sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Relembrando o 11 de Setembro de 2001


Relembrando o 11 de Setembro de 2001...

O dia em que o grupo canadense Nickelback lançou o seu terceiro álbum de estúdio, Silver Side Up, que os levou ao estrelato mundial, através dos singles How You Remind Me, Too Bad e Never Again!

How You Remind Me é, para mim, um dos grandes hinos do rock mainstream da década de 2000. E, na minha opinião particular, a única canção realmente genial da banda.

Com isso dito, devo reconhecer que os outros dois singles do álbum - longe de serem geniais - conseguem sim divertir nessa pegada pós-grunge a la Bush; e também na linha do Local H e do Puddle of Mudd, entre outras bandas similares igualmente esquecidas pela história e condenadas às masmorras do esquecimento.

De resto, Woke Up This Morning, Just for e Money Bought são apenas legalzinhas. Já Hollywood, Where Do I Hide?, Hangnail e a mega-cafona Good Times Gone são francamente genéricas, e sugerem que, talvez, teria sido melhor lançar S.S.U. como um EP ao invés de um disco full-length.

Ainda assim, os bons momentos do álbum provam que Nickelback está longe de ser essa banda ridícula e horrorosa que tantos insistem em dizer. E, para os que reclamam das letras do conjunto, só posso dizer o seguinte:

O quarteto Donzela Ferrada, Dio (Dildo), Sax On e Slayer (Slacker, AKA Is-Lamer - os pais do Bozominion Metal) possuem letras muito, muito, MUITO piores. (Se bem que aí já é covardia, já que nem as piores coisas de funk carioca, axé, forró, sertanejo universitário e qualquer outra coisa podem sonhar em ter letras tão horrorosas quanto esse quarteto metálico ali.)

E uma parada curiosa: o Régis Tadeu já disse muitas vezes que sempre odiou Nickelback. Mas, quem dar uma olhada na edição de Janeiro de 2002 da revista Cover Guitarra, irá se deparar com uma resenha do próprio Régis enchendo a bola do disco Silver Side Up! Caso eu consiga escanear essa porra, voltarei aqui para postar tal imagem. (Aí aproveitarei para também escanear os únicos dois itens originais do NB que possuo na coleção: um documentário não-autorizado em DVD e o single da Hero - uma parceria entre os vocalistas do NB e do Saliva, em associação com alguém duma banda chamada Theory of a Dead Man; belo nome, aliás.)

''KICKING YOUR ASS WOULD BE A PLEASURE.''

- Never Again

PS: Os únicos álbuns do Nickelback que eu escutei na íntegra foram mesmo os três primeiros. Preciso escutar do quarto adiante, na totalidade, para ver se possuem tesouros escondidos ou não.

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Ano passado, após o término do Rock in Rio, eu comecei a escrever um post jamais publicado, com alguns pitacos sobre o evento. Posto aqui, em primeiríssima mão, o que eu escrevi na ocasião sobre os ''white trash rockers'' do Nickelback...

ROCK IN RIO 2019

Nickelback, ao menos até o terceiro disco, chupou bastante - e em escalas iguais - a sonoridade grunge do Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains; e, em menor escala, Soundgarden, Smashing Pumpkins e Stone Temple Pilots. E, após o barulhento debut Curb, o grupo canadense foi ficando cada vez mais comercial e ''radio-friendly''. Ou seja, é um conjunto repetitivo, genérico e sem personalidade.

Com tudo isso dito, não é tão horroroso assim quanto falam por aí.

''Como assim, titio Marcio? Você acabou de massacrar a banda!''

Bem, apesar de, de maneira geral, Nickelback não ser um som tão agradável, não acho que seja essa banda abismável que muitos dizem. Chegam a compará-los com Creed que, na minha opinião, é MUITO pior; esses canalhas sim são totalmente indefensáveis. [NOTA DE 11 DE SETEMBRO DE 2020: Creed é mesmo esculhambado pacas, mas a carreira solo do vocalista Scott Stapp até possui coisas interessantes. E já ouvi falar por aí que o guitarrista do Creed também manda bem na carreira solo, fazendo, inclusive, algumas paradas de hard rock.]

