Esse post contem: 23.500+ caracteres. Já avisando de cara, para que ninguém depois reclame do tamanho do ''textão''.
Continuam aí? OK então.
Recentemente completei 4 meses totalmente afastado do colecionismo em VHS. 4 meses completos em que não possuo mais nenhum vínculo com o detestável Big VHS Brother Brasil, um meio tão deplorável quanto a fanbase de grupinhos como KI$$ e Donzela Ferrada do The Bummer of the Bitch adiante.
E, para quem quiser ler ou reler a minha postagem de despedida às caças por VHS, eis o link:
https://7noites7.blogspot.com/2019/12/o-fim-absoluto-encerrando-as-cacas-de.html
E pensei que, como amanhã completará 7 anos da minha suposta ''premonição sobre Premonição'', um post de VHS viria bem a calhar. O assunto abordado será o Big VHS Brother Brasil e os seus piores participantes. Será a minha explicação definitiva sobre o meu desgosto por esse meio.
Vamos lá então. E nem precisa dizer que eu NUNCA, JAMAIS voltarei a ter qualquer tipo de contato com essa galera abordada na postagem.
QUEIMADOS NO MEIO DO VHS:
I: São Paulo Capital
1. ANONYMOUS ROCKER, AKA CLÁUDIO
O que dizer desse sujeito?
Viadão reprimido que tentará te ''estrupar'' assim que surgir a chance. Se bem que eu tive a minha culpa na história, por me envolver nesse problema, já que os sinais malignos estavam bem ali na minha cara: logo que entrei no recinto do módafóca, notei de imediato um enorme poster de um dos filmes $tar War$ (não me recordo agora se era O Império Corno Ataca ou O Retorno do Jerk-Dork, mas certamente era uma dessas duas aberrações), e, não muito longe dele, um bonecão do ET: O Extra-Cretino. Ou seja, não tinha como um cara desses ser alguém respeitável. A simbologia local já deixava isso bem claro.
Era meados de Abril de 2015. Fui na goma desse escroto terminal para adquirir uma série de fitas VHS através de compra e troca. (E não ''troca-troca''.)
Lá pelas tantas o filho da puta vem com um papo de ''eu quero te comer''.
Que nojo do caralho.
Achei que ele estava brincando, e levei na piada.
Retruquei com algo do tipo: ''então você vai me vender essas fitas de meu interesse, ou prefere uma troca por brinquedos ou DVDs?''
Aí ele:
''Eu já falei. Eu quero te comer. Não precisa sentir vergonha, e não precisa ser tímido.''
PUTA QUE PARIU. O CORNO ESTAVA FALANDO SÉRIO.
Respondi com:
''Olha, eu adoro VHS, mas não cheguei a esse ponto. Eu gosto é de mulher.''
Daí ele:
''Gosta de mulher, é? Então boa sorte em achar uma doida que te arranje essas raridades.''
E mais tarde:
''Cai fora.''
Só que, entre o ''gosta de mulher, é?'' e o ''cai fora'', houve mais algum tempo lá dentro, com o clima pesado, e eu me perguntando no que diabos havia me metido, e o que diabos aconteceria a seguir. Para me proteger, tive a ideia de usar uma das agora ex-fitas dele que já haviam sido negociadas - em troca por brinquedos - como se fosse uma arma branca mesmo. Era Enigma para Demônios, em um impactante estojo relimp (mais pesado do que o comum).
Portanto, caso o scumbag master tentasse alguma coisa comigo, certamente levaria uma ''VHSsada'' bem na fuça, para deixar de ser trouxa.
Mas, como ele não tentou nada, não precisei recorrer ao poder do VHS para nocautear o son of a bitch.
Enfim.
Depois dessa, cheguei a trombá-lo mais umas quatro vezes, de relance, sendo a última dentro do Sebo do Messias. Era tipo Junho ou Julho de 2015, e ele disse que estava montando uma espécie de sebo numa garagem (!), e que lá teria todo tipo de colecionável possível.
Portanto, se vocês um dia forem num lugar assim, é melhor se prepararem para sair numa eventual pancadaria.
E tem outra: cheguei a me perguntar se aqueles bonecos todos são para atrair crianças para o covil desse sujeito para lá de desprezível.
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2. CENTURY
Não confundir com o selo homônimo de VHS. Essa Century aqui é a (extinta?) videolocadora em que eu adquiri O Mistério no Colégio Brasil por R$ 70, a minha fita mais cara até hoje. Naquela ocasião (em Janeiro de 2015, na única vez em que pisei nesse recinto na minha vida inteira), fui muito mal atendido pelo dono do local, Flávio (se me recordo bem, era esse o nome dele), e muito mais ainda pela mulher do sujeito - aí não vou mesmo lembrar o nome. Além d'O Mistério..., também peguei lá Tubarão 4, do Enzo Castellari, por R$ 25. (Sem relação com a franquia iniciada por Steven Is Pig, o Coronavírus da Sétima Arte, contaminando tudo e todos que toca.)
Bem, só sei que, hoje em dia, eu jamais teria comprado porra nenhuma lá.
Uma curiosidade: assim que eu saí de lá (para nunca mais voltar), o Marcelo (dono da rede de lojas Discomania) entrou lá. Curioso, já que a Century ficava no meio do nada, lá na casa do caralho, bem fora de alcance.
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3. CONNECTION
Como vocês poderão ver em comentários que eu deixei - como Halloweirdo - em alguns vídeos do Your Toba sobre essa videolocadora do Copan, não recomendo em definitivo a Connection.
A impressão que passa é a de que, após aquele documentário medíocre de chapa branca Cinemagia: A Escória das Videolocadoras de São Paulo, alguns dos entrevistados lá ficaram se achando pacaray. Um deles é o Paulo da Connection.
Na última vez em que estive lá, muito próximo de um ano atrás, na companhia do finado (?) Ivan Ferrari, fomos tratados da pior forma possível pelo dono do local. O cara em questão simplesmente agia de forma desconfiada e esquisita desde o início. Muito estranho isso.
Após eu e o Ivan subirmos para verificar as fitas VHS, o cara lá ficou meio que nos vigiando constantemente. E olha que não havia motivo para isso, já que havíamos deixado nossas mochilas (cheias de VHS adquiridas em outros lugares) lá no térreo mesmo. O que será que ele imaginou? Que nós iríamos esconder as fitas no cu? Não somos o Jader, caralho.
Pois bem. Lá estamos nós olhando as fitas de terror e sci-fi quando, do nada, como um fantasma, o cara simplesmente aparece do nosso lado. Curto e grosso, ele responde que as fitas agora custam ''R$ 25 cada, qualquer uma'', sendo que, no passado, eu havia comprado dezenas e mais dezenas de VHS lá por entre 7 e 8 reais cada.
O pior é que o cara ainda disse ''o preço sempre foi esse'', e até me chamou de mentiroso quando eu falei dos preços que tanto eu quanto o Ivan pagamos em fitas dele no passado, em dinheiro. Após a nossa insistência, ele teve a cara de pau de dizer:
''É, subiram um pouquinho então.''
Um pouquinho: de 7-8 reais para R$ 25.
Mas, beleza, R$ 25 até daria para encarar dependendo da fita, desde que o tratamento lá fosse OK. E é justamente esse o grande problema do negócio: o tratamento foi péssimo, o pior possível, muito longe de ser OK.
Tipo, o negócio do cara se tornou o nicho do nicho, e ele ainda faz questão de maltratar os gatos pingados que mostram interesse em negociar alguma coisa com ele.
Após toda essa hostilidade, eu e o Ivan já estávamos prestes a pular fora de lá. Mas, antes disso, o Ivan encontrou uma fita que o interessava, e ficou num verdadeiro impasse sobre ela. Acho que era um dos Barbarian Queen, mas nem lembro mais. Mas, felizmente, eu consegui convencê-lo a deixar a fita para trás. Afinal, ele poderia muito bem encontrá-la em algum outro lugar, um outro dia. E, é claro, a Connection não merece nenhum centavo nosso. Nunca mais.
https://7noites7.blogspot.com/2019/06/role-vhs-featuring-ivan-ferrari-em.html
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4. LIBIDO'S, AKA RICARDO VEY
Quem quiser, pode ver no YT o vídeo do Fora de Sintonia do meu ''colega'' de entrevista, o Ricardo da Libido's. A extrema falta de profissionalismo dele faz com que fique impossível recomendá-lo aqui. Você faz uma encomenda com ele, seja de VHS ou rips, e ele leva meses até te entregar o combinado. E isso com todo o dinheiro pago antecipadamente. Portanto definitivamente não posso recomendá-lo. E também nem sei se a sua loja ainda existe. A última vez que pisei lá foi na metade de 2016. Daí prometi para mim mesmo nunca mais voltar lá.
