Já aviso de antemão: o ''gênio'' John Carpenter será questionado e até mesmo ofendido nesse post aqui. Caso vocês não sejam capazes de aguentar tamanha heresia (?), é melhor não seguir adiante.
OK.
Recentemente assisti Os Olhos de Laura Mars (AKA Pesadelos Fatais) pela segunda vez na vida, sendo que só o havia conferido na Rede TV (TV Terror?), lá na virada dos anos 90 para 2000.
E essa sessão me deixou simplesmente entediado, desanimado e revoltado. Mais ainda quando lembrei da vez em que o nada saudoso Rubens Ewald Filho chamou a obra-prima Premonição / Sete Notas Fatais (The Psychic / Seven Notes in Black, 1977, do maestro Lucio Fulci) de plágio de Laura Mars - que, inclusive, veio um ano depois, em 1978. Vai tomar no cu, Rubinho desinformado do caralho. Como ousa falar que um clássico giallo do mestre Fulci é imitação de uma baboseira feita pelo mesmo imbecil que fez Starless Whores: The Empire Strokes Bad e também um dos filmes do 007, o agente secreto mais vexatório do Planeta Terra?
Caralho, nem sei por onde começar a massacrar essa idiotice de ''giallo americano'' dirigido pelo nulo Irvin Kershner e roteirizado pelo Sr. Altos e Baixos em pessoa, o John Carpenter? (História ''original'' de Carpenter, com roteiro dele e um outro infeliz.)
Aliás, Laura Mars serve como lembrete do quanto Halloween: A Noite do Terror foi o único acerto de Carpenter em 1978. Afinal de contas, Os Olhos de Laura Mars / Eyes of Laura Mars e o telefilme Alguém Me Vigia / Someone Is Watching Me! (dirigido pelo próprio João Carpinteiro) são ruins de doer, tentativas para lá de vergonhosas de se fazer giallo na terra do Tio Sam.
Puta que pariu, é foda. Caralho, uma chupação mal feita de Premonição dessas dirigida pelo mesmo imbecil que faria um $tar War$ e um James Bunda. Inacreditável o nível de mediocridade aqui apresentado. É tanta presepada revoltante, que fica difícil manter o profissionalismo nesse texto aqui, sem mandar Kershner e o próprio Carpenter tomar no olho do cu. Portanto, não se espantem se eu deixar essa postagem meio fora de ordem, OK?
Pois bem.
Devo reconhecer que o frustrante thriller Os Olhos do Cu de Laura Mars (cujo roteiro foi rejeitado pelo grande Lindsay ''If....'' Anderson, que, sabiamente, o achou ridículo - e é mesmo) até que possui alguns nomes de peso no elenco: Tommy Lee Jones, Brad Dourif e Raul Julia. Mas eles não são o suficiente para salvar esse patético suspense setentista encabeçado pela insípida Faye Dunaway e o chatérrimo ator que faz o seu assistente e fiel escudeiro - um cidadão aí que possui um nome francês, e que eu nunca havia visto mais gordo. Portanto, do que adianta ter três atores talentosos no seu elenco, se a protagonista chupa bolas de macaco, e ainda é geralmente acompanhada por um mala bobalhão? Essa dupla arrasta e muito a produção desse ''cult'' metido a besta e enfadonho.
No fim, sabe o que é a melhor coisa d'Os Zóios de Lerda Mór? A ótima canção Prisoner, tema do filme, interpretada por Barbra Streisand. É a única coisa de forte qualidade do filme. De resto... Percam as esperanças ao dar play nessa cópia vagabunda de Premonição.
BÔNUS: Teria John Carpenter Plagiado Lucio Fulci Três Vezes em 1978???
Como já comentei acima, Laura Mars pode muito bem ser visto como um plágio de Premonição. Premonição estreou em Agosto de 1977, e Laura Mars um ano depois, em Agosto de 1978. A sinopse básica dos dois filmes é a mesma: protagonista feminina (Jennifer O'Neill no filme de Fulci, Faye Dunaway na palhaçada da dupla Irvin ''Chewbabacca'' Kershner / John ''Moribundo'' Carpenter) tem premonições de assassinatos que não consegue interromper, e pode ser a próxima vítima do misterioso serial-killer.