Na verdade, além da divertida Hero (do vocal em parceria com o vocalista do esquecido Saliva), até gosto de - pelo menos - seis canções do Nickelback: Pusher (do primeiro disco - não é cover daquela canção antiga pacaray que havia sido regravada pelo Steppenwolf e pelo Blind Melon), Breathe e Old Enough (ambas do segundo, The State), e o trio de singles do terceiro álbum (Silver Side Up, curiosamente lançado em 11 de Setembro de 2001 - WHAT THE FUCK?!): Never Again, Too Bad e o hit máximo, a única música deles que considero genial: How You Remind Me. [NOTA DE 11 DE SETEMBRO DE 2020: Além dessas, também curto a machista pra caralho Figured You Out e também aquelas outras três do Silver Side Up que citei mais acima: Woke Up This Morning, Just for e Money Bought. Ahh, e também gosto das batidas Photograph e Rockstar - apesar dessa última não figurar entre as minhas canções favoritas com esse nome, como aquela maravilha suprema da Miley em seus tempos de Hannah Montana.]

Sim, muitos vão querer me apedrejar, mas acho How You Remind Me fodástica. Sem contar que ela é daquelas canções que, aparentemente, são meras musiquinhas românticas qualquer nota, mas que, na verdade, lidam com o alcoolismo de maneira relativamente sutil: ''Been to the bottom of every bottle. These five words in my head scream ''are we having fun yet?''.'' Já gostava desse single, e passei a gostar (bem) mais quando percebi que se trata da luta contra o álcool. Gosto tanto de How You Remind Me, que até fica difícil descer a lenha nesses caras - mesmo que, em muitos casos, eles mereçam ser detonados. A música que os lançou ao estrelato é um hino contra o alcoolismo, que compensa - e muito - a ausência de Sober no frustrante setlist da Pink. (Uma curiosidade: A Avril Lavigne, ex do vocal do Nickelback, Chad Kroeger, chegou a fazer uma bela versão acústica de How You Remind Me.)

E, apesar dos pesares (como o tolo cover de Metallica do intolerável Black Album - aliás, Metallica é muito mais vendido do que Nickelback), diria que o show do Nickelback no RIR foi razoavelmente simpático dentro de suas limitações. Mesmo as canções da banda que não são necessariamente boas, também não tendem a irritar.

Agora, só não dá para chamar a banda de injustiçada porque os filhos da puta já venderam um zilhão de discos.

PS: Recomendo fortemente o vídeo ''Nickelback É Bom?'', do ótimo Canal Riff.

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Já no cenário político, o 11 de Setembro de 2001 foi marcado pelos 28 anos do golpe de estado no Chile, que iniciou a ditadura militar naquele país em 1973. Ditadura essa que, assim como tantas outras, foi fortemente financiada pelos Estados Unidos - país que sempre causou morte e desgraça ao redor do mundo, e que é idolatrado pelo Bozotário. (É por essas e outras que A Hora Mais Escura / Zero Dark Thirty, com direção da Mulher Macho, AKA Kathryn Big Low, é o pior filme já cometido em todos os tempos.)



4 comentários:

  1. Ha!
    Bem lembrado, amigo.
    Na verdade 11/09 também é a data onde Allende sofreu um golpe.
    Triste.

    Eu realmente tenho que ir atrás. Ouço muita gente falando mal da banda mas não conheço esse hit que vc citou logo no início do post.

    Agora isso que você falou, realmente, lembro, lembro dele descendo o cacete na banda. (No caso o Regis Tadeu)
    Infelizmente não achei essa revista em casa. Deve ter ficado com o puto da locadora que mencionei naquele vídeo sobre o Regis.