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5. MULHER XAROPETA / SRA. X
Essa velha é a dor de cabeça em pessoa. PQP. Felizmente já são mais de dois anos completos que não a trombo por aí. E, inclusive, foi no acervo dela que eu trombei a fita mais mofada que já avistei na vida inteira: Batalha no Campo do Inferno, do David Prior - com a capa toda picotada, inclusive. (Aliás, aí está uma faceta muito estranha dela: esse hábito peculiar de ficar metendo a tesoura numa caralhada de capas de VHS. Capas essas que, em muitos casos, nem eram grandes ou de papelão. Vai entender.)
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6. SEBO ANÔNIMO COM VHS
A última vez em que estive nesse sebo foi lá no começo de Agosto de 2017. Era um dia em que tudo estava dando errado.
Primeiro fui no Sebo do Messias, onde fui trollado por um dos funcionários. Acontece que trombei lá o CD The Black Parade, do My Chemical Romance - que, na época, eu ainda não possuía. Daí, para me distrair, abri o encarte e fiquei cantando baixinho algumas letras de músicas do disco. Até chegar um funcionário do sebo e dizer bem alto ''MY CHEMICAL ROMANCE'', de forma bastante enojada - para, em seguida, descer a lenha em todo mundo da ''emolândia'' mainstream dos anos 2000. Olhando para trás, hoje em dia, até que foi engraçado.
Depois fui num sebo ali perto, onde havia um Olavista (que é como é chamado o seguidor do Ô Lerdo do Caralho - sim, é inacreditável que esse velho lunático tenha seguidores) falando alto. Eu estava com uma camiseta da Miley, do disco Can't Be Tamed. E, olhando aqui e ali, encontrei o box deluxe CD + DVD desse exato disco Can't Be Tamed - que eu não tinha na época. Mas havia um problema: o DVD estava faltando, e só tinha o CD dentro. Aí fui perguntar pro cara do sebo se ele sabia o que diabos havia acontecido com o DVD do box. Ele respondeu dizendo que o DVD estava perdido mesmo. E, do lado dele, lá estava o Olavista citado ali encima. E, ao notar que a imagem na minha camiseta e na capa do box eram a mesma, eis que o Bozominion teve a cara de pau de dizer ''É A MUSA DA GAROTADA'' - se referindo, obviamente, a Miley. Normalmente eu não diria nada, mas, como eu tinha ouvido ele encher a bola do velho lunático, eu retruquei com ''É. É MELHOR SER FÃ DE MUSA DA GAROTADA DO QUE DE DIREITISTA FILHO DA PUTA.'' Acho que ele não esperava por essa, e deve ter ficado meio perplexo. Fiquei esperando para ver se ele tentaria alguma coisa, tipo avançar em mim ou algo assim. Nesse sebo não há guarda-volume e, por um acaso, eu estava com a VHS Quinta Dimensão: O Filme (adquirida na minha passagem pelo Messias, instantes antes), em um grande e eficiente estojo, ali de fácil alcance. Mas, como o Olavista não avançou em mim, não precisei usar o estojão de VHS na cara feiosa dele. (PS: Em 2018 acabei comprando o box Can't Be Tamed completo, por apenas R$ 14.)
OK, esses outros dois relatos foram somente para poder contextualizar os ''pobremas'' do dia em questão.
Fui então no ''Sebo Anônimo com VHS'', onde encontrei Star 80 (R$ 10), Psicose Mortal / The Vagrant (R$ 10) e outras menos cotadas, como uma VHS do seriado animado Daria, da MTV, que até tinha um episódio chamado ''A Faculdade É um Tédio'', ou algo assim - o que já me chamou a atenção imediatamente, já que college sucks balls mesmo.
Mas, após olhar absolutamente - e cautelosamente - todas as fitas do recinto, o cara lá passou a me tratar com uma certa prepotência. Até estava a fim de levar as três fitas citadas, mais umas outras duas, mas a xaropice do atendente lá me deu uma desanimada geral. Tentei conseguir algum desconto à vista, mas o cara lá mostrou um total desânimo sobre o assunto. Tudo bem não querer fazer algum desconto (daí eu provavelmente levaria apenas Star 80 e Psicose Mortal), mas mal atendimento é algo simplesmente inaceitável - em qualquer ocasião.
Aí simplesmente deixei as fitas todas para trás, nunca mais voltando lá. Enquanto ia embora, ouvi o sujeito lá resmungando ''depois vem aqui pedir pra olhar as fitas todas''. Não precisa se preocupar com isso já que jamais voltarei lá mesmo.
E não direi o nome do sebo para não fazer propaganda.
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II: Resto do Brasil
7. ADOLF HITLER DO VHS, AKA ALBINO ALBERTIM
É hora de falar do estelionatário mór, o supra sumo da desonestidade.
Uma espécie de Aécinho Never do meio do VHS (já que é acolhido de uma maneira geral, e raramente denunciado por alguém - mesmo sendo extremamente queimado nesse circuito, já que prejudicou dezenas e dezenas de colecionadores ao redor do Brasil), Albino é, de longe, o pior de todos os abordados nessa relação inteira. É pro BBB VHS o que o Fresno é para o emo nacional. Ou seja, o que há de absolutamente mais podre e sem salvação na área.
Você passa coisa para ele, daí ele fica de te passar as coisas em troca, em seguida. Aí meses e até mesmo anos se passarão até você - talvez - receber ALGUMA parcela desses filmes. Nesse período de tempo ele fica sem dar notícias, se fingindo de morto. Até que aparece do nada, com alguma explicação estapafúrdia - já que, para ele, tudo serve como justificativa para enganar e prejudicar os outros.
E pensar que perdi a melhor VHS que já adquiri, Porta para o Silêncio (1991, Sato), o último filme de Lucio Fulci, para esse mal caráter...
Aliás, eu acho uma enorme hipocrisia ver uma galera massacrar o próximo da lista e, ao mesmo tempo, livrar a barra do Albino - um sujeito muito, muito, muito pior.
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8. SICK FUCK, AKA RAFAEL JADER
Um cara muito louco de pedra, que assombra esse meio do VHS, e que assusta todos que cruzarem o seu caminho, devido a sua insanidade nível extreme.
Mas, como disse ali acima, é nonsense total quando alguém desse meio malha o Jader mas, ao mesmo tempo, não tece nenhum tipo de crítica ao Albino, que consegue ser infinitamente pior. O Jader é como uma criança, autista com TOC terminal que precisa de sérios tratamentos psicológicos, e que não tem muita noção de porra nenhuma. É um caso muito diferente do Albino, um sociopata estrategista que sabe muito bem o que faz, que não gosta de ninguém e só se aproxima dos outros para tentar arrancar fitinhas alheias.
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III. Melhor Tomar Cuidado
9. EDENILSON
Jamais negociei nada com o Edenilson, mas já me contaram muitas histórias de horror sobre ele. Já me falaram que ele é expert em não cumprir sua parte nas negociações, e até debocha daqueles lesados por ele. Portanto é melhor ficar esperto.
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10. LEPRECHAUN
Assim como o Edenilson, também nunca negociei nada com o Leprechaun, mas se trata de outro cara ultra-queimado nesse meio do VHS. No meio de negociações de filmes em geral, já que, muito tempo atrás, no finado Orkut (em meados de final dos anos 2000), ele tentou me vender um filme que ele nem possuía! Se tratava de um DVD-R de um suspense japa obscurão, só lançado lá, e estrelado pela cantora one-hit wonder Fumina Hisamatsu (da clássica Tenshi No Kyusoku, de 1992): Shinjuku Shark / Poisoning Doll. Ele disse conseguir uma caralhada de filme desconhecido, daí eu perguntei desse, e ele disse que tinha. Até que, ao chegar perto dos finalmentes, ele admitiu não ter porra nenhuma - exceto cara de pau. E esse cara era tão louco que enchia todo tipo de comunidade do Orkut de spam. Por exemplo: me lembro claramente dele tentando vender bonequinhos do KI$$ na comunidade do John Carpenter, WHAT THE FUCK?!
PS: Dos dez nomes abordados no post, Edenilson e Leprechaun são os únicos que eu nunca conheci pessoalmente. Todos os outros eu tive a infelicidade de conhecer.
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A Seguir no blog 7 Noites em Claro...
O primeiro post da série PURE FUCKING EXTREME MERCILESS BRUTAL MASSACRE. Fuck. Them. All.
Fim.
///
(...)
