terça-feira, 5 de junho de 2018

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, 2009)

Sexta-Feira 13: a refilmagem (SPOILERS ALL THE WAY)

O primeiro filme visto após o meu aniversário de 33 anos: Sexta-Feira 13 (2009), com direção do expert (?) em refilmagens Marcus Nispel, também responsável pelas novas versões d'O Massacre da Serra Elétrica, de Conan: O Bárbaro e do não tão conhecido assim Fugindo da Morte (Pathfinder) - cuja releitura se chamou por aqui Desbravadores: A Lenda do Guerreiro Fantasma.

Antes de chegarmos no filme em questão, vale lembrar que a problemática - porém guilty pleasure - franquia Sexta-Feira 13 recebeu oito partes na década de 80 (I - VIII), apenas uma na de 90 (Jason Vai para o Inferno: A Última Sexta-Feira) e, no total, três na passada; sendo elas Jason X, Freddy Vs. Jason e o filme que analisaremos agora: Sexta-Feira 13, a refilmagem. Já na década presente, ao menos até o momento, não tivemos nenhum representante da saga de Jason Voorhees.

O remake de Sexta-Feira 13 faz uma decisão esperta ao readaptar os três primeiros Sexta-Feira 13, originalmente realizados entre 1980 e 1982.

Assim sendo, vemos primeiro a chatérrima e insuportável mãe do Jason, Pamela Voorhees, ir pro saco de forma brutal. Jason ruleia sempre, mas... I fucking hate Jason's mother. Já se foi tarde, fucking bitch.

Avançando no tempo, acompanhamos a aparição do próprio Jason com o seu visual original, com o saco de batata na cabeça, o dando uma aparência de ''bicho-papão'' e lembrando o assassino de The Town That Dreaded Sundown - outro slasher clássico que não escapou da obsessão hollywoodiana de refilmar cults do passado, diga-se de passagem. (E gostaria de deixar a trivia de que, antes de Jason passar a utilizar a máscara de hóquei no terceiro capítulo da saga (1982), ao menos dois outros filmes trouxeram um vilão usando uma máscara similar: o rape & revenge Ato de Vingança, de 1974, e o pós-apocalíptico Mad Max 2: A Caçada Continua, de 1981.)

Aliás, vale registrar que, logo de cara, temos o prazer de testemunhar Mr. Máscara de Hóquei despachando um nerdão bobalhão fã de Gueixas nas Estrelas, sua primeira vítima aqui. Ou seja, como não simpatizar com um filme que mostra, já de primeira, um imbecil fã de $tar War$ ser eliminado da face da Terra? É claro que, se tal morte acontecesse onscreen, o impacto seria melhor. Mas, nesse caso, o que vale é a intenção.

E parece mesmo que o slasher de 2009 foi escrito por gente que odeia a saga de Douchebag Lickass (é ''nóis''), já que a trama traz ainda um outro nerd palhaço e imbecil simplesmente conhecido como ''Chewie'', que vem a ser o apelido do altamente patético Chewbabacca, aquela criatura ridícula da pior franquia da história do cinema. O destino desse jap infeliz é o pior possível, com o camarada Jason o debulhando de forma memorável. É issaê: let's kill all Starless Whores fans. HAIL JASON VERSÃO 2009. É ''NÓIS''.

(Numa boa, eu nem planejava detonar $W aqui, mas o que posso fazer se o próprio Sexta-Feira 13 remake está me dando a deixa perfeita?)

Mas enfim.

Outros assassinatos mais tarde, Jason finalmente passa a usar a sua famosíssima e icônica máscara de hóquei, após ''herdá-la'' de um maconheiro caipira que possuía tal item.

Por fim, um grupo de jovens imbecis se unirá ao irmão de uma garota desaparecida - possível vítima de Jason - para tentar impedir o serial-killer.

No fim das contas, Sexta-Feira 13 (2009) é um slasher bacana e ágil prejudicado por dois detalhes.

Um: a duração algo excessiva, de 97 minutos. Slashers devem durar, estourando, 90 minutos. Passando disso, o que é - ao menos na teoria - divertido vira enfadonho e sem noção, e pode ficar bastante duro de aturar. Daria, numa boa, para cortar algumas coisinhas e o deixar com uma hora e meia no máximo do máximo.

Dois: a infeliz decisão de apresentar Jason mantendo a mocinha Whitney acorrentada em cativeiro. Nonsense total. Jason é um sujeito que sai destruindo tudo que vê pela frente, caralho; não faz sentido ele manter alguém como refém. Compreendo que até daria para tentar explicar essa porra, dizendo que, ao ouvir a história de Jason e sua mãe, a Whitney decidiu se passar por uma personificação da Sra. Voorhees para manter-se viva. Já que o filme é um remake dos três primeiros Sexta-Feira 13, essa personagem acaba sendo uma nova versão da final girl que Amy Steel viveu lá no passado. Mas a forma como isso acontece no remake é simplesmente vergonhosa e inaceitável. (Whitney é a irmã desaparecida do personagem de Jared ''Supernatural'' Padalecki. Curioso que o outro maninho de Supernatural / Sobrenatural, Jensen Ackles, esteve no remake d'O Dia dos Namorados Macabro, na mesma época.)

Mesmo com tais problemas, Sexta-Feira 13 de 2009 é um eficiente slasher com uma forte presença de Derek Mears como Jason.

(E a trilha sonora conta com Tick Tick Boom, da notável banda one-hit wonder de new rock The Hives, o que é sempre algo bem-vindo.)

Cotação: *** (bom)


 

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