quarta-feira, 18 de março de 2020

Review de Show: Violet Soda em 8 de Março de 2020 (Dió >>>>> Dio)



Abertura com as seguintes bandas: The Monic, Putz e Miami Tiger

Local: Fabrique Club

Preço: R$ 17.50 (segundo lote promocional)

Só agora, dez dias depois do show, que estou finalizando e postando o review do show do Violet Soda no dia 8 de Março desse ano, um Domingo. Esse atraso aconteceu por dois grandes motivos:

1) Após esse show em questão, tive que me preparar para outro show marcante, a apresentação do D.R.I. (Dirty Rotten Imbeciles) no Carioca Club, exatamente uma semana depois, no dia 15. Assim sendo, não consegui focar em escrever esse texto aqui na semana passada.

2) A Net-Claro, desde Segunda da semana passada, vem me dando dores de cabeça diversas, e dificultando - e muito - o meu acesso à internet.

Pois bem.

Bem, se a humanidade for pro saco agora, com essa pandemia do Coronavírus, ao menos eu consegui ver um EXCELENTE show do Violet Soda na vida.

No dia do show, fui de mochila ao Fabrique, para comprar um eventual merchandise da banda.

Nunca havia estado no Fabrique antes, um lugar bastante espaçoso. Para representar a ''emolândia'', lá estava eu com a camiseta do disco Revenge, do My Chemical Romance. As únicas outras camisetas ''emonóides'' que reparei lá eram do Menores Atos e do Rise Against - não confundir com Rage Against (the Machine) :)

Só achei que o som da discotecagem não estava muito legal, tecnicamente. Discotecagem essa que contou com, entre outras coisas, uma caralhada de canções do The Distillers, grupo que contava com a australiana absurdamente gostosa Brody Dalle no vocal e na guitarra. Mas, infelizmente, o DJ se esqueceu de justamente as minhas três favoritas do grupo: Beat Your Heart Out, Die on a Rope e a melhor de todas, Coral Fang.

E foi durante meados de uma canção dos Distillers, Drain the Blood, que teve início a primeira apresentação do dia, com o grupo Miami Tiger.

Focando apenas em cantar durante as duas ou três primeiras canções, a vocalista do Miami Tiger iniciou então um discurso que não demorou para cair no nível Titi Muller, com coisas do tipo ''nenhum homem presta'' e ''homem não serve pra nada''. A partir daí parei de aplaudir o show. Algum tempo depois, durante o andamento do seu set, essa mesma vocalista deixou claro ter umas influências de duas frontwomen ''japas'' marcantes dos anos 2000, a sul-coreana Karen O, do Yeah Yeah Yeahs, e a brasileira Lovefoxxx, do Cansei de Ser Sexy (a ''Mini Karen O''). Isso é, com a grande diferença de que KO e LVFX não precisavam apelar para discursos feminazi. Elas conseguiam atrair atenção naturalmente, através de suas músicas, suas vozes, suas aparências e suas presenças de palco.

É, Miami Tiger é uma banda para ser evitada. É melhor ouvir Tigertailz ou Tigers Jaw.

Com o término dessa primeira apresentação, voltamos a discotecagem, e, pela primeira vez na vida, pude perceber algo que nunca havia notado antes: as duas canções mais famosas dos Cardigans (Favorite Game e Lovefool) são fracas demais. Estranho demais que nunca havia notado isso antes. Felizmente, os dois singles que possuo da banda, Rise and Shine e Been It, são bem melhores...

Aí, cortando a clássica I Wanna Be, da Pitty em sua única época boa (disco Admirável Chip Novo), a discotecagem deu lugar ao show do Putz.

Contando com a filha de Kiko Zambianchi e o carinha do Menores Atos, o grupo fez uma apresentação digna, com possíveis influências de Sonic Youth e My Bloody Valentine. (Ou talvez não tenha nenhuma influência dessas bandas, e eu acabei de falar asneira aqui.)

Vale destacar o ''Fora Bozo'' da Giovanna Zambianchi durante a performance, o que é sempre relevante e bem vindo.