E
A
S
T
E
R
E
G
G
Bis:
Eis aqui o meu relato - incompleto - nunca publicado antes da última vez em que visitei a Sra. X, AKA Mulher Xaropeta, em Dezembro de 2017. Não direi o nome dela porque, com certeza, isso daria uma propaganda gratuita para ela - e, provavelmente, teria gente indo lá dar dinheiro para ela.
E, lendo esse post hoje em dia, é interessante notar que eu havia pensado seriamente em abandonar as buscas por VHS naquele exato instante ali - tamanha a minha frustração naquele dia.
Sexta 15 de Dezembro (2017)
Mulher Xaropeta (Fitas 'Left Behind')
O Bandido de Olhos Azuis (RB)
Batalha no Campo do Inferno (FJ Lucas)
Chillers: Passagem para o Inferno (MBA)
As Condenadas (Century)
Conspiração em Surabaya (Vídeo Filme)
Convite para o Inferno (Video Cast)
Metalstorm (Everest)
Os Sobreviventes dos Andes (PBV)
A Vingança de Jennifer (possível fita ''alternativa'')
BLOODY VHS TRACKS
CHUPA, MARCIO = O ADEUS AO COLECIONISMO DE VHS
Escrevo o seguinte comunicado na noite de Sexta-Feira, 15 de Dezembro de 2017.
Antes de mais nada, preciso narrar a minha busca por VHS de uma semana antes, no dia 8:
Recapitulando: VHS Tracks de Sexta-Feira, 8 de Dezembro de 2017
(...)
(parte jamais escrita)
(...)
Em Busca dos Caninos Brancos de Lucio Fulci: A Sequelada Caçada de 15 de Dezembro de 2017
OK, na tarde de hoje retornei no covil da Mulher Xaropeta (Sra. X) no intuito de adquirir Caninos Brancos e, quem sabe, alguma outra VHS.
O ideal era ter chegado lá pouco depois das duas da tarde mas, muito infelizmente, isso não foi possível, e acabei aterrizando no reduto do mal às 16H40. Entregarei de cara o ''spoiler'': permaneci lá até as 18H45.
Assim que chego na ''fuça'' do local, dou de cara com um grande cartaz do Gueixas sem Estrelas Episódio 4: No Hope. Talvez esse poster - que não se encontrava lá na semana anterior - tenha sido colocado lá na intenção de comemorar (?) a vinda do novo capítulo dessa franquia horrorosa: Starless Whores: Os Últimos Jerk-Dork, que marca a participação póstuma de Carrie ''EVERYBODY LOVES YOU WHEN YOU'RE DEAD'' Fistfucker, AKA Carrie Fisher. Enfim, na última vez que avistei um poster de $tar War$ num ''VHS spot'' foi na residência do abominável Rocker without a Name, fã de Pantera que, sempre que possível, tenta fazer um thrash metal no rabo dos nerds colecionadores de filmes, quadrinhos, games, bonecos, discos e qualquer outra coisa do universo colecionístico. Tradução: itens de Estrume Wars são sempre um mal sinal. E, se não fosse o bastante, mais adiante na goma da Sra. X, pude notar OUTRO poster de Gayzões nas Estrias: o de um dos mega-deploráveis volumes da trilogia intermediária composta por The Faggot Menace, The Clown Attack e The Revenge of Shit - só não me recordo qual dos três. (Resumo da história: Never, ever trust a Starless Whore.)
Enfim, um mal sinal em dose dupla. Havia mesmo uma atmosfera apocalíptica no ar.
Assim que avistei a Sra. X, ela estava no telefone resolvendo algum tipo de pepino. Pepino interminável, por sinal. Esperei por mais de meia-hora enquanto aguardava ser atendido. Nesse meio tempo, fiquei olhando ao redor, fuçando mais uma vez entre as pilhas de VHS que chequei na Sexta anterior. O que foi inusitado, já que, entre as fitas sem maior destaque da semana passada, encontrei duas pérolas que não estavam lá na semana anterior:
Uma era The Dead Pool, em fita ''alternativa''. Se trata do Dirty Harry na Lista da Morte, portanto não deve ser confundido com o personagem bobalhão da Marvel Comics. (''Personagem bobalhão da Marvel'' = pleonasmo. Não que a DC tenha algum mérito, é claro. HQ de cu é rola.)
Já a outra fita foi um achado do caralho. Foi um filme chamado Conspiração em Surabaya. É aquele filme da Mac, sabe? Mas com um porém: tal fita não era da Mac. Nem Max. Muito menos VCL ou CVL. E sim da... VÍDEO FILME!!! Lembro que, no finalzinho de Novembro, havia comentado que fita da Mac pelo selo Vídeo Filme permanecia sendo uma lenda urbana já que, em conversas com outros VHS-maniacs, cheguei a conclusão de que, ao que tudo indica, ninguém havia trombado alguma VHS da Vídeo Filme. Inacreditável: finalmente trombei uma Vídeo Filme. O logo, curiosamente, lembra o logo da empresa de DVD de mesmo nome. Só que o ''VF'' da Vídeo Filme / Mac aparece dentro de uma câmera de vídeo, com um microfone deitado encima. (NOTA DE 27 DE MARÇO DE 2020 = Menos de um mês antes dessa minha última visita ao sebo da Sra. X / Mulher Xaropeta, eu cheguei a comentar, na minha entrevista em vídeo ao Fora de Sintonia, que jamais havia ouvido falar de algum avistamento de VHS da Vídeo Filme. Esse trecho em questão foi retirado do corte final, assim como a parte em que comentei brevemente alguns dos selos mais bisonhos e fascinantes do VHS brazuca, como o quinteto formado por Mac / VCL / CVL / Max / Vídeo Filme.)
Eis que a Sra. X fez um intervalo entre os problemas relacionados aos detestáveis bancos infernizando a humanidade, e daí pode, finalmente, me atender. Para a minha frustração, ela disse de cara que não teve tempo de procurar as minhas fitas. Não é surpresa alguma, já que, em três anos, ela nunca se preocupou de fazer qualquer tipo de busca pelas VHS que encomendei em Dezembro de 2014...
Como só queria resolver o ''pobrema'' do Caninos Brancos, a fita que me fez retornar lá, sugeri de EU MESMO procurar a fita - e eventuais outras VHS - lá nos confins empoeirados de inúmeras pilhas de VHS sem capa.
Após muita relutância, eis que consegui convencê-la a me deixar fuçar as VHS lá.
Chegando lá no quartinho ultra-hiper-mega-empoeirado, me deparei com a exata descrição que fiz ali atrás: várias e várias grandes pilhas de VHS, indo quase no teto.
Senti que havia morrido e ido pro Paraíso do VHS.
Torcendo para ficar lá o máximo de tempo possível, lá estava o seu humilde narrador, maravilhado com aquelas fitas todas, e a possibilidade de encontrar algum tesouro perdido entre tanta fita old school.
(...)
(parte jamais escrita)
(...)
No momento que ela disse ''mas não vou te vender mais nada'', a minha reação imediata foi deixar as três fitas no balcão, guardar os 60 reais na carteira em definitivo, pedir para cancelar tudo e me dirigir em rumo a porta de saída. A porta estava trancada, e não vi a chave por perto.
Ela pegou as fitas, se aproximou, e tentou me convencer a levá-las. Respondi com ''agora não quero mais nem de graça, só quero ir embora''. ''Não, você vai ter que levar elas. Você não pode desperdiçar o meu tempo à toa.'' ''Você desperdiçou o meu, me iludindo com a ideia de que eu levaria Caninos Brancos hoje. Eu nem queria voltar aqui, e só voltei por causa daquela fita.''
Resmungando possessa, ela - finalmente - abriu a porta (que estava trancada), e eu pulei fora com a auto-promessa de nunca, jamais voltar naquele reduto maldito. Nem mesmo a tentação anterior de vasculhar todas as fitas sem capa restantes (e, eventualmente, todas as capas restantes) poderiam ser um motivo forte o suficiente para me levar de volta lá. Assim como o Albino, o Sick Fuck, o Nameless Rocker, o maluquinho da Libido's e o lugar que chamo de The Naked Vengeance Spot, essa fonte de VHS morreu para mim.
COMPLEMENTANDO EM 27 DE MARÇO DE 2020:
Como podem ver ali, houve um conflito entre o momento em que saí do quartinho das VHS e voltei pro balcão. Ela deu uns surtos e me acusou de abusar da paciência dela, e outras palhaçadas afins. Isso após eu pedir um mero desconto de 10 reais nas três fitas que havia planejado levar naquela ocasião (abaixando o preço de R$ 70 para R$ 60): a fita ''alternativa'' do Cunt Eastwood, a fita da Vídeo Filme e a tralha mexicana de canibalismo. Ela podia ter simplesmente dito ''não'', e tudo ficaria numa boa. Eu as compraria da mesma forma, mesmo se apenas em parte. Mas ela preferiu enlouquecer, dizendo que eu estava entre os clientes que torravam a paciência dela, e até me pressionou a comprar algumas fitas que não estavam nos meus planos. Ô véia xarope do caralho.
