quinta-feira, 23 de maio de 2019

PURE MASSACRE = Vampyres (2014)













''A única coisa da qual esse filme se alimenta é do seu tempo, e não de uma forma boa.''

- Maluquinho no IMDB

Aê Anselmo, assisti essa ABOMINAÇÃO e vim aqui compartilhar a minha opinião com o mundo.

Puta que pariu, o Vampyres de 2014 (é, nos créditos finais diz 2014 e não 2015 - ou seja, fizeram o filme como uma ''celebração'' dos 40 anos do original) só não é pior do que o Suspiria de 2018. (Também, acho que NADA é pior do que aquela desgraça; que consegue fazer It: A Coisa parecer OK em comparação.)

Caralho, por onde começar a massacrar essas Vamputas...

Começaremos então pelo início.

Logo na primeira cena, vemos brevemente as patéticas novas versões de Fran e Miriam, que, no original, eram vividas pelas homenageadas de um dos dois FAP FUCKING TIME (Fap Tribute) de ontem. A princípio, não conseguimos ver as Vampyranhas de 2014 de forma muito clara; mas, mais adiante, podemos perceber que elas não são muito bonitas não, e acabam sendo - implacavelmente - humilhadas pela dupla do original: Marianne Morris e Anulka Sobrenome Impronunciável. Marianne e Anulka não eram atrizes profissionais, mas até que mandaram bem no quesito atuação; já as novas Fran e Miriam não mandam bem nem a pau.

E nessa abertura já fica claro que está tudo errado com o filme. Tentam fazer um climinha gótico vagabundo para agradar as menininhas fãs de Evanescence e Nightwish, numa sequência que ainda conta com um lesbianismo bastante comportado e fresco.

Para piorar tudo ainda muito mais, logo na primeira cena já rola uma referência ao Audition (Takashi Mickey Mouse, 1999), um dos filmes mais bestas, entediantes, insuportáveis, apelativos, imbecis e hypados já cometidos no Planeta Terra. Caralho, vai tomar no cu esse lixo de filme.

Caray, estamos só na cena de abertura e já tenho que me controlar para não desejar a morte de todos os envolvidos na produção.

Mas OK, vamos continuar o massacre.

Surgem então os créditos iniciais. E eis que a primeira vítima do filme, numa rápida participação, é o bom ator Fele Martinez, do clássico Morte ao Vivo (Tesis). Estou chocado. Que diabos ele está fazendo aqui, numa porra nula dessas? Nessa sequência somos introduzidos a uma das características do Vampyres de 2014: os jumpscares baratos e as assombraçõezinhas dignas do terror mais genérico e vagabundo possível. Os jumpscares aqui são ineficientes, e acontecem até com uma certa regularidade. Que estrago a Blumhou$e causou, não?

PQP, vai se foder essa bosta de filme. Tá foda escrever isso daqui.

Mas beleza, como eu fui o escolhido para alertar a população mundial da atrocidade que é este remake, seguiremos então com o post.

E eis que aparece em cena o novo Ted, que cruzará o caminho da anti-MILF Caroline Munro, velha pacaray. Aí está outro problema do filme: foram pegar uma scream queen dos anos 70 e 80 em pleno 2014, para colocar num terror rotineiro que ''homenageia'' um clássico setentista. Quem foi o GÊNIO que teve uma ideia dessas? PQP, tá foda. Qualquer retardado percebe, de cara, que ela e a outra velha acabada lá são as versões idosas de Fran e Miriam. Novamente eles desvirtuam a ideia atemporal do filme de 1974, em que o tempo simplesmente parava e a dupla de vampiras libidinosas permaneciam jovens para sempre.

E, ao invés do casal composto por Brian Deacon e Sally Faulkner no filme original, aqui temos um trio de palermas digno dos slashers mais baratos.

Lá pelas tantas há uma referência besta a Condessa Bathory e, quando achávamos que não tinha como o negócio piorar, eis que somos brindados com confrontos estilo filme da Marvel, com Ted virando um Van Helsing de quinta, e os personagens saindo na mão e sendo arremessados para longe. PUTA QUE PARIU, VAI TOMAR NO OLHO DO CU.