Bem, Putz é uma banda que eu preciso conhecer melhor, assim como a que veio a seguir: The Monic (adoro esse nome, já que soa como ''Demonic'', hahaha).

Com tremas no nome (a grafia correta é ''The Mönic''), seguindo a tradição de grupos como Mötley Crüe, Queensrÿche, Crashdïet e vários outros, o grupo inteiramente feminino fez um poderoso discurso sobre o avanço do alto número de mulheres agredidas e assassinadas durante esses tempos sombrios do desgoverno de Mijair Bozoasno.

Diria que os shows do Putz e do The Monic ficaram pau a pau em qualidade sonora (apesar de serem bandas bem diferentes - Putz é mais contemplativo e intimista, enquanto The Monic é mais rápido e agitado), e com discursos sociopolíticos muito mais afirmativos e sérios do que o radicalismo extremista da vocalista do Miami Tiger.

(Uma trivia engraçada, e que vale dizer, é que, durante os três shows de abertura, lá estava a Karen do lado do palco, agitando e cantando durante as apresentações dos três grupos!)

Com o fim da apresentação do The Monic, dei um pulo na seção de merchandise, onde comprei uma camiseta do Violet Soda, do EP Here We Go Again - nome esse que me remete a Demi Lovato e Sara Paxton. O preço foi um tanto salgado, R$ 50, mas não deixa de ser uma camiseta muito bonita e bacana. Se as camisetas estivessem custando R$ 40, eu teria comprado um outro modelo também.

Voltei então para perto do palco, onde, às 20H35, foi exibido no telão o último clipe do Violet, da canção Girl! Continuando essa série de videoclipes criativos e bem-feitos, Girl! é outro acerto, apostando numa pegada mais ''dark'' e de horror. Clipe muito legal sim, mas devo admitir que preferiria ver Don't Like This Song e Self-Esteem ganhando clipe no lugar de Girl! (Quem sabe essas duas ainda ganharão vídeos oficiais próprios?)

Aí tivemos mais cerca de 20 minutos de discotecagem, para, então, começar o momento pelo qual todos aguardavam ansiosamente: o show do fenômeno Violet Soda.

Bem, dizer o que do Violet Soda?

Dentro do cenário grunge mundial, eu vejo as coisas dessa forma:

Nos anos 90, os EUA nos deram o Blind Melon.

Nos anos 2000, a Austrália nos deu o The Vines.

E, na virada da década de 2010 para 2020, o Brasil revelou ao mundo o Violet Soda.

Violet já é, para mim, a melhor banda brasileira de todos os tempos. E posso não ter visto tantos shows na vida quanto gostaria, mas esse do Violet já foi o show mais memorável que assisti. Vou além: foi um dos momentos mais especiais da minha vida. Enquanto eu estiver vivo, quero assistir o máximo possível de shows do Violet Soda.

Simplesmente isso, sem tirar nem pôr.

E, seja em shows conferidos ao vivo, ou por home video ou internet, eu SEMPRE me incomodo com os setlists das apresentações, duma forma ou de outra.

Mas, nesse caso do Violet, não há nenhuma reclamação a ser feita, já que o setlist incluiu TODAS as 18 canções existentes na discografia da banda até o momento! Para quem é fã hardcore da banda, como eu, não há o que reclamar, mesmo que eu tentasse bastante.

Do início ao fim da apresentação, fui anotando todo o setlist em um pedaço de papel, em ordem cronológica, para mais tarde inclui-lo nessa postagem aqui.

Ao show então.

Karen Dió (AKA Karen Diox) e comparsas (Murilo Benites na guitarra, Tuti AC no baixo e André Dea na bateria) já começaram quebrando tudo com a magistral Charlie, a segunda melhor canção da banda. Foi, inclusive, no dia que esse clipe estreou no You Tube, que eu tive o meu primeiro contato com a banda, que já me impressionou logo de cara. Foi um daqueles raros casos de amor à primeira ouvida. Aquele refrão (''ARE YOU HIDING FROM ME? 'CUZ I DON'T FEAR YOU AT ALL.'') é poderosíssimo, e a impressão que se tem é a de que o grunge está tendo um revival e tanto.

