(Filme recentemente visto por mim pela primeira vez em uns 20 anos.)
A antologia de fantasia e horror No Limite da Realidade / Twilight Zone: The Movie (na linha de Histórias Maravilhosas) vale uma conferida pelo prólogo (com direção de John ''Thriller'' Landis, do clássico Um Lobisomem Americano em Londres) e pelos segmentos 1 (Landis também) e 4 (com direção de George Miller). Já o segundo (dirigido por Estrume Spielberg) e o terceiro (de Joe Dante, cineasta que tem lá seus infelizes momentos Spielbergianos, como é o caso aqui) merecem ser evitados - principalmente o segundo, é claro.
PRÓLOGO: SOMETHING SCARY
Trama road-movie e noturna, com humor, mistério e horror. Albert Brooks é o motorista, enquanto Dan Aykroyd é o seu passageiro. Os dois ouvem música no rádio do carro (Creedence na cabeça) e, a seguir, fazem um divertido jogo de adivinhação de músicas de seriados de TV.
Prólogo bastante divertido, e muito, muito superior aos broxantes segmentos 2 e 3.
SEGMENTO 1: TIME OUT
Bozominion dos anos 80 (interpretado por Vic Morrow) é misteriosamente transportado para momentos sombrios da história, onde sofrerá na pele o horror vivido por vítimas de atrocidades cometidas pela eterna estupidez humana. Ele simplesmente passa a tomar no cu time and time again, para deixar de ser trouxa.
Ótimo episódio, com um constante clima de pesadelo, que foi marcado pela trágica - e bizarra - morte de Morrow (e mais duas crianças, em cena obviamente cortada da edição final) durante as filmagens, transformando No Limite da Realidade em mais um dos filmes malditos da história.
E reparem na pequena participação do ótimo ator negro Steven Williams (dos desastrosos Jason Vai para o Inferno: A Última Sexta-Feira e It: A Coisa: Capítulo 1), dentro do bar.
SEGMENTO 2: KICK THE CAN / PURE MASSACRE
Em um asilo para idosos, um personagem com ares de mágico permite que um grupo de velhinhos tenha um último revival de suas juventudes, através de ingênuas brincadeiras noturnas no recinto.
É hora de respirar fundo e tentar não enlouquecer agora.
É difícil falar de Spielberg sem surtar de ódio, mas tentarei ser o mais profissional possível ao abordar esse filho da puta desgraçado, que deveria ter sido proibido de trabalhar na indústria cinematográfica a partir de 1976. Tudo de realmente horrível que acontece no mundo da cultura pop e do cinema (e, principalmente, do áudio-visual mainstream / blockbuster) é culpa da dupla Steven Spielberg / George Lucas, os dois sujeitos mais imprestáveis e odiosos que já surgiram nesse meio.
Seis anos após colaborar com George Lickass no maior crime já cometido contra a Sétima Arte em toda a sua história mundial ($tar War$ Episódio 4: Não Há Esperança - sendo que, no mesmo ano, 1977, SS também dirigiu o igualmente abominável Contatos Imediatos do Débil Mental), dois anos após o indescritivelmente detestável Indianal Jones e os Cabaços da Arca Perdida (filmeco já devidamente massacrado nesse blog, e que ainda recebeu três sequências tão inacreditavelmente ruins quanto), estrelado pelo eternamente incompetente Asshole Ford, o Han Só no Loló em pessoa, e um ano após a dobradinha de desgraças formada pelo nada fenomenal Podregeist (também já massacrado no 7NEC - esse daqui, muito curiosamente, até teve duas sequências que conseguem ser menos piores do que o filme original) e pelo igualmente patético ET: O Extra-Cretino, eis que Steven Is Pig ataca novamente, com esse episódio simplesmente insuportável.
Suas marcas registradas estão todas aqui: os personagens retardados, a utopia demasiada, a nostalgia forçada, uma versão mentirosa do mundo e a trilha sonora afetada e emocionalmente chantagista que está sempre presente; cortesia de Jerry Goldsmith em seu pior momento, dando uma de John Williams. (O mais chocante ainda é pensar que o tema dessa desgraça de Kick the Can foi originalmente composto para o ótimo Psicose 2, uma das melhores sequências já feitas. Certamente teria arruinado aquele filme.)