Assim sendo, as únicas fitas que eu já comprei lá foram a esculhambação Rainbo: ''Deu a Louca em Sylvester Stallone'' (TransVídeo), o slasher sueco A Montanha do Medo (AB / Distar) e o italiano Presas Brancas (Poderosa), de Tonino Ricci - curiosamente uma outra adaptação carcamana de Caninos Brancos.
Abertura com as seguintes bandas: The Monic, Putz e Miami Tiger
Local: Fabrique Club
Preço: R$ 17.50 (segundo lote promocional)
Só agora, dez dias depois do show, que estou finalizando e postando o review do show do Violet Soda no dia 8 de Março desse ano, um Domingo. Esse atraso aconteceu por dois grandes motivos:
1) Após esse show em questão, tive que me preparar para outro show marcante, a apresentação do D.R.I. (Dirty Rotten Imbeciles) no Carioca Club, exatamente uma semana depois, no dia 15. Assim sendo, não consegui focar em escrever esse texto aqui na semana passada.
2) A Net-Claro, desde Segunda da semana passada, vem me dando dores de cabeça diversas, e dificultando - e muito - o meu acesso à internet.
Pois bem.
Bem, se a humanidade for pro saco agora, com essa pandemia do Coronavírus, ao menos eu consegui ver um EXCELENTE show do Violet Soda na vida.
No dia do show, fui de mochila ao Fabrique, para comprar um eventual merchandise da banda.
Nunca havia estado no Fabrique antes, um lugar bastante espaçoso. Para representar a ''emolândia'', lá estava eu com a camiseta do disco Revenge, do My Chemical Romance. As únicas outras camisetas ''emonóides'' que reparei lá eram do Menores Atos e do Rise Against - não confundir com Rage Against (the Machine) :)
Só achei que o som da discotecagem não estava muito legal, tecnicamente. Discotecagem essa que contou com, entre outras coisas, uma caralhada de canções do The Distillers, grupo que contava com a australiana absurdamente gostosa Brody Dalle no vocal e na guitarra. Mas, infelizmente, o DJ se esqueceu de justamente as minhas três favoritas do grupo: Beat Your Heart Out, Die on a Rope e a melhor de todas, Coral Fang.
E foi durante meados de uma canção dos Distillers, Drain the Blood, que teve início a primeira apresentação do dia, com o grupo Miami Tiger.
Focando apenas em cantar durante as duas ou três primeiras canções, a vocalista do Miami Tiger iniciou então um discurso que não demorou para cair no nível Titi Muller, com coisas do tipo ''nenhum homem presta'' e ''homem não serve pra nada''. A partir daí parei de aplaudir o show. Algum tempo depois, durante o andamento do seu set, essa mesma vocalista deixou claro ter umas influências de duas frontwomen ''japas'' marcantes dos anos 2000, a sul-coreana Karen O, do Yeah Yeah Yeahs, e a brasileira Lovefoxxx, do Cansei de Ser Sexy (a ''Mini Karen O''). Isso é, com a grande diferença de que KO e LVFX não precisavam apelar para discursos feminazi. Elas conseguiam atrair atenção naturalmente, através de suas músicas, suas vozes, suas aparências e suas presenças de palco.
É, Miami Tiger é uma banda para ser evitada. É melhor ouvir Tigertailz ou Tigers Jaw.
Com o término dessa primeira apresentação, voltamos a discotecagem, e, pela primeira vez na vida, pude perceber algo que nunca havia notado antes: as duas canções mais famosas dos Cardigans (Favorite Game e Lovefool) são fracas demais. Estranho demais que nunca havia notado isso antes. Felizmente, os dois singles que possuo da banda, Rise and Shine e Been It, são bem melhores...
Aí, cortando a clássica I Wanna Be, da Pitty em sua única época boa (disco Admirável Chip Novo), a discotecagem deu lugar ao show do Putz.
Contando com a filha de Kiko Zambianchi e o carinha do Menores Atos, o grupo fez uma apresentação digna, com possíveis influências de Sonic Youth e My Bloody Valentine. (Ou talvez não tenha nenhuma influência dessas bandas, e eu acabei de falar asneira aqui.)
Vale destacar o ''Fora Bozo'' da Giovanna Zambianchi durante a performance, o que é sempre relevante e bem vindo.
Bem, Putz é uma banda que eu preciso conhecer melhor, assim como a que veio a seguir: The Monic (adoro esse nome, já que soa como ''Demonic'', hahaha).
Com tremas no nome (a grafia correta é ''The Mönic''), seguindo a tradição de grupos como Mötley Crüe, Queensrÿche, Crashdïet e vários outros, o grupo inteiramente feminino fez um poderoso discurso sobre o avanço do alto número de mulheres agredidas e assassinadas durante esses tempos sombrios do desgoverno de Mijair Bozoasno.
Diria que os shows do Putz e do The Monic ficaram pau a pau em qualidade sonora (apesar de serem bandas bem diferentes - Putz é mais contemplativo e intimista, enquanto The Monic é mais rápido e agitado), e com discursos sociopolíticos muito mais afirmativos e sérios do que o radicalismo extremista da vocalista do Miami Tiger.
(Uma trivia engraçada, e que vale dizer, é que, durante os três shows de abertura, lá estava a Karen do lado do palco, agitando e cantando durante as apresentações dos três grupos!)
Com o fim da apresentação do The Monic, dei um pulo na seção de merchandise, onde comprei uma camiseta do Violet Soda, do EP Here We Go Again - nome esse que me remete a Demi Lovato e Sara Paxton. O preço foi um tanto salgado, R$ 50, mas não deixa de ser uma camiseta muito bonita e bacana. Se as camisetas estivessem custando R$ 40, eu teria comprado um outro modelo também.
Voltei então para perto do palco, onde, às 20H35, foi exibido no telão o último clipe do Violet, da canção Girl! Continuando essa série de videoclipes criativos e bem-feitos, Girl! é outro acerto, apostando numa pegada mais ''dark'' e de horror. Clipe muito legal sim, mas devo admitir que preferiria ver Don't Like This Song e Self-Esteem ganhando clipe no lugar de Girl! (Quem sabe essas duas ainda ganharão vídeos oficiais próprios?)
Aí tivemos mais cerca de 20 minutos de discotecagem, para, então, começar o momento pelo qual todos aguardavam ansiosamente: o show do fenômeno Violet Soda.
Bem, dizer o que do Violet Soda?
Dentro do cenário grunge mundial, eu vejo as coisas dessa forma:
Nos anos 90, os EUA nos deram o Blind Melon.
Nos anos 2000, a Austrália nos deu o The Vines.
E, na virada da década de 2010 para 2020, o Brasil revelou ao mundo o Violet Soda.
Violet já é, para mim, a melhor banda brasileira de todos os tempos. E posso não ter visto tantos shows na vida quanto gostaria, mas esse do Violet já foi o show mais memorável que assisti. Vou além: foi um dos momentos mais especiais da minha vida. Enquanto eu estiver vivo, quero assistir o máximo possível de shows do Violet Soda.
Simplesmente isso, sem tirar nem pôr.
E, seja em shows conferidos ao vivo, ou por home video ou internet, eu SEMPRE me incomodo com os setlists das apresentações, duma forma ou de outra.
Mas, nesse caso do Violet, não há nenhuma reclamação a ser feita, já que o setlist incluiu TODAS as 18 canções existentes na discografia da banda até o momento! Para quem é fã hardcore da banda, como eu, não há o que reclamar, mesmo que eu tentasse bastante.
Do início ao fim da apresentação, fui anotando todo o setlist em um pedaço de papel, em ordem cronológica, para mais tarde inclui-lo nessa postagem aqui.
Ao show então.
Karen Dió (AKA Karen Diox) e comparsas (Murilo Benites na guitarra, Tuti AC no baixo e André Dea na bateria) já começaram quebrando tudo com a magistral Charlie, a segunda melhor canção da banda. Foi, inclusive, no dia que esse clipe estreou no You Tube, que eu tive o meu primeiro contato com a banda, que já me impressionou logo de cara. Foi um daqueles raros casos de amor à primeira ouvida. Aquele refrão (''ARE YOU HIDING FROM ME? 'CUZ I DON'T FEAR YOU AT ALL.'') é poderosíssimo, e a impressão que se tem é a de que o grunge está tendo um revival e tanto.