Apesar da banda ser nova, seus integrantes são veteranos da cena, o que fica evidente na ''self-esteem'' (hehe) que mostraram no palco.

A seguir, outros dois clássicos instantâneos e absolutos vieram em dupla: Candyman e Coffee. Não querendo desmerecer a excelente Candyman, mas o refrão extremamente contagiante da Coffee é simplesmente imbatível.

Daí tivemos Take Me, L7 puro, curta e agressiva, e que teve seu clipe dirigido por Chuck Hipolitho, da banda Forgotten Boys e dos tempos áureos da MTV Brasil.

Ashes (que, inclusive, estava tocando em um bar próximo ao Fabrique, no momento em que eu entrei no clube), You Don't Know Me, I'm Trying e Lazy Guy deram continuidade a apresentação.

Chegou então a hora da Karen falar que não gostava da próxima canção, o que foi altamente emocionante para mim, já que se trataria, obviamente, da maravilhosa Don't Like This Song. Aliás, é extremamente irônico constatar que uma das melhores músicas do Violet se chama ''NÃO GOSTO DESSA CANÇÃO'' :) Eu amo essa música.

Sei que estou soando repetitivo nessa resenha, e rasgando elogios o tempo inteiro, mas a verdade é que não consigo encontrar críticas nessa apresentação. Quem acompanha o meu blog sabe muito bem que eu sempre criticarei coisas que não gosto, mas, dessa vez, estive numa situação em que presenciei um acerto após o outro. Esse show foi como uma foda bem gostosa, completa e orgásmica. Foi uma experiência incrível, não me deixando pontos negativos para apontar.

E, após Don't Like This Song, veio simplesmente a MELHOR canção do Violet, a belíssima Friends, uma das canções mais lindas que já ouvi até hoje.

Black Lungs, Fade Out, Girl!, Scars e What Do I Do? surgiram em seguida, ''encerrando o show''. (Devo admitir que Ashes, Girl! e What Do I Do? são as três músicas que eu menos gosto do VS. Mas, ainda assim, eu também gosto delas. Das 18 faixas disponíveis da banda, não há nenhuma que eu desgoste. Três delas eu considero boas, e as outras 15 variam entre ótimas, excelentes e perfeitas. Fico na torcida para que continuem mantendo esse nível de regularidade.)

É óbvio que voltariam para o bis, já que restavam três canções excelentes e obrigatórias: Tangerine, Do It! (originalmente Karen solo, mas que foi incorporada pelo VS) e o fim com Self-Esteem.

Não há muito o que dizer de Tangerine. Já é um hino. Só isso. E, na minha mente, ela possui um link com a Nobody Loved You, a única canção realmente genial dos Manic Street Preachers pós-Richey.

Já durante Do It!, Karen saltou em uma espécie de prancha de surf em formato de pizza inflável, um momento simplesmente impagável e já histórico.

E, em Self-Esteem (notório hino anti-Facebook, que eu diria possuir um parentesco com Viciado Digital, do Ratos de Porão), Karen desceu do palco para agitar um inesquecível bate-cabeça, naquela parte final do ''all the tears were for nothing... all the ego was for nothing''. Até eu, que nunca participo de bate cabeça, acabei me arriscando ali no meio. Acabei levando cerveja na cabeça, e quase levei um tombo. Mas não me arrependo nem um pouco; muito pelo contrário.

Passei o show inteiro agindo como um freak terminal, batendo cabeça alucinadamente, pulando, colocando as mãos no ar, cantando e gritando as letras de absolutamente todas as músicas. Fiquei quebrado e com um forte torcicolo durante quatro dias seguidos. Foi o melhor e mais divertido show da minha vida. Se o Coronavírus matar todo mundo, ao menos eu consegui ver o show de uma banda que amo. Voltei para casa me sentindo realizado.

