segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Aquisições de 30 de Dezembro de 2019 (Blu-rays + CDs Single + CD Full-Length) / BD Review: Vá e Veja (CPC-UMES)

No penúltimo dia de 2019, data um tanto deserta obviamente, decidi dar um pulo numa região mais ou menos perto da Paulista, onde pude encontrar dois sebos abertos. Um deles não muito interessante, mas o outro com algumas coisinhas apetitosas.

Separei dois Blu-rays no local, sendo uma edição nacional (o clássico policial noventista Los Angeles: Cidade Proibida) e uma importada (Rocky Balboa, o melhor da série Rocky e, talvez, o melhor Stallone).

Não havia outro Blu-ray interessante o suficiente para relatar, portanto segui para as seções de CDs. E eis que, lá no final da minha busca, localizei o single Predictable, do Good Charlotte, por salgados R$ 35. Nunca fui fã da banda mas, sei lá, estou meio que tão imerso na ''emolândia'' que decidi dar uma chance ao grupo, ainda mais que, nessa ocasião, se trata de um single promocional (ou demonstrativo) de venda proibida, do auge desse grupo. E, com o desconto que eu sabia que conseguiria, o single sairia por R$ 28 - um pouco menos salgado, portanto.

Assim, tive um lampejo de insanidade, e acabei comprando o single em questão. Para a minha sorte, a canção é bacana sim.

Predictable é o primeiro de quatro singles do terceiro álbum do Charlotte, The Chronicles of Life and Death. Mas a música mais famosa desse período acaba sendo mesmo I Just Wanna Live, uma canção que qualquer Zé Ruela arrombado certamente conhece.

A verdade é que Charlotte é um grupo suficientemente simpático e interessante. E, para falar a verdade, existem poucos grupos emo ou emo-related dos quais eu não teria nenhum interesse em ter algum single. (Fresno e Panic at the Disco - a pior do Brasil e a pior da gringolândia - são duas bandinhas horrorosas que me vieram a mente agora, e que certamente entram nessa relação de eminhos infelizes cujos singles não me interessam. Não consigo mesmo compreender o culto em torno dessas duas bandecas intragáveis e pretensiosas.)

Após essas três aquisições, decidi - finalmente - fazer a minha aguardada despedida a Discomania do alto da Augusta, praticamente na entrada da Paulista.

Já que eu havia acabado de adquirir um single do Good Charlotte, optei por ir na DM para ver se eles ainda tinham o - primeiríssimo - single do Yellowcard, Way Away, do cultuado disco Ocean Avenue.

Felizmente tinham sim.

Além do single em questão (o primeiro da banda), também achei o CD Lights & Sounds, que o Yellowcard lançou após o Ocean Avenue. Não sou mito chegado em álbuns completos e EPs (exceto coisas que considero especiais), mas parecia uma aquisição correta a se fazer. Além do mais, 9 reais por um CD promocional e lacrado desses é um preço bem interessante. Do Lights & Sounds, as faixas que eu mais curti foram as seguintes: a faixa-título, Down on My Head, Rough Landing Holly e Grey.

Ainda dentro do tão odiado universo ''emo-related'' (ou algo assim), trombei o single Beverly Hills do Weezer. É uma banda, sei lá, um tanto guilty-pleasure por assim dizer; e que, às vezes, até aparece em algumas relações de bandas emo. E, apesar de Beverly Hills não estar, para mim, entre as melhores canções do grupo (Say It Ain't So provavelmente é a minha favorita do Weezer), o preço de R$ 6 foi instigante o suficiente para me convencer a botar o single desses nerds malditos na balança.

Já relacionado ao cenário ''emotivo'' brasileiro, acabei achando dois singles lá nesse mesmo sebo.

Um deles, lacrado, foi Obrigação do Dead Fish, banda bastante celebrada e, atualmente, mais política do que nunca.

E o outro foi Podia Ser, do Agnela, que, pelo que recordo, tinha uma sonoridade mais ou menos parecida com a de outro grupo feminino do mesmo período (meados dos anos 2000), o Lipstick - uma banda que eu particularmente acho legal pra caralho. Após escutar e aprovar o single, fiquei com a impressão de que, dessas bandas brazucas nessa linha e desse período, o Agnela só perdia mesmo pro Lipstick; vencendo facilmente grupos como Fake Number, CW7 e Move Over.