Apesar da banda ser nova, seus integrantes são veteranos da cena, o que fica evidente na ''self-esteem'' (hehe) que mostraram no palco.
A seguir, outros dois clássicos instantâneos e absolutos vieram em dupla: Candyman e Coffee. Não querendo desmerecer a excelente Candyman, mas o refrão extremamente contagiante da Coffee é simplesmente imbatível.
Daí tivemos Take Me, L7 puro, curta e agressiva, e que teve seu clipe dirigido por Chuck Hipolitho, da banda Forgotten Boys e dos tempos áureos da MTV Brasil.
Ashes (que, inclusive, estava tocando em um bar próximo ao Fabrique, no momento em que eu entrei no clube), You Don't Know Me, I'm Trying e Lazy Guy deram continuidade a apresentação.
Chegou então a hora da Karen falar que não gostava da próxima canção, o que foi altamente emocionante para mim, já que se trataria, obviamente, da maravilhosa Don't Like This Song. Aliás, é extremamente irônico constatar que uma das melhores músicas do Violet se chama ''NÃO GOSTO DESSA CANÇÃO'' :) Eu amo essa música.
Sei que estou soando repetitivo nessa resenha, e rasgando elogios o tempo inteiro, mas a verdade é que não consigo encontrar críticas nessa apresentação. Quem acompanha o meu blog sabe muito bem que eu sempre criticarei coisas que não gosto, mas, dessa vez, estive numa situação em que presenciei um acerto após o outro. Esse show foi como uma foda bem gostosa, completa e orgásmica. Foi uma experiência incrível, não me deixando pontos negativos para apontar.
E, após Don't Like This Song, veio simplesmente a MELHOR canção do Violet, a belíssima Friends, uma das canções mais lindas que já ouvi até hoje.
Black Lungs, Fade Out, Girl!, Scars e What Do I Do? surgiram em seguida, ''encerrando o show''. (Devo admitir que Ashes, Girl! e What Do I Do? são as três músicas que eu menos gosto do VS. Mas, ainda assim, eu também gosto delas. Das 18 faixas disponíveis da banda, não há nenhuma que eu desgoste. Três delas eu considero boas, e as outras 15 variam entre ótimas, excelentes e perfeitas. Fico na torcida para que continuem mantendo esse nível de regularidade.)
É óbvio que voltariam para o bis, já que restavam três canções excelentes e obrigatórias: Tangerine, Do It! (originalmente Karen solo, mas que foi incorporada pelo VS) e o fim com Self-Esteem.
Não há muito o que dizer de Tangerine. Já é um hino. Só isso. E, na minha mente, ela possui um link com a Nobody Loved You, a única canção realmente genial dos Manic Street Preachers pós-Richey.
Já durante Do It!, Karen saltou em uma espécie de prancha de surf em formato de pizza inflável, um momento simplesmente impagável e já histórico.
E, em Self-Esteem (notório hino anti-Facebook, que eu diria possuir um parentesco com Viciado Digital, do Ratos de Porão), Karen desceu do palco para agitar um inesquecível bate-cabeça, naquela parte final do ''all the tears were for nothing... all the ego was for nothing''. Até eu, que nunca participo de bate cabeça, acabei me arriscando ali no meio. Acabei levando cerveja na cabeça, e quase levei um tombo. Mas não me arrependo nem um pouco; muito pelo contrário.
Passei o show inteiro agindo como um freak terminal, batendo cabeça alucinadamente, pulando, colocando as mãos no ar, cantando e gritando as letras de absolutamente todas as músicas. Fiquei quebrado e com um forte torcicolo durante quatro dias seguidos. Foi o melhor e mais divertido show da minha vida. Se o Coronavírus matar todo mundo, ao menos eu consegui ver o show de uma banda que amo. Voltei para casa me sentindo realizado.
A impressão que se teve com o show é a de que o Violet está a um passo do mainstream. Quando se vê cosplayers da Karen no público, gente fazendo tatuagem da banda lá ao lado do merchandise, e geral surtando durante a apresentação do VS, faixa após faixa, é essa a impressão que se tem: que é só uma questão de tempo para eles caírem de vez no gosto do público, e sair em uma world tour - se o Coronavírus deixar.
Eles merecem sim voar cada vez mais alto. Tomara que se tornem um novo Sepultura em tons de popularidade mundial.
VIOLET SODA É FODA.
Setlist do show do Violet Soda:
1. Charlie
2. Candyman
3. Coffee
4. Take Me
5. Ashes
6. You Don't Know Me
7. I'm Trying
8. Lazy Guy
9. Don't Like This Song
10. Friends
11. Black Lungs
12. Fade Out
13. Girl!
14. Scars (não é cover de Miley)
15. What Do I Do?
Bis:
16. Tangerine
17. Do It! (também não é cover de Miley - é cover sim da própria Karen em carreira solo)
18. Self-Esteem
Setlist dos shows do The Monic, Putz e Miami Tiger:
Não faço a menor remota ideia :)
PS: Talvez faltou dizer algo no post, mas aí deixarei para complementar na seção de comentários. Provavelmente tem muito mais a ser dito sobre o Violet em geral, e esse show em particular.
///
Bônus: O Meu TOP 10 do Violet Soda
10. I'm Trying
9. Black Lungs
8. Self-Esteem
7. Tangerine
6. Candyman
5. Do It!
4. Don't Like This Song
3. Coffee
2. Charlie
1. Friends
A seguir na série Review de Show:
D!
R!
I!
''FUCK THE SYSTEM, THEY CAN'T HAVE ME.
I DON'T NEED SOCIETY.''
Comentários breves sobre as cinco bandas emo mais famosas do Brasil.
CINE (WITHOUT SHOES)
Quem for ouvir a fase antiga do Cine, como Without Shoes, levará um susto com as canções screamo Sem Pensar, Velhas Mágoas e, principalmente, com o clássico absoluto do emo nacional O Meu Orgulho - que, a partir da marca exata dos 2 minutos, leva o screamo às últimas consequências, mesclando o vocal gritado com o gutural, e até parecendo se tratar de algum grupo escandinavo de black metal do início dos anos 90. O Meu Orgulho é, aliás, a minha canção favorita do emo nacional, até batendo a Na Na Na na versão do Lipstick. Muito infelizmente, toda essa diversão foi pra casa do caralho no instante em que a banda mudou o nome para Cine, abandonando qualquer mísero vestígio de rebeldia, peso e gritaria, e estourando no Brasil inteiro com canções seriamente pavorosas como Garota Radical, A Usurpadora e As Cores. Seja como for, pelo passado digno como Without Shoes, Cine acaba sendo, de longe, a melhor banda abordada nesse post. Hail Without Shoes. (Pena que, nos dias underground, eles não investiram nesse fator screamo tanto quanto deveriam. Se tivessem investido nessa faceta duma maneira geral, Without Shoes teria sido a melhor banda emo que o Brasil já teve, facilmente. Vou além: podem me chamar de louco, mas consigo notar alguns aspectos de influências de real emo 90 em algumas faixas do Without Shoes. Aquele lance meio indie deprê, saca? Essa fase foi mesmo muito legal.)
CPM 22
Nunca fui com a cara do CPM 22, nem mesmo com suas músicas menos piores, como Regina, Let's Go e Dias Atrás. Até comprei, por meros 2 reais, um DVD lacrado deles, com a intenção de dar uma chance melhor a banda. Mas não adiantou. Para piorar, o vocalista parece ser um completo fucking asshole, pelo que vi em matérias e documentários voltados ao emo nacional. Prefiro muito mais a outra banda do baterista Japinha, o ótimo Hateen.
FRESNO
Dizer o que da banda que disputa com o igualmente deplorável Gloria o título de pior grupo emo do Brasil? Até admito que tem uma ou outra rara canção do Fresco que até começa de forma promissora, na parte instrumental... Mas assim que o filho da puta lá começa a cantar, toda esperança vai diretamente pro colo do Capeta, sem escalas. Para piorar tudo ainda mais, o vocal e o tal do Tavares (ex-integrante do grupo, que ainda pegou a igualmente intragável Titi Feminazi Muller) sofriam duma gigantesca ilusão de grandeza, acreditando cegamente que suas canções de sertanejo elétrico eram, de fato, rock. Fresno é uma desgraça, e não recomendo absolutamente nada desses caras.