Mas Laura Mars não possui a classe, a direção magistral, as sequências brilhantes, as mortes icônicas e nem o aspecto atemporal e hipnótico do filme dirigido pelo eterno pessimista Fulci. Além disso, tirando a já citada Prisoner, a trilha de Laura Mars não pode nem sonhar em chegar aos pés da belíssima trilha sonora minimalista que o trio Fabio Frizzi, Vincent Tempera e Franco Bixio juntou forças para criar em Premonição. Trilha essa que só não foi a melhor de 1977 por um pequenino detalhe: também em 77 o Goblin fez sua música para Suspiria, nada mais, nada menos do que a melhor e mais eficiente trilha sonora para um filme de horror em toda a história mundial do gênero.
E por falar nas trilhas de Fulci e Argento...
Já se falou muito do quanto Carpenter chupou as trilhas sonoras de Prelúdio para Matar e Suspiria em Halloween, mas quer saber? A meu ver, a trilha de Halloween é muito mais parecida com a de Premonição do que dos dois melhores Argento. Podem ver que os temas extremamente minimalistas e ''trance-induced'' de ambos Halloween (1978) e Premonição (1977) possuem um estilo muito, muito parecido.
E não para por aí.
Tem uma cena, lá para o fim de Halloween, em que nos deparamos com o cadáver de Judith Myers, de uma maneira muito parecida com uma cena inicial do primeiro ensaio ''giallístico'' de Lucio Fulci: o interessantíssimo e incomum Uma Sobre a Outra, de 1969. Lembro que, ao ver esse Fulci pela primeira vez, disse para mim mesmo: ''CARALHO, ISSO PARECE MUITO AQUELA CENA DO HALLOWEEN.'' Com a diferença de que Halloween só veio nove anos depois; e, em 1969, Carpenter era apenas um cinéfilo maconheiro que nem imaginava se tornar um diretor famoso um dia.
Assim sendo, me pergunto se Carpenter teria sim plagiado Fulci três vezes. Até já sonhei que eu estava perguntando isso tudo pro Carpenter. Afinal, todos sabemos o quanto ele é fã assumido de Bava e Argento - mas, por outro lado, nunca consegui achar nenhuma citação dele ao Fulci.
VEREDITO:
A impressão que passa é a de que Carpenter estava ''giallous'' da alta qualidade dos gialli de Fulci, Argento, Bava, Martino, Lenzi e outros, e que essa inveja toda o envolveu nessas três tentativas de se fazer giallo nos EUA em 1978: Halloween, Alguém Me Vigia e Laura Mars. Acertou em cheio no excelentíssimo Halloween, mas pisou feio demais na bola, e caiu de fuça no chão com os outros dois filmes aqui citados - chatos pra caralho.
Portanto, um êxito e duas falhas para Carpenter tentando criar um ''giallogo'' com os italianos no finalzinho da década de 1970.
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Revelarei aqui, então, o final de ambos Laura Mars e Premonição:
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O
I
L
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M
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N
A
I
S
Em Premonição, o assassino é o marido da protagonista. Em Laura Mars, é o namorado da protagonista. Até nisso Laura Mars chupou Premonição, PQP. A diferença é a conclusão pessimista de Premonição, com a nossa querida J. O'Neill se fodendo e tomando no cu. Já no filme americano eles não tiveram coragem de matar a estrela da bagaça.
(E quer saber? Se tratando de remakes americanos picaretas de obras do Fulci, eu sou bem mais o Killer Workout do David Awesome Prior, uma chupação descarada de Murder Rock / Nova York: Cidade Violenta. Nesse caso, Killer Workout talvez até seja mais divertido do que Murder Rock - indiscutivelmente o pior dos 7 Giallos in Black dirigidos por Fulci.)
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