    Talvez passando um sebo pós pandemia eu possa dar uma olhada e ver se encontro esse disco citado no post.

    Agora que vc mencionou o outro post, Alice in Chains tem algumas coisas legais, embora eu ainda tenha que ir mais atrás para não conhecer so´o que todo mundo conhece. Aquela música dos ossos e aquela do homem na caixa (não lembro ao certo o nome das músicas em inglês).

    Num panorama geral eu tava esperando que o RiR 2019 fosse ser uma bostarra total pior que o de 2017 que , acabei gostando de algo, já que teve o Guns , mesmo o Axl com a voz mais fodida que cu de puta de beira de estrada e o Frejat cheguei a baixar o show dele também.

    Teve uma gringa que cantou com uma banda meio jazz/blues que esqueci o nome dela, mas que achei uma grata surpresa, e óbvio, como eu esperava teve muita bosta também, mas não teve o Whindersson Nunes contando aquelas piadas horrorosas como em 2017 onde confudiram Rock in Rio com paldo de Stand up. Ainda bem que não teve dessas atrocidades na edição 2019.

    Ah! Você lembrou do que eu comentei no começo do post. Bela sacada. Fuck the USA.
    Talvez eu grave uma música com esse título no futuro, já que o próprio Vinny (Mexe a Cadeira) gravou uma que se chama "Fuck the Fashion" anos atrás.

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    1. Hey Guitardo. Valeu pelo feedback e, novamente, desculpa pela demora em responder. O lance de - tentar - deixar a resposta o mais completa e ambiciosa possível me impediu - mais uma vez - de responder antes. (De qualquer forma, tentarei responder mais rápido de agora adiante.)

      Mas vamos lá.

      Sim e, como você viu mais adiante, eu deixei isso para o final do post. Triste e deplorável com certeza.

      Acho esse desgosto geral ao Nickelback um tanto exagerado e nonsense. Considero NB uma banda guilty pleasure. E uma coisa é certa: vejo NB como sendo muito melhor do que algumas bandas bem cultuadas, porém ridículas; como Whitesnake, por exemplo. Sem contar que WS é sempre as mesmas letras genéricas e sem personalidade, sobre relacionamentos e tal. NB ao menos TENTA falar sobre coisas variadas. Só para citar os 3 singles do disco aqui abordado: How You Remind Me é sobre alcoolismo, Too Bad sobre a perda dos pais e Never Again sobre bullying e abuso sexual. (O caso dessa última me lembrou Bastard do Motley Crue. Tanto MC quanto NB são bandas consideradas sexistas-machistas-misóginas, mas, em Bastard e Never Again, se mostraram anti-assédio, em canções que, para a surpresa de todos, podem até serem consideradas... Hãm... Feministas!!!)

      E, de boa, acho que a maioria esmagadora das pessoas que massacram NB nunca realmente deram uma chance a banda. Inclusive, após fazer esse post aqui, escutei na íntegra o disco Here and Now, que tem uns momentos bem pesados e interessantes. É interessante isso deles terem ido do grunge ao hard rock, hehehe...

      ... que foi o contrário do Alice in Chains, que começou como hard, no underground, e depois estourou como grunge. Nunca fui um grande fã do AIC, mas a acho sim bem legal e até possuo um best of deles em CD. Man in the Box e We Die Young provavelmente são as duas músicas do AIC que mais curto. E tentei escutar eles com o vocal substituto e não curti.

      Provavelmente conseguirei adquirir essa Cover Guitarra de Janeiro de 2002 em um sebo, qualquer hora dessas - quando a pandemia deixar.

      Você curte/curtia os textos do Régis na CG? Ou só comprava a revista pelo lance da guitarra mesmo?

      ''... Axl com a voz mais fodida que cu de puta de beira de estrada...''