A impressão que se teve com o show é a de que o Violet está a um passo do mainstream. Quando se vê cosplayers da Karen no público, gente fazendo tatuagem da banda lá ao lado do merchandise, e geral surtando durante a apresentação do VS, faixa após faixa, é essa a impressão que se tem: que é só uma questão de tempo para eles caírem de vez no gosto do público, e sair em uma world tour - se o Coronavírus deixar.

Eles merecem sim voar cada vez mais alto. Tomara que se tornem um novo Sepultura em tons de popularidade mundial.

VIOLET SODA É FODA.

Setlist do show do Violet Soda:

1. Charlie

2. Candyman

3. Coffee

4. Take Me

5. Ashes

6. You Don't Know Me

7. I'm Trying

8. Lazy Guy

9. Don't Like This Song

10. Friends

11. Black Lungs

12. Fade Out

13. Girl!

14. Scars (não é cover de Miley)

15. What Do I Do?

Bis:

16. Tangerine

17. Do It! (também não é cover de Miley - é cover sim da própria Karen em carreira solo)

18. Self-Esteem

Setlist dos shows do The Monic, Putz e Miami Tiger:

Não faço a menor remota ideia :)

PS: Talvez faltou dizer algo no post, mas aí deixarei para complementar na seção de comentários. Provavelmente tem muito mais a ser dito sobre o Violet em geral, e esse show em particular.

///

Bônus: O Meu TOP 10 do Violet Soda

10. I'm Trying

9. Black Lungs

8. Self-Esteem

7. Tangerine

6. Candyman

5. Do It!

4. Don't Like This Song

3. Coffee

2. Charlie

1. Friends

A seguir na série Review de Show:

D!

R!

I!

''FUCK THE SYSTEM, THEY CAN'T HAVE ME.

I DON'T NEED SOCIETY.''





3 comentários:

  1. Bom, pelo menos o preço foi legal, abaixo de 20 reais.

    Putz, espero que a NET-Claro já tenha resolvido o seu problema, porque realmente é irritante. E estressante.

    Quer dizer que antes das bandas tocarem teve som mecânico no espaço ? (a tal discotecagem). Interessante saber!

    Puta que pariu, essas vocalistas que ao invés de cantarem no show ficando fazendo proselitismo de causa e cagando regra, merecem uma porrada e depois uma esporrada no meio da cara.

    Legal ver que a filha do Kiko Zambianchi está buscando trilhar os caminhos do pai.

    O preço de r$ 50,00 realmente é salgado para o fato da banda não estar estourada nas rádios. Se bem que nos tempos de hoje nenhuma banda de rock nacional está estourada nas rádios. O que está estourando nas rádios são nossos ouvidos sangrando com o som porco desses funkeiros e sertanojeiros.

    Que bom que o show do Violet valeu a pena! Aí sim!
    Essa da prancha em formato de pizza inflàvel pareceu interessante, gostaria de ter visto kk

    kkkk Putz essa do torcicolo foi foda.
    Realmenta , lembrou até uma vez que eu fui num show do Barão Vermelho em 2000 e eu fiquei bem na frente, na primeira fileira.
    Fiquei por dois dias com o ouvido apitando kkkkkkkkkkkkkk

    E acho que tem a chance do Mainstream internacional sim , já que todas as músicas, pelo menos as do show que vc falou que são todas da carreira praticamente são inglês. Diferente do Cheirando Rola que reclama de não ser """"reconhecido"""" com aquela banda de bosta dele cantando em inglês no BR. Era óbvio que não ia rolar. Cara burro demais!

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    1. Hey. Desculpa pela demora aqui.

      Vídeos do show do VS no YT:

      https://www.youtube.com/results?search_query=violet+soda+8+mar%C3%A7o+2020

      O primeiro lote foi R$ 10, o segundo foi R$ 15 e o terceiro foi R$ 25. Peguei o segundo, pagando mais R$ 2.50 de taxa via internet. Barato pra caralho. Enquanto coisas ultra-hiper-mega-decadentes, como KI$$, Iron Maidumb e Is-Lamer, nas suas supostas despedidas, cobram - como você bem disse - o preço de um rim no mercado negro pelo ingresso, nós temos uma banda excelente como o Violet Soda, que já vem construindo uma carreira brilhante, cobrando preços super agradáveis por uma apresentação ao vivo.