NX ZERO
Tem lá os seus guilty pleasures, como Além de Mim, por exemplo, além de algumas canções antigas que até são legais sim, como Ilegítima Defesa, bastante cultuada pelos fãs old school da banda. E eu recomendo fortemente o ótimo documentário Sete Chaves, um doc muito interessante, que poderá agradar até mesmo quem odeia NX Zero. E outro fator a favor do grupo é perceber que Di Ferrero e seus colegas de banda, mesmo no auge comercial do grupo, se mantiveram humildes, gente fina e pé no chão - ao contrário dos scumbags fucking assholes xaropetas do Fresno.
RESTART (C4)
Até existe um ou outro vestígio de sonoridade pop punk relativamente agradável na parte instrumental do Restart, principalmente na época em que se chamavam C4, e eram mais crus e toscos. E Pe Lanza até canta OK. O grande problema é o vocal do Pe Lu, que, puta que pariu, é uma coisa simplesmente intragável. Inclusive, eu me pergunto como diabos esses caras conseguiram fazer tanto sucesso com esse maluco no vocal. Deveriam ter deixado o Pe Lanza como o único vocalista do grupo, isso sim. Se eles voltarem a ativa um dia, tomara que se toquem de deixar o Lanza como a única voz da banda.
VEREDITO FINAL:
Cine antigo é bem bom, NX Zero dá pra encarar, Restart é altos e baixos e tem lá alguma coisa de guilty pleasure, CPM 22 eu não consigo curtir, e Fresno é simplesmente horrível.
A real é que, se fosse para basear o post na qualidade musical e não no sucesso comercial, o Big 5 do emo brazuca seria, para mim, Dance of Days, Hateen, Lipstick, Personal Choice e Without Shoes (antes de mudar o nome para Cine).
Próximo tópico que deverá ser abordado na saga PURE MASSACRE =
Slayer: Os Patéticos Pais do Bozominion Metal
Breves introduções de quatro canais de esquerda extremamente recomendáveis do You Tube.
DESCONSTRUÇÃO POLÍTICA
Canal do brother Guitardo Songs, bastante ativo no You Tube. Como o canal é bem recente, foram enviados poucos vídeos para a plataforma até o presente momento. A abordagem é bem punk rock: curta, grossa e veloz, atacando diretamente na jugular e sem frescuras ou virtuoses.
GALÃS FEIOS
Usando um infalível humor anárquico ao abordar temas sérios, Galãs Feios é um dos melhores canais de política do Brasil. Além de baterem forte em Bozo e sua trupe de scumbags terminais, já fizeram ótimos vídeos esculhambando roqueiros fracassados da direita, como Nazi Moura, AKA Cheirando Rola, AKA Mamando Rola (da bandinha Podreira Senta em Um) e aquele completo imbecil chamado Caio Cupodre - um palhaço que criticou a postura política do show da Lily Allen no ano passado, falando que Fuck You é a pior música da cantora, e que o cover de Somewhere Only We Know é a melhor.
HENRY BUGALHO
Uma das principais referências quando se trata de canais de esquerda do Brasil, e sempre bastante antenado com todos os acontecimentos políticos e sociais, Henry Bugalho está sempre lançando vídeos bem completos e articulados sobre temas relevantes variados.
TIO POLAR FALA
Marcelo Carrard é um enigma. Se, por um lado, manda muito mal no canal Cinema Ferox (chamando todo filme que aparece pela frente de perturbador, elogiando qualquer coisa que aborda nos vídeos, fazendo suspeitos vídeos de chapa branca enchendo a bola da Versátil Hype Vídeo), por outro, mandou muito bem no Tio Polar Fala. Uma pena que, após menos de dez vídeos, o canal parece ter sido abandonado. Talvez tenha algo a ver com a horda de Bozominions retardados (pleonasmo) que ficaram pentelhando por lá. Por mim, seria lindo demais se o Carrard abandonasse sim o Cinema Ferox, e voltasse em grande estilo com o seu Tio Polar Fala, descendo a lenha sem dó em Bozo, Sérgio Mala, Paulo Jegues, Juão Dólar e demais canalhas da extrema-direita. RIP Tio Polar Fala? Espero que não. Afinal, esse canal mandou extremamente bem nos seus poucos vídeos existentes.
http://cinemateca.org.br/maratona-da-madrugada-trilogia-do-ze-do-caixao/
Passei a madrugada passada na Cinemateca, onde conferi a Trilogia do Zé do Caixão na tela grande, em sessões gratuitas: À Meia Noite Levarei Sua Alma (1964, 35MM), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967, HD) e Encarnação do Demônio (2008, 35MM). Venho aqui, portanto, tecer alguns comentários relâmpagos sobre o evento.
O primeiro filme foi exibido ao ar livre, e foi uma experiência e tanto.
Antes disso eu tinha uma péssima lembrança das sessões ao ar livre, graças a uma desastrosa exibição do clássico Deixa Ela Entrar no vão livre do MASP, cerca de dez anos atrás. Foi de dia, com risadas fora de hora e comentários infelizes, que invadiram a sessão e tiraram a concentração de quem tentava assistir ao filme sueco da vampirinha carismática.
Mas À Meia Noite Levarei Sua Alma, na noite passada, foi fenomenal. É o melhor da trilogia para mim, uma grande diversão macabra, com o humor negro e o sadismo do nosso ''Coffin Joe'' tacando o terror e trollando toda a população de uma cidadezinha. (Aliás, cidades pequenas em histórias de terror são sempre muito bem-vindas.)
E é sempre bom afirmar o quanto Mojica - um impressionante autodidata - mandou muiiito melhor no horror do que o contemporâneo Herschell Gordon Lewis; um sujeito um tanto arrogante, que pensava ser o primeiro cidadão na face do Planeta Terra a fazer cinema gore. HGL certamente não conhecia - ou simplesmente ignorava - o japonês Inferno / Jigoku, feito anos antes do bastante questionável Banquete de Sangue; que, inclusive, pelo que lembro, mostrava o gore somente APÓS os assassinatos, e não durante a matança. (Já Meia Noite mostra o gore rolando solto no ato mesmo.)
Já as duas sequências de Meia Noite foram exibidas dentro do cinema.
Assistindo Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver pela primeira vez em um bom tempo, pude reparar três coisas não tão agradáveis assim:
1) O filme é longo demais.
2) O filme me pareceu um tanto repetitivo, algo que as partes I e III não são - ao menos não para mim.
3) A dublagem do Zé me pareceu bem fora de sincronia às vezes, algo que não reparei no filme anterior.
De qualquer forma, Esta Noite é um espetáculo forte, com sequências como a do inferno em cores, e um personagem - o agressor sem face e todo de preto - que pode ter influenciado a primeira temporada de American Horror Story. (Brazilian Horror Story!)
Já Encarnação do Demônio pode ter mais a cara do roteirista Dennison Ramalho do que do próprio Mojica. Tem aquelas fortes características anti-autoridade e ''favela-movie'' que o Ramalho mostraria no curta Ninjas, e, em menor escala, no longa Morto Não Fala.
Com uma abordagem que separa as cenas de maneira meio HQ, Encarnação conta com um ótimo elenco, onde destaco três musas do cinema brasileiro: Cristina Aché, Débora Muniz e Helena Ignez.
Como os efeitos gore são a cargo do ''Tom Savini brasileiro'', Kapel Furman, Encarnação alcança uma forte dose de realismo visceral e náusea.
Mas aí preciso citar um forte ponto negativo de Encarnação: as altas doses de flashbacks dos dois primeiros filmes, além de situações que recorrem à dobradinha Meia Noite / Esta Noite. Dá uma impressão que, ao finalizar a Trilogia Zé do Caixão quatro décadas depois, o filme passa muito tempo preso no passado. Parece que essa faceta ''fanboy'' - da dupla Dennison Ramalho / Paulo Sacramento - falou alto demais em alguns momentos.
Ainda assim, é um espetáculo forte e de qualidade, sem dúvidas. Com certeza infinitamente superior ao terceiro filme das bruxas feito por Dario Argento...
Já uma coisa que achei um pouquinho frustrante, no evento em si, foi o minúsculo intervalo entre uma sessão e outra. Os filmes foram exibidos com uma pequena pausa de apenas 10-15 minutos de uma sessão para a outra, quando o ideal seria ter meia-hora em cada um dos intervalos. Assim sendo, a primeira sessão aconteceu às 23H05, e a terceira acabou pouco antes das 04H30.
De resto, preferi passar fome do que gastar 6 mangos no brownie da Cinemateca - ou 8 bastardos em algum salgadinho que estava do seu lado. Afinal de contas, meus recursos são limitados, e recuso ser assaltado por livre e espontânea vontade.