Menções a clássicos como O Massacre da Serra Elétrica e Os Outros surgem em cena, de forma lamentável, e, no fim das contas, o filme é ''dedicado'' a José Ramon Larraz. Caralho... Coitado do Larraz, um baita cineasta, que provavelmente está se debatendo no túmulo até hoje depois dessa. Concordo plenamente com um carinha do IMDB: ''I'm sorry for Larraz' memory. I'll stick with the original.''

Para envergonhar tudo ainda muito mais, o diretor desta versão, Víctor Matellano, se diz amigo do Larraz e chega a aparecer em um dos extras do Blu-ray inglês de Vampyres, prestando uma homenagem ao diretor de Vampyres: As Filhas de Drácula, um dos melhores filmes de vampiro já feitos - talvez o melhor. Porra, com amizades assim, é melhor passar a vida na mais pura solidão.

Nesse novo Vampyres não há surrealismo, não há atmosfera, não há onirismo, não há transgressão, não há mistério, não há fascínio, não há uma trilha sonora eficiente, não há um gore convincente, não há um conteúdo sexual minimamente poderoso (as pessoas trepam de roupa, para se ter uma ideia), não possui boas atuações e não existe força. Outro remake sem nenhum motivo para existir.

Cara, de boa, que se foda todo mundo envolvido nessa produção. Todo mundo mesmo, incluindo o bom ator Fele Martinez (inesquecível em Tesis) e a ex-gostosa Caroline Munro.

Anselmo, por favor, não assista isso na íntegra. Não cometa o meu erro. Poderá ser muito difícil apagar uma aberração dessas da mente, e provavelmente terei que fazer terapia depois dessa sessão traumática.

4 comentários:

  1. Ótima muito bom e divertido e esclarecedor seu comentario dessa porra de remake " Vampyres' o meu filme favoritos de vampiros ,eu falei pra você por telefone assisti 10 minutos disso no You Tube pra que para odiar o maldito que fez esse remake coitado do Larraz o cara tá se revirando no tumulo o meu HQ que irei fazer disso dá um pau nesse roteiro horrível .. cadê o brilho ,a ousadia ,o gótico e o surreal do filme de 1974 ,os caras querem homenagear os clássicos antigos como esse e no final só dá merda ,ainda bem que Marianne Morris E Anulka Dziubiska não entraram nessa fria ,para mim seu eu fiz-se uma refilmagem achava duas mulheres parecidas com as originais ,pois elas não envelheciam com o tempo apenas sumiam para atacar as vitimas novamente de novo em outra era .
    Fora Remakes de filmes de terror ou ate mesmo em geral sem ousadia não tem arte.

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    1. Cara, olha essa trivia do IMDB sobre o Vampyres remake:

      ''Na Espanha, o filme foi lançado apenas em 15 cinemas, e dublado. Foi assistido apenas por 750 pessoas.''

      Bem, ao menos a justiça foi feita, não? Já filmes igualmente ridículos como Suspiria 2018 e It: A Coisa ficam sendo endeusados por pessoas que gostam de queimar o filme.

      Uma nota triste sobre o Vampyres 2014, não dita no post, é que a maquiagem do remake é feita pelo mesmo Colin Arthur do original.

      Valeu pelo comment e até a próxima.

      PS: Eu gostaria de dar uma olhada na sua HQ de Vampyres um dia.

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  2. Pode deixar você sera o primeiro á ver á minha HQ em homenagem á esse filme maravilhoso que para mim continua atual ,mesmo por que eu ainda não desenhei só tenho á historia e as falas todas na cabeça e isso já tem 3 anos .. só falta colocar tudo no papel ,ok!
    Abraço de Spektro 72.

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    1. Sim, leve o tempo que precisar. Como você deve ser o maior fã do ''Vamps'' original, imagino que essa HQ ficará sim bem interessante.

      PS 1 = Marianne e Anulka estão mais conservadas, em pleno 2019, do que a Caroline Munro estava em 2014, quando fez este remake imperdoável.

      PS 2 = Um remake XXX do filme seria bacana, desde que fosse bem feito. Poderiam escalar a Alexa Nova e a Charlotte Sartre (com o cabelo tingido de loiro) para os papeis de Fran e Mirian.

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