      Só as camisetas que pegaram um pouco pesado... Ainda assim, muita gente mesmo estava trajada com camiseta do VS. São sim camisetas bem bonitas, mas, a meu ver, poderiam custar menos, tipo R$ 35 ou R$ 40. Mas estavam com o preço fixo de R$ 50, e não havia desconto nem mesmo pagando em dinheiro.

      A discotecagem do Fabrique poderia ser mais alta, e com um som mais limpo. O achei baixo demais, e meio barulhento. Mas, uma semana depois, fui no Carioca Club e a discotecagem estava nos exatos mesmo moldes. Bem que poderia ser na linha alta e clara do finado (?) Led Slay...

      Felizmente, o som mecânico e a apresentação do Miami Tiger foram os únicos pontos negativos do evento. Com a menção ''especial'' ao preço um tanto salgado da camiseta oficial da banda, que contava com uns 5 ou 6 modelos diferentes. (Como eu disse no post, eu teria comprado duas camisetas diferentes do VS, caso eu tivesse conseguido um desconto de ao menos 10% nelas - no caso, seria então R$ 90 em duas camisetas.)

      A filha do Kiko Zambianchi mandou bem, assim como as meninas do ''Demonic'' :)

      Fico imaginando se esse show do Barão Vermelho aí foi aquele mesmo em que eles tocaram junto do Capital Inicial, e o seu amigo lá ficou ''azarando'' absolutamente todas as mulheres do público, hahaha...

      Cheguei a ficar preocupado se o torcicolo duraria até o show de exatamente uma semana depois, do D.R.I., mas, felizmente, depois de quatro dias seguidos sem praticamente poder mexer a cabeça (!), fui voltando ao normal.

      Sim, as canções do VS são todas em inglês. A sonoridade, em geral, é bem grunge revival, mas tem três que possuem um lance mais pop punk: Don't Like This Song, Coffee e Do It!

      Cara, Nazi Moura é uma atrocidade. Já tentou ingredientes diferentes dentro do rock e do metal (blues, hard rock, metal tradicional, prog metal, thrash, música de videogame), e falhou em todas essas áreas. O cara é um escroto imbecil sob qualquer perspectiva, e agora é um Bozominion arrependido. Acho que esse palhaço não conseguiria agitar um show nem em barzinho, mesmo com os milhões de inscritos debiloides que ele possui no YT.

      PS: Na minha opinião, o sertanejo de raiz e alguns funks cariocas mais transgressores possuem lá o seu valor. Mas, realmente, tem muito funk carioca simplesmente insuportável. E, no caso do sertanojo universotário, absolutamente nada se salva.

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    2. Alguns complementos para o post em si:

      Gostaria de adicionar que o Violet Soda consegue aperfeiçoar a sonoridade às vezes experimental de bandas brasileiras - de vocal feminino ou até mesmo inteiramente femininas - dos anos 2000, como Oh Valerie, Go Hopey e The Staples.

      Como bandas desse tipo são um tanto nostálgicas para mim, o VS me leva de volta aos meus tempos de adolescente. Além disso, VS também possui lá seus ecos de bandas gringas ainda mais nostálgicas na minha vida, como Helium, Beat Happening, Blind Melon, L7, Skulker e Sonic Youth.

      E uma coisa interessante no VS é notar o profissionalismo da banda. Além do show de alto nível, é uma banda que sabe se trabalhar pela internet, e que se encara como empresa mesmo. As letras, as músicas, os clipes e os ''motion-audios'' (outro acerto criativo) estão todos disponíveis net afora de maneira bem organizada. É uma visão que não conseguimos encontrar em muitas bandas nacionais promissoras.

      E bem que poderia rolar um lançamento de DVD / Blu-ray do VS. Fica aí a sugestão.

      PS: O setlist ali escaneado foi escrito na pressa e no escuro, às vezes bem no comecinho de uma canção e, outras vezes, entre o intervalo de uma faixa e outra. Por isso a letra quase ilegível.

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