sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Can't Be Blamed. Can't Be Changed. Can't Be Tamed.

Como não amar um disco que traz em seu setlist as maravilhosas Liberty Walk, Who Owns My Heart?, Can't Be Tamed, Two More Lonely People, Permanent December e Robot?

As restantes Every Rose Has its Thorn (cover de Poison), Forgiveness and Love, Stay, Scars, Take Me Along e My Heart Beats for Love também são bem legais.

Can't Be Tamed (2010) é, inclusive, o único álbum da Miley sem absolutamente nenhuma canção fraca. Devo admitir que Meet Miley Cyrus (2007), Breakout (2008), The Time of Our Lives (2009), Bangerz (2013) e, principalmente, Miley Cyrus and Her Dead Petz (2015) e as trilhas sonoras de Hannah Montana possuem lá algumas coisinhas que eu não curto. (A verdade é que eu odiei o Dead Petz na primeira ouvida... Mas hoje aprendi a gostar dele, principalmente de Dooo It!, Milky Milky Milk, 1 Sun, Bang Me Box e, é claro, Karen, Don't Be Sad.)

Curiosamente, Can't Be Tamed é também o disco que menos vendeu em sua carreira. O registro marca sua fase intermediária (onde ela completou 18 anos), após a fase ''menor ingênua'', e antes dos dias atuais, onde ela (conscientemente ou não) rouba o visual da Hayden Panettiere em Pânico 4, e faz um som mais voltado ao pop e ao hip hop (em Bangerz) e para os experimentalismos auxiliados por sintetizadores que lembram a trilha de Drive, além das letras bizarras e, muitas vezes, enigmáticas (em Dead Petz).

Can't Be Tamed já abre da melhor forma possível, com a sensacional Liberty Walk (já comentada aqui), que pode ser vista, também, como uma canção anti-bullying (tema mais ou menos recorrente em sua discografia, que retorna na bela Karen, Don't Be Sad). Seguem-se os dois singles: Who Owns My Heart? e a canção título, um forte revival do metal farofa oitentista, assim como a única faixa do disco que ainda toca em seus shows. (Ela e Party in the USA são as únicas músicas pré-Bangerz que são presença garantida nos seus shows. Can't Be Tamed por ser uma homenagem ao Floyd, seu finado e adorado cachorro, e Party in the USA por ser sua homenagem a Britney Spears, que a MC idolatra até a morte.) Na verdade, Who Owns My Heart? (o único clipe que realmente gosto da Miley, junto da antiga See You Again em sua versão remix) só saiu como single nos EUA; mundialmente, a faixa título é a única ''canção de trabalho'' do álbum. O que é um vexame, já que Liberty Walk, Two More Lonely People, Robot e a mais que injustiçada Permanent December (que tocou muito no Pânico na TV das antigas, quando eu não fazia a menor ideia de que era música da MC; pra falar a verdade, eu não prestava atenção nela na época) tem toda uma cara de single.

O fracasso comercial de Can't Be Tamed obrigou a Miley a fazer um intervalo, para retornar três anos mais tarde com Bangerz, que traz suas duas músicas mais famosas: Wrecking Ball (que eu, curiosamente, não gosto) e We Can't Stop (best Miley song ever).

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