quarta-feira, 22 de maio de 2019

BI CHEMICAL ROMANCE: Você Sabe o Que Eles Fazem com Caras como Nós na Prisão

''O meu colega de cela é um assassino, e me obriga a fazer exercícios travestido de mulher.''

O clássico Prison (nome encurtado para You Know What They Do to Guys like Us in Prison), presente no disco Revenge (nome encurtado para Three Cheers for Sweet Revenge), reflete as características do vocalista e líder da The Black Parade, o Gerard Way (autor da HQ que resultou naquela atrocidade da Netflix chamada The Umbrella Academy), na época em que Prison foi lançada, 2004.

Ou seja: problemas mentais, alcoolismo, vício em drogas e remédios, e a confusão sexual. O cara não sabia direito se gostava de mulheres, de homens, dos dois ou de nenhum dos dois.

Nessa clássica canção, presente no disco que lançou o MCR ao mainstream (já o primeiro disco dos caras é bem obscuro e underground, e cultuado apenas pelos killjoys mais hardcore como eu), que conta com os backing vocals de Bert McCracken (vocalista do The Used, que teve um caso com o Gerard - que também passou anos se pegando com o guitarrista do MCR, o Frank Iero; na verdade, os três tiveram problemas com a dobradinha álcool-drogas), Gerard relata o dia a dia de um freak outcast - e com problemas de identidade sexual - tentando sobreviver atrás das grades. Cercado de assassinos e da escória da humanidade, ele faz o que pode para se manter vivo e não enlouquecer totalmente. Lá pelas tantas, de saco cheio disso tudo, ele já planeja incendiar o presídio.

''I'M GONNA STRING THAT MOTHERFUCKER ON FIRE. FIRE.''

Será que Prison fala somente sobre a rotina de freaks andróginos na prisão, ou será que, na verdade, a canção está dizendo que o Planeta Terra em geral é uma prisão horrorosa que merece ir pro saco? Posso me identificar perfeitamente com isso. Já na canção posterior Na Na Na - que também receberá um post próprio - tudo termina com o mundo inteiro indo pro saco: ''Pull this pin. Let this world explode.''

My Chemical Romance ruleia. Uma banda maravilhosa e fantástica até a medula, niilista e agressiva, para qual muitos torcem o nariz sem realmente conhecer. E é surreal pensar que uma banda fodástica dessas era colocada pela mídia ao lado das piores bandecas do mundo, como Fall Out Boy e as brazucas Cine e Fresno, entre outras. Daí o preconceito com MCR - que já foi screamo, mas NUNCA foi emo.

PS: No segundo show completo presente no DVD The Black Parade Is Dead!, após cantar Prison, um Gerard 100% chapado faz o seguinte comentário sobre a canção: ''Essa AINDA é a minha música favorita para cantar ao vivo.'' Uma outra coisa interessante desse show é notar que o irmão do Gerard, o baixista Mikey Way, está usando uma camiseta do GOBLIN (!); o que cria um link desse post com o anterior.












 

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