Ainda no campo nacional, mas totalmente longe de qualquer vertente do emocore e afliados, me deparei com o single Delight / 7 Nights - 7 Moons, da Lullaby. Essas duas canções são bem atmosféricas e inspiradoras, além de algo nostálgicas, já que me recordo de ver matérias sobre a Lullaby em publicações de rock e terror da segunda metade dos anos 90. Na verdade, lembro até de vê-la ser entrevistada pela Monique Evans em algum programa sobre putaria dos primórdios da Rede TV. (E, inclusive, o clipe da segunda canção ali pode ser encontrado no YT.)

A real é que, como não existe uma tradição de singles no Brasil, acaba sempre sendo interessante encontrar singles de artistas brasileiros. (Um que eu me arrependo de não ter comprado por apenas um real foi Florentina, do Tiririca. Seria com certeza um item bastante inusitado e bizarro na minha single-teca.)

Saindo do Brasil, peguei também Within Me, do grupo italiano de metal gótico Lacuna Coil, que conta com a peituda Cristina Scabbia no vocal. Não sou fã dessa banda, mas curti sim essa música quando a ouvi. Ela é bem superior às outras faixas que escutei da banda, como a não muito agradável Set Me Free (Heaven's a Lie) - se é que o nome era mesmo esse. Infelizmente, as outras duas faixas do single, When a Dead Man Walks e o cover de Enjoy the Silence (Depeche Mode), não me agradaram - por mais que a voz da Scabbia seja bonita.

No fim das contas, devo admitir que, de todas as bandas com vocal feminino desse período e mais ou menos nessa mesma vertente, a única que eu curti pra caralho foi mesmo o Sinergy. É uma banda que só não fez sucesso por causa da gordura da vocalista ''Jap''.

De quebra, levei também o single Pure & Simple, de um grupo chamado Hear Say, do qual eu nunca tinha ouvido falar. Sei lá, às vezes é empolgante arriscar. E, por 8 reais, dá para encarar. Mesmo porque eu já havia decidido que essa seria sim a minha última visita a essa loja em muito tempo. Para falar a real, não pretendo voltar lá em 2020. (E o tal Hear Say se saiu bem sim. É um pop agradável de se ouvir.)

Dos singles que eu deixei passar nessa ocasião, vale relatar CDs-S diversos da Anastacia (de quem até possuo um CD completo, que me custou apenas um real) e de uma tal Taylor Dayne. Quer dizer então que, além de Taylor Swift e Taylor Momsen, também existe uma Taylor Dayne? Admito que, como me desliguei dessa loja em si, ainda nem conferi o trabalho dessa tal Dayne, para checar se valeria a pena ter single dela. Mas com certeza nunca tinha ouvido falar dessa mulher.

E um item muito, muito, muito curioso que encontrei - por salgados R$ 40 - foi o single Cheer Down, do finado Beatle George Harrison, no formato single de 3 polegadas. Até aí nada de novo, certo? ERRADO: não se tratava de um single japonês, e sim de um single alemão!!! WHAT THE FUCK?!

Posso dizer que comecei oficialmente a colecionar singles em Dezembro de 2005, justamente com singles japoneses, e só agora em Dezembro de 2019, 14 anos depois, fui descobrir que já lançaram singles de 3 polegadas fora do Japão. Eu já havia visto compilações em CDs de 3 polegadas vindo de lugares fora do Japão, mas foi a primeira vez que vi um single de 3 polegadas que não fosse japonês. Eis um item totalmente inusitado.

Mas é claro que, como nunca fui fã dos Beatles (Norwegian Wood é a única música deles que eu realmente gosto - e provavelmente por causa da relação com o livro / filme homônimo), e também nunca me impressionei com as carreiras solo de seus integrantes, deixei o single em questão passar. Ainda mais por 40 reais, um valor que eu só pagaria em certos singles de artistas que eu seja fã hardcore, tipo Miley Chemical Romance.

E, numa boa, sou bem mais Herman's Hermits e Rolling Stones do que Beatles.

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VÁ E VEJA (1985, UM FILME DE ELEM KLIMOV)

Fora do universo dos singles, ao olhar por aqui e ali, tive a sorte de achar o Blu-ray Vá e Veja, que a CPC-UMES lançou em Novembro de 2019. No site da distribuidora, está custando (ou ao menos estava naquele exato instante) 55 reais, fora o envio. Mas ali na DM o ''bicho'' estava saindo por R$ 39, lacrado. E, como levei várias outras coisas juntas, o BD em questão saiu por 33 reais. É um preço justo, ao contrário do pornográfico valor de 55 reais.

