PURE MASSACRE: O Exterminador do Futuro: Gênesis

Recentemente fiz uma dobradinha de abominações fílmicas que me deixou profundamente traumatizado. Provavelmente terei que fazer terapia pro resto da vida depois dessa sessão dupla do inferno, que certamente JAMAIS assistirei de novo: Robocop 3 e O Exterminador do Futuro: Gênesis.

Enquanto Robocop 3 é um lixão na pior linha Steven Is Pig (difícil aturar a criancinha hacker, o japa ridículo e a falta de palavrão e de sangue; Frank Miller merece desprezo eterno por ter escrito o roteiro dessa bomba catastrófica), O Exterminador do Futuro: Gênesis é uma daquelas provas concretas de que Hollywood merece a morte. E, enquanto isso não acontece, merece o mais extremo e radical boicote.

Todas as suas viagens no tempo e alterações da 'timeline' chegam a um ponto em que fica quase impossível manter algum interesse em continuar assistindo essa DESGRAÇA de filme, que ainda conta com mais de duas horas de duração.

No passado, John Connor havia sido interpretado de forma despretensiosa e até debochada (divertida, portanto) por caras bacanas e nostálgicos como Edward Furlong e Nick Stahl (dois sujeitos que, muito infelizmente, tiveram fortes problemas com as drogas), além da intensa participação de Christian Bale em A Salvação.

Já aqui Connor é vivido pelo detestável Jason Clarke, imbecil oriundo do pior filme já cometido pelo ser humano: A Hora Mais Escura, com direção da Mulher-Macho. Como já disse em outras ocasiões, com a exceção do Joel Edgerton (que se redimiu ao realizar o melhor filme da década, O Presente), todos os envolvidos naquela atrocidade cinematográfica se queimaram eternamente comigo, já que não tenho palavras para descrever o quanto odeio A Hora Mais Escura. Assim sendo, foi uma enorme infelicidade assistir Clarke interpretar um Connor canastrão e totalmente sem graça no pior episódio da saga Terminator.

Antes se acabar nas drogas do que fazer filme com a Kathryn Bigelow e também fazer Gênesis. Fuck you, Jason Clarke.

John Connor é algo tipo Kurt Russell: caras que, definitivamente, não se dão bem sendo desmistificados. O que o tal Alan Taylor (o imbecil responsável pela direção de ''Genisys'' - até o título é retardado) e o queixudo imbecil fizeram, respectivamente, em Gênesis e Prova de Morte, é simplesmente imperdoável. Filmes que não deveriam existir.

Para piorar ainda mais, e demonstrar a decadência total da franquia, temos em Gênesis o retorno de personagens e situações dos dois primeiros filmes da saga, os capítulos de Terminator que valem a pena junto do surpreendentemente bom A Salvação.

Esse 'throwback' de Gênesis aos dois filmes originais, dirigidos por James Cameron, é tão vergonhoso quanto essas bandas ultra-hiper-mega-decadentes de rock e metal, que tocam ao vivo discos antigos na íntegra para agradar os fãs bitolados. (Ou então que fazem sequências ou regravações de discos cultuados - algo igualmente vergonhoso. É, a decadência não tem limites no mundo do rock e, principalmente, do metal e suas vertentes. É só ver o Raléween fazendo tour com os seus três vocalistas, unbelievable.)

Ainda nesse retorno aos dois primeiros Terminator, foi triste ver o outrora competente superstar sul-coreano Lee Byung-Hun (Eu Vi o Diabo) revivendo o vilão de Robert Patrick do segundo filme. Vexame total. Isso só não foi pior do que o confronto entre o Schwarza novinho e o Schwarza derradeiro.

E não é tudo. Também tem a Sarah Connor que não chega aos pés da Linda Hamilton, um Kyle Reese absolutamente desprovido de carisma (Michael Biehn deve ter ficado puto ao ver essa infeliz nova versão do seu personagem mais icônico) e diálogos cheios de palhaçadas - na maior parte, vindas do próprio Terminator.

E falando em Schwarza, caralho...

''Arnie'' segue capotando ladeira abaixo, queimando o filme filme após filme, tentando fazer piada e falhando miseravelmente. É uma espécie de versão piorada, porém comercialmente sucedida, do que vem ocorrendo com o Van Damme desde o começo da década passada. Sem contar que o Schwarza é um velho hipócrita pra caralho. Proibiu o filho de namorar a Miley sob o argumento de que ela é má influência e os caralhos, como se o ex-governador da Califórnia fosse o defensor da moral e dos bons costumes.

Schwarza = velho acabado canalha, fucking asshole extremo, scumbag master assediador de mulheres, palhaço em fim de carreira, que até chegou a condenar um inocente a morte.

Tradução: mesmo com a chatérrima versão feminina do Terminator, piadas xaropetas e algumas sequências bem questionáveis (como na cena em que Arnie batalha consigo mesmo por controle, após ser reprogramado pela vilã Kristanna Loken), A Rebelião das Máquinas - outro capítulo de Terminator que não deveria existir - virou uma obra-prima em comparação a isso daqui.

Fuck you, Arnie Schwarza. Fuck you, Terminator Gaynesis. Pau no cu de todos os envolvidos nesse lixo de proporções gigantescas.

Que essa franquia morra de uma vez por todas agora. Acredito que nem mesmo o seu criador James Cameron seja capaz de reparar os estragos causados pelos capítulos 3 e 5 da saga.

Cotação de Gênesis: BOMBA! ou CINCO ESTRELAS NEGATIVAS

(E Gênesis ainda queima o filme de bandas bacanas como Inner Circle e Ramones, incluindo canções dessas bandas na trilha. Essas bandas estarão, assim, sempre associadas a um dos piores filmes já feitos.)