Spielberg é mesmo tudo de ruim. Tirando Tubarão, não gosto de nada que esse imbecil tenha dirigido. (Mas até admito que, em respeito ao Guitardo, darei uma nova chance aos dois primeiros Jurassic Park. Apesar de não ter boas lembranças deles, quero sim fazer essa nova avaliação dessa dobradinha aqui.)
E posso dizer que foi extremamente difícil assistir essa porcaria aqui dele até o final. A minha vontade era a de dar stop no VCR, e ir bater punheta para um maravilhoso poster meu de 1992 da Drew Barrymore, que acabei de reencontrar. Ou praticar ''tiro ao alvo'' no meu papel de parede da Maya Hawke, a única coisa boa vinda de Stranger Fags. Ou então ver, pela milésima vez, a compilação da Kristen Stewart sendo comida em Na Estrada, no XVideos. (A verdade é que, se eu ganhasse um real cada vez que prestasse uma homenagem a ''Kris Stew'', eu já estaria milionário.)
Se esse segmento fosse um longa-metragem, eu certamente teria desistido. Indescritivelmente chato pra caralho. Simplesmente insuportável, e eu não via a hora disso acabar.
Mas OK, admito que nem tudo está absolutamente perdido: o excelente Scatman Crothers (o Dick Hallorann d'O Iluminado) é o protagonista aqui. Sua forte presença em cena impede que o espectador destrua a TV durante a exibição desse lamentável segundo segmento da antologia.
No mais...
Scumbag Spielberg, como diria naquela música do Megadeth, posso te dizer o seguinte:
''I'll get even with you. I'm gonna get even. That's what I'm gonna do.''
SEGMENTO 3: IT'S A GOOD LIFE / PARTIAL MASSACRE
Numa casa, misterioso garoto com poderes especiais mantêm um completo domínio de todos os adultos ao seu redor.
Apesar das situações débeis e do protagonista mirim ser chato pacaray (''criança chata'' = pleonasmo), esse segmento para lá de Spielbergiano (dirigido por Joe Dante, das porcarias Gremlins 1 e 2) tem lá os seus momentos de glória, graças aos ótimos e delirantes efeitos especiais.
A gostosíssima Kathleen Quinlan (de filmes como A Fera Urbana, Breakdown: Implacável Perseguição / Perseguição Implacável e O Enigma do Horizonte) lidera o elenco, como a forasteira que acaba se fodendo e indo parar na casa do moleque mala. Só sei que, se eu tivesse os poderes mentais desse pirralho idiota, certamente os usaria para fazer com que a ''Kat'' Quinlan me fizesse uma série de favores sexuais pelo resto da minha vida. PQP, como essa mulher estava absurdamente gostosa em A Fera Urbana...
No fim, acaba sendo um episódio bem fraco, porém com algumas compensações - como a sempre simpática ponta do eterno coadjuvante Dick Miller, logo no começo.
SEGMENTO 4: NIGHTMARE AT 20.000 FEET
Passageiro com fobia de avião surta legal durante uma viagem aérea.
Simplesmente o melhor episódio da antologia. DE LONGE.
O sempre genial John Lithgow (veterano dos filmes de Brian de Palma e que, recentemente, foi visto no digno remake de Cemitério Maldito) destrói tudo nesse segmento dirigido por George Miller, da tetralogia Mad Max.
Ao contrário do Nightmare at 20.000 Feet original (que era estrelado pelo canastrão William ''Capitonto Kirk'' Chatoner, o namorado do Spockunt na atrocidade conhecida como $tar Treko), a tensão aqui é nível hard, e ainda conta com uma ótima surpresa no final. Foda demais. Nem parece coisa do mesmo realizador de baboseiras terminais como Além da Cúpula do Trovão e Estrada da Fúria.
VEREDITO FINAL
Recomendo fortemente o prólogo e os segmentos 1 e 4 - principalmente esse último. Mas, definitivamente, não aconselho que vocês percam tempo vendo os dois segmentos do meio, principalmente o do Spielburden.
De 0 a 5 estrelas...
Prólogo (John Landis): 3.5
Episódio 1 (John Landis): 3.5
Episódio 2 (Steven Spielbicha): 0
Episódio 3 (Joe Dante): 1.5
Episódio 4 (George Miller): 4.5
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