segunda-feira, 25 de maio de 2020

PARTIAL MASSACRE = Breves Observações Sobre o Filme ''Favorito'' do Ivan Ferrari: O SEGREDO DA CABANA / THE CABIN IN THE WOODS (Filmado em 2009 e Lançado em 2011)





''O chame de The Cabin in the Woods, O Segredo da Cabana, A Cabana na Floresta, A Casa na Floresta ou Cativeiro da Morte. Esse filme é uma porcaria de qualquer forma, com o nome que for.''

SPOILERS FORTES ADIANTE.

Recentemente revi, novamente, The Cabin in the Woods (de Drew Goddard), lançado oficialmente no Brasil em vagabundos DVDs e Blu-rays (pela Universal) como O Segredo da Cabana, e disponível de forma ''extra-oficial'' (pelo selo Tiozinho da Esquina Home Video) com o nome de Cativeiro da Morte.

O continuo achando um filme mediano na melhor das hipóteses, com seus poucos altos e muitos baixos.

Considero o quinteto de jovens protagonistas simpático o suficiente, assim como também gosto da trama principal do filme, com esses cinco infelizes indo parar na tal ''Cabin in the Woods'', onde enfrentarão o tal ''Exército de Pesadelos'' da história. O quinteto em questão é formado por um então desconhecido Chris ''Thor'' Hemsworth (o ex-cunhado da Miley, que fez de tudo possível para afastar seu irmão Liam dessa ''doida drogada''), uma loira gostosa (Anna Hutchison), uma ruivinha ainda mais da hora (Kristen Connolly), o estudioso vivido por Jesse Williams e o maconheiro interpretado por Fran Kranz (que já havia feito um maconheiro em Rise: A Ressurreição, AKA Rise: A Predadora de Vampiros) - aliás, Cabin / Woods acaba fazendo uma curiosa apologia a maconha, que é o único elemento realmente transgressor do filme.

Mas, por outro lado, a relevância do negócio cai bastante em todas as vezes que corta para a sala de controle, com a dupla sem nenhum carisma (vividos pelos chatos Bradley Whitford, de Corra!, e Richard Jenkins, de Vítimas de uma Paixão), interrompendo a relativa empolgação da trama principal, com suas piadinhas sem graça e declarações idiotas. O filme certamente seria muito mais ágil sem essa participação xaropeta da equipe na sala de controle.

Sem contar que, sempre que estamos nessa porra de sala de controle (onde acontecerá uma referência clara ao HP Lovecraft), a impressão que se passa é a de que o filme quer nos mostrar o quanto ele é inteligente, original, surpreendente e ousado. Mas só consegue ser autoindulgente, bobalhão, metido a besta e um tanto enfadonho.

E os problemas não param por aí.

Eis algumas outras infelicidades da produção:

1) A chata participação da mala master Sigourney Weaver, a insuportável Ripley da superestimada franquia Alien. (Ela também teve uma aparição ''especial'' parecida naquele filmeco sci-fi chamado Paul: O Alien Fugitivo, uma tranqueira metida a engraçadinha.)

2) O sangue para lá de artificial em CGI.

3) A morte da vagabunda, que acontece offscreen.

Mas se bem que, no fim das contas, temos lá nossas compensações com o final do barato, onde o mundo inteiro vai pro saco. Situação essa que é comemorada ao som do então fodástico Nine Inch Nails com a sua clássica Last, do ótimo EP Broken.

A minha cotação para The Cabin in the Woods:

** (2 de 0 a 5 - regular, portanto)

PS: Para piorar tudo, nem para a Universal o lançar decentemente no Brasil. Nos EUA o filme existe em um ótimo Blu-ray, com extras muito apetitosos e capinha lenticular. Já o BD brasileiro é peladão, além de não ter efeito nenhum na capa. A única coisa que tem é a infeliz e pretensiosa frase ''o filme de terror mais inteligente dos últimos tempos''. Patético.

(...)

By the way, eis os posts em que estou trabalhando, e que deverão ir ao ar nessa semana ou na próxima:

Brainscan: Jogo Mortal (Um dos Filmes Mais Nostálgicos Já Feitos)

Caças Colecionísticas Variadas em Plena Era COVID-19

Halloween H20: Vinte Anos Depois (O Filme Mais Nostálgico da Minha Vida) (NOTA: Faz muitos anos em que tento criar esse post da maneira correta e parece que, finalmente, estou prestes a conseguir isso.)

