segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Hotel da Morte (2011)

Claire (Sara Paxton, d'A Última Casa) e Luke (Pat Healy, de Magnolia) são os dois únicos funcionários (os ”Innkeepers“ do título original) do Yankee Pedlar Inn, um decadente hotel supostamente assombrado pelo fantasma da misteriosa Madeline O'Malley.






Ti West (A Casa do Demônio / A Casa do Diabo), o diretor que salvou a primeira antologia V/H/S do naufrágio (no segmento Second Honeymoon, com suas homenagens à Comunhão / Alice Sweet Alice e O Maníaco / Maniac) realiza aqui o que pode ser visto como O Iluminado do novo século: é a perfeita combinação entre atmosfera, poder de sugestão, imagens perturbadoras e momentos seriamente aterrorizantes. Para ser visto sozinho no escuro, à noite, com o som alto na medida certa; em outras palavras, não deixe ninguém arruinar sua seção do melhor filme de horror da década junto d'A Entidade, Adorável Molly e Insidious (ridiculamente traduzido para ”Sobrenatural“).

Hotel da Morte também tem algo a dizer sobre escravidão no trabalho, salário mínimo e continuar completamente perdido na vida mesmo após o fim da adolescência. (Tem mais que poderia ser escrito nessa parte, mas não seria possível fazê-lo sem cair na armadilha dos spoilers.) Além dos horrores sobrenaturais, há também os da vida real – a lenda de O'Malley acaba surgindo como uma alternativa ao tédio da rotina, decepções e declínios gerais da questão humana.

É Ti West, Scott Derrickson, Eduardo Sanchez e James Wan liderando a revolução anti-torture porn.

PS: Tentem prestar atenção especial na mensagem subliminar (a imagem escondida) dos literalmente últimos segundos do filme, antes da vinda dos créditos finais. Até isso lembra O Iluminado.


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