Mas, é claro, no fim das contas a Cinemateca merece sim os parabéns de qualquer forma. Afinal, fazer um evento desses com entrada gratuita, e com dois dos filmes em película, é uma vitória e tanto. Aliás, a mostra segue até Domingo, também exibindo O Despertar das Bestas / O Ritual dos Sádicos, igualmente em 35MM.
Cotações de 0 a 5:
À Meia Noite Levarei Sua Alma: 4.5
Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver: 3.5
Encarnação do Demônio: 3.5
Notas: A primeira sessão estava bem cheia, acho até que lotada. A segunda também estava bem cheia, porém com menos gente. E a terceira já estava com bem menos gente, e muitos assentos livres.
PS: Ontem, Sexta-Feira, 13 de Março, além de ser o dia em que José Mojica Marins faria 84 anos, também foi o vigésimo quarto aniversário da morte de Lucio Fulci - que, curiosamente, parece ter tido umas influências de Mojica em alguns dos seus últimos filmes, como Enigma do Pesadelo e Gato no Cérebro. Será que Fulci gostava de Mojica? Enfim, o grande Fulci certamente merece a reputação de ''The Godfather of Gore'' muito mais do que o já citado HG Lewis.
PS Bônus: Bem que uma mostra ou mini-retrospectiva do Sady Baby seria uma ótima ideia, não? Sady e Mojica são, para mim, as duas grandes lendas do cinema brasileiro - e, agora, só o Sady permanece entre nós.
MATERIAL BÔNUS: Uma Infelicidade Bem Mais Infernal do Que os Filmes do Zé do Caixão
Acabei dando um jeito de comer alguma coisa após sair da Cinemateca. Aí peguei o metrô e, ao chegar na estação Sé por volta de 6 da manhã, adivinha o que aconteceu?
O metrô parou meio que na metade, e não abriu as portas, e uma galerinha lá ficou agindo meio desesperada.
A princípio achei se tratar de mais um suicídio no metrô.
Mas daí descobri que um cara lá (há rumores de que podia estar bêbado - não se sabe) acidentalmente colocou a cabeça além da faixa amarela, e acabou sendo brutalmente atingido pelo metrô. Tudo indica que ele morreu mesmo. Não sei todos os detalhes porque recusei ficar por perto me inteirando sobre o ocorrido, mas pude ver os policiais do metrô colocando o corpo dele num saco preto. Havia também uma poça de sangue muito horrorosa ao lado do corpo. Uma situação simplesmente deplorável e triste.
Descarto aqui as minhas coisas favoritas de JPop feminino dos anos 80 e 90. Esse post é todo dedicado ao Ocidente. Ahh, e vale dizer que (seja por falta de visão, por falta de oportunidade ou por ignorância mesmo) JAMAIS assisti algum show dos artistas gringos aqui listados.
HEY MONDAY (EUA)
Excelente grupo emo com vocal feminino (cortesia da sensacional em todos os sentidos Cassadee ''Cassie'' Pope), que poderia ter sido bem famoso, não fosse o maldoso apelido de ''clone de Paramore'' e o fato de que surgiu tarde na cena (2008). Chegou a tocar no Brasil em 2011. Naquela época eu não fazia a menor remota ideia do que diabos era Hey Monday.
Três canções essenciais: Homecoming, How You Love Me Now e Run, Don't Walk
Número de singles na minha coleção: 0
MANIC STREET PREACHERS (somente a fase Richey Edwards) (País de Gales)
MSP foi um tanto contraditório na notória fase Richey: letras pesadas e sombrias (autoria do Richey, claro, que desapareceu da face da Terra em 1995) se mesclaram com uma sonoridade distante, e até meio ''para cima'', misturando hard rock, punk rock e rock alternativo - seja como for, foi uma excelente fase para a banda, de qualquer forma. Nunca tocaram no Brasil em nenhuma época. Se viessem de graça para um Festival Cultura Inglesa da vida, aí eu até iria.
Três canções essenciais: From Despair to Where, Starlover e Stay Beautiful
Número de singles na minha coleção: 1 (Love's Sweet Exile com a capa da Little Baby Nothing!)
MILEY CYRUS (EUA)
A verdadeira rainha do pop para mim, sempre ousando e fazendo mudanças radicais na sua carreira extremamente produtiva, iniciada aos seus 13 anos de idade, em 2006. Fez show no Brasil em 2011 e em 2014. Em 2011 eu simplesmente não prestava atenção nela. Já em 2014 eu só a via como um gigantesco sex symbol pessoal, mas continuava não prestando atenção nas músicas dela. (E, é claro, eu odiava Wrecking Ball. Bem, na verdade eu continuo não gostando de Wrecking Ball até hoje.)
Três canções essenciais, ignoradas e esquecidas: Full Circle, Permanent December e Talk Is Cheap
Número de singles na minha coleção: 1 (Fly on the Wall)
MY CHEMICAL ROMANCE (EUA)
A segunda vinda dos Manic Street Richeys ao Planeta Terra - tão sonoramente poderoso, niilista, mentalmente lesado e magistral quanto. Fizeram show no Brasil em 2008. Eu até gostava de duas músicas deles na época (Welcome to the Black Parade e Teenagers), mas estava muito longe de ser um ''killjoy'' lá em 2008.
Três canções essenciais: Kill All Your Friends, I'm Not Okay (I Promise) e Our Lady of Sorrows
Número de singles na minha coleção: 0 (mas já encontrei Na Na Na usado e por um preço muito salgado, R$ 85)
THE VINES (Austrália)
Maravilhosa banda australiana de pós-grunge, liderada pelo insano e genial Craig Nicholls - cuja carreira artística foi sabotada pelo seu autismo. Nunca tocou no Brasil. Mas é preciso dizer que Nicholls já fez muitos shows ruins na vida.
Três canções essenciais: Nothin's Comin', Outtathaway e Winning Days
Número de singles na minha coleção: 1 (Fuck the World)
VIOLET SODA (Brasil)
A salvação do rock no Brasil, um excelente revival do grunge contando com a talentosa e carismática Karen Dió no vocal e na guitarra. FINALMENTE NÓS TEMOS UMA BANDA BRASILEIRA PARA NOS ORGULHAR.
Três canções essenciais: Charlie, Coffee e Friends
Número de singles na minha coleção: 0 (a banda é muito nova, não tem nem dois anos de existência, e não possui nenhum single até o momento)
YEAH YEAH YEAHS (EUA)
O grupo bastante versátil - ou esquizofrênico - de new rock é formado por um guitarrista americano, um baterista também americano e uma vocalista sul-coreana - também chamada Karen. Fez show no Brasil em 2006 e em 2013. Eu já era fã em 2006, e até podia pagar meia-entrada na época, mas vacilei (sabe-se lá porque) e não fui. Já em 2013 eles estavam passando por uma fase ruim e, para piorar, estavam como banda de abertura do Red Hot Chili Peppers - grupo em que eu nunca vi graça alguma.
Três canções essenciais: 10X10, Despair e Sealings
Número de singles na minha coleção: 0 (mas já encontrei Date with the Night usado e por um preço muito salgado, R$ 53)
NOTAS INFELIZES: MSP, MCR e YYYs se estragaram muito feio a partir do quarto disco de estúdio. HM pisou na bola no frustrante EP The Christmas EP. The Vines deu uma caída a partir do quarto álbum, mas ao menos se manteve relevante - mesmo que não tão bom quanto nos três primeiros. Miley teve um registro extremamente arriscado (Dead Petz, de 2015), que encantou alguns e enojou outros - eu me enquadro nessa última categoria. Violet Soda continua firme e forte, sendo que mesmo as duas canções que eu menos curto (Girl! + What Do I Do?) também são boas.
Fui obrigado a fazer uma segunda parte dessa postagem por um motivo simples: havia me esquecido completamente de uma foto que eu adoro, uma imagem old school da Miley com a camiseta do meu disco favorito do Def Leppard. Falo do maravilhoso Pyromania (1983), um dos melhores álbuns da história do metal farofa (e da música em geral), que conta com clássicos absolutos como Photograph, Rock Rock 'til You Drop, Rock of Ages, Action Not Words (que já foi intro de podcast gringo sobre VHS), Foolin' e a terceira melhor canção de hard de todos os tempos: ''Stagefright, all night, won't you let go? All night, stagefright, on with the show.'' (Stagefright só perde para Take Me to the Top, do Motley Crue, em segundo lugar, e Down Fuckin' Boys, do Warrant, em primeiríssima colocação. Completando o TOP 5 glam metal, escalo Fallen Angel, do Poison, em quarto lugar, e Shout, do Stage Dolls, em quinto.)
Puta disco foda do caralho o Pyromania.