A Melhor Edição da Academia Brasileira de Tretas (REACT TIME)

PURE MASSACRE = ''Eu Queria Não Saber Inglês para Não Entender as Letras Ridículas do Dio'': As Piores Letras de Bronha Jackass Dildo (AKA Ronnie James Dio) Volume 1

PURE MASSACRE = $tar War$: A Enganação Scumwanker (O Pior Filme de uma Franquia Que Só Possui Piores Filmes)

Violet Soda: Don't Like This Live (REACT TIME)

Warrant & Eu

XXX em DVD (REACT TIME)

XXX em VHS (REACT TIME REDUX: A Infância Fodida do Titio Marcio) (NOTA: Esse será o próximo post do 7NEC. Depois dele, virá o react ao pornô em DVD.)



 

2 comentários:

  1. Eu precisei rever também esta " pérola " antes de comentar contigo aqui, e confesso que revendo agora, até passei a "desgostar" menos do filme!
    Hávia me esquecido completamente do DrugMan( Marty )e de suas supostas descobertas durante o decorrer do filme.
    A tal da Anna Hutchison é realmente gostosa, e revendo agora, percebi que além de vitíma, ela é que da um stop nos diálogos enfadonhos dos dois "virgões" vividos pelo WILLIAMS e CONNOLLY.
    Ao contrário de você, acho que, para um simples ritual de sacrifício não precisava dessa palhaçada toda, muito menos de uma sala de controle.
    E o fato da diretora aparecer também é estúpido, adoro a Weaver, mas não acredito mesmo em como ela foi parar nessa bomba!
    O ponto épico do filme fica um tanto ofuscado; o Marty se livra da morte, realçando completamente ( ON SCREEN ) o fato de que DROGA destrói DROGA, algo um tanto visionário e ousado!
    (...)
    Sobre a cotação eu daria 1* e 1/2 de 5! ( Massacrado )
    Aliás aproveitando o massacre aqui, coloco junto nesse mesmo barco dos massacrados, os tão superestimados " PANICO " do saudoso WES CRAVEN, e A BRUXA DE BLAIR, duas aberrações que possuo em VHS, e que preciso urgentemente me livrar.
    Suponho que ficaria muito estranho eu comentá-los aqui, farei isso em algum futuro PURE MASSACRE sem falta!
    Abraço - Ivan

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    1. Hey Ivan!

      Legal que você revisitou o filme pra poder comentar aqui :)

      Anna Hutchison é mesmo bem gostosa, mas eu gosto ainda mais da Kristen Connolly. Hail ruivas.

      Cara, de boa, não entendi o ''ao contrário de você''. Eu concordo plenamente com você que a sala de controle é o que realmente estraga o filme de vez. Toda a hora que ela surge em cena, ela simplesmente interrompe o fluxo do filme, e atrapalha tudo. Cabin / Woods certamente seria muito melhor - ou muito menos pior - sem essa presepada da sala de controle.

      Gosto da Weaver em poucos filmes (A Morte e a Donzela, Tempestade de Gelo), mas aqui foi realmente intragável.

      Essa ideia do maconheiro ficar imune às drogas que lançam sobre eles é a única coisa realmente de valor do filme. E é curioso que esse mesmo ator já tinha feito um maconheiro naquele Rise com a Lucy Liu. Ele parece ter experiência no mundo da maconha :)

      Cara, por falar em Pânico, faz anos que estou para fazer um PURE MASSACRE envolvendo as partes 2 e 3 da saga, mais a deprimente série de TV e o telefilme feito para essa desgraça. (Já as partes 1 e 4, apesar de não serem necessariamente boas, eu curto bastante. Mais pelo aspecto guilty pleasure, pela nostalgia e pelas gostosas do elenco.)

      Curto A Bruxa de Blair 1, mas o 2 é uma bagunça do caralho. Faz anos que escrevi um post - nunca publicado - o analisando. O remake também é totalmente desnecessário e esquecível.

      Bem, valeu pelo comment e se sinta sempre bem-vindo para dizer o que quiser aqui :)

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