais que Bush e Nickelback tenham lá seus momentos de qualidade e não sejam as desgraças que muitos dizem, The Vines sim é o grande destaque de todas as bandas que já plagiaram a sonoridade do Kurt Cobain. The Vines é a verdadeira segunda vinda do Nirvana, com um vocalista praticamente tão louco, bipolar e depressivo quanto.

    (Uma pena que, de maneira geral, The Vines é visto como one-hit wonder, com Get Free.)

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  5. Parte final: tive que dividir a resposta em quatro partes, por causa do limite de caracteres.

    Letra da Cock Rock, do Diesel Boy, que possui apenas 1 minuto e 50 segundos:

    https://www.youtube.com/watch?v=zl_zmw8NUEU

    I admit it is true
    I still like Motley Crue
    Metallica
    And The Number of the Beast
    'Cuz Faster Pussycat rocks
    And so does Judas Priest

    I love the spandex that they wear
    I saw Dio when he had hair

    I know metal is dead
    But I love to bang my head
    And throw my fists up into the air

    I know Ozzy Osbourne is old but I don't care

    Gimme hairspray by the ton
    Enuff Z Nuff and LA Guns
    Anthrax
    The Scorps
    Metal Church
    Kix
    And Dokken

    I've seen Slayer 20 times because no band is more rockin'

    Whatever happened to Great White?
    Or Whitesnake?
    Or White Lion?

    I know metal is dead
    But I love to bang my head
    And throw my fists up into the air

    I know Dave Mustaine is kinda lame but I don't care

    Gimme glam rock
    Gimme thrash
    Gimme Axl
    Gimme Slash

    I know metal is dead
    But I love to bang my head
    And throw my fists up into the air

    I know Eddie Van Halen is old
    Acid wash ain't in vogue
    Kramer guitars aren't cool

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