Para quem não sabe, Vá e Veja (que já havia saído em VHS e DVD no Brasil por outras distribuidoras - Globo e Lume, respectivamente) é um filme inesquecível, um clássico soviético do cinema extremo, um drama ambientado na Segunda Guerra Mundial.

Mesclando a brutalidade - de uma região da Bielorrússia devastada pelos nazistas - com toques surrealistas, Elem Klimov realizou essa obra-prima dos anos 80, agora disponível numa bela edição em alta definição, com uma transfer primorosa.

Mas nem tudo é positivo na edição, já que, para disfarçar o fato de que se trata duma edição pelada (ou ''bare bones'', se preferir), a CPC-UMES optou por colocar no disco EXTRAS DE TEXTO, como se fossem extras de verdade!!! Como diria o Nerd Master do BJC: ''EU REPITO: EXTRAS DE TEXTO. EXTRAS DE TEXTO.''

Puta que pariu, é inacreditável que, em pleno Novembro de 2019, alguma empresa tenha tido a cara de pau de trazer extras de texto em uma edição sua. Caralho, isso já era patético lá nos primórdios do DVD, na segunda metade nos anos 90, porra!

Podem ver ali na contracapa do filme, que diz o seguinte:

''Extras: Sinopse. Direção. Argumento Original. Música Original.''

Puta picaretagem, já que é tudo extra de texto. Simplesmente uma ofensa nonsense ao consumidor. Seria bem mais sincero não ter colocado extra nenhum mesmo. (Isso só não é tão ofensivo quanto ver vídeo do curador da Versátil falando que seus combos em DVD estão em 4K.)

Mas OK, continua sendo uma edição muito digna em BD, apesar desse vacilo patético.

No fim das contas...

Parabéns a CPC-UMES por esse lançamento. É um verdadeiro CHUPA aos caras da Versátil, um selo que sempre recusa - da forma que for possível - lançar Blu-ray. (Se bem que convenhamos: por que eles deveriam lançar BD, né? Os caras só lançam broxantes, bagunçados e careiros DVDs, que o povo sai na mão para adquirir. Para que sair da zona de conforto e lançar BD se o povo se conforma com produtos frustrantes?)

Fico então na torcida para que a CPC-UMES lance novos Blu-rays futuramente - de preferência com algum extra de verdade, e não essas porcarias de extras de texto.

Um bom lançamento em Rai-azul >>>>> trocentos lançamentos em DVD e DVD sets

OK, é isso.

Portanto, eis as aquisições gerais...

+ = os maiores destaques
N: produtos nacionais
I: produtos importados

RS (R$ 60 gastos):

Blu-ray Los Angeles: Cidade Proibida (N) / R$ 16

Blu-ray Rocky Balboa (I - EUA) / R$ 16

+ Good Charlotte: Predictable (single promocional e invendável) (I - EUA) / R$ 28

DM (R$ 100 gastos):

+ Blu-ray Vá e Veja (lacrado) (N) / R$ 33

Agnela: Podia Ser (single promocional e invendável) (N) / R$ 6

Dead Fish: Obrigação (single promocional e invendável - lacrado) (N) / R$ 9

Hear Say: Pure & Simple (single) (I - UK) / R$ 8

Lacuna Coil: Within Me (single) (N) / R$ 6

+ Lullaby: Delight / 7 Nights - 7 Moons (single) (N) / R$ 15

Weezer: Beverly Hills (single promocional e invendável) (I - EUA) / R$ 6

+ Yellowcard: Way Away (single) (I - EUA) / R$ 8

Yellowcard: Lights & Sounds (CD full-length promocional e lacrado) (I - EUA) / R$ 9

SINGLES ATRAENTES-CURIOSOS DEIXADOS PARA TRÁS:

Anastacia: singles diversos

The Boo Radleys: C'Mon Kids

Cachorro Grande: Você Não Sabe o Que Perdeu

Dead Fish: Zero e Um

Frenzal Rhomb: Punch in the Face

George Harrison: Cheer Down

The Mighty Mighty Bosstones: The Impression That I Get

The Offspring: Da Hui

Rednex: Cotton Eye Joe

Sheryl Cohen: Not an Ordinary Girl

The Smashing Pumpkins: 1979

The Strokes: 12:51

Taylor Dayner: singles diversos

Wander Wildner: Eu Não Consigo Ser Feliz o Tempo Inteiro

The White Stripes: The Hardest Button to Button







 

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