      Há, boa. Isso me lembrou uma parada recente, quando vi um post da Dulce Maria no Instagram, com uma foto old school do Asshole Rose e os dizeres ''Happy birthday, Axl Rose.'' O resultado? Parei de seguir ela na hora. Broxante demais. Também parei de seguir a Demi Lovato e a Taylor Swift por causa de posts bestas e sem absolutamente nada a acrescentar, nesse mesmo naipe - publicações sem nenhum conflito, sem alma, sem nenhuma relevância. Sei lá, às vezes odeio Instagram tanto quanto Facebook... (E, além do mais, dá pra acessar e salvar as fotos de gostosas sem nem mesmo segui-las.)

      Mina cantora no RIR 2019 eu me lembro da Jessie J e daquela gostosa do caralho chamada Bebe Rexha. Mas também teve a Ellie Goulding e aquele Her - algo assim. Pode ter sido essa última aí a mina a qual você se referiu, mas não sei ao certo.

      Até hoje não entendi a graça do Whindersson Nunes. Mais uma prova do quanto o povo adora futilidades.

      E faça sim essa Fuck the USA. Dou total apoio a ideia. Até me veio a cabeça o Bruce Springsteen cantando ''Fucking the USA'' ao invés de ''Born in the USA'', ou então a Miley cantando ''yeah, yeah, yeah, now I'm Fucking the USA'', ao invés de ''it's a Party in the USA''.

      E você merece uma medalha por conhecer alguma canção do Vinny além do único hit dele.

      PS: Até Sexta 18 darei um jeito de te responder lá no email principal. Mas curti aquelas duas fotos sim, principalmente a primeira! A mina tem tattoo na coxa estilo a Karen do Violet :)

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  2. Ahhh!!!!
    Lembrei, porque você citou o nome certo que nem eu mesmo lembrava mais.
    Sim, o tal do HER, achei , pelo que apresentaram no RiR surpreeendemente bom e me surpreeendeu mesmo porque eu só esperava bosta desse Rock in Rio 2019.

    Exatamente , acho W.Nunes uma desgraça, mas meu tio no auge dos 62 anos dele ri que nem retardado das piadas do cara, fazer o que né ? Quando a gente pensa que os mais jovens podem ter esses instintos mais bestas, os mais velhos surpreendem com essas pataquadas.

    Ah sim, acho que essa música do Vinny achei no Youtube sem querer . kkk .

    Sim, sem problemas quanto aos lances da resposta, de boas.
    Sobre a Cover Guitarra eu comprava por ser guitarrista e tinha no final das revistas (todas) umas resenhas de discos e também umas lições de guitarra, além das matérias que eram legais. Naquela época eu achava que muita coisa o Regis tinha razão ,mas outras muitas eu não concordava também. Mas admito que o cara foi esperto no sentido de sair de um meio de nicho específico para fazer uma crítica mais generalizada na mídia mainstream e ganhar uma puta grana com isso. Daí porque acho estranho o cara dizer que gostava de ser dentista. Mas sei lá, cada louco com sua mania.

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    1. Só lembro dessa Her aí de relance. Preciso dar uma real chance a ela. É foda conseguir se organizar para dar uma verdadeira escutada em todas as coisas que gostaríamos, principalmente quando existem um zilhão de bandas da ''emolândia'' que eu preciso conhecer ou conhecer melhor. (Eu não ficaria surpreso de descobrir que existem mais bandas emo no mundo do que de hard rock...)

      A coisa que mais me marcou no RIR 2019, no fim das contas, foi mesmo a gostosura master da Bebe Rexha.

      O que você disse aí do ''Whindersson'' (check spelling) Nunes foi mais engraçado do que o próprio WN :)

      Vinny é o típico one-hit wonder: artista de um sucesso só iludido pra caralho que, na mente dele, teve vários hits. Xarope do caray. (Aliás, ele chegou a ser hard rocker no passado. Lembrei disso agora.)

      Tô curioso para ter a minha real experiência lendo a Cover Guitarra. Comprarei a edição com o review do Nickelback III para ver se me agrada. Caso eu curta mesmo, irei atrás de outros números.

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