Essa foto - não muito nítida - da Miley parece ter mesmo desaparecido do universo do Google Imagens em definitivo. Mas, felizmente, a tenho salva dentro de uma das milhares fap compilations existentes da muié. Até chegar na fap compilation correta, tive que passar por várias outras, o que, obviamente, levou um tempo.
A seguir, selecionei uma foto recente da Mi-Mi junto dos próprios integrantes ultra-hiper-mega-decadentes do Def Lep - outro caso clássico de banda vítima da maldição do quarto álbum de estúdio, no caso, o absurdamente polido, afrescalhado e xaropeta Hysteria, cuja única grande canção é Animal - deixando uma menção honrosa para o guilty pleasure Armageddon It. Dali adiante, foi só ladeira abaixo, com o quinteto inglês se tornando uma das piores desgraças do rock mundial, tão ou até mais insuportável do que aberrações como Matchbox Twenty e os igualmente vendidos Goo Goo Dolls - que, milagrosamente, já foram bons um dia, muito, muito tempo atrás. Como já falaram no passado: ''Def Leppard passou pelo metal e pelo rock de arena, e agora é uma boy band de idosos.''
Para fechar essa conexão ''MiLeppard'', vale lembrar que a nossa querida ex-Hannah Montana chegou a fazer um dueto com os tiozões do Steel Panther (ex-Danger Kitty, ex-Metal Shop, ex-Metal Skool; até tenho um CD original desses bufões, adquirido na época em que ainda se chamavam Metal Shop, cerca de 15 anos atrás), num cover da semi-intragável Pour Some Sugar on Me (Hysteria, 1987), uma variação da também não tão boa We Will Rock You, do Queen.
Completando as imagens, temos a Lady Gaga em parceria de paspalhos do Iron Maidumb e Sax On, dois dos principais nomes da New Wave Of Rubbish Débil Mental. A meu ver, Gaga deveria sim honrar o seu legado, e manter distância de artistas derradeiros como Donzela Leva Ferro, Saxofone e Metallicunt, que só foram relevantes lá em mil novecentos e bolinha. (Menos o Saxão, que não foi relevante never. Metal cristão de cu é rola. Cuzader é o caralho.)
Mas ei: cada um, cada um. Cada um que se queime como quiser. Mas, se eu fosse a Gaga, não iria querer associação com vovôs retardados do white metal 80. Isso é certeza.
Seja como for, essas fotos da Gaga com o Nickorno McBrainless (que usa aquele kit de bateria absurdo para tentar parecer um baita baterista) e o Bife só entram no post pelo fator da curiosidade.
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E
A
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R
O
L
L
E
G
G
Material Bônus: Demi Lovato e a Misteriosa Rádio McDonald's + Um Breve Panorama da Rainha da Raba
McDemi's :)
McLovato Feliz :)
Interessante pensar que, logo no seu primeiríssimo álbum, o delicioso Don't Forget (2008), a Demi canta o seguinte verso no single La La Land:
''I'm not a supermodel. I still eat McDonald's.'' (Já na versão do clipe é ''I still eat at Ronald's.'')
Pois bem.
Uma coisa curiosa, que tenho percebido nos últimos anos, é a tendência da Rádio McCumDonald's de apenas tocar hits certeiros da música pop em seu repertório.
Mas, com a Demi, a coisa é diferente.
A rádio em questão tem o hábito de reprisar até dizer chega a canção Mr. Hughes da Demi. Essa escolha não poderia ser mais imprevisível, já que Mr. Hughes não é hit, não é single, não tem clipe e nem mesmo está em alguma das versões comuns de seus álbuns. Ela se encontra apenas como bonus track na versão especial do seu quinto disco de estúdio, Confident, de 2015.
E, muito recentemente, eu me encontrava no centro de São Paulo com vontade de tomar sorvete, num Domingo bastante deserto. Como todas as outras opções haviam se esgotado, acabei optando mesmo pelo caro e não muito recomendável McColosso, do McDemon's.
Peguei o cascão e entrei no recinto, para poder tomá-lo de boa. E eis que a porra da Rádio McCancerDonor's vai e toca Mr. Hughes mais uma vez :) Após essa canção um tanto obscura da Demi, eles me vem com aquela propaganda rotineira do ''Méqui'', aquela baboseira de ''amo muito tudo isso'' e tal. (Seria melhor se, ao invés dessas palhaçadas, eles falassem os nomes das músicas e seus intérpretes, não? É inacreditável pensar que eles nunca revelam as músicas / artistas que tocam.) E, em seguida, eis que os cornos me surpreendem novamente: a rádio McCuntDonald's vai e toca Old Ways, outra canção totalmente não-óbvia da Demi, e também da era Confident!
Não deixa de ser interessante.
Mas, seja como for, sejamos sensatos aqui: se for para tocar uma música fora do comum da Demi desse período, o melhor mesmo seria optar pela subestimada, atípica, atmosférica e maravilhosa Kingdom Come. Essa música é tão foda, mas tão foda, que nem a comestível porém chata pra caralho Iggy Azalea (que participa da canção) consegue estragá-la. Como diabos não lançaram Kingdom Come como single? Aquele refrão é simplesmente absurdo. Certamente mereceria ser lançado no lugar da não tão memorável assim Stone Cold, com o clipe repetindo aquele cliché da popstar na banheira.
Kingdom Come entra tranquilamente no meu TOP 3 Demi, ao lado das também esnobadas e um tanto esquecidas Work of Art (não disponível em nenhum dos seus seis LPs e, na minha modesta opinião, bem superior a qualquer coisa feita por aquela cultuada banda de glam rockers reclusos também chamada Work of Art) e ''Don't surrender, surrender, surrender. PLEASE REMEMBER, REMEMBER DECEMBER.'', single do disco Here We Go Again, de 2009. Hail Demi hard emo rocker no clipe dessa última. Inclusive, o refrão dessa faixa até lembra Commandos, do já citado na postagem Stage Dolls, grupo norueguês de hard / AOR. E é interessante pensar que tanto a melhor canção da Demi quanto a melhor da Miley possuem December no nome: Remember December (DL, 2009) e Permanent December (MC, 2010). (Já Back to December, da Taylor Swift, é apenas OK e jamais figuraria no meu TOP 10, 20 ou 50 da Taylor.)
Saudades de quando a Demi Rockvato era foda pra caralho, mesclando um pop punk influenciado por Avril Lavigne com a sua paixão por Poison e Motley Crue. Bons tempos aqueles, que duraram de 2008 a 2009.
Ainda não superei o fato de que Tell Me You Love Me é um álbum fraquíssimo, até pior do que o também altamente decepcionante Unbroken. Caralho, essa mulher é fã de rock, de hard, de música pesada e até de metal extremo, então por que fazer um pop / R 'N' B genérico até a medula, como foi demonstrado nesses dois discos esquecíveis, que só possuem uma grande canção cada (Give Your Heart a Break e Ruin the Friendship)??? Na minha opinião, a Demi JAMAIS deveria ter cantado porra nenhuma de R 'N' B na sua carreira.
Mas, pelo menos, os dois discos que vem entre Unbroken e Tell Me You Love Me (Demi e Confident) possuem sim uma quantidade razoável de grandes momentos.
DEMI: WORK OF ART (Sonny with a Chance / Sonny Entre Estrelas)
Every day is like a blank canvas
You know you can paint it
Anyway you want it
You can draw a black cloud
You can make the sun shine
Coloring a rainbow
Or use black and white
Open up your eyes
And your imagination
C'mon
Let's write a song
A little poetry
Take a photograph
Let's make some memories
You can make it anything
That you want it to be
If you follow your heart
Life is a work of art
Every night is like
Looking at a dark screen
You're never too young
Or too old to dream
You can make a fantasy
Into a reality
'Cause you're creating
Your own masterpiece
Close your eyes and dream it
Seeing is believing
C'mon
Let's write a song
A little poetry
Take a photograph
Let's make some memories
You can make it anything
That you want it to be
If you follow your heart
Life is a work of art
Turn a simple thought
Into a philosophy
Turn a star into a galaxy
Make a little noise
Into a symphony
You're creating a masterpiece
C'mon
Let's write a song
A little poetry
Take a photograph
Let's make some memories
You can make it anything
That you want it to be
If you follow your heart
Life is a work of art
PS: Qual das três, Miley, Demi ou Gaga, é a mais irresistível e ''enrabável'' para vocês? PQP, quando se trata dessas cantoras pop contemporâneas (2000s adiante), é sempre mesmo uma mais gostosa e desejável que a outra. Tirando a balofa chata pacaray Adele, é só